DECISÃO E INICIAÇÃO



Muitos querem entrar para a maçonaria pela curiosidade. Para muitos este elemento surpresa pode levar ao que procurava ou descobrir que realmente estava procurando errado.

O ser humano é curioso por natureza, de fato, devemos ter cuidado com o que desejamos, pois a vida é feita de decisões é querer algo apenas por achar curioso é um desperdício de tempo, dinheiro e uma dor de cabeça.

Cada vez estamos mais conectados de fato, porém estar conectado não significa próximo, normalmente estamos mais distantes do que imaginamos.

Muitas pessoas tem desejo de serem convidadas, pelo fato de não conhecerem nenhum maçom próximo, estão se atirando em maçonarias virtuais, que alugam um espaço, montam, fazem iniciações com interesse financeiro de alimentar quem está no topo enriquecendo, porém suas reuniões são à distância. Isto não é maçonaria.

A grande maravilha de viver na maçonaria, sim meus leitores, viver é diferente de apenas estar... É toda semana, mês, ter um convívio com pessoas que você nunca conheceria pessoalmente provavelmente, porém este grupo de milhões está unido no mesmo propósito, se tornarem livres pensadores, viverem a fraternidade que torna a maçonaria mais que uma rede de contatos apenas, mas um verdadeiro ambiente familiar que liga lojas do mundo todo...

Não sou contra a tecnologia, não mesmo, porém se você foi convidado, analise se você está preparado para tomar a decisão. Não aceite convites de correntes de e-mail, sites de lojas que não existem no seu Estado, a maçonaria é dividida em ritos ou sistemas de ensino, verifique se determinado rito vai de acordo com sua forma de pensar.

Maçonaria nada tem a ver com religião ou política. Isto é de foro íntimo de cada um. Por isso todo maçom é um filho da filosofia, um livre pensador. Como cada espaço existe custos de manutenção, se informe dos valores para ter a certeza se não irá afetar sua qualidade de vida financeira.

Converse com sua esposa se for casado, a maçonaria jamais apoiará a desunião ou atrito familiar.

A maçonaria hoje não é secreta, é uma confraria discreta que tem uma filosofia universal, somente quem vivencia seu ambiente de fraternidade sabe a diferença que no nosso dia a dia nos faz sentirmos melhores como cidadãos, trabalhadores e solidários para tornar a humanidade mais feliz.

Se realmente na sua comunidade não há quem possa te indicar pessoalmente, procure lojas na sua cidade, apresente uma carta de pedido nas secretárias.

Se informe da data de sessões públicas. Quem busca alcança. Mas sempre pesquise e pesquise, para ter certeza da seriedade da instituição.

Dê valor a sua decisão. Pois colhemos no amanhã o que plantamos hoje. E mais do que dinheiro, decidir errado nos torna o que de mais valioso temos... Nosso tempo...

Decidiu-se entrar pelo convite de um irmão maçom, meus parabéns e que está escolha possa ser o seu princípio para conhecer a história real, a filosofia que liberta.

Mais do que uma instituição ética e detentora da moral, é uma Ordem que prioriza pela luta de tornar nosso Brasil melhor, mais perfeito e mais justo iluminando nossa sociedade com nossos exemplos.


AS ORDENS ARQUITETÔNICAS NA MAÇONARIA


Muitos ritos fazem explícita referência às ordens arquitetônicas que compõem a arquitetura clássica, desenvolvidas pelos gregos e romanos.

São cinco ordens, sendo três de origem grega e duas de origem romana. As de origem grega possuem maior destaque no Rito Escocês, evidenciado pelas “colunetas” representativas de cada Ordem, estando essas relacionadas às três principais divisões do templo maçônico: Oriente, Coluna do Norte e Coluna do Sul. 

As Ordens gregas são as mais antigas e originais, sendo que as duas ordens romanas são apenas derivações das mesmas.

Como todo bom “construtor”, o maçom deve saber distingui-las, relacioná-las com o Templo e conhecer seus significados: Leia mais...

A Ordem Jônica é conhecida como a Ordem de Atenas, e por isso é representativa da Sabedoria. Seu lugar é no Oriente, junto ao Venerável Mestre. A característica principal da coluna é vista no capitel, que possui duas volutas.

