O PRIMEIRO DEVER DE UM INICIADO



A Iniciação não é de ordem meramente intelectual e não tem por objeto satisfazer a curiosidade, graças à revelação de certos mistérios inacessíveis ao profano.

O que nos vem ser ensinado não é uma ciência mais ou menos oculta, nem uma filosofia que nos desse a solução de todos os problemas: é uma Arte, a Arte da Vida. Muito bem: a teoria pode ajudar-nos a compreender melhor uma arte, mas, sem a prática, não existe artista.

Da mesma maneira, não é realmente iniciado quem não possui verdadeiramente a arte iniciática, e é, portanto, de absoluta necessidade aproveitar todas as oportunidades para colocá-la em prática. De outra parte, como poderemos começar a praticar a arte de viver?

Muito simplesmente, procurando ajudar ao nosso próximo. A vida é um bem coletivo: não nos pertence particularmente; para desfrutá-la, devemos participar da vida dos demais, sofrer com os que sofrem e dar quanto de nós dependa para aliviar suas penas.

Quando, em uma Loja maçônica, o Irmão Hospitaleiro cumpre sua missão com respeito ao neófito, vem a recordar-lhe que seu primeiro dever é ajudar aos infelizes. 

Poderá ver mais adiante que nunca ficam esquecidos os que estão no infortúnio: em toda reunião maçônica é obrigação circular, antes do fechamento, o Tronco de Solidariedade.

Esse costume que se observa no mundo inteiro dá à Franco-Maçonaria um caráter humanamente religioso, que, jamais, terão as associações profanas que pretendam nos revelar os mistérios.

Em todos os tempos, têm existido charlatões pontífices e hierofantes: prometem dar-nos uma ciência infalível, um poder ilimitado, a riqueza neste mundo e a felicidade no outro.

Não pedem, em troca, mais do que a confiança absoluta em suas palavras e o serem reverenciados como semideuses. Inumeráveis são os que se deixam enganar e jactam-se de ser iniciados, depois de conseguirem assimilar algumas doutrinas e de aprenderem a contentar-se com as miragens de certos fenômenos, que mais pertencem à patologia.

As teorias que tudo explicam e os desequilíbrios psicofisiológicos nada têm a ver com a Verdadeira Iniciação. Esta, e nunca se o dirá bastante, é ativa. Torna-nos co-participantes em uma obra, a Obra por excelência, a Magna Obra dos Hermetistas.

A Iniciação não se busca para saber, senão que para obrar, para aprender a trabalhar. Segundo a linguagem simbólica empregada pelas escolas de iniciação, o trabalho tem por objetivo a transmutação do chumbo em ouro (Alquimia), ou a construção do Templo da Concórdia Universal (Franco-Maçonaria).

Em um caso como no outro, trata-se de um mesmo ideal de progresso moral. O que busca o Iniciado é o bem de todos, e não a satisfação de suas pequenas ambições particulares. Se não morreu para todas as mesquinharias, é prova de que, ainda, continua profano.

Se, verdadeiramente, passou pelas provas, seu único desejo será colocar-se a serviço do aperfeiçoamento geral, coletivo e, por conseguinte, correr em socorro do companheiro de fadigas, assoberbado pelo peso de sua tarefa.

Ajudar ao próximo: eis aí o primeiro dever do Iniciado. Sua ajuda espontânea irá a quem o chamar. Não se vai deter em buscar se o sofrimento é ou não merecido, se é consequência de um mau carma procedente de encarnações anteriores.

Os favorecidos deste mundo não estão autorizados a se acreditarem melhores do que os parias da existência. Uma doutrina que tendesse a sugerir sentimentos de tal natureza resultaria, eminentemente, anti-iniciática.

Quem suporta dignamente a dor é um aristocrata do espírito e é credor de nosso respeito, se a sorte foi mais clemente para conosco. Seus sofrimentos não são, necessariamente, expiação de algumas faltas que pudesse haver cometido, e sustentar semelhante tese equivalem a uma impiedade.

Todo esforço produz um sofrimento, que torna mais meritório nosso trabalho. A dor é santa e devemos honrar aos que sofrem. O melhor que podemos fazer é, desde logo, solidarizar- nos com eles, compartilhar suas penas e suas angústias e ajudá-los, do melhor modo que saibamos, material e moralmente.

Toda iniciação que não comece pela prática do amor ao próximo resulta falaz, por maior que seja o prestígio que se lhe queira dar. Pelo fruto se conhece a árvore. 

Ainda que não proporcione à humanidade um alimento de todo são e reconstituinte, a árvore pode, sem embargo, oferecer-lhe um abrigo sob seus ramos, por mais que tão-só seja utilizável sua madeira, uma vez cortada.

