Da vida nós
aprendemos e reaprendemos
A construir escolhas e decisões
Lapidando a nossa pedra bruta
Em cima de uma escadaria que leva ao céu
Talvez não igual ao céu comum
Mas com certeza um céu justo e perfeito
Com esquadro e compasso damos forma
E nossa pedra vai polindo e polindo cada vez mais
Na sua poeira leva lembranças, alegrias e dores
E o que fica resplandece a luz do Oriente
Com uma régua de 24 polegadas sinto que posso medir tudo
Medir o coração, a vida que passa, pois brancos e pretos
É o que vejo no quadriculado da minha caminhada
Sobre a espada templária componho versos
Sobre o grande olho faço minha remissão e confissão
Não se pode entender o mistério, é segredo
Mas um segredo que nos constrói guardar
Entre sinais abro as portas do meu templo
Para o mundo, para minha dimensão
no meu pedaço de céu nos degraus da escada de Jacó
Entre as colunas da vida e da morte
Um doce dualismo que só a alma entende
Tão doce quando as romãs
tão extensa quanto uma corda de 81 nós
E ainda sim cabe na abóboda azul celeste
Do meu céu, meu Oriente
Minha Ácácia...
Autor: César Frozza
Ácacia 3612
Ácacia 3612