A Ordem Dórica é a ordem arquitetônica mais rústica das três gregas. Prioriza-se a robustez em detrimento da beleza e é comumente vista nos templos dedicados a deuses masculinos. Por isso está relacionada com a Força, representada no templo pela Coluna do Norte, governada pelo Primeiro Vigilante. Suas colunas são sem base e com capitéis simples e lisos, sem ornamentos.

A Ordem Coríntia é a mais bela de todas as ordens arquitetônicas, e procura reproduzir a delicadeza feminina virginal. Daí estar relacionada com a Coluna do Sul, que é a coluna da Beleza. Os capitéis têm formato de folhas de acanto.

Já a Ordem Toscana é derivada da Dórica, e a Ordem Compósita é derivada da Jônica e Coríntia. Ambas são romanas.

Vale ressaltar que alguns templos costumam ser ornamentados com pequenas estátuas de três deuses gregos, ilustrando de forma ainda mais evidente o que já está representado pelas colunetas:

Atena: deusa da Sabedoria, colocada próxima ao trono do Venerável Mestre, geralmente usando um chapéu (que denota sabedoria, por isso também usado pelo VM).

Heracles: (mais conhecido pelo nome romano “Hércules”), semideus da Força, colocado próximo à posição do 1º Vigilante, costuma ser apresentado com um porrete na mão.

Afrodite: deusa da Beleza, colocada próxima à posição do 2º Vigilante, comumente representada por uma pequena réplica da famosa estátua “Venus de Milus”.

Sem entrar no mérito das Colunetas no REAA que, ao que tudo indica, também surgiram no Brasil apenas após 1927, provavelmente copiadas dos rituais ingleses, compreendamos o uso dessas nos trabalhos em Loja: a coluneta Jônica (Sabedoria) fica sempre de pé, mostrando que a sabedoria deve reinar sempre, 24 horas por dia, seja no trabalho ou no descanso.

Já as colunetas Dórica e Coríntia se revezam: a Dórica (Força) é erguida durante os trabalhos (do meio-dia à meia-noite), quando a força é necessária para a execução dos trabalhos; enquanto que a Coríntia (Beleza) está levantada durante o descanso, considerado antes da Loja devidamente aberta e após ser devidamente fechada (da meia-noite ao meio-dia).

Em um único templo do REAA no Brasil você pode ver colunas egípcias, colunetas gregas, réplicas de estátuas romanas, delta com letras em hebraico e um Livro da Lei cristão. Salada de frutas ou viagem no tempo? Tudo depende de como queira ver. 


Por Ir.’. Kennyo Smail

A FACE DA IGNORÂNCIA



Sempre tive o costume de chegar bem antes do começo das reuniões de minha Loja. Este fato ocorreu a alguns anos atrás, quando, ainda, nossas reuniões eram feitas no templo da ARLS Deus e Humanidade em Miguel Pereira.

Estava em frente ao templo quando passaram dois rapazes e, um deles disse: “Isso ai é a casa do capeta, o cara para entrar ai tem que dar um filho para ser sacrificado!”.

Quanta bobagem pensei, e onde essas pessoas tiram essas ideias absurdas?

Para administrar esse blog, alem dos trabalhos que recebo, busco bons artigos para publicação. Durante essas pesquisas tenho encontrado verdadeiras aberrações sobre nossa Ordem.

Existe uma passagem bíblica que a Maçonaria utiliza a caso de Abraão onde Deus pede o sacrifício de um de seus filhos como prova de amor a Ele. Abraão não reluta e prepara o sacrifício.

Deus, um sua magnânima vontade, aceita o ato e pede que Abraão sacrifique um cordeiro ao invés do filho.

Será que o uso dessa passagem pela Maçonaria levou aos incautos essa conclusão?

Essa passagem para a Maçonaria representa a Pátria, que muitas vezes mandam os seus filhos para a morte em defesa da Liberdade!

O próprio Mestre Jesus, na última ceia, se oferece como o cordeiro, que era sacrificado na Páscoa pelos judeus. Cerimônia que é repetida até hoje nos rituais católicos e no 18º da Maçonaria.

