O MAÇOM EM TEMPLO


Qualquer reunião, mesmo profana, para tratar de negócios ou de confraternização tem a característica de criar forças vibratórias de energia positiva ou negativa, que influenciam diretamente aos participantes. Se algum dos presentes não estiver em sintonia com os demais, haverá discórdia e até mesmo algo mais grave.

Quando isto acontece em alguma festa ou reunião, costuma-se dizer que "fulano estava exaltado", para tentar justificar uma atitude não coerente com as dos demais. 

Isto não é verdade, porque outros participantes também entram no mesmo grau ou até maior de empolgação na conversa ou discussão, mas comportam-se com alegria e respeito, brincando e sendo alvo de brincadeiras, sem faltar ao respeito ou usar de violência com quem quer que seja.

Simplesmente, isto acontece porque estavam ligados em "sintonia" com o "espírito dominante" do evento, que não permitiu que o seu EU fosse invadido por forças negativas.

Também, quando nos propomos a participar de um culto, solicitamos a presença dos Reinos da Natureza, que ali encontram a oportunidade de atuar e servir aos presentes, com seus conselhos telepáticos e emanações fluídicas.

As entidades de todos os planos usam como método de evolução própria, o trabalho de ajuda aos participantes de reuniões de cunho religioso, ocasião em que se regozijam em estar presente em dias e horas marcados, aguardando apenas a invocação dos responsáveis pelo ritual, momento em que formam a egrégora, boa ou má, de acordo com a vibração do pensamento coletivo dos presentes.

Por estes motivos é que afirmamos ser necessário estar o templo maçônico totalmente puro e sem qualquer pensamento vil ou grosseiro.

A participação de maçons quando em templo (principalmente) deve ser do mais profundo respeito com os assuntos ali tratados, evitando-se brincadeiras e posicionamento relaxado ou preguiçoso, levando-se em conta que somente o respeito e pensamentos edificantes podem atrair em nosso benefício, com suas presenças em templo, elevadas entidades da Natureza e Anjos Celestiais.

O templo maçônico é um lugar sagrado, assim como o interior de uma igreja de qualquer religião também o é. Não devemos ali adentrar com lembranças ou pensamentos em atos comerciais, sexuais ou festas.

Devemos ter respeito à espiritualidade que ali comparece a nosso pedido, para nos ajudar na caminhada terrestre que acontece à grande viagem de retorno.

Quando estão os maçons dentro de um templo, estejam abertos ou não os trabalhos, os Espíritos da Natureza e os Anjos Celestiais também estão ali, ansiosos por ouvirem palavras sábias e bem intencionadas, despidas de ódio, inveja ou vaidade.

Quando isso ocorre, eles alegram-se e têm a certeza de que sua vinda ao local não foi em vão, começando então a emanar fluidos de ajuda para a melhoria física, material e espiritual dos presentes.

No entanto, quando ocorre o contrário, e os trabalhos não são iniciados em hora determinada, ou os irmãos se comportam desrespeitosamente entre si, sentam de maneira descuidada e sem postura, com cochichos e piadas, formando grupos de divergências pelo poder, apresentando vaidades e orgulhos pessoais, as entidades ali presentes lamentam terem deixado de assistir em outro local, a quem aproveitariam realmente a sua presença e deixam que os venenos destilados pelos irmãos inconsequentes comandem os trabalhos, retirando-se do local.

Esta é a explicação de muitas Lojas, antes fortes e poderosas, estarem hoje vazias e pedindo socorro.

É o resultado das ações daqueles que vêem na Maçonaria apenas um passatempo semanal que termina em abraço, cervejas e algumas piadas.

Devemos lembrar-nos do simbolismo do Galo no Quarto de Reflexões quando de nossa Iniciação. VIGIA!

O maçom deve sempre vigiar a sua conduta, para assim atingir o que veio buscar nesta Sublime Ordem: Serenidade, Conhecimento e Prosperidade Espiritual.

Lembre-se de que você é o seu pensamento. Se você pensa limpo, você está puro.

Os Espíritos do Templo recebem os seus pensamentos e atos e os devolvem multiplicados, para a sua alegria ou desgraça.

TFA.

