Quando entre
colunas, ouvi muito, falei pouco, observei bastante; li muito, tudo o que pude,
e sempre tirei algum ensinamento para a minha vida maçônica ou profana. Mas
afinal, o que eu aprendi?
Aprendi que um
homem de bem deve manter a posição nas fileiras do bem, sustentando a própria
fé, abraçando o trabalho do bem e aos outros com alegria, evitando
relacionamentos inconvenientes ou inúteis, procurando sempre o lado melhor da
situação e as pessoas para qualquer referência, não sonegando, entretanto,
auxílio e compreensão aos semelhantes; e se cair em erro, buscar a retificação,
sem qualquer desculpismo.
Conheci
instrumentos de trabalho, como o Malhete, o bastão, as espadas, a régua, o maço
e o cinzel, a bolsa de PProp.’. e IInf.’., a bolsa de Beneficência, livros,
documentos e o próprio Pavilhão Nacional; alguns até comuns da vida profana,
mas que, através do ensinamento maçônico, cada um com seu significado,
transformam-se em verdadeiras ferramentas de vida, de fé, de coragem, de
esperança e de trabalho.
Aprendi que a
caridade do maçom não tem limites, mas este deve sempre agir com os ditames da
prudência. Compreendi que a maior caridade é a que fazemos para nós mesmos,
cuidando de nossa mente e de nossa família, renovando constantemente nossos
pensamentos, simplesmente dizendo a si mesmo que quer pensar corretamente e
procurando eliminar as impurezas mentais, substituindo-as pelas potencialidades
mais sublimes, nossas virtudes, pois todos nós a temos em nosso coração, basta
que procuremos.
Aprendi que o Maçom
deve se alicerçar na virtude da Fidelidade, pois a Maçonaria busca instilar em
seus membros as virtudes da tolerância, honestidade, caridade e lealdade. O
laço invisível que liga todos os maçons é parte da experiência deles nas
culturas, não somente o trabalho dentro da Loja, mas também no mundo.
A qualquer parte aonde
ele vá, qualquer posição dele na vida, o maçom sabe que quando ele encontra um
irmão, ele estará encontrando alguém que oferecerá a amizade, suporte moral e
qualquer ajuda prática que possa necessitar. A Maçonaria é uma sociedade
baseada na verdade: a verdade que é enfatizada no fechamento de todos os
encontros maçônicos, quando os presentes se unem para expressar a fidelidade
mútua.
Aprendi que ser
Maçom é despertar o sentido de compreensão do indivíduo e estar preparado para
assisti-lo nos momentos de dificuldades. No aprendizado inicial aprendemos que
além dos SS.’. TT.’. e PP.’. o Maçom deve ser reconhecido pelos atos e posturas
dentro da sociedade e no meio onde vive.
Do ponto de vista
maçônico, encontramos na terceira Instrução do Ritual de Aprendiz Maçom a
assertiva de que a inteligência, quando dirigida por uma sã Moral, é suficiente
para discernir o Bem do Mal. A Moral ensinada pela Maçonaria baseia-se no amor
ao próximo, não só dentro das Lojas, mas também na vida profana, para exercitar
aquilo que foi aprendido nos nossos templos; do contrário seremos apenas
acadêmicos bem formados.
A cada ensinamento,
cada lição e conversa com os irmãos, aprendi palavras novas, sinais de
comunicação não compreensíveis no mundo profano, que só o verdadeiro maçom pode
decifrar, jurando sempre ao final de cada sessão, o mais profundo silêncio de
tudo que vi e ouvi, sem nada revelar. Mais uma vez, estaria praticando a
fidelidade.
Com meu avental
aprendi que esta é a mais honrosa insígnia do maçom, emblemático do trabalho e
indicativo de que sempre temos que ser ativos e laboriosos na construção de um
mundo melhor, cujo simbolismo é a pedra bruta, que é o objeto do trabalho
inicial de qualquer construção.
Cada pedra é única
e liberta-se da sua forma tosca através de um árduo trabalho de
aperfeiçoamento, polindo as suas faces, alisando as suas arestas, para que
possa ser uma das peças do edifício, que é o nosso próprio aperfeiçoamento
moral que sendo construído.
Ir.’. José Marcos
Paula Theodoro
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