Esses falsos líderes espirituais, que se autodenominam de apóstolos, missionários, etc., que usurpam o dinheiro dos incautos sendo detentores de grandes fortunas, livres de impostos que fomentam toda essas estórias. 

Não vou ficar aqui tentando explicar que Maçonaria não é religião, que não fazemos pactos com nenhum ser providos de chifres, porque para os ignorantes, idiotas propagadores dessas ideias, seria chover no molhado.

Cabe a todos nós, verdadeiros Maçons, buscar sanar as dúvidas e divulgar o que é correto.

Estou prestes a completar 27 anos de Ordem, confesso nunca ouvi falar o nome do capeta dentro de uma Loja Maçônica. Mas, em contrapartida, quando passo em frente a algumas “igrejas” só escuto o nome dele, concordam?

Deus tem vários nomes dependendo da religião. Para evitar conflito, por isso o chamamos de Grande ou Supremo Arquiteto do Universo.

Paulo Edgar Melo
MI – Membro da ARLS Cedros do Líbano, 1688 – Miguel Pereira/ RJ
Atual Coordenador da 28ª Circunscrição do GOB-RJ
   
    
  


LANDMARKS NO RITO MODERNO


Como o nome já diz: LANDMARQUES, aportuguesado do inglês “Landmarks”, significa marca de terra, lindeiro. Em Maçonaria significa limites entre o que seja Maçonaria e aquilo que não se pode intitular como tal. A prática de se relacionar, de se classificar os Landmarques só teve início a partir do século XIX. Anteriormente só se refere a landmarque num sentido genérico, utilizando – se mais o termo regra (rule), como fez a Grande Loja da Inglaterra em seu princípio.

Mas, o que seria efetivamente um Landmarque se os autores Maçons os classificam desde 3 até 54? Quem seria o correto coletor desses landmarques? A maioria deles relacionam problemas simplesmente administrativos de uma Potência Maçônica como se Landmarque fosse.

A classificação mais aceita pelos brasileiros é daquelas a que mais fere o princípio evolutivo da Maçonaria, aceita universalmente. Além de relacionar como se Landmarque fosse problemas administrativos, exigências recentes, a classificação de Mackey, feita em 1858, relativamente nova, afirma em seu último item a inalterabilidade de sua redação, numa atitude evidentemente papal. Teria sido Mackey o ungido de Deus?

A própria Grande Loja Unida da Inglaterra nunca relacionou ou citou uma determinada classificação de Landmarque. Ela aceita como Landmarque os Antigos Deveres citados na Constituição de Anderson. O que ela fez foi citar os oito pontos que exige para reconhecimento de uma Potência Maçônica, que nós aceitamos, pois o Grande Oriente do Brasil tem Tratado de Amizade e Reconhecimento com ela..

O Rito Moderno, coerente com seus princípios aceita como mais concernente a compilação de Findel, que é a seguinte:

1. – A obrigação de cada Maçom de professar a religião universal em que todos os homens de bem concordam. (praticamente transcrevendo as Constituições de Anderson, primeiro documento oficial da moderna Maçonaria).

2. – Não existem na Ordem diferenças de nascimento, raça, cor, nacionalidade, credo religioso ou político.

3. – Cada iniciado torna – se membro da Fraternidade Universal, com pleno direito de visitar outras Lojas.

4. – Para ser iniciado é necessário ser homem livre e de bons costumes, ter liberdade espiritual, cultura geral e ser maior de idade.

5. – A igualdade dos Maçons em Loja.

6. – A obrigatoriedade de solucionar todas as divergências entre os Maçons dentro da Fraternidade.

7. – Os mandamentos da concórdia, amor fraternal e tolerância; proibição de levar para a Ordem discussões sobre assuntos de religião e política.

8. – O sigilo sobre os assuntos ritualísticos e os conhecimentos havidos na iniciação.

9. – O direito de cada Maçom de colaborar na legislação maçônica, o direito de voto e o de ser representado no Alto Corpo.

Como vemos, dificilmente poderemos fazer alguma ressalva a respeito desta relação, razão porque a aceitamos como a que mais se coaduna com aquilo que possamos efetivamente chamar de Maçonaria.