IIr.’. Ivan Barbosa e Joel Pereira das Neves


HISTÓRIA DA ARLS CONFRATERNIZAÇÃO DE ITANHOMI Nº 58



Meus irmãos, abaixo um resumo da história de fundação da ARLS Confraternização de Itanhomi nº 58, oriente de Itanhomi - MG. A fundação desta Loja teve a participação de meu Pai, nosso irmão Stênio Deslandes de Abreu Mafra. Este trabalho foi extraído da apresentação que tive a honra de fazer no encerramento dos trabalhos da Loja, em Dezembro/2011, denominado "Maçonaria- um pouco de história".

Esclarecimento: A então recém fundada Loja, filiada ao GOB-MG, hoje está filiada ao GOEMG.

BREVE HISTÓRIA DA LOJA MAÇÔNICA CONFRATERNIZAÇÃO DE ITANHOMI
Os primeiros Maçons a pisarem na pequena Vila de Itanhomi, foram os irmãos Edgard de Melo, Levindo Dias do Nascimento e Alberto Soares. Posteriormente juntaram-se a estes: José Geraldo de Araújo, Jaci Geraldo da Silva, Edwi Melo e José Cristiano Matias.

Para frequentar as reuniões na Loja Caratinga Livre e, ainda, para iniciar algum outro morador de Itanhomi na nossa Ordem, era necessário vencer os 100 km que separam  este do oriente de Caratinga, transitando pelas precárias estradas existentes à época, fato que dificultava, e muito, a manutenção regular da frequência. 

No dia 08/09/1953, motivados pelo anseio de fundar uma Loja em Itanhomi, juntaram a estes, outros irmãos com o propósito de organizar uma Loja chamada Loja de Treinamento Maçônico.

Decisão tomada reuniram-se na residência do irmão Jacy Geraldo da Silva, os irmãos: Edésio Guimarães, Jacy Geraldo da Silva, José Geraldo de Araújo, José Ambrósio, Stênio Deslandes de Abreu Mafra, Edwi Melo, Waldir Faustino Vieira, Vistor Tavares de Nazaré e Andrelino Alves dos Anjos.

Nesta reunião, o principal assunto foi a criação da Loja de Treinamento (Provisória) de Itanhomi. Após aprovação da proposta, foi sugerido pelo irmão Stênio Deslandes de Abreu Mafra uma votação para eleger a Diretoria que presidiria a Loja. Votação realizada ficou assim composta:

(Respeitável) Venerável Mestre: Irmão Edésio Guimarães;
1° Vigilante: Irmão Jacy Geraldo da Silva;
2° Vigilante: Irmão Waldir Faustino Vieira;
Secretário: Irmão Edwi Melo;
Orador: Irmão Stênio Deslandes de Abreu Mafra;
Tesoureiro: Irmão José Ambrósio;
Hospitaleiro: Irmão Andrelino Alves dos Anjos;
Cobridor: Irmão João Cassimiro Fialho;
1º Esperto: Irmão Claiber Calili Naid;
2º Esperto: Irmão Alberto Soares;
Mestre de Cerimônia: Irmão Vistor Tavares;
1º Diácono: José Geraldo de Araújo.

Como  não havia, ainda, um local definido para as reuniões da Loja de Treinamento, o irmão José Ambrósio ofereceu as dependências de seu depósito de mercadorias, pois ele era comerciante, para a realização de reuniões. Interessante notar que não havia móveis de qualquer espécie para realização destes trabalhos. (Aqui voltamos aos tempos m que as reuniões eram feitas em tabernas, adros das Igrejas e barracões erguidos para servirem de depósitos e alojamento durante as construções das capelas). 

Todos se assentavam valendo-se dos fardos de mercadoria ali armazenados. A frequência de todos era total. A este grupo, juntou-se, em 1.955, nosso irmão Athos Vieira de Andrade, que fora indicado para o cargo de Promotor de Justiça interino, na comarca de Itanhomi.

No período de 08/09/1953 até 19/10/1956 funcionou em sua sede provisória, Rua Dom Carloto, s/n, onde foram regidos os estatutos e regulamentos da futura Loja Maçônica.