Para julgar uma instituição é, portanto, necessário ponderar os serviços que presta à humanidade. Se não inspirar aos indivíduos sentimentos mais humanos, se, graças à sua influência, não sentirem mais profundamente o amor, se não se tornarem mais serviçais uns aos outros, não terá direito a proclamar-se iniciática, porque a Iniciação se baseia sobre o desenvolvimento de tudo quanto contribui para elevar o homem acima da animalidade: pelo coração, bem mais que pela inteligência.

Podemos compreender assim toda a importância do rito que convida o neófito a contribuir para com a assistência das viúvas e órfãos, em cumprimento ao ser primeiro dever de Iniciado.


Matéria extraída do livro “O Ideal Iniciático”.

OLHANDO A ORDEM MAÇÔNICA, BREVEMENTE, "DE FORA PARA DENTRO":


A responsabilidade da Maçonaria e do Maçom, em relação a toda a Humanidade, está sempre presente e paralela, quer se queira quer não, em face da filosofia e da influência ética e moral que a doutrina maçônica exerce no inconsciente coletivo.

O edifício Moral, onde vivem as pessoas, e seu ordenamento, resulta da harmonia perene entre a fatalidade dos acontecimentos e a liberdade de pensar e agir.

Mas o triunfo da Liberdade impõe perseverança e valores.

A Ordem Maçônica está fora da antropologia religiosa e não pode nem deve ser engolida com exclusividade, ou monopolizada, por qualquer outra doutrina particular, escola filosófica, facção sociopolítica ou, muito menos, religião.

O Maçom, por seu turno, dotado da liberdade para fazer o bem, não pode ser massa de manobra, sujeito aos caprichos e idiossincrasias de quem quer que seja, maçom ou não.

O caso contrário, para a Maçonaria ou o Maçom, faz com que a Ordem perca sua singularidade de tocha viva com a função, dever-ser, de depurar, aquecer mentes e corações, iluminar, animar, ensinar e disparar germes do bem, do bom e do belo, que povoam a utopia e o imaginário do gênero humano.

Voltada para registrar, escrever, tecer epistemologia e reescrever o progressivo avanço do bem-estar da família, da pátria e da humanidade, as verdades emergentes, então, constituem o florilégio de avatares, escolásticos ou sábios, oceano de conhecimentos, incorporados à doutrina maçônica, repositório perene de verdades atuais.

A Maçonaria, então, é arena neutra, alicerçada no livre-pensar, no debate disciplinado, harmônico e construtivo, na lide pacifista, tudo pontilhado por valores, opiniões, crenças atomizadas (em pílulas), ideias consistentes e repletas de boa fé e de boa vontade, que dão margem à formação continuada dessas verdades atuais.

Os efeitos da doutrina maçônica constituem os produtos que a Ordem anuncia, de modo recorrente e continuado.

O Conhecimento daí derivado é universal, posto que não é Conhecimento isolado.
A doutrina maçônica, suas premissas, princípios, preceitos, proposições e procedimentos milenares, ilumina toda a Humanidade, qual um sol.

É forma ativa e reflexiva de pensamento.


A/D

SIMBOLOGIA MAÇÔNICA


Símbolos e Alegorias

A mitologia e a simbologia são o depósito mais antigo da ciência humana. Fábulas e símbolos foram os primeiros veículos encontrados pela mente humana para comunicar fatos e descobertas intelectuais.

A história religiosa e a filosofia de todos os povos nasceram partir do desenvolvimento desse sistema de linguagem. As descobertas arqueológicas mais recentes estão a mostrar que praticamente toda a teologia nasceu de uma origem comum, fundada em crenças abstratas, desenvolvidas pelos Antigos Mistérios, que de uma forma geral, eram praticados por todos os povos da antiguidade.

A própria forma de escrita dos povos antigos não fugiu a essa tradição, pois salvo raríssimas exceções, todas reivindicavam origem sagrada, oriunda dos próprios deuses. É o caso da escrita egípcia, por exemplo, cuja tradição afirmava que tinha sido a eles ensinada pelo Deus Toth, durante o reinado de Osíris. 

Também o cuneiforme dos povos mesopotâmicos teria sido trazido à terra pelo Deus Enlil, da mesma forma que o sânscrito seria, segundo os hindus, um sistema de escrita desenvolvido diretamente pelos deuses.

Nem os hebreus escaparam dessa tradição, pois segundo os adeptos da Cabala, o alfabeto hebraico também teria sido gerado no céu, como forma de comunicação entre os anjos. 

De acordo com os ensinamentos da Teosofia, o primeiro idioma da espécie humana foi monossilábico, falado pelas primitivas raças que povoaram a terra. Era um sistema aglutinante, polissilábico, que foi primeiro utilizado pelos povos atlantes. Esse idioma seria a raiz do sânscrito, o qual, por sua vez, teria sido o pai de todas as línguas modernas.