Ir.´. Antonio Onias Neto

CONHEÇA O SIGNIFICADO DOS PRINCIPAIS SÍMBOLOS MAÇONS


Ao longo dos séculos, os maçons ficaram conhecidos pela utilização de símbolos capazes de estabelecer a reafirmação de vários princípios que fortalecem os valores de seus praticantes.

Para muitos, essa simbologia deveria ser a chave fundamental de um misterioso conjunto de mensagens que acobertaria uma faceta obscura desta sociedade. 

Entretanto, essa postura de desconfiança e conspiração está bastante afastada do lugar que os símbolos ocupam no universo maçom.

Uma significativa parcela dos símbolos maçônicos é figurada por instrumentos empregados na construção civil. O sentido maior da construção reforça junto ao maçom a necessidade constante de aprimoramento moral, intelectual e espiritual.


Não por acaso, o processo evolutivo do maçom está dividido em vários graus que são relacionados a um conjunto específico de símbolos.

Assim, qual o significado de cada conjunto de símbolos presente em um determinado grau específico da maçonaria?

Ao contrário do que se supõe os símbolos não teriam uma função ritualística ou comportariam algum tipo de habilidade mágica.


De fato, você nunca terá a oportunidade de ver um maçom prestando homenagens ou se curvando mediante os símbolos. Os símbolos possuem a função de um texto que fora construído pelo próprio participante da maçonaria. Com isso, o universo simbólico maçom emite uma mensagem que se entrelaça com o processo de reflexão e aprendizagem particular de cada seguidor.

Um dos mais importantes símbolos da maçonaria é o triângulo que carrega um olho em seu centro. Ele faz referência ao Grande Arquiteto do Universo, aquele ser de natureza onisciente que tudo vê e tudo julga.


Oriundo da antiga arte egípcia, esse símbolo está fortemente vinculado ao todo poderoso princípio criativo que organiza o Universo. Dessa forma, é errado acreditar que a maçonaria se alia a uma perspectiva deísta do mundo, pois os ateus e agnósticos também podem integrar tal irmandade.

Outro significativo símbolo da maçonaria é a associação entre o esquadro e o compasso, surgido no século XVIII. O esquadro pode fazer referência ao quadrado, ao número quatro ou à própria terra. Já o compasso faz referência à imensidão dos céus, ao princípio de unidade e ao círculo. Unidos, esquadro e compasso empregam a função de salientar a importância da associação indispensável e fundamental entre o mundo espiritual e o mundo material.

A trolha estabelece a representação de um importante princípio para os maçônicos. Na construção, essa ferramenta desempenha o discreto, mas significativo papel de aplicar a argamassa que promove a junção entre as pedras.


Lançada ao campo moral, essa ferramenta salienta a necessidade de amor e tolerância entre aqueles que estão unidos pelos fundamentos da maçonaria. Na medida em que “perdem” a sua forma de pedra bruta (outro símbolo maçom), os congregados buscam a perfeição entre seus convivas.

De fato, existem tantos outros símbolos que são empregados entre os maçons. Ao longo do conhecimento e da experiência na maçonaria, estes símbolos passam a extrapolar a dimensão fixa de um significado de natureza invariável.


Sendo o conhecimento do mundo e o autoconhecimento processos de natureza dinâmica, os símbolos maçons coerentemente assumem este mesmo comportamento.
 



MORAL MAÇÔNICA



Os princípios morais da Maçonaria se fundamentaram na História de Mensageiros como Abraão, no Zoroastrismo, no Judaísmo e no Islamismo Muçulmano praticado por povos nômades do início da civilização.

Como Ordem Universal, dedicada à construção de uma sociedade moral, os fundamentos da Maçonaria, entretanto, somente se solidificaram após o Cristianismo.

Perscrutando-se a vida histórica de Mensageiros e Profetas de Deus, cujos ilibados comportamentos se alinharam com o amor fraternal, com a tolerância ao próximo, com a busca incessante e investigativa da verdade e, sobretudo, com sabedoria e plenitude de liberdade, pode-se proclamar que os ensinamentos maçônicos surgidos nos primórdios da humanidade tinham um princípio da razão, atualmente decisivo para se assegurar que nada aconteceu, acontece ou acontecerá sem que houvesse ou haja uma causa determinante, reconhecidamente aceita como Deus Único e Onipresente.

