Amados irmãos, esse
assunto é tratado com muita preocupação por aqueles que realmente vivenciam e
amam a nossa Sublime Instituição.
Perspectivas sombrias se
arvoram bruxuleastes nos horizontes.
As estatísticas mostram
que a Maçonaria vem definhando, notadamente na Europa, na América do Norte, na
Ásia, na Oceania, na África, na América do Sul, e o Brasil é o único País onde
os números ainda permanecem favoráveis, mas estamos vendo um desvirtuamento da
Doutrina sob múltiplos aspectos, com disputas de Potências, vaidades pessoais,
globalização canibalesca com perversão dos bons costumes, Falta de compromisso
com a Ordem, Ritualística prostituida, também a situação econômica e de
segurança estão impactando negativamente nessa análise.
Vamos ter que encarar
também a necessidade de avaliação sobre a participação feminina: quanto tempo
ainda irá prevalecer o Landmark que proíbe a participação delas na Ordem?
A Globalização e a
divulgação maciça de nossa doutrina, sessões ritualísticas, trabalhos maçônicos
etc.
O Perjurismo grassa a
velocidade meteórica.
Assim cabe lembrar que,
apesar de todo o seu passado glorioso e ainda figurar no rol das organizações
que se destacam no cenário mundial, a Maçonaria, tal como várias outras
instituições tradicionais, tem pela frente o desafio de conviver com as
turbulências trazidas com o advento da pós-modernidade.
De que forma uma
organização tão rica em tradições e alicerçada sobre sólidos princípios morais,
dará conta de singrar os mares tormentosos destes tempos pós-modernos, nos
quais tudo é posto em xeque, das instituições às crenças?
Como lidar como o novo,
sem abrir mão de seus princípios e propósitos?
Desafios enormes se
avizinham.
O Que Fazer?
Como evitar o
desmoronamento das colunas de nossa Ordem?
O que nos reserva o
Futuro?
Há perspectivas de
virarmos o jogo?
Essas questões tiram o
sono daqueles que realmente são maçons em verdade é essência.
"E para nossa
tristeza: SÃO UMA MINORIA NOS DIAS DE HOJE”.
O maior Patrimônio da
Maçonaria sempre foi e sempre será o “VERDADEIRO IRMÃO” e não as vaidades
pessoais, a portentosidade do edifício EXTERIOR, As medalhas ufanescamente
exibidas por Autoridades, Dirigentes e outros Pavões de Avental, que vão de
encontro à simplicidade e humildade que habitam nos corações daqueles que
verdadeiramente receberam a luz do macrocosmo e persistem com ela, iluminando
suas mentes e seus corações.
Mas, como “a Ordem é
seus membros”, perguntamos: Estamos qualificados para operarmos competentemente
nesse quadro avassalador que se apresenta ao homem da sociedade contemporânea?
Refletir para
reconstruir talvez seja o lema a ser adotado pela atual geração de maçons, a
fim de reestruturar a Ordem maçônica nesse limiar do Terceiro Milênio.
Em muitas situações,
convivemos com os outros e com o mundo afastando-nos, desconfiando, destruindo.
Isto é, não acolhemos,
e, é claro, recebemos o mesmo em troca, tanto em termos de violência entre
pessoas quanto em relação às catástrofes naturais: enchentes, secas e
outras consequências da agressão ao meio ambiente.
Ou seja, vivemos em
conflito com a ordem natural das coisas e em desacordo com nossa biologia.
Esse ânimo de não
acolher, não compartilhar, dividir, separar, manifesta-se em todas as
dimensões do cotidiano.
O que propomos é apenas
uma reflexão: “Revolução muda tudo, menos o coração do homem.”
Nós, seres humanos, por
natureza temos necessidade de explicações.
Precisamos entender a
nós mesmos, compreender os outros e o mundo em que vivemos.
Dessa necessidade nasceu
a ciência, e das aplicações dela originou-se a tecnologia.
Entretanto, há outros
domínios de nossa existência que não podem ser explicados pela ciência.
Neles a tecnologia não
atua, ou não age do modo objetivo, concreto e eficaz com que opera no lado
mecânico e concreto do nosso viver.
Esse imenso âmbito
inclui os sentimentos, emoções, intuição e a subjetividade.
Luiz Muzi
Membro da AMCLA - Academia
Maçônica de Ciências, Letras e Artes da COMAB