Os símbolos maçônicos

Assim também são os símbolos naturais e artificiais usados pela Maçonaria para representar as mais diversas ideias. Escreve H.P. Blavatsky que “Desde tempos imemoriais os mistérios da Natureza foram registrados pelos discípulos dos Homens Celestes, em figuras geométricas e símbolos, cujas chaves passaram através das gerações de homens sábios e dessa forma vieram do Oriente para o Ocidente. O Triângulo, o Quadrado, o Círculo, são descrições mais eloqüentes e científicas da evolução espiritual e psíquica do universo do que todos os volumes de Cosmogênese.” (1)

Os Mistérios de Ísis e Osíris, os Mistérios de Mitra, de Brahma, de Indra, de Dionísio, os Mistérios de Elêusis, etc, são exemplos dessas tradições praticadas por todos os povos antigos. De uma forma geral, todos esses Mistérios buscavam “religar” o profano ao sagrado, através da imitação do processo que causava a vida e a morte.

Diz-se que nas iniciações a esses Mistérios os segredos da origem do universo eram relatados pelos hierofantes numa linguagem cifrada e os iniciados deviam registrá-la através de símbolos ditados pela sua sensibilidade.

Assim, o mundo podia ser representado através de um círculo com um ponto no meio, da mesma forma que outros conceitos esotéricos recebiam diferentes conformações geométricas e pictóricas, as quais, se julgadas corretas pelos mestres, eram definitivamente adotados. Dessa forma foram criados os mais diversos símbolos para representar os mais diferentes conhecimentos arcanos. 

Destarte, iremos encontrar números e figuras geométricas como expressão de conhecimentos sagrados em todas as escrituras antigas. E iremos perceber que todas as cosmogonias (histórias de criação do mundo), são representadas mais ou menos da mesma forma: por um círculo, um ponto, um quadrado, um triângulo; e praticamente em todas essas demonstrações simbólicas encontraremos o número 7 a simbolizar o tempo da criação universal, ou as sete “rondas” às quais a humanidade terá que passar para cumprir o seu destino escatológico.(2)

SÍMBOLOS GEOMÉTRICOS

O círculo

Nas antigas tradições o círculo figura representava o universo primordial, o ”ovo cósmico”, configuração inicial do cosmo, onde tudo estava encerrado. Essa manifestação do espírito dos povos antigos mostra que nesses primórdios da vida da humanidade já se intuía a forma esférica dos corpos celestes, dos grãos fundamentais da matéria, os átomos, e do próprio universo, que segundo a moderna astronomia, também apresenta essa forma geométrica.

Na Cabala o círculo representa Kether, a coroa, o Princípio, a Inteligência Admirável, Potência Incriada, origem de tudo que existe. É o próprio Grande Arquiteto do Universo, enquanto forma energética, Primeiro Explendor, O Número Um, indivisível, inacessível á consciência humana.

Condensa todas as formas e expressões do universo em potência, assim como o ovo condensa a forma do ser que ele encerra. Por isso a Cabala o chama de Vasto Semblante, ou Semblante Imenso. Na filosofia ele é a mônada de Leibnitz, principio único e fundamental, a partir do qual o universo foi gerado.

Na física atômica, esse símbolo é chamado de Singularidade, ou seja, um lugar (partícula ou átomo) onde a densidade da matéria é tão densa que a relatividade geral deixa de existir. Sua manifestação como Existência Positiva é o Big-Bang, momento inicial do universo. (3)

O círculo e o ponto

O círculo com o ponto no centro representa o nascimento do universo, momento em que a luz é tirada das trevas, quando o Grande Arquiteto se manifesta em Luz (potência masculina, positiva, eletricidade, yang).
Na tradição cabalística ele é o Ain Soph, a segunda séfira, chamada Chockmah, representada pela sabedoria. Numericamente ele corresponde ao dois, segunda manifestação da Divindade.

Segundo a intuição vedanta, é o momento sublime em que Bhraman, a alma do cosmo, se manifesta como existência real. Para a tradição gnóstica, é o momento em que o “ovo cósmico” é fecundado pelo Espírito Divino. Na física é o momento que o Big-Bang ocorre e libera a energia luminosa que dará origem às realidades cósmicas. Corresponde à primeira lei que rege a formação cósmica, ou seja, a lei da relatividade, que permite a expansão do universo a partir do momento inicial da primeira explosão. (4)

O círculo, o ponto e o triângulo.

O círculo com o ponto e o triângulo representa o universo em equilíbrio. Na Cabala corresponde às três primeiras manifestações da àrvore sefirótica, Kether (a coroa), Chokmah (a sabedoria) e Binah (a compreensão), que se unem para formar tudo que existe no universo. Na doutrina cristã corresponde à chamada Santíssima Trindade.

Na tradição vedanta, é Brhama, Vixnu e Chiva, a trindade hindu, e para os antigos egípcios representava a união da sagrada família Osíris, Ísis e Hórus. Para os taoístas, representa os dois princípios, o masculino e o feminino que se unem, dando em consequência o perfeito equilíbrio, representado pelo triângulo. Na moderna física atômica esses símbolos equivalem às três leis básicas de constituição universal: relatividade, gravidade e conservação da energia. 