A fraternidade e a igualdade distributivas do amor de Deus, exaltadas pela Maçonaria, se alinham com a incomensurável disposição daqueles Profetas, no combate ao fanatismo, à ignorância e no desejo permanente de praticar a beneficência entre todos.

M M Silvio Marques de Oliveira


MAÇOM ACEITO



O termo “Aceito” aparece muitas vezes nos documentos atuais da Maçonaria Simbólica e, obviamente, é de total interesse dos maçons.

Membros da “Companhia de Maçons de Londres” e da antiga “Companhia da Cidade” foram “aceitos na Ordem” e considerados e mantidos como Maçons nas Lojas. Após essa “Aceitação”, homens se tornavam Maçons, conforme anotações na seção de procedimentos das citadas companhias. Elias Ashmole, por exemplo, foi um dos “Aceitos”.

O Maçom Aceito do século XVII na Inglaterra era essencialmente diferente de um membro operativo, e talvez até, mais importante. Nessas companhias de Maçons deveria ter, nessa época, maçons operativos, juntamente com os “aceitos”, que eram homens que nunca haviam tocado numa ferramenta de trabalho em toda sua vida.

Eram aristocratas, cavalheiros, que foram admitidos devido seu patrimônio ou pela gentileza dos demais sócios. Mas, o Maçom Aceito era, originalmente, tanto em caráter, como para todos os propósitos práticos, um Maçom como qualquer outro.

Dessa pratica em uso, cresceu ao longo do tempo, o uso das palavras “Aceito” ou “Adotado” para indicar um homem que tinha sido admitido dentro da irmandade dos maçons simbólicos. Existem poucas referencias históricas, entretanto, não há nenhuma duvida que os maçons, mais geralmente conhecidos como Maçons Aceitos, foram se tornando bem conhecidos no ultimo quarto do século XVII.

Nas Lojas da Maçonaria Escocesa Operativa era comum o uso do termo “Admitido” entre os seus membros. Aliás, na pequena nobreza e nas famílias conceituadas, também era comum o uso desse termo.
Livre e Aceito

Apesar do termo “Maçom” estar em uso nos dias da idade média e candidatos serem “aceitos” na Francomaçonaria, na metade do século XVII, a primeira vez que apareceu a frase “Maçom Livre e Aceito” foi em 1722, cinco anos após a Primeira Grande Loja ter sido fundada.

Isso ocorreu no título de um panfleto, que hoje é conhecido como “Roberts´ Pamphlet”, imprimido em Londres em 1722. O título era: “As Antigas Constituições pertencentes à Antiga e Respeitável Sociedade dos Maçons Livres e Aceitos”.

Oficialmente, a frase foi usada pelo Dr. Anderson na segunda edição das Constituições em 1738 e ao longo do tempo, foi adotada pelas Grandes Lojas da Irlanda, Escócia e grande numero das Grandes Lojas dos EUA.

A teoria admitida é que as duas palavras entraram em conjunção para um objetivo comum, pois muitas antigas Lojas tinham entre seus membros, “Maçons Aceitos” e outros que eles chamavam de “Freemasons – Maçons Livres”.

Isso, tanto na Maçonaria Operativa, como na Especulativa. Então, foi razoável aceitar o termo “livre e aceito” para cobrir os dois grupos que se expandiam rapidamente e que estavam em fusão.

fonte:http://pilulasmaconicas.blogspot.com.br/2010/03/n-66-macom-aceito.html
Pílulas Maçônicas



