Sinopse: Considerações
a respeito promoção de sessões maçônicas Motivadoras imprescindíveis para a
sobrevivência da Maçonaria. O objetivo do maçom em loja é participar de sessão
maçônica motivadora para realimentar sua alma na vivência do dia-a-dia.
Sessões com assuntos
administrativos reduzidos ao mínimo para sobrar mais tempo para degustar bons
pensamentos em animadas atividades que visam o crescimento e a autoeducação.
O tempo de instrução e
estudos é a alma da sessão maçônica! Cabe apenas aos aprendizes e companheiros
maçons a tarefa de manterem acesa a chama do pensamento maçônico?
Aprendizes e
companheiros são pessoas sedentas de informações e conhecimentos ou os
instrutores nas sessões? Instrução é dever do mestre maçom! Ultimamente os
aprendizes e companheiros, e só estes, por obrigação regimental, apresentam
peças de arquitetura, trabalhos de cunho intelectual visando aumento de
salário.
Por que os mestres
maçons não se encontram motivados para tal? Faltam provocações! Carecem de
debates e conversas informais dos assuntos da Maçonaria dentro e fora da loja.
Tristemente, são comuns
os aprendizes e companheiros ensinarem de forma proativa enquanto os mestres
maçons dormem!
Como aconteceu isto?
Porque o mestre maçom
está tão desmotivado?
São as sessões maçônicas desmotivadoras! Ou o
mestre desce do pedestal em que ele foi colocado em resultado de sessões
monótonas ou deixa de ser o eterno e motivado aprendiz ou deixa a ordem
maçônica! Esta última é a realidade universal! Mestre motivador e motivado
nasce do atrito com os outros intelectos que o acompanham numa sessão maçônica,
daí a importância de debates.
A tarefa dos embates
por pensamentos em animadas argumentações é arrancar lascas de imperfeição das
pedras uns dos outros, o polimento exige trabalho, atividade em equipe - não é
assim que são formadas as pedras roladas dos fundos de rios? Uma pedra vai
batendo na outra até que todas adquirem formas harmoniosas, quase lisas, nunca
perfeitas, apenas aperfeiçoadas.
São pancadas ora suaves
ora bruscas, mas continuas! O resultado são pedras diferentes umas das outras:
grandes, pequenas, achatadas, ovais, arredondadas, mas nunca perfeitas. Cada
pedra mantém sua forma própria e reflete a luz com maior ou menor intensidade,
dependendo de quanto ela rolou em contado com outras pedras maiores e menores,
até com pedras tão pequenas como grãos de areia.
Todas se modificam pelo
atrito constante. Não há necessidade de erudição elevada, apenas conhecimento
médio já é suficiente numa motivadora sessão maçônica, é semelhante à
diversificação das pedras do fundo dos rios. Em verdade, basta apenas uma mente
sadia - qualquer mente humana! O objetivo deve ser o canteiro de obras
movimentado onde cada obreiro é aprendiz, um eterno aprendiz, mesmo que seja
apenas um grão de areia em erudição ele vai influir no pensamento de seu irmão.
Promover debate em loja é retornar à prática da Maçonaria especulativa, que
preconiza o filosofar, o estudo teórico, o raciocínio abstrato e investigativo,
que usos e costumes deturparam a ponto de descaracterizar as sessões maçônicas.
Urge despertar nos
irmãos a salutar capacidade em desenvolver o pensamento em animadas discussões
das coisas da sociedade e da ordem maçônica. O propósito central das sessões
motivadoras é eliminar o inconformismo gerado pelo comparecimento semana após
semana em loja apenas para ouvir o som seco, duro, impessoal dos malhetes, em
detrimento do trabalho no polimento das pedras chocando-se umas nas outras no
exercício do pensamento.
Sessões sem debate e
instrução mecânicas revelam perda de tempo; são vazias e sem propósito; devem
ser defenestradas do templo. O obreiro da pedra deve terminar seu dia em loja
com algo novo e consistente dentro da mochila que ele leva de volta para casa.
Urge acabar com a mente
desocupada, oca, vazia, cheia de lacunas em resultado de atividade passiva e
deixar a capacidade de pensar fazer sua parte na construção do templo ideal da
sociedade onde cada homem é apenas uma pedra.
Atividades motivadoras
em loja levantam a egrégora, um campo de força do pensamento em uníssono e
vibrante, algo revelado no brilho dos olhos dos participantes.
. Como é possível ver
os olhos do irmão que dorme o sono dos anjos?
O objetivo da Maçonaria
é despertar o equilíbrio da razão, emoção e espiritualidade - quando poderão
fazer isto se suas mentes estão adormecidas pelo enfadonho e repetitivo som
monótono das mesmas ideias repetidas vez após vez?
O obreiro deve voltar à
prática do salutar e edificante afiar da espada, a língua, e praticar o
manuseio do maço e do cinzel, dar tratos à capacidade de pensar, que há muito
foi substituído por outras atividades nada motivadoras; mesmices, tão
entediantes que apenas embalam o sono dos ouvintes passivos.
Urge incrementar a
qualidade das sessões maçônicas de modo a torna-las motivadores de tal forma
que estabeleçam contágio para edificantes conversas entre irmãos, o que é de
fato o real objetivo da Maçonaria especulativa com sua filosofia e liturgia.
Mestres maçons devem ser compelidos na confecção de peças de arquitetura? Não!
Ninguém é obrigado a fazer nada além do determinado pelas leis que regem a
loja.
O mestre maçom só
confeccionará peças de arquitetura quando estiver inspirado para isto. Tais
construções surgem no canteiro de obras principalmente se esta for a sua
vontade e depois do obreiro se ver provocado por novas inspirações provindas em
loja dos irmãos, das outras pedras, pedriscos e grãos de areia.
O salão é o mesmo, as
músicas e o ritmo é que devem mudar. O baile será alegre e trará prazer aos
dançarinos se a sessão for motivadora e entusiasta! O que interessa é cada
músico dar o que tem de bom em si e animar o baile ao sabor de seus pensamentos
temperados com alegria.
O que se objetiva é
alimentar com o sadio, construtivo e consistente alimento da filosofia
maçônica.
A sede de conhecimento
maçônico deve ser aplacada para que o homem produza frutos.
O gênio da motivação
vem do ritmo impelido pelos músicos e maestro, onde todos participam da
orquestra e ao mesmo tempo dançam ao som de seus pensamentos, sonhos e até
devaneios.
E assim, os dançarinos vão se movimentando na
pista do tempo construído à semelhança de um rio e onde cada pedra lustra a
outra para honra e à glória do Grande Arquiteto do Universo.
Ir.·. Charles Evaldo
Boller
Ir.: Charles,
ResponderExcluirExcelente peça, recheada de idéias, as quais compartilho de forma veemente esse nosso "recheio" liturgico.
Forte abraço e parabéns
Marcos Soares