Correspondem também às três forças básicas sobre as quais o universo se apóia: luz, eletricidade e magnetismo. Para a Maçonaria, triângulos, pontos e círculos são símbolos extremamente representativos, que tem larga utilização na metalinguagem utilizada para a veiculação de seus ensinamentos.

O mundo maçônico é um mundo geométrico por excelência. O círculo é o mundo em seu início, o ponto é o seu conteúdo potencial, o triângulo é o mundo organizado, a ordem posta no caos inicial. Por isso, toda a comunicação maçônica é posta em forma de pontos dispostos em forma de triângulos, pois essa forma pressupõe que na ideia assim exposta estão presentes os elementos de estabilidade defendidos pela prática maçônica: liberdade, igualdade e fraternidade.(5)

Notas:

1. Síntese da Doutrina Secreta, op citado, pg. 125
2. Os sete dias da criação, citados em Gênesis, 2:1,3. Segundo a Doutrina Secreta a humanidade deverá viver sete ciclos ou “rondas”, até completar o seu destino na terra. A nossa era corresponde à quarta “ronda”. Síntese da Doutrina Secreta, op citado, pg. 151
3. Conceito expresso por Stephen Hawking em O Universo Em Uma Casca de Nóz- ANX-São Paulo, 2002
4. Disse Deus: faça-se a luz; e fez-se a luz. E Deus viu que a luz era boa. Gênesis 1:3
5. Segundo a teoria de James Clark Maxuel, as leis da eletricidade e do magnetismo, atuando sobre a matéria universal, formam campos energéticos que transmitem ações de um lugar para outro. Esses campos se comportam como “entidades” dinâmicas que podem oscilar e mover-se no espaço. Na Cabala, equivalem aos “anjos” que supervisionam a formação do universo.

DO LIVRO "LENDAS DA ARTE REAL", NO PRELO.


O TELHAMENTO E A EXPRESSÃO TRÊS VEZES TRÊS



Segundo alguns autores essa declaração advém dos antigos canteiros medievais da Franco-maçonaria que saudavam pelo Sinal o Mestre da Obra por nove vezes – “Eu vos saúdo, eu vos saúdo, eu vos”… (repetia-se o procedimento por nove vezes). O número nove associava-se à unidade de proporção do cubo poliédrico – três partes para a largura somadas as três para a profundidade e ainda mais três partes para a altura.

Três desses cubos compostos por três partes iguais na sua largura, profundidade e altura quando sequencialmente unidos nessa proporção perfaziam geralmente o volume do edifício ou o quadrilongo. Essa harmonia proporcional construtiva mais tarde seria muito usada para determinar os limites simbólicos da Loja (Oficina ou Canteiro) da Moderna Maçonaria – um cubo para o Oriente e dois cubos para o Ocidente, ou ainda, um para o Oriente, um e meio para o Ocidente e meio para o Átrio.
Outro provável aspecto originário do termo TVVT está na saudação oriunda das Lojas maçônicas inglesas no que se refere ao cumprimento às Três Luzes Maiores, às Três Luzes Menores e aos três principais Oficiais, a saber: o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso; O Sol, a Lua e o Venerável (o Sol para governar o dia, a Lua para governar a noite e o Venerável para governar a Loja); os dois Vigilantes e o Guarda do Templo. Assim, o termo TVVT se reportava também à saudação aos componentes de uma Oficina maçônica daquela época, anterior ao século XVIII e da profusão e aparecimento de Ritos e Trabalhos maçônicos.
Cabe nesse particular uma importante observação: essa conduta não pode ser tomada como exclusividade deste ou daquele Rito, já que a expressão comentada antecede a existência desses na Maçonaria.
Assim o termo TVVT pela sua importância histórica e dos seus usos e costumes ficaria fazendo parte do complexo ideário maçônico.
Ainda, em se tratando da vertente deísta da Moderna Maçonaria francesa, o termo também se reporta à evolução e aperfeiçoamento da Natureza onde T corresponde a cada ciclo natural (estação do ano) que somados por TVV corresponde ao número nove (meses) – a primavera, o verão e o outono. Os três meses de inverno não aparecem por se reportarem a estação em que a Terra fica viúva da Luz. Daí o quadrado de T ou TVVT.
Nesse sentido as tríades se apresentam na Maçonaria em vários aspectos simbólicos, todavia apenas como tríades e não como origem da expressão usada especificamente no telhamento maçônico.
No Real Arco, Arco Real, o Tríplice Tau, Selo de David, etc., são tríades que revelam verdades e lições de ética e moral, entretanto nunca como origem específica da declaração TVVT no examinador maçônico.
Também nem mesmo Ramsay teria influenciado o REAA nesse particular. O escocesismo simbólico somente tomaria forma a partir de 1.804 na França por influência das Lojas Azuis norte-americanas.
Embora essa influência anglo-saxônica no simbolismo do Rito Escocês, este pela sua origem francesa adotaria em seu arcabouço doutrinário a alegoria da evolução da Natureza acima mencionada – note as nove luzes dispostas em grupo de três em três sobre o Altar ocupado pelo Venerável Mestre e as mesas dos Vigilantes.
Concluindo, nunca é demais lembrar que entre as duas vertentes principais da Maçonaria – a inglesa e a francesa – as práticas litúrgicas e ritualísticas dos Ritos e Trabalhos (working do Craft) não raras vezes se diferenciam entre eles, principalmente pelos seus costumes culturais, daí práticas como a do Tríplice Abraço e do próprio Telhamento latino (questionário tal qual conhecemos no Brasil) aplicado no REAA, por exemplo, não podem ser generalizados como artifício único para toda a Maçonaria universal. Como dito, há entre eles práticas diferenciadas e muitas vezes desconhecidas conforme a sua vertente maçônica – anglo-saxônica ou latina.

