A COLUNA J


Salomão homenageando aos seus digníssimos parentes, grafando suas iniciais às colunas do templo nos dá, com sabedoria, a medida certa de aprendizado.

A Maçonaria atraiu para si as Colunas inspirada na descrição do Grande Templo de Salomão, contidas nas Sagradas Escrituras.

As colunas gêmeas significam, na tradução latina, “Ele firmará a força”; esse dualismo tem significado muito esotérico, sendo destinada a acompanhar aquele que receberia de Jeová a consagração.

Na liturgia Hebraica, representavam a dualidade do universo, onde uma coisa só existe em função de outra, seria algo como a noite e o dia, o homem e a mulher, o bem e o mal, o certo e o errado.

Representariam as Colunas modernas, os sexos, a Coluna B que junto com a Coluna do 1º Vigilante significa o feminino, é denominada de Coluna da Força, e a Coluna J, com a coluna do 2º vigilante, o masculino, a da Beleza.

Outra interpretação a que se dá é a de que a Coluna B, que corresponde aos Aprendizes, poderia representar Buda, que nasceu antes de Jesus e dedicou a maior parte de sua vida à construção de escolas.

A Coluna J, que corresponde aos Companheiros, poderia representar Jesus que viveu cercado de seus discípulos. Estas duas colunas ficam próximas às colunas zodiacais em que, por propósito ou coincidência, o lado de Buda  corresponde a Áries, signo do fogo, e Buda significa o Iluminado.

E a do lado de Jesus, a Peixes, que é o símbolo do Cristianismo. Convido agora, meus irmãos, a ficarem entre estas colunas, que demarcam a entrada do templo através de uma porta imaginária e assim podermos meditar sobre o simbolismo e o significado de cada uma delas.

Estas colunas simbolizam o equilíbrio que se consegue com a utilização de duas forças contrárias, opondo-as uma à outra de forma que se neutralizam quando desenvolvidas na mesma intensidade, conseguindo se, assim, a harmonia perfeita.

Enquanto Aprendiz, nosso trabalho ainda não podia ser consciente e ativo, sendo mais um trabalho material e destrutivo. Ignorávamos ainda os princípios filosóficos da Ordem, desbastávamos a Pedra Bruta interior, permitindo que os sublimes ideais da Maçonaria penetrassem no íntimo, purificando nossos pensamentos, afastando os defeitos de nossa educação profana, permitindo-nos assim, compreender toda a pureza dos ideais Maçônicos.

Combatemos, em nós mesmos, a ignorância, a superstição e a vaidade.
Agora nosso trabalho já é mais consciente e ativo, desenvolvendo uma atitude construtiva e sendo um elemento ativo nos trabalhos da Arte Real.

Destruímos, ao passarmos para a Coluna J, mais ainda a personalidade defeituosa que trouxemos da vida profana para tornar-nos aptos a enxergar e compreender a verdadeira Luz.

E, agora que estamos no caminho da Luz, precisamos passar à parte ativa do nosso trabalho fazendo nossa obra construtiva e criando em nosso interior, uma nova personalidade que permita-nos utilizar nossos próprios pensamentos na direção de nossos atos, trabalhando mais a força mental do que a física.

Nossos atos serão assim, pensados, meditados e traçados pelas mais rígidas regras da moral e dos bons costumes. Os pensamentos mais puros, mais esclarecidos serão dirigidos sempre no sentido do bem para com toda a humanidade, da liberdade, da igualdade e da fraternidade.

Sentar ao sul e vislumbrar a Coluna J é um exercício que nos leva a avaliar a delicadeza do novo.


Por Maurilo Humberto, M.M. ARLS Astro do Oriente, O.’. Pirassununga, SP - Brasil 

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