Para escolher o nome da futura Loja, foi proposto aos irmãos que enviassem sugestões de nomes. O nome escolhido foi Loja Maçônica Confraternização de Itanhomi, proposto pelo saudoso Irmão Athos Vieira de Andrade, que justificou sê-lo uma homenagem a união Fraterna entre os irmãos.

Devidamente regimentada e registrada no Grande Oriente do Brasil, tornar-se-ia necessário eleger sua primeira diretoria, fato que aconteceu no dia 19/10/1956, quando foram eleitos:

(Respeitável) Venerável Mestre: Irmão Athos Vieira de Andrade;
1º Vigilante: Irmão Waldir Faustino Vieira;
2º Vigilante: Irmão Jacy Geraldo da Silva;
Orador: Irmão Stênio Deslandes de Abreu Mafra;
Secretário: Irmão Edwi Melo;    
Tesoureiro: Irmão José Ambrósio;
Chanceler: Irmão Edésio Guimarães Gonçalves;
Mestre de Cerimônias: Irmão José Geraldo de Araújo;
Hospitaleiro: Irmão Andrelino Alves dos Anjos;
1º Diácono: Irmão Vistor Tavares de Nazareth;
Cobridor: Irmão João Cassimiro Fialho.

Assim, no dia 20/10/1956, com a presença do Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil-GOB, outras autoridades Maçônicas e diversos irmãos visitantes, foi realizada a Sessão Magna de Regularização da Augusta  e Respeitável Loja Simbólica Confraternização de Itanhomi nº 58. Data esta que entrou para os anais da história da Maçonaria.

Kyle Péres Deslandes Mafra
Primeiro Vigilante - ARLS Cavaleiros do Oriente nº 76.

OBS.: Meu avô Edgard de Melo; meu tio Edwi Melo e meu primo Athos Vieira de Andrade foram fundadores dessa Loja. (Paulo Edgar Melo)


MAÇONARIA: O QUE VIEMOS FAZER AQUI MESMO?



Falar sobre espiritualidade na Maçonaria, talvez, incomode a alguns Irmãos céticos, que insistem em fazer de uma Ordem Iniciática um clube de serviços. Insisto nesse tema, a fim de tentar equilibrar os pratos da balança material/espiritual.

Minha singela colaboração vem em socorro e em respeito aos nossos reais objetivos. O que, hoje, vemos em nossos Templos, lamentavelmente, é um total desconhecimento e desrespeito ao simbolismo, à ritualística e à doutrina maçônica.

Profanam nossos Templos com assuntos que melhor seriam tratados em um botequim ou algo do gênero. Piadas e brincadeiras em meio à sessão ritualística ajudam a engrossar as fileiras dos Irmãos, que entram para Maçonaria e, por total desconhecimento da Sacrossanta porta em que um dia bateram pedindo ingresso, não permitem que a sublime doutrina toque seus corações.

Como entendo que para não ser parte do problema necessário se faz ser parte da solução, apresento essas breves linhas que ousam alertar àqueles que estão lidando, sem saber, com certas energias e, nem imaginam a consequência de não saber manipulá-las.

A razão de, ao sermos admitidos na Maçonaria, passarmos por um processo de “INICIAÇÃO” já responderia a tudo que propomos explicar. A palavra “iniciar”, em si, traduz uma ação.

Ação de transformação interna, uma preparação. Uma preparação de nossos veículos sutis para que possamos, através da circulação harmoniosa das energias em nosso Templo interno, (microcosmo) interagir com as energias que fluem em nosso Templo maçônico (macrocosmo).

Nossa mente é como um dínamo gerador de energias. E, o processo de iniciação, que não se finda na cerimônia de entrada na Ordem, vai nos condicionando cada vez mais para sermos sustentáculos físicos de excelsos seres ligados à Grande Fraternidade Branca, a qual, todas as verdadeiras Escolas de Iniciação estão, diretamente, ligadas.

Fomos chamados, por força de Lei de Evolução, para um trabalho sério e, lamentavelmente, ao longo do tempo temos nos descuidado disso e os reflexos não são outros, senão as dissidências, as brigas, divisões, disputas pelo poder e uma total profanação de nossa Ordem, desde nossos mais altos dirigentes até o mais desinformado Aprendiz.