Autor: Pedro Juk

CONTRA AS RELIGIÕES


O problema começou lá na pré-história, sem entender a natureza o homem precisava ter alguma forma de explicar os fenômenos biológicos, físicos e químicos, então ele concebeu uma forma de divindade para explicar o inexplicável.
Essa divindade passou pela adoração dos astros, dos animais, pela filosofia, até chegar às formas modernas de teologia e divindades.
Na história da humanidade o homem sempre usou a divindade para justificar suas ações e erros, em nome desse Deus, que ele criou, o homem matou, destruiu civilizações, matou inocente, até crianças, exterminou povos, sacrificou seres humanos e animais, torturou, perseguiu, ou seja, pintou o DIABO, outra criação sua!
O domínio físico passou para outros piores, psicológico, financeiro, político, moral, comportamental, etc., esse domínio é exercido através da fé dos crédulos e inocentes.
O verdadeiro Deus criador do Universo, não se envolve nos problemas humanos, o homem é livre para tomar suas decisões, a responsabilidade dos seus atos não é de Deus ou do Diabo! O homem é um Ser dotado de Consciência, diferente dos animais que reagem por instintos, e essa Consciência é responsável pelos seus atos e ações.
Outro equívoco das religiões é envolver Deus em seus problemas naturais; sexualidade, riqueza, miséria, política, economia, moral, etc., são problemas do Homem, suas opções sexuais são apenas físicas, não alteram sua espiritualidade, bem como o seu comportamento, caráter e personalidade, Deus não é responsável pelo caráter de nenhum homem, ele age movido por sua consciência, se rouba, mata, mente, etc., é sua inteira responsabilidade, resultado de um caráter mal formado, fruto muitas vezes de uma personalidade doente.
Eu acredito em Deus, mas tenho certeza que ele não se mete em vida material, o que eu faço (acertos ou erros) é inteira responsabilidade minha, não entro nessa de Diabo ou congêneres.
Meu Deus não fica com o dedo em riste punindo ou protegendo, ele não está preocupado como eu levo minha vida, se eu casei, juntei, ou estou no ‘tico-tico-no-fubá’, se eu sigo os padrões e normas sociais ou não, mais sei que, por acreditar nele, devo procurar ser uma boa pessoa, livre dos vícios e de bons costumes, e agir de forma correta, de acordo com os padrões sociais (valores) estabelecidos por minha sociedade.
Meu Deus é inefável, ele não tem forma ou figura, ele não pode ser explicado, nem por palavras, figuras, ou qualquer outra forma, mas eu posso senti-lo quando contemplo o céu, o mar, a natureza, pois ele é tudo, está em tudo, até em mim! Como em todos os Seres e na natureza.
Portanto, religião não salva ninguém, religião é uma criação do homem para atender os seus interesses e justificar seus erros, ela foi criada por alguns espertos que não queriam trabalhar, então criaram a ideia que todos deveriam sustentá-los para eles serem os intercessores com a divindade, e assim tem sido por toda a história, é só estudar.
As religiões institucionalizaram os reinos, os impérios, e os governos, dominaram povos e sociedades, controlaram e estabeleceram os padrões das sociedades e povos, transformaram o sexo em coisa suja e criaram padrões para a sexualidade humana.
Os seus mentores sempre viveram e vivem a custa dos outros, não trabalham, mas estabelecem valores que devem ser pagos para mantê-los, enriquecem a custa de pessoas que muitas vezes se privam de coisas necessárias para pagar a igreja, vivem negociando a salvação, pois muitos acreditam que podem se salvar comprando sua salvação pagando suas igrejas.
Experimente dizer a uma dessas sanguessugas que você não vai dar dinheiro a igreja, mas vai comprar alimentos e distribuir aos pobres!
Por mim as igrejas acabam e todos vão ter que trabalhar para se sustentar, pois meu Deus não precisa de templos, e eu não preciso de igrejas para encontrá-lo e viver com ele, pois ele está dentro de mim e eu amo meu Deus acima de qualquer igreja ou religião!
EU NÃO SOU CONTRA NENHUMA RELIGIÃO EM PARTICULAR... SÓ, NA VERDADE, NÃO PRATICO NENHUMA DELAS! MAS RESPEITO E PROCURO ESTUDAR TODAS, E EXTRAIR O QUE DE MELHOR CADA UMA POSSA OFERECER!
Não sou dono da verdade, e posso estar totalmente errado! Portanto, aqueles que acreditam e sentem necessidade de uma religião para encontrarem seu Deus, sejam fiéis e bons religiosos, e procurem ser honestos e fazer o bem não importa a quem!