VISÃO DE UM APRENDIZ SOBRE A MAÇONARIA



Meus caros irmãos é um grande prazer escrever para vocês, e ainda mais sobre um assunto que eu tenho amor: a Maçonaria.
Sou aprendiz maçom há apenas três meses e diversas transformações a maçonaria já fez no meu espírito. Sempre quando ouvia falar sobre a maçonaria ficava no mínimo curioso como a grande maioria da população.
O primeiro contato que tive com a maçonaria foi através do meu hoje padrinho Armindo em que eu notava que além do vasto conhecimento espiritual que tinha era e é uma pessoa centrada e correta no que pensa e faz.
A partir desse momento comecei a pensar na ordem de uma forma mais carinhosa, pois notava que meu padrinho era e é muito especial. E a partir desse momento gostaria de ser como ele.
Fui indicado para a loja Acácia de Vila Carrão e após os trâmites que conhecemos fui iniciado na referida loja. Foi um grande momento, muito especial em que pude me deparar com situações que jamais havia imaginado e sentido e a partir dessa data um grande horizonte se abriu na minha vida.
São vários os momentos marcantes na iniciação, mas o que mais me marcou foram os olhares dos irmãos no momento da luz. Foi um nascimento? Sim. Mas com um diferencial dos nascimentos convencionais de todos os seres humanos: todos os irmãos lembram com exatidão o seu nascimento maçônico e quando assistem a outro nascimento voltam ao passado um, dois, cinco, vinte anos atrás e sentem a mesma sensação especial.
Em virtude desse momento, como uma criança que acaba de nascer, tudo é novo, mas o acolhimento fraternal de nossa ordem faz com que tenhamos segurança em dar os primeiros passos no mundo maçônico.
Nas sessões que participei encontrei, sob a proteção do G.’.A.’.D.’.U.’., uma ordem, respeito às leis, trocas de informações e principalmente energia positiva e evolucionista. Como hoje maçom, posso verificar que nossa ordem tem pessoas no seu corpo muito especiais e isso só faz com que tenhamos a tranquilidade de seguir o caminho maçônico, estudando, assimilando o conhecimento e multiplicando esses mesmos conhecimentos com novos irmãos que chegam.
Para não delongar em demasia, o que a maçonaria vem me trazendo é um crescimento de conhecimento e na vida cotidiana não deixando que meu ponto de equilíbrio fique fora do centro e isso minha família e a sociedade que vivo já notou. Consequentemente estou lapidando minhas arestas e sendo uma pessoa melhor, posso fazer melhor o motivo determinante da vinda a terra dos seres humanos: fraternizar.
 Ir.’. Edward dos Santos
Loja Acácia de Vila Carrão Nº 2456 – CIM 251093


A ANALOGIA ORGÂNICA DO TEMPLO MAÇOM



Diz o ditado que “Uma imagem vale mais do que mil palavras”.

Os arquétipos escondem analogias em forma de mensagens ocultas que se revelam individualmente e gradativamente ao observador, dentro do nível de percepção e profundidade adotado por cada um.

Desperta no subconsciente a linguagem universal do pensamento sem palavras. Os antigos alquimistas visando criar um método para conduzir o estudioso ao alcance da verdade contida nos arquétipos, dividiram em três partes a chamada filosofia universal. São elas:

1) a experiência ou mística, onde se trava o primeiro contato com o objeto de estudo, analisá-lo cometidamente pelos órgãos sensoriais, buscando seus ângulos e formatos.

2) a gnose ou conhecimento em profundidade, nesta fase, tal como o oceano para refletir o céu, sem distorções, deve-se ter tranqüilidade e paz de espírito, além de uma postura racional, deve-se ter também aguçada a intuição e procurar pela inspiração divina, tentando aproximar-se do intuito do G.A.D.U. ao projetar a natureza das coisas.

3) por fim chega-se a magia ou a realização prática obtida com o resultado positivo das etapas anteriores.

Ora, a filosofia universal se opera cotidianamente, de forma simples quase imperceptível, exemplificando: quando ganhamos um moderno aparelho, nos interessamos pela sua substância, formatos e cores, para posteriormente ler seu manual com calma, refletir e conhecer seu funcionamento, e por fim colocá-lo em prática, que é a finalidade da sua criação.

Pois, refletindo sobre o templo como um todo, tive a impressão de ser análogo ao nosso organismo, tal como um ser deitado, apreciando o céu em sua infinita amplidão.

Onde as colunas do norte e do sul representam seus braços, coluna do norte com a força do braço direito e a do sul com a beleza e suavidade do braço esquerdo.

Os irmãos tesoureiro e chanceler representam os ombros que sustentam os braços.

As cadeiras dos mestres guardam semelhança com o tronco e com as costelas que protegem os órgãos internos.