Falamos em egrégora e até em quebra de egrégora, como se fosse alguma coisa palpável e sólida. Em verdade, muito pouco ou quase nada sabemos sobre o que acontece em uma ritualística.

Antes de adentrarmos em nossos Templos somos lembrados de nos despojarmos de todo e qualquer pensamento de ordem profana e de direcionarmos nossas vibrações ao GADU.

Estamos, constantemente, emitindo ondas mentais, e assim, criando “Formas Pensamentos”. Essas ondas emitidas têm a tendência, como, aliás, qualquer vibração, de se transmitir a toda matéria ambiente capaz de recebê-la, exatamente como a vibração de um sino, reproduzindo o som no ar.

O alcance da onda mental depende da persistência e, principalmente, da força de concentração com que foi gerada. Tais ondas, consequentemente, atingirão a frequência de ondas análogas de outros pensadores, juntando-se, tomando força e propagando-se em intensidade maior.

Assim se dá o processo de formação e de manutenção de uma egrégora. A egrégora maçônico formado há milhares de anos, quando em Loja aberta, interage com os Irmãos através de seus centros de força, também chamados de “Chacras”.

Essa interação de energias se dará em maior ou menor proporção, conforme o desenvolvimento e equilíbrio de seus corpos sutis, o grau de consciência do Irmão e, principalmente, de suas condições psíquicas e mentais naquela sessão.

Comumente ouvimos, com certo pesar, de alguns Irmãos, não muito assíduos em Loja, dizerem: “Preciso ir a Loja para recarregar minhas baterias”. Ledo engano!

Quando o destino nos faz bater a porta de uma Escola de Iniciação, seja ela qual for não é por vontade nossa. Causas e Efeitos nos proporcionaram essa oportunidade.
Nesse momento, somos chamados a participar ativamente da “Grande Obra”.

Alguns já chegam com certa bagagem e o seu despertar espiritual é instantâneo, enquanto outros, ainda, cegos pelas ilusões do mundo material, insistem em não acordar, perdendo a oportunidade de ascender um precioso degrau na Escada Evolucional.

O caminho iniciático é tão sério que se soubéssemos de suas dificuldades para atingirmos o topo dessa Escada, jamais, teríamos ousado situá-lo.

É um caminho sem volta, pois cada passo que damos à frente abre-se um precipício as nossas costas. Reflitamos na frase de Sócrates “Homem, conheça-te a ti mesmo!”.

Precisamos tomar consciência, a princípio de nós mesmos e, em seguida, de nosso trabalho como iniciados maçons. Precisamos fazer Maçonaria de Verdade e conscientemente.

Francisco Feitosa

O QUE É A VERDADEIRA PAZ NA MAÇONARIA - UMA VISÃO HOLÍSTICA



Amados irmãos, presenciamos ao final dos trabalhos a singela e profunda frase: QUE A PAZ, A HARMONIA E A CONCÓRDIA, SEJAM A TRÍPLICE ARGAMASSA COM QUE SE LIGUEM AS NOSSAS OBRAS.

Vemos isso repetidamente inúmera vezes, e a grande maioria dos irmãos, não fazem a devida introspecção , sobre a profundidade simbólica, Filosófica e Esotérica contidas nesse aforismo enigmático.

O vocábulo PAZ exprime a tranquilidade, o sossego, a concórdia, o entendimento e a harmonia que reina no seio da humanidade, seja nos governos ou na sociedade particulares.

Ela é garantidora da boa convivência entre as pessoas e ausência de conflitos entre tendências. Daí poder dizer que a paz interior é a tranquilidade da consciência, assim como a beatitude é a paz do espírito tão indispensável à vida humana, permitindo assim que o homem se realize como ser criado à imagem e semelhança do Grande Arquiteto do Universo.

 É importante definir a paz no sentido bíblico: um estado de espírito motivado pelo fato de estar tudo bem. É o “shalom” dos israelitas, que por sua vez é traduzida como felicidade material, prosperidade, segurança, saúde e, também, a felicidade espiritual. Esta última só existe se a pessoa estiver bem como o GADU, que nos disse: “Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus”.