Eduardo G. Souza                                                                                                             

ONDE ESTÃO OS MESTRES?


“O verdadeiro mestre não é aquele que ensina, é aquele que de repente descobre que aprende”.  (João Guimarães Rosa)

A comunidade Maçônica sabe não ser possível afirmar que apenas o domínio da ritualística contemplada em nossos Rituais proporciona o acesso ao conhecimento encerrado nos mistérios e simbologia da Ordem. Para compreendê-los e vivenciar a essência desse aprendizado são necessários esforço e dedicação adicionais.
Por outro lado, não se sustenta o argumento de que o quarto de hora de estudos das sessões de trabalho tem a finalidade de propiciar o tempo suficiente, se e quando utilizados, para as reflexões e apresentação de trabalhos que esgotem as temáticas envolvidas e nivelem informações e conhecimentos filosóficos.
Para suprir essas necessidades complementares de aprendizagem e estudos funcionam, nas dependências da GLMMG, dois excelentes fóruns representados pela Escola Maçônica “Mestre Antônio Augusto Alves D’Almeida”, criada pelo Decreto nº 1.537, de 25.08.03, e pela Loja Maçônica de Pesquisas “Quatuor Coronati” Pedro Campos de Miranda, na forma do Decreto do Grão Mestrado nº 1.713, de 08.11.07.

A Escola Maçônica tem o objetivo de “promover e instituir a revitalização de instruções e aprendizagem aos moldes da padronização ritualística”. Por sua vez, a Loja de Pesquisas se dedica a estudos, pesquisas e apresentação de trabalhos maçônicos.

Esses dois centros de estudos são dirigidos por irmãos voluntários, competentes e dedicados, que não medem esforços para proporcionar as melhores oportunidades para estimular a investigação, o debate e o intercâmbio de experiências e informações sobre a essência da Maçonaria.
Ocorre que, em que pese à carga de trabalho e tempo dedicados à preparação dos eventos imprescindíveis ao cumprimento dos objetivos propostos, a receptividade por parte da população maçônica que frequenta semanalmente as Lojas ativas no Palácio Maçônico, em torno de 60, envolvendo mais de 1.000 obreiros, não tem sido satisfatória. Não é raro registrar-se a presença bastante reduzida de interessados em várias sessões, tanto na Escola Maçônica quando na Loja de Pesquisas. E tal situação enseja algumas reflexões.
No que se refere à Escola Maçônica, é divulgada uma programação mensal contemplando a apresentação das instruções dos Graus 1, 2 e 3 do REAA, onde são discutidos e analisados os rituais, a liturgia e o simbolismo maçônico. No decorrer das apresentações são frequentes as oportunidades em que as discussões se aprofundam mesmo com reduzido número de participantes, ensejando sinergias enriquecedoras para gáudio dos presentes.
Nessas oportunidades, são recorrentes as observações dos presentes quanto à falta de interesse dos demais obreiros em participar de eventos da espécie, em face de eventuais conflitos entre a ritualística e a prática nas sessões de trabalho. Mesmo entre aqueles que estão iniciando na senda maçônica ou vem de galgar os degraus da elevação ou exaltação, não se verifica uma constância no cumprimento da programação. Não resta dúvida de que os ciclos de aprendizagem demandam tempo, disciplina e dedicação.
Sabemos todos das responsabilidades dos padrinhos no processo de formação dos seus afilhados na Ordem, no sentido de que se tornem pessoas melhores e mais preparadas, entretanto, a situação se assemelha aos pais que delegam às escolas a educação dos filhos e se mostram negligentes no acompanhamento no processo de desenvolvimento e aperfeiçoamento pessoal, moral e espiritual de seus afiançados e futuros dirigentes da Ordem. Têm-se notícias de que são raros os convites para que um afilhado acompanhe um padrinho nas sessões ou mesmo a ocorrência de uma sutil sugestão de comparecimento.
Não poderíamos deixar de registrar um comentário frequente que se ouve nas instruções do Grau 3, objeto da constatação do reduzido  número de Mestres presentes às sessões. Algumas reflexões se resumem no questionamento: “será que os Mestres estão suficientemente repletos de sabedoria que não há nada a aprender?

Outra observação destacada e também atribuída aos trabalhos em Loja aborda o entusiasmo inicial com a plenitude alcançada, onde em pouco tempo muitos passam a ter “bode do trabalho” maçônico, adotando ritmo mais lento, quando não desinteressado ou com foco em outros proveitos.