Os irmãos primeiro e segundo vigilantes são como os órgãos internos: pâncreas e rins, que trabalham para manter todo organismo vivo, purificando o sangue ou o fluído vital, sem o qual o organismo falece.

O altar dos Juramentos onde guarda o Livro da Lei ocupa o lugar do coração, fazendo circular este fluído por toda parte.

A circulação em loja representa o sentido em que se movimenta esse fluído, tal como veia e artérias que conduzem o sangue venoso e o sangue arterial ao redor do coração.

O oriente é a cabeça do corpo, de onde emanam a sabedoria, a coordenação, a supervisão, o gerenciamento do organismo. 

A passagem para o oriente é como uma boca e o altar dos perfumes está no lugar do nariz.

Os irmãos secretário e orador são os ouvidos esquerdo e direito, que ouvem os trabalhos internos e os atos e decretos do Sereníssimo Grão Mestre e do Venerável Mestre.

O Venerável Mestre e o Mestre de Honra são os olhos que observam e fiscalizam todo o conjunto, nossa janela da alma, que juntamente com o Delta o “olho que tudo vê” nos orienta em nossos deveres maçons.

As colunas B e J são como as pernas erguidas. E pela porta do templo, toda vez que se encerram os trabalhos na loja, é dela que saímos como se nascêssemos renovados para o mundo profano.

Tal como nascer novamente, descrito nas escrituras como condição necessária ao ingresso nos mistérios divinos.

Devemos por fim entender que ao estudar ensinamentos sagrados percebemos que a Sabedoria Divina não está interessada em melhorar a condição material do indivíduo, nem rodeá-lo de opulência.

Sua finalidade não é tornar os homens ricos materialmente, mas em consciência e realizações internas.

Por isso, devemos eliminar o egoísmo, pois com ele não poderemos ganhar nenhum conhecimento positivo de valor, que seja em benefício do nosso aperfeiçoamento e dos nossos semelhantes.


Bruno Calmon C. Sampaio. AP:. M:. ARLS Deus, Justiça e Fraternidade, n° 39. Oriente de Itaberaba – BA

ALÉM DO PORTAL DO TEMPO


"Cabe à Maçonaria a reconstrução do mundo".

Esta frase, proferida pelo presidente americano Roosevelt após a segunda grande guerra, encerra em si verdade apropriada para a época e como se o mundo ainda não houvesse sido reconstruído daquela guerra, ainda hoje repica em nossos ouvidos a conclamação daquele Irmão e Presidente.

Nos tempos de hoje, as ruínas não mais são as do pós-guerra, não são os prédios destruídos, não são os monumentos culturais, as cidades destruídas. As ruínas de hoje, as quais cabe à Maçonaria a reconstrução, são os prédios morais, as cidades dos despossuídos, os monumentos da intolerância e do imobilismo social.

A Maçonaria sempre foi e será parâmetro de realizações no mundo em prol comunitário, de maneira discreta e anônima. Os nossos trabalhos maçônicos realizam-se do meio-dia à meia-noite e neste desbastar da pedra bruta, realizamos extensa tarefa, árdua e de relevante motivo social, qual seja a tarefa de lapidar os nossos próprios defeitos, porém, é no período em que não trabalhamos em nosso Templo, da meia-noite ao meio-dia, que devemos exteriorizar os benefícios das melhorias que buscamos nos templos do mundo.

É muito pouco o que um pobre, espiritual ou materialmente, pode dar a alguém, pois se pouco lhe cabe, como poderia ele dividir? Mas ao contrário, é dever do rico distribuir o muito que lhe foi dado. Assim, a Maçonaria deve produzir riquezas espirituais em grandes quantidades, para que possa ela dividi-la pelo mundo, entre aqueles que ou não a têm ou a possuem às mínguas.

Devemos ser em nossos templos, fábricas incessantes de fraternidade, carinho, ajuda compreensão, de verdade, de tolerância, de desapego, de harmonia, para podermos distribuir as mesmas, além do portal de nossos templos. Não poderemos repartir essas virtudes se não as praticarmos e as produzirmos em grande quantidade; como aquele que pouco pão produz, pouco pão tem a repartir. Até mesmo o Criador, primeiro multiplicou os pães, para somente após reparti-lo ao seu povo.

