Parece-me que o sonho
de qualquer Loja Maçônica é fazer valer o que diz o Salmo 133:
... “Oh quão bom e
quão suave é, que os irmãos vivam em união! É como o óleo precioso sobre a
cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas
vestes. Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião,
porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre.” ...
A elevação do grau de
consciência da excelência do AMOR fraternal, descrito nas palavras acima,
alcança a todos, não escapa ninguém dessa Lei Universal.
O que sair fora disso
é desarmônico, prejudicial.
É a força cega que
fere de morte a Loja, a filha de Sião.
A Loja unida é como um
corpo: quando um padece, todos padecem; quando um chora, todos choram; quando
um se alegra, todos se regozijam.
Porque nessa Loja o
Senhor ordena a bênção e a vida para sempre!
O óleo precioso do
AMOR fraternal lubrifica as engrenagens, que deslizam sem desgaste em seu
trabalho com Força e Vigor.
Como unir homens
dotados de egos, vaidades, formações, conceitos, dogmas e valores tão
diferentes?
É aí que começa a
ficar interessante a arte de ser Maçom e viver em harmonia.
É um esforço comum a
todos os membros, e que requer habilidade, comprometimento mútuo e vontade de
formar um só corpo.
Antes de apreciarmos
os preceitos maçônicos é importante nos conhecermos uns aos outros, trabalharem
nossos pontos fortes, identificando os pontos fracos.
Como sempre digo, no
mundo profano, o modelo de união se dá pela formação de grupos lapidados por
terceiros, enquanto que, na Maçonaria, a lapidação é individual, contanto que
cada Pedra lapidada se encaixe no corpo da Loja, antes de se encaixar no
edifício social.
É preciso que cada um
faça sua auto-análise e procure se conter diante daquele que lhe discorda a
opinião.
Em um universo de
vaidades por cargos e distinções, permita-se ser contradito com racionalidade
para que o aperfeiçoamento intelectual e moral se realizem.
... É na confiança de
que seus irmãos lhe querem o mesmo bem que você deseja a eles que deve pairar a
dúvida de se julgar sempre estar certo...
O maior prejuízo para uma Loja Maçônica
chama-se “crítica”.
Criticar significa
pegar o Malhete e sair trabalhando a Pedra do outro irmão.
A força cega se
aproveita disso e conduz a Loja à ruína.
O debate é saudável
para a Loja. A crítica é
destrutiva.
O behaviorista B. F.
Skinner, em seu livro “Science and Human Behavior”, diz que a crítica é fútil
porque coloca um homem na defensiva, deixando-o em posição desconfortável,
tentando justificar-se.
Em momentos como esse,
a essência do AMOR fraternal, também chamada de egrégora, se desfaz e a força
cega assume o controle.
A crítica é perigosa
porque fere o que o homem tem como precioso, seu orgulho, gerando
ressentimentos.
É o começo do fim dos
relacionamentos.
John Wanamaker, um
psicólogo estudioso dos relacionamentos, também escreveu:
“Eu aprendi em 30
anos que é uma loucura a crítica. Já não são pequenos os meus esforços para
vencer minhas próprias limitações sem me amofinar com o fato de que Deus não
realizou igualmente a distribuição dos dons de inteligência”.
Os homens deveriam
fazer autocrítica.
Como não o fazem,
criticá-los é desafiar a harmonia em Loja.
B. F. Skinnner
costumava fazer experimentos com animais, buscando compreender o comportamento
destes, para depois compará-lo com o das pessoas.
Ele demonstrou que um
animal que é recompensado por bom comportamento aprenderá com maior rapidez e
reterá o conteúdo aprendido com muito maior habilidade que um animal que é
castigado por mau comportamento.
Estudos recentes
mostram que o mesmo se aplica ao homem
O homem adora
criticar.
Tem os que criticam
erros de ritualística em plena sessão, atrapalhando a egrégora, criando
constrangimentos, quebrando a sequência dos trabalhos, cruzando a palavra entre
as CCol∴ e o Or∴ tudo pelo prazer de
corrigir, criticar e fazer prevalecer seu potencial, seu ego e sua autoridade,
quando na verdade, o que deveria prevalecer seria o AMOR.
Buscar a perfeição na
ritualística é nosso dever.
Mas não é prudente
fazer críticas e correções em pleno serviço. É o começo do
fim.
Estudos têm mostrado
que a crítica não constrói mudanças duradouras, mas promove o ressentimento.
Acaba deixando o rei
no trono, mas sem súditos para os governar. É o fim do reinado.
O combustível do AMOR
e da união é o elogio.
Se algum irmão fez um
trabalho e o mesmo precisa ser melhorado, seu consciente o está cobrando por
melhora.
Ele sabe que precisa
melhorar, não porque alguém o cobre melhoras, mas porque o seu interior, sua
alma, pede por melhora.
Quando alguém o elogia
após a leitura de um trabalho, gera uma crítica construtiva, pois elogiou
quando dentro dele existe uma crítica.
Esse irmão se sentirá
motivado a fazer mais e mais trabalhos, e, essa persistência o levará à
perfeição sem que necessitasse críticas de terceiros.
Hans Selye, outro
notável psicólogo que amava estudar o comportamento humano diz: “Com a mesma
intensidade da sede que nós temos de aprovação, tememos a condenação”.
Na prática, não só
tememos, como também não ficamos satisfeitos com críticas feitas por pessoas
semelhantes a nós, com o mesmo grau de fragilidade.
A Loja perfeita
elogia, sugere, estimula, confere recompensas com palavras: O VERBO. A PALAVRA.
O AMOR.
Não quero com isso
buscar unanimidade favorável a essa tese que defendo.
Mas tenho observado
que em Lojas onde se pensa diferente, o AMOR esfriou, a harmonia desapareceu e
as CCol∴da Loja estão em perigo.
Por que então não
mudar e Elogiar ao invés de apenas sempre criticar???...
Boa Tarde ! meus
Amorosos irmãos.
Manoel Miguel M.'.M.'.