No mesmo diapasão transcorrem as sessões da Loja de Pesquisas.
É rara a oportunidade de Templo com plateia numerosa. Por vezes, trabalhos do mais alto gabarito são apresentados para um grupo pequeno. As Lojas que funcionam nas datas dos eventos perdem excelentes oportunidades de incorporar-se aos trabalhos e tirar vantagens dos ensinamentos oferecidos.
Mas tal fato não inibe que se ouça ou que se leia em currículos ou pranchas os vínculos à fundação da Loja ou outra de destaque em cargos de direção. Apenas citar que é membro de uma Loja, seja ela qual for e, efetivamente não participar, não se mostrar, é apenas se beneficiar com o trabalho daqueles que permanecem na senda, é colher o que os abnegados estão cultivando. Fazer parte sem estar presente, onde está o mérito?
Não se pode deixar de dar destaque aos obreiros que honram a Ordem e fazem-na respeitada e valorizada e que são maioria. A presente reflexão visa a estimular aqueles reputados como sábios e referencial para os demais que se doem àqueles que buscam o conhecimento e o debate saudável e enriquecedor.

É corriqueiro ouvirmos que determinados irmãos são profundos conhecedores da Ordem, têm muito tempo de lida e são portadores de inúmeros títulos, porém se mostram silenciosos. Mas, como diz o Livro da Lei, “ninguém acende uma lâmpada para cobri-la com uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama. Ele a coloca no candeeiro, a fim de que todos os que entram vejam a luz”. Observados o protocolo e as exigências da cada Grau, o saber não pode ser egoísta.

É motivo de comentários por vezes irônicos que muitos Mestres quando desafiados a comentar a respeito de determinado assunto devolvem a pergunta ou afirmam que o questionador não está preparado para aquele conhecimento demandado.

Muitos interpretam tal comportamento como insegurança, talvez por falta de conteúdo ou por deficiências nos estudos ou medo de demonstrar ignorância. Por isso faz-se mister matutar sobre a dica de Cora Coralina: “feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”.

Nesse sentido, a missão do Mestre no exercício da sua plenitude é transmitir aquilo que aprendeu, compartilhando informações e experiências, estimulando, questionando, provocando e, por vezes, confundindo o Aprendiz, mostrando-lhe vertentes ou caminhos que possam ser exploradas.
O verdadeiro Mestre deve dar o seu testemunho e honrar o compromisso de ser um facilitador para os novos Aprendizes e Companheiros, para que os mesmos sejam sempre melhores do que aqueles que os treinaram.
Como reflexão derradeira, porém sem esgotar a temática, merece destaque o comentário do catedrático Philip Kotler, referência no ensino e no planejamento de marketing, autor dos livros e das teorias mais citadas no setor que afirma: “Demora dias para se aprender marketing. Infelizmente leva-se uma vida inteira para ser um mestre”. Sopesadas as diferenças, podemos tirar algum proveito do pensamento.

“A messe é grande, mas poucos são os operários!” (Divino Mestre)

Autor: Márcio dos Santos Gomes
Márcio é Mestre Instalado da ARLS Águia das Alterosas – 197 – GLMMG, Oriente de Belo Horizonte, membro da Escola Maçônica Mestre Antônio Augusto Alves D’Almeida, da Academia Mineira Maçônica de Letras.

"ONDE ESTÁ O SEGREDO MAÇÔNICO?" -- " ESTÁ DENTRO DE VOCÊ"


A Iniciação tem como objeto conduzir o indivíduo até ao Conhecimento por meio de uma iluminação interior, projeção e apreensão no centro do Eu humano da luz transcendente. Constitui o verdadeiro "batismo maçônico". É o começo de uma vida nova. É através da iniciação que um indivíduo recebe os primeiros conhecimentos de uma sociedade secreta que se chama Maçonaria, ingressa na Ordem, transformando-se em Irmão e inicia a aprendizagem dos segredos da Maçonaria, saindo das "trevas" para a luz.

Esta alegoria encontra-se corporizada na venda colocada sobre os olhos do iniciando e que apenas é retirada, quando da sua aprovação, no final da cerimônia. À escuridão que se manteve sucede então o conhecimento da realidade envolvente - a loja ritualmente preparada e os Irmãos decorados conforme o grau.

Irmãos, embora ainda não conheça profundamente a Maçonaria, penso que a iniciação é a mais importante cerimônia maçônica e o ato mais relevante da vida de um maçom. A sua origem não é apenas simbólica, mas resultou da necessidade que as antigas sociedades sentiram de conservarem em rigoroso sigilo os seus mistérios e de propagar as suas doutrinas.

As iniciações Maçônicas vêm, ao longo dos anos, de acordo com a investigação que efetuei, sendo associadas aos chamados Antigos Mistérios. Os mistérios de Mitra, de Ceres, dos Essênios, têm sido colocados como pontos de partida para as iniciações Maçônicas.

