EU E A MINHA LOJA



Serei breve nesta reflexão que é de fundamental importância para o desenvolvimento maçônico, e também social de todo aquele que um dia foi Iniciado na Arte Real, e busca aperfeiçoar-se para, concretamente, ser um Maçom envolvido com os Princípios e Valores que a Maçonaria defende e sempre defendeu.

Creio que está claro para o Maçom que é “pelas mãos” de uma Loja Maçônica Regular e Ativa, que a ele foi concedida a oportunidade de buscar essa condição tão especial e diferente das demais condições das pessoas em geral.

Portanto, em minha modesta opinião, todo Maçom deve trazer no fundo de seu coração, mente e alma, um eterno agradecimento ao seu Padrinho e, sobretudo, à sua Loja Maçônica (Irmãos, Cunhadas, Sobrinhos e Sobrinhas) pela oportunidade de receber a Luz e, a partir disso, traçar um rumo diferente e edificante à sua vida e à vida de todos os entes com os quais ele se relaciona.

No entanto, Nobre Irmão, não um agradecimento baseado em simples palavras, mas sim um agradecimento fundamentado e traduzido em atitudes focadas na busca e concretização dos objetivos de todos e, falando em objetivos, será que os Maçons de um modo geral estão envolvidos com estes objetivos, ou seja, com os seus próprios, com os de sua família, com o de seu trabalho, cidade, estado e país? Pense nisso, para que possamos continuar a reflexão.

Estar envolvido é estar envolto, inserido e contextualizando na essência do que se quer conseguir, seja qual for a adversidade a ser enfrentada. Adianto-lhe que não é simples e nem fácil se envolver com quaisquer que sejam as metas de um grupo, seja ele uma Loja Maçônica ou não, pois para tal é preciso um atento e constante estado de alerta, vontade e vigilância. Estado esse que demanda conhecimento, saber e, sobretudo, discernimento e capacidade de compreender as próprias expectativas e daqueles que nos cercam.

Dito isso, todo Maçom precisa questionar a si mesmo se, após a sua Iniciação, Elevação e Exaltação, dedicou-se à leitura raciocinada dos Rituais de AP.’., Comp.’. e M.’.M.’., trazendo para o dia a dia de sua vida a compreensão daquilo que neles está exposto e explícito, às vezes, e inclusive como um código de conduta ética e moral para a sua vida em comunidade.

Veja, Estimado Irmão, que ser maçom pode ser muito fácil e ao mesmo tempo muito difícil:

- Fácil quando se tem disposição para dialogar e aprender e, ao contrário, difícil quando existe resistência para dialogar e aprender!

Nesse sentido, você tem dialogado com os seus Irmãos, ao menos os da própria Loja, e se envolvido com as suas expectativas, trocando experiência e laços de sincera fraternidade?

Por sua vez a Loja, em consonância com os Princípios que norteiam a Maçonaria, tem se envolvido com o dia a dia de seus Obreiros, e buscado inserir-se na sociedade de forma a facilitar os diversos processos que consolidam a cidadania, preservam o ambiente e promovem a evolução e o progresso? 

Por fim, o conjunto de sustentação da Loja (envolve também as Cunhadas, Sobrinhos e Sobrinhas) tem discutido com objetividade as ações do grupo e os seus resultados, sejam eles imediatos e ou no médio e no longo prazo? Será que:

- O que estamos fazendo é bom e precisa ser continuado e até melhorado?
- O que estamos fazendo não agrega valor e precisa ser descontinuado ou revisto?
- Há coisas que não estamos fazendo, mas que precisamos começar a fazer?

Meu caro, são apenas 3 questões para pensar, mas são interessantes que sejam analisadas, afim de que os Irmãos e as Lojas não dispersem seus esforços em aspectos que não agregam e nem agregarão valor à Loja, aos Irmãos, seus familiares e sociedade.

Pois bem, vou ficando por aqui com a minha provocação, e espero que ela contribua para a sua reflexão e dos demais Irmãos do Quadro – A Maçonaria pode muito, mas o Maçom precisa querer! 
Um TFA,
Leonel Ricardo de Andrade
 Grande 1º Vigilante GLMMG

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