PEDRA FILOSOFAL E MAÇONARIA


 

Obter uma pedra filosofal era um dos principais objetivos dos alquimistas em geral na Idade Média. Com ela, o alquimista poderia transmutar qualquer “metal inferior” em ouro. Ela pode ser compreendida como um símbolo para a elevação da consciência.

Com uma pedra filosofal, também seria possível obter o Elixir da Longa Vida, que permitiria prolongar a vida “indefinidamente” bem como transmutar seres do reino científico-biológico (reino animal) sem sacrificar algo que dê um valor considerável em troca.

Busca por pedras filosofais são, em certo sentido, semelhantes à busca pelo Santo Graal das lendas arturianas. No seu romance Parsifal, Wolfram Eschenbach associa o Santo Graal não a um cálice, mas a uma pedra que teria sido enviada dos Céus por seres celestiais e teria poderes “inimagináveis”.

A atividade relacionada com a pedra filosofal era chamada pelos alquimistas de “A Grande Obra”

Ao longo da história, criações de pedras filosofais foram atribuídas a várias personalidades, como Paracelsus e Fulcanelli, porém é “inegável” que a lenda mais famosa se refere a Nicolas Flamel, um alquimista real que viveu no Século XIV.

Segundo o mito, Flamel encontrou um antigo livro que continha textos intercalados com desenhos enigmáticos. Porém, mesmo após muito estudá-lo, Flamel não conseguiria entender do que se tratava. Segundo a lenda, ele teria encontrado um sábio judeu numa estrada em Santiago na Espanha, que fez a tradução do livro, que tratava de cabala e Alquimia, possuindo a fórmula para uma pedra filosofal. Por meio deste livro, Nicolas Flamel teria conseguido fabricar uma pedra filosofal.

Segundo a lenda, esta seria a razão da riqueza de Flamel, que inclusive fez várias obras de caridade, adornando-as com símbolos alquímicos. Ao falecer, a casa de Flamel teria sido saqueada por caçadores de tesouros ávidos por encontrar pedras filosofais. A lenda conta que, na realidade, ambos, Flamel e a sua esposa, não faleceram, e que nas suas tumbas foram encontradas apenas as suas roupas no lugar dos seus corpos.

Uma pedra mágica que chamou a atenção até mesmo do maior mago das trevas de todos os tempos, Harry Potter, datando de centenas de anos atrás.

O que é a Pedra Filosofal em Harry Potter?

Segundo os livros de Harry Potter, a pedra filosofal é uma pedra artificial com poderes mágicos capazes de transformar qualquer material em ouro puro e de produzir o Elixir da vida. Foi criada pelo bruxo Nicolas Flamel.

A pedra filosofal, no entanto, não é uma invenção de J.K. Rowling para a série de livros de Harry Potter. Por muitos anos várias pessoas tentaram criar essa substância tão incrível, tais pessoas eram conhecidas como alquimistas. Tudo que possuíam para buscar a criação da pedra era a concepção teórica de que ela existiria, e as especulações de alquimistas do passado de como obtê-la.

De acordo com textos medievais, a pedra filosofal seria uma combinação dos quatro elementos clássicos, fogo, terra, água e ar. Teria a forma cristalina, parecida com vidro, e apresentar-se-ia em duas cores.

A branca seria usada para transmutar metais em prata, e a vermelha para transmutar em ouro. A pedra branca era considerada numa versão imatura da vermelha. Outras características da pedra são reveladas como mais pesada que o ouro, solúvel em qualquer líquido e nunca consumida pelo fogo.

A pedra também teria a capacidade de criar uma lâmpada que nunca se apaga, reviver plantas e transformar cristais comuns em pedras preciosas.

A busca pela pedra filosofal era conhecida como Magnum Opus (A Grande Obra), e muitos alquimistas dedicavam as suas vidas em busca dessa substância. O Magnum Opus era descrito como quatro estágios para alcançar a pedra filosofal, descritas por cores e cada uma correspondendo a um processo diferente.

Os Alquimistas possuíam outros objetivos além da transmutação de metais em ouro. Uma das suas buscas mais conhecidas era a produção de um remédio capaz de curar todas as doenças, chamado de Panaceia. Outra era a produção do solvente universal, que pudesse dissolver qualquer substância.

O Hermetismo (Hermes Trismegisto – Legislador e Filósofo egípcio) é uma tradição religiosa, filantrópica, filosófica e esotérica baseada principalmente nos escritos atribuídos a Hermes. Este escritor influenciou grandemente a tradição esotérica ocidental e foi considerado de grande importância durante o Renascimento e a Reforma.

Nem sempre o homem utiliza a linguagem escrita ou falada para expressar os seus pensamentos e sentimentos.

Não raro ele utiliza sons ou imagens que têm um sentido intrínseco e precisa ser conhecido pelo destinatário da mensagem.

Na Maçonaria, a Alquimia é espiritual, é um método e um processo esotérico para transformar a natureza inferior do homem em algo mais refinado, mais espiritual, com maior compreensão de si mesmo e dos misteriosos significados da vida.

O objetivo dos Alquimistas era a criação da Pedra Filosofal. Na Maçonaria, a proposta é transformar a pedra bruta em polida, esquadrejada.

Tanto num quanto na outra, a proposta última é a purificação.

Metaforicamente, o caminho simbólico da Maçonaria consiste em, partindo da pedra bruta, chegar-se-á Pedra Filosofal.

O homem nasce para levar a vida a efeito, mas tudo depende dele, que pode deixar que ela escape. Envelhecer, qualquer animal é capaz disso. Crescer é prerrogativa dos seres humanos. Só alguns reivindicam esse direito.

A Alquimia Hermética ou filosófica, não é o conhecido conceito da transmutação do chumbo em ouro. Trata-se, na verdade, da transformação de si mesmo. Isto é possível quando se compreende a verdadeira natureza do si mesmo e se tem a firme compreensão de que é em essência, um ser divino.

O homem não é um mero produto da natureza. Ele deve e pode aprimorar-se a si mesmo para manifestar o seu verdadeiro potencial divino, transmutando a  sua natureza quotidiana comum, com a natureza divina completa que ele realmente é.

Podemos concluir, então, que, na ausência da possibilidade de explicar a natureza esotérica da Maçonaria, sem recorrer aos seus símbolos, é necessário considerar o paralelismo com os símbolos alquímicos.

José Maria de Oliveira Fontes – MI – 32º Ponte Nova – MG

Fontes

Wikipédia

Ernesto Veras

 


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