Palavras do Gr.'. Mestre, Pod.'. Ir.'. Louis Block, de
Yowa, sobre o que ele chama “maçonaria de pau”:
“Muitos maçons que aprendem a recitar o ritual de maneira
automática, não sabem que através de suas místicas palavras há ocultos
pensamentos e significados que bem merecem ser descobertos”.
Semelhantes maçons estão aptos para viver mecanicamente
balbuciando frases ritualísticas, como alguns devotos ignorantes cantam as
rezas em latim, cujo real significado pouco, ou nada, conhece.
Uma coisa é estar apto para desempenhar e recitar um
ritual, e outra é saber que o ritual tem um significado e conhecer qual é esse
significado, aplicando-o á sabedoria, força e beleza, em nossa vida diária.
A Maçonaria não serve para cega e estúpida devoção,
consagrada a ela por homens de pau, que não sabem por que a servem; o que ela
ama é a inteligente lealdade de homens que pensam e que têm uma razão para a
sua fé.
Ela ocultou as suas lições em frases místicas, não com o
propósito de que aprendamos um número de palavras de estranhos sons, que sempre
permanecerão para nós vazios e desprovidos de significado, mas com o fim de nos
fazer pensar.
Muitos recitam o ritual como se contivesse algum mágico
encanto, e, para esses, o simples fato de que não podem entender o que ele diz,
parece dar a suas frases misteriosas um poder milagroso.
Estes homens podem constituir boas máquinas, porém nunca
serão maçons.
O Maçom que não consagra tempo para estudar e pensar, que
nunca examina nem reflexiona, que só decora que não penetra no significado
aparente da palavra para buscar o pensamento real que se acha oculto no mais
intimo desta, será sempre maçom, mas no nome, somente.
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Traduzido
do Boletim do Grande Oriente do Uruguay, de novembro de 1913.