E Ele quer que os homens vivam em concórdia uns com os outros, quando através do apóstolo Paulo, afirmou: “Seja vossa preocupação fazer o que é bom para todos os homens, procurando, se possível, viver em paz com todos, por quanto de vós depende”.

Aí surge uma pergunta: porque esse sequencial: PAZ***HARMONIA***CONCÓRDIA*** e não Harmonia, Paz e Concórdia ou Concórdia, paz e Harmonia ou outras possíveis combinações?

Qual o Sentido deste sequencial? Aí começa o entendimento do Simbolismo, que aflora no filosófico e se completa no Esotérico. Como irmãos maçons devemos nos conscientizar de que temos que buscar não só a paz pessoal, mas também a paz da coletividade Maçônica e da comunidade em que vivemos.

Mahatma Ghandi, com muita convicção afirmou: “Não existe caminho para a Paz; a Paz é o caminho”. Como caminho, o primeiro deles encontra-se na família, esta que em na Maçonaria uma enorme defensora, pois reconhece ser ela a base de tudo.

E nesse “tudo” está à fonte dos valores que uma pessoa carrega por toda a vida: respeito, tolerância, fidelidade, solidariedade, companheirismo e demais virtudes próprias as criaturas do bem. Diante, pois, de um horrível quadro da violência, nota-se que falta a paz na maioria dos lares do Universo de uma maneira geral e também nos lares brasileiros.

Dai concluir o seguinte: a paz começa em casa. Parafraseando o Meu Amado Ir Carmelino Souza Vieira, fazendo um transfer, podemos concluir que a Paz é à base de tudo.

Não existe Harmonia sem Paz... Não existe Concórdia sem Harmonia. Mas a Paz, subsiste por si só. Ela CONTÉM os outros dois , mas NÃO ESTÁ CONTIDA NECESSARIAMENTE, naqueles . Vejamos ipsis literis o que está contido no Ritual: “Conceda-nos o auxílio de Tuas Luzes e dirige os nossos trabalhos a perfeição.

“Concede que a Paz, a Harmonia e a Concórdia sejam a tríplice argamassa com que se ligam nossas obras.” Para que os trabalhos ocorram de forma “Justa e Perfeita” é necessário que os Irmãos estejam entrelaçados, unidos por meio da “tríplice argamassa”, pois sem ela não há Loja, se não houver a comunhão em Loja, por meio da União, não há “egrégora”, e não fluindo a energia não passamos de simples batedores de malhetes e te produtores de um ritual como tantos presentes na vida profana.

Sem esta União e a mistura não há a troca de energias e por conta disso não ocorre o aprimoramento individual, não ocorre o “desbastar a pedra bruta” inclusive. Vivemos um tempo de preocupação, um tempo de discórdia e de (des) harmonia, um tempo de desencontros e de individualismo intenso.

Estamos na era do consumismo, ou seja, da valorização das pessoas pelo o que elas tem sempre vinculado a um patrimônio ou até mesmo a estética de um poder aquisitivo, isso sempre em detrimento ao que a pessoa é como ser - humano, como ser no mundo.

No contexto social atual por conta da sensação de insegurança, por conta da globalização das informações por meio da tecnologia, vivemos uma relativização do tempo estático e com isso surge também a sensação de que tudo está perdido e que estamos em desordem total.

É evidente que falta na sociedade “paz”, bem como também falta a “harmonia”, sem contar a falta de “concórdia”, pois aparentemente tenho a sensação de que estamos na era da discórdia, ou seja, é moda discordar mesmo que não se tenha fundamentos plausíveis e razoáveis para fundamentar tal discordância.

Quando não vemos pessoas discordar uma das outras e chegar ao calor da problematização partirem para a violência física e verbal. Fraternos Irmãos é necessário e importante para a evolução de nossa sociedade que passemos exemplos de “paz”, de “harmonia” e de “concórdia”, buscando o consenso e o auxílio do nosso próximo profano.

É necessário que venhamos a nos importar com o que acontece em sociedade sob pena de sucumbirmos os mesmos males que vem sofrendo a nossa sociedade, sucumbirmos por valores perdidos.

