COMO ENCONTRAR DEUS!



Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos.  Salmo 19,1

A 4ª Instrução do 1º grau é aberta com a interrogação: “O QUE É A MAÇONARIA”?

A resposta: “Uma associação íntima, de homens escolhidos, cuja doutrina tem por base o Grande Arquiteto do Universo, que é Deus; como regra: a Lei Natural; por causa: a Verdade, a Liberdade e a Lei Moral; por princípio: a Igualdade, a Fraternidade e a Caridade; por frutos: a Virtude, a Sociabilidade e o Progresso; por fim, a felicidade dos povos que, incessantemente, ela procura reunir sob a bandeira da paz. Assim, a Maçonaria nunca deixará de existir, enquanto houver o gênero humano”.

O objetivo deste trabalho é fornecer subsídios nessa direção, proporcionando ao recém-iniciado elementos de reflexão através dos quais possa, de forma consciente, trabalhar os seus sentimentos e a sua razão, seja racionalizando sentimentos por intermédio do bom senso e da lógica, seja iluminando a inteligência e os pensamentos com as luzes dos bons sentimentos.  

Lapidar os próprios sentimentos é tarefa árdua, mormente para os Aprendizes. 

Restringido a três páginas, nestas tentaremos mostrar o que de mais importante representa a base de nossa doutrina, embora sabendo que ninguém pode definir o Grande Arquiteto do Universo. Entre todos os landmarks anglo-saxão existe um de extrema importância pelas discussões que provocou. É a crença na existência de Deus, considerado como o Grande Arquiteto do Universo.

Wirth comenta esse Landmark nos seguintes termos: “Que esta crença esteja implicada pelo caráter religioso fundamental da Franco-Maçonaria é algo que não contestaremos. 

O Iniciado que compreende a Arte jamais será um ateu estúpido ou um libertino irreligioso. (“Libertino” tem aqui o sentido antigo: “Livre da disciplina da fé religiosa”).

Essa certeza deve levar-nos a confiar em quem procura a luz com sinceridade. Não temos de exigir dele um credo determinado, que o Há dois mil anos um homem veio ao mundo para pregar uma doutrina de amor, obrigue a aceitar uma concepção teológica necessariamente discutível.

Não erigimos o Grande Arquiteto do Universo como um objeto de crença, mas vemos Nele o símbolo mais importante da Maçonaria, símbolo que deve ser estudado como os demais, a fim de que se compreenda a Maçonaria e se construa cada um por si, num desafio ao egoísmo, o santuário de suas convicções pessoais.

A noção do Grande Arquiteto do Universo, na Maçonaria, é ao mesmo tempo mais ampla e mais limitada que a das diferentes religiões. (Note-se que não suprimimos a palavra “Deus”, mas que lhe acrescentamos o epíteto de “Grande Arquiteto do Universo”).

BONDADE E HUMILDADE DO ESPÍRITO
A Franco-Maçonaria desde sua origem adotou a expressão “O Grande Arquiteto do Universo”, mostrando assim a sua concepção da divindade em suas relações com o mundo e com o homem. 

Sendo Deus o Ser Supremo admitido em todas as religiões, é a existência Suprema, Superior, Criadora e Indefinível, cujo estudo constitui uma das bases da Maçonaria.  

O Cristianismo prega o amor, pedindo que seja feito ao próximo o mesmo que se almeja para si; Jesus de Nazareth, aquele que deu sua vida pela salvação dos homens, respondeu aos Fariseus: “Amar a Deus com todas as forças e a seu próximo como a si mesmo, é da lei e dos profetas; não há maior mandamento”.

Aos que perguntaram qual o caminho para o Reino dos Céus, declarou: “Procurai em primeiro lugar a Justiça e o resto vos será dado em abundância”.

O Judaísmo quer que o nocivo não seja feito aos outros. Moisés tirou da escravidão os filhos de Israel, ditou: “Tu venerarás somente o DEUS único e não talharás imagens a sua semelhança; respeitarás o dia de descanso; não jurarás em vão; honrarás Pai e Mãe; não cometerás adultério; não roubarás os bens de outrem; não levantarás falso testemunho; não cobiçarás a mulher, nem os bens do próximo”.

O Islamismo ensina que, para ser um crente, é preciso desejar ao próximo o que se quer para si mesmo; Maomé, o Profeta por excelência, do Islã dita: “Deus é Deus e não há outro Deus”. “Ninguém pode ser chamado verdadeiro crente se não desejar a seu irmão o que para si deseja”;

O Confucionismo dirige o pensamento para não fazer aos outros o que não se quer para si mesmo. Sua doutrina consiste, inteiramente, em ensinar a retidão do coração e o amor ao próximo.

Há uma regra universal de conduta que se contém na palavra RECIPROCIDADE. “Tu que não és capaz de servir aos homens, como poderás servir, aos deuses? Não conheces a vida, como poderás conhecer a morte”?

O Budismo quer que não seja feito ao semelhante aquilo que lhe pudesse magoar. 

Gautama, o Buda renunciou os direitos de nascimento e de fortuna. Sua lei é a lei do perdão para todos.  

Crenças e religiões de toda ordem existem e devem ser respeitadas. É admitido pelo Alto que cada um busque o Criador em sua própria concepção teológica.

O homem está ligado a Deus pela alma, que é sua essência e seu universo maior de compreensão, raciocínio e sentimento. Não necessita de representantes e intermediários para tanto.

Tantas outras seitas existem, tantos outros mandamentos escritos de diversas outras formas permanecem, mas, acima de tudo, se há vínculos com a essência do Amor, da Bondade, da Justiça e da Sabedoria, ligados a Deus, apesar da variedade de suas revelações falam a mesma linguagem, porque ela corresponde às necessidades universais e aspirações permanentes da Natureza humana.  

Jamais utilizar a religião e a fé para o embrutecimento dos bons sentimentos, o cultivo da riqueza material ou o fanatismo que pode levar até a exaltação que impele o fanático a praticar atos criminosos em nome da religião.  

Hoje se fala muito de espiritualidade e, com frequência, o que se quer dizer é: “Não pertenço a nenhuma religião organizada”. A religião em si, não consegue eliminar completamente o lado mais tenebroso da humanidade.

Não pode acabar com as guerras, a crueldade, a ganância e o sofrimento dos pobres, mas alivia tudo isso e dá uma visão perene de nosso eu melhor e mais puro, e do mundo melhor que a Maçonaria almeja criar, oferecendo um antídoto ao medo que a morte desperta em nós e que nos transporta com fé e esperança há dias melhores para a Humanidade.

O Maçom tem como dever honrar e venerar o Grande Arquiteto do Universo e cumprirá todos esses deveres porque tem a Fé, que lhe dá coragem; a Perseverança, que vence os obstáculos; o Devotamento que o leva a fazer o Bem e a Justiça, mesmo com risco de sua vida, sem esperar outra recompensa, que a tranqüilidade de consciência.  

Precisamos estar mais presentes em nossas Lojas, porque lá os Irmãos, pela união e pelo pensamento se aproximam de Deus, buscando a esperança.

Lá nos reeducamos para superar o individualismo e, diante de Deus, abrir o coração para aprendermos que o Grande Arquiteto do Universo é a autoridade final, e, que nós, Seus filhos temos o dever de seguir pelos caminhos que nos levam a Ele, que são sempre os mesmos que nos levam uns aos outros.

BIBLIOGRAFIA
Ir.’. Valdemar Sansão
Fontes de Consulta:
- Rituais Maçônicos;
- “O Despertar para a Vida Maçônica”
Valdemar Sansão (aguardando publicação)


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