Você já teve a
sensação de estar em uma rua e sem querer se perguntar que já conhece aquele
lugar, mesmo sem nunca ter passado?
Ou olhar para uma pessoa e por mais que lhe apresentem, você ter a certeza que já a conhece e pior, ter pela pessoa a mesma impressão?
Eu diria que são nossas lembranças de vidas anteriores e que ainda estão escondidas lá nos fundos da memória, em alguma curva do desconhecido.
Contudo, para os cientistas, esta sensação acende em nosso cérebro por ser uma informação de nosso antecessor, inserido em um traço de um dos nossos cromossomos e que se instala em nosso DNA, gerando assim, diversas informações.
Na verdade, o ser
humano é uma caixa de surpresa, caminha muitas das vezes em filas indianas, sem
saber o porquê está caminhando e em maior parte, sem direção. É como se ele
mesmo perguntasse sem respostas: “Para que lado vou?”
Instaurado o conflito entre a pessoa e seu próprio Eu, quem ganha espaço é o mistério do silêncio que se mantém intacto, parado como um espectador, observando cada passo, cada ato, cada gesto e sem ser incomodado.
Nos Templos Maçônicos,
o exercício do despertar é constante e os nossos testes não são para que os
olhos vejam e sim o que os corações sentem. Para nós que acreditamos na vida
pós-morte e fortalecidos pelos ensinamentos que recebemos, o mistério do
silêncio deixa de existir, passando a ser um companheiro constante em nossas
meditações, uma prática para melhor responder ao nosso próximo, na confiança da
nossa tranquilidade interior.
Para nós, iniciados
nas fileiras do Grande Templo, que após acordarmos para uma vida melhor e em
comunhão, principalmente com nós mesmos, este mistério do silêncio passa a ter
nome, idade e tamanho e sem se preocupar com cientistas, materialistas, enfim,
com todos aqueles que dormem na dúvida e acordam sem acreditar, que mesmo vendo
uma natureza perfeita e que não saiu de nenhum cromossomo, com uma diversidade
alucinante de bela e sem a composição de nenhum DNA e mesmo assim, eles os
“grandes” em tudo, batem na tecla da dúvida, enviando equipamentos para o
espaço na tentativa de encontrar os fundos da casa de nosso Mestre.
Para nós Maçons, não
existe o acaso da rua ou da pessoa que nunca vimos, até porque, temos a certeza
que vimos e tudo isto e o que iremos alcançar com os nossos aprendizados, serão
visões mais amplas para inserirmos em nossas bagagens.
Yrapoan Machado
Obreiro da Cavaleiros do Templo nº 26