Sejamos realmente IRMÃOS na verdadeira PAZ, pois somente assim teremos no bojo de nossa Sublime Ordem, a Harmonia e a Concórdia com que se liguem se argamassem e se completem, as nossas obras.

Ir.’. Dario Angelo Baggieri
M I CIM 157.465 Membro da Academia Maçônica de Letras do ES Cadeira nº 1 - Patrono Alferes Tiradentes

CAMINHOS DA LUZ – A IDENTIDADE DA MAÇONARIA




As fontes instituidoras da Ordem Maçônica surgi­das há vários séculos passados, vêm atravessando um longo tempo sem deixar que a mencionada instituição perca a sua verdadeira e primitiva identidade, conferindo-lhe uniformidade universal, preservando-a, proporcionando-lhe consistência material e direcionando obstinadamente ao alcance dos seus “fins supremos” caminhos luz

É dessas referidas fontes que se extraem vastos concei­tos e inúmeras interpretações do que, de fato, se possa entender por maçonaria, na essência da própria palavra.

E mais, no meio de todo o seu enunciado, faz-se pre­sente um eficiente método de aperfeiçoamento que é utilizado como instrumento indispensável e necessário à formação maçônica ideal dos seus adeptos.

Como é notórias, as ditas fontes, que se constituem dos princípios, preceitos, fundamentos e de todo o ordena­mento jurídico maçônico em vigor, recomendam a quem faça parte da mencionada instituição, a incondicional observância das regras de comportamento e de conduta fundamentadas na ética, na moral e nos bons costumes.

Vez por outra, tais regras são lembradas de modo sucinto por meio de frases de efeito como “ser Maçom é ter sobre os ombros um pesado fardo”; “ser Maçom é aceitar mais responsabilidades”; ser Maçom é estar disposto a acatar mudanças em relação aos padrões de comportamento recomendados pela maçonaria” e outras expressões assemelhadas. 

Isto ocorre com frequência nas palavras de maçons mais antigos, que já galgaram alguns degraus de conhecimento dentro da Ordem, em ocasiões propícias com o intuito de esclarecer aos novos iniciados, de forma objetiva, que os empreendimentos da referida instituição são nada menos que uma obra monu­mental, inacabada, sem prazo determinado para ser con­cluída e cujos trabalhos demandam esforço e muita dedi­cação.

Sim, há uma razão de ser para tudo isto! Não se pode deixar de reconhecer na maçonaria o seu poder, a sua com­petência, o seu preparo, os seus méritos e a capacidade dos seus membros, em cujas colunas ela se apóia mantendo-se como uma entidade de ações perenes, de devoção às suas sublimes aspirações, e ainda ser, ao mesmo tempo, uma espécie de banco escolar que tem por fim transfor­mar homens bons em célebres vultos benfeitores da humanidade. 

Incontestável esta afirmativa porque há provas materiais abundantes nos seus arquivos dando conta de que incontáveis iniciados, ao assimilarem os preceitos e os fundamentos da Ordem, renasceram para uma nova vida tornando-se homens imortais na história de muitos povos.

A maçonaria sempre recomendou aos seus adeptos: Além da retidão de caráter, que se mantenham perseve­rantes na luta em busca do aprimoramento moral, intelec­tual e espiritual; que se curvem e se rendam perante a virtude, morrendo, de vez, para o erro; como entidade espiritualista que é, emana sinais de alerta aos maçons induzindo-os a praticarem constantemente a caridade, pois o seu exercício revela o desempenho de uma das mais sublimes e essenciais aditividades da referida ordem, sendo interpretado, quando decorrente da vontade da própria alma, como gesto de amor que reduz a distância entre criatura e criador; por fim, que os maçons trabalhem e se esforcem com dedicação na construção de um mundo cada vez melhor para quem nele habita.

Neste sentido, os seus propósitos vão desde o combate ao excesso dos prazeres mundanos, ao desvio de conduta, na maioria das vezes, motivados pela adesão ao tráfico e ao consumo de drogas, até a luta incessante contra a imo­ralidade, a ilegalidade e os preconceitos vulgares, medi­ante o emprego do bom exemplo dos seus membros e a devoção de cada um na prática constante das boas ações.