A iniciação é um processo continuo que tem como finalidade proporcionar o desenvolvimento da qualidade de Maçom. Nenhum Irmão deve pensar que a partir do momento do cerimonial, passa de Neófito para Maçom. A iniciação não é um processo de revelação repentina. É o inicio de um caminho de aprendizagem através dos tempos no qual nos vamos tornar uns verdadeiros maçons.

A iniciação apenas nos oferece os instrumentos para o nosso aperfeiçoamento e transformação.

O método da iniciação é uma via essencialmente intuitiva. Esta é a razão porque a franco-maçonaria usa símbolos - um símbolo é uma imagem sensível utilizada para exprimir uma ideia oculta, mas analógica - que servem para provocar a iluminação através da aproximação analógica Esta linguagem tradicional, imemorial e universal permite estabelecer, através do tempo e do espaço, a relação adequada entre o sinal e as idéias.

A iluminação que os símbolos provocam permite, ao mesmo tempo, apreender os diferentes pontos de vista e unificá-los, revelando a unidade que os transcende e fazendo passar do conhecido ao desconhecido, do visível ao invisível, do finito ao infinito.

Por esta razão, é difícil traduzir os símbolos maçônicos em linguagem usual sem lhes falsear o sentido profundo e o valor.

Digamos apenas que tais símbolos são tirados quer da tradição religiosa, quer do hermetismo e da alquimia, constituindo uma transposição de uns e de outros para a forma e para o uso dos utensílios dos maçons operativos. Além disso, eles não consistem somente em objetos, mas também em gestos, sinais, palavras, lendas e parábolas. A própria fórmula Grande Arquiteto do Universo é um símbolo que exprime a Força Criadora Suprema.

Os símbolos na Maçonaria podem dividir-se em três tipos:

Símbolos religiosos tradicionais:

O triângulo, o delta luminoso, os três pontos: o símbolo evoca, nas suas três formas, a ideia da divina Trindade;

O Templo de Salomão e os seus adornos;

Símbolos herméticos e alquímicos:

Os quatro elementos: terra, ar, água e fogo; 

Os três princípios da Grande Obra: enxofre, o sal e o mercúrio;

A fórmula V.I.T.R.I.O.L. - Visita o interior da terra e, retificando, descobrirás a pedra oculta.

 "Trata-se de um convite à investigação do Ego profundo, que não é senão a própria alma humana, no silêncio e na meditação" segundo Jules Boucher- A Simbólica Maçônica- Ed Pensamento

Utensílios maçônicos:

O compasso: medida na procura;
O esquadro: retidão na ação;
O maço: vontade na aplicação;
O fio de prumo: profundidade na observação;
O nível: atuação correta dos conhecimentos;
Avental: simboliza o trabalho constante.

 O segredo e o silêncio maçônico

Nos tempos antigos, as Sociedades Iniciáticas possuíam os seus segredos e exigiam silêncio absoluto a todos os seus iniciados. 

A Maçonaria não foi diferente. Em tempos de Maçonaria Operativa, era absolutamente necessário que os processos técnicos que envolviam a arte de construir fossem protegidos. 

A Maçonaria Especulativa herdou estes famosos segredos que, outrora, serviram de base para as grandes perseguições sofridas.

Na sociedade atual, todas as pessoas têm acesso à informação, praticamente, não existe mais nenhum segredo na Maçonaria. Mas não se fala de Maçonaria em meio profano, nunca! 

Contudo, para o Mundo profano, continuamos a ter o nosso segredo. O segredo maçônico é, de fato, de ordem simbólica e iniciática e leva anos a se descobrir.

Para alguns autores, o segredo maçônico é um estado de iluminação interior, uma evolução que se alcança pela iniciação, que a linguagem humana não poderia traduzir e, portanto, trair, pois as palavras correspondem a conceitos, enquanto o pensamento iniciático transcende ao pensamento conceptual.

Desta forma, o segredo da Maçonaria só poderá ser apreendido depois de muito estudo, suor, decepções, lágrimas e reflexão.

De fato o segredo maçônico é incomunicável, pois, reside essencialmente no simbolismo dos ritos, sinais, emblemas e palavras. E estes, embora possam ser conhecidos e divulgados, só são compreensíveis pelos iniciados.

"os verdadeiros segredos da Franco-Maçonaria são aqueles que não são ditos ao adepto e que ele tem de aprender a conhecer pouco a pouco, à medida que vai soletrando os símbolos". Assim, e de acordo com R. Guenon "o que é transmitido pela iniciação não é o próprio segredo, pois ele é incomunicável, mas a influência espiritual que tem os ritos por veículos".

O Segredo é aprendido com: Frequência em Loja, Assiduidade, Pontualidade, Comparecimento, Presença "viva", Participação, Trabalhos, Elaboração de trabalhos, visitas em outras Lojas, Convívio entre os Irmãos, Dominação do EGO e da VAIDADE, Leitura e muito Estudo.

Denilson Forato - MI


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