A Maçonaria, em tempos difíceis, nunca se absteve de fornecer material para a reconstrução do mundo, seja ele material, como já o fez em tantas obras, quanto espiritual, como o faz em seus templos.

Nos tempos atuais, onde predomina cada vez mais um relacionamento social, onde cada um tenta retirar para si o máximo possível, não se importando o quanto possa sobrar ao outro, somente a Maçonaria que pratica nos quatro cantos do mundo maçônico a fraternidade, pode, ultrapassando as paredes dos seus templos, espalhar sementes de um mundo novo. 

Estas sementes devem ser plantadas inicialmente nos canteiros do semeador, dentro de nossas Lojas, como o fazemos desde nossa criação, mas em nossos templos devemos estender nossos terrenos, descobrir novas terras ou futuros iniciados, e neste, em particular, cabe ressaltar que não somos melhores que muitos não-maçons, mas se algumas vezes não os indicamos, ou se não lançamos mão dessa terra fértil, é por puro receio que temos de não lhe saber a resistência.

Sabemos de muitos não-maçons que possuem qualidades extensas para ingressarem na Ordem, assim como muitas terras ainda não plantadas, têm condições para a cultura, mas muitas vezes nos inibimos de indicá-los, por medo de não saber se persistirá, ou se adaptará à nossa Ordem, como o plantador que não sabe se aquela terra resistirá a longo tempo de cultura.

Devemos perder esse medo, pois se possui o não-maçom qualidades indispensáveis para tornar-se maçom, cabe-lhe o direito de ter a possibilidade de viver em um mundo novo, cheio de amigos e Irmãos; ou por acaso, se tivesse nos sido negado a possibilidade de sermos maçons, hoje não seríamos indivíduos mais solitários, desamparados e desprovidos de caloroso convívio?

Após semearmos em nossos canteiros e tendo obtido os frutos que já possuímos, devemos espalhar essas sementes ao mundo, para reconstruir esta paisagem devastada, de um mundo cruel e individualista.
É neste trabalho que deve a Maçonaria investir, para poder dividir a sua riqueza, em trabalhar também, com esforço desmedido, além do portal do nosso templo.

Devemos semear no espírito de nossos filhos, de nossas famílias, de nossa cidade, de nosso país, do mundo, a semente da árvore da vida em união que a Maçonaria cultiva. Esta árvore da qual, cada galho significa uma virtude, devemos fazer nascer onde não exista, ou crescer, quando a possuímos, até tornar-se firme o suficiente para que não quebre nem vergue nos momentos de tempestade. É esta árvore, a árvore da vida em comunidade, onde à sua sombra sentam-se os justos, os corretos, os fraternos, que devemos plantar em cada lar, em cada pessoa, a qual temos a possibilidade de cultivar.

A Maçonaria realiza bela obra dentro de seus templos, cultivando esta árvore da vida, mas não deve ter receio de espalhar sementes da mesma, além dos seus templos.

Não necessitamos plantar esta árvore e estabelecer-lhe domínio, dizendo a quem pertence, mas sim, espalhar que todos podem usar sua sombra.

O que se quer nos novos tempos, é que possamos multiplicar o que praticamos em nossos templos, além dos domínios dos mesmos e isto deve ser feito através dos Lowtons, De Molays, das Filhas de Jó, dos nossos exemplos aos nossos filhos e a todos aqueles com quem convivemos.

Estenderemos os novos tempos ao mundo, com a repetição incansável da fraternidade, do carinho, do respeito pelo próximo, da busca incansável da verdade, do ouvir mais do que falar, do abraçar ao invés de ignorar.

"Cabe à Maçonaria a reconstrução do mundo..." A lembrança diária, repetitiva, constante desta afirmativa, encerra a difícil missão da Maçonaria para além dos seus templos.

A cada um de nós maçom, cabe a reflexão de como poderemos ajudar, para contribuir na reconstrução do mundo. Por pouca que seja, e com certeza não será pouca, se esta ajuda ultrapassar os nossos templos, com certeza um dia alguém poderá dizer que os nossos trabalhos de reconstrução do mundo podem ser encerrados, porque o mundo está Justo e Perfeito.

Por Denilson Forato


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