Entretanto, dentro de uma sociedade como a de hoje, que adota padrões comportamentais (em grande parte) eivados de vícios e erros de toda sorte, se compararmos a adoção de tais regras como conduta ideal a ser seguida pelos iniciados da maçonaria, sem dúvida, o resultado levar-nos-á ao convencimento de que esta difícil tarefa possa mesmo ser entendida como pesado fardo colocado nos ombros daqueles que se dedicam e se esforçam no cumprimento do dever maçônico.

Mas, visando o alcance dos seus ideais supremos, a mencionada instituição proporciona a todos os seus obre­iros a possibilidade de evoluírem e adquirirem progresso em relação aos preceitos da Ordem, utilizando-se da dou­trina do aprimoramento comportamental difundida nos seus rituais.

Esta doutrina tem, entre as suas múltiplas fina­lidades, a de afastar os maçons, tanto quanto possível, das trevas da ignorância, dando-lhes pleno conhecimen­to e capacitação para poderem, à luz da razão, optar livre­mente pelo caminho do bem, valor humano que a maço­naria universal recomenda seja tomado como fonte inspiradora de todas as ações e atitudes dos seus iniciados.

Porém, como tanto se ouve a prática do bem e o com­bate ao mal exigem do Maçom sérios sacrifícios. Um deles, como dispõe um dos seus rituais, é “saber impor um freio à impetuosa propensão ao erro para se elevar acima dos vis interesses” que atormentam muitas mentes. É preciso também trabalhar intensamente até acostumar o espírito a “curvar-se ante as grandes afeições e a não con­ceber senão ideias sólidas de bondade.”

Deste ponto de vista observa-se que um dos mais úteis e indispensáveis instrumentos à prática da virtude é a fraternidade. Fraternidade é o laço que deve unir os maçons como se estes fossem verdadeiros irmãos e ami­gos.

É o companheirismo e a lealdade entre pessoas que se dispõem a trabalhar juntas, almejando o mesmo objetivo, o mesmo alvo. No seio da maçonaria é ela (a fraternidade) a responsável pela convivência pacífica e harmoni­osa entre os maçons e essa união quando fortalecida por sincero sentimento fraterno faz surgir o amor ao próxi­mo.

Esta grandeza de espírito, no entanto, não é um dom natural e para adquiri-la demanda-se um bom tempo. À medida que avançamos no nosso aprimoramento, os defe­itos e os vícios vão dando lugar às boas qualidades até surgir em nós à disposição de ajudar o nosso semelhante.

Se bem comparado, o ânimo em ajudar alguém que se encontre em estado de necessidade é uma atitude positiva que brota do nosso íntimo como divinal raio de luz com as  suas nuances e peculiaridades. É a este fenômeno que se dá a denominação de amor ao próximo. Ele distingue-se de qualquer outro sentimento humano porque é gratuito, afetivo, universal, sincero, desinteressado e se manifesta marcando a sua presença em cada boa obra que realiza­mos.

Adicionada ao sentimento fraterno de amor ao próxi­mo está também à solidariedade, disposição esta que consiste em alguém ajudar o seu semelhante, prestando-lhe um favor no sentido de superação das dificuldades decorrentes da causa que o estiver envolvendo, de manei­ra desinteressada, sem a intenção de receber recompensa alguma, o que acontece quase sempre pela convicção de se estar praticando um ato de justiça e nada mais.

No caminho de encontro com a luz, que por costume chamamos de aperfeiçoamento maçônico, de igual modo se faz presente à tolerância.

Do ponto de vista social, ser tolerante é admitir, nos outros, modos de pensar, de agir e de sentir diferentes dos nossos. É a capacidade que deve­mos ter de ouvir e aceitar os outros, da maneira como realmente são, respeitando cada um nas suas convicções e diversas formas de entender a vida desde que tais con­vicções e formas não atentem contra direitos alheios.

A tolerância é a atitude mais útil e mais louvável na vida social porque o tolerante é capaz de aceitar opiniões e comportamentos diferentes daqueles estabelecidos pelo seu meio social, eliminando, desta forma, os sentimentos preconceituosos e racistas que comumente se manifes­tam no relacionamento humano.

A tolerância, às vezes, confunde-se com a paciência porque uma faz parte da outra. A tolerância é a virtude da paciência, segundo Santo Tomás de Aquino, visto que, dada a nossa imperfeição comum, temos que esforçar-nos em ser tolerantes ou pacientes uns com os outros.

Sacramentada em juramento solene, a obediência à maçonaria consiste no respeito pelos seus ensinamentos e no cumprimento destes, na forma como recomenda a referida instituição, o que implica dizer que o homem Maçom, para se tornar fraterno, solidário e tolerante, terá que admitir mudanças no seu padrão de conduta, conhe­cer bem os postulados, preceitos e normas da Ordem e perseverar na sua prática.

O pleno alcance destes objetivos, embora admitidos como tarefa dificílima, tem o seu lado compensador porque se trata de um aprimoramento de alta relevância do qual se beneficiam ambas as partes (Maçom e maçona­ria) e quem o atinge merece a honra, a respeitosa condi­ção e a dignidade de ser reconhecido por toda a irmanda­de como obreiro “justo e perfeito”.

Anestor Porfírio da Silva M I – ARLS Adelino Ferreira Machado Or de Hidrolândia – Goiás


QUAL SERÁ O FUTURO DA ORDEM MAÇÔNICA?



Abaixo, algumas informações sobre a Maçonaria no Brasil.

Obs. 1: 51% dos Maçons brasileiros têm acima de 60 anos.
Obs. 2: apenas 1/3 dos Maçons brasileiros tem menos de 46 anos de idade.
Obs. 3: Há um choque de gerações na Maçonaria brasileira entre os Maçons com menos de 46 anos e os de mais idade. A geração sub 46 foi educada por metodologias de ensino pós freireanas e piagetianas (a partir de 1970), nas quais se incentiva o questionamento, o exercício da antítese, o que parece ser, de certa forma, mal visto pela geração mais velha. A geração mais jovem também apresenta características mais críticas, tem uma média maior de nível de escolaridade e de hábito de leitura.
 (fonte: relatório da CMI).

Ainda segundo o relatório da CMI, os anseios dos Maçons mais jovens divergem essencialmente dos anseios dos Maçons idosos. Como estes são a maioria nas Lojas brasileiras, aqueles acabam por perder o interesse nos assuntos maçônicos, desligando-se, assim, dos quadros das Lojas.

Outro fator citado pelo relatório da CMI são as insatisfações apontadas, as quais ficaram em terceiro e quarto lugares, respectivamente, quais sejam os chamados "profanos de avental", como são conhecidos no Brasil os maçons que não têm comportamento maçônico; e os chamados "donos de Loja", fenômeno em que um Ex-Venerável Mestre ou um pequeno grupo desses buscam concentrar o poder de tomada de decisão em uma Loja.

Assim, a camada mais jovem, com comportamento mais questionador, aponta suas insatisfações em relação aos "donos de Loja", "reuniões sem conteúdo" e "desinteresse dos irmãos". Já a camada mais velha aponta suas insatisfações em relação aos "profanos de avental", "desvalorização das opiniões" e, pasmem, "reuniões demoradas".

Por fim, analisando os dados da pesquisa do Ir Ismail em conjunto com o relatório da CMI, podemos notar que a Maçonaria brasileira vem seguindo os prognósticos outrora trazidos pelos estudiosos e historiadores maçônicos, ou seja, se nada for feito para inverter o quadro atual, em 15 anos a Maçonaria brasileira experimentará uma queda vertiginosa na quantidade de seus membros, ocasionando o fechamento de diversas Lojas e Potências.

Os pesquisadores maçônicos sérios são unânimes em afirmar que ainda há muita desvalorização dos Aprendizes e Companheiros em Loja, os quais são relegados a "escorar" as paredes das Lojas nos extremos Norte e Sul, sem um planejamento de preparação, capacitação e desenvolvimento dos recém iniciados.

Geralmente são ministradas as instruções obrigatórias e nada mais.

Vamos planejar o futuro da nossa Ordem. Você também é responsável!


Enviado por  Ronaldo Ramiro De Paula


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