MAÇONARIA NÃO É RELIGIÃO


 

Alguns maçons costumam dizer: “A Maçonaria é toda a religião que eu quero”. Também vemos com frequência nas resoluções adotadas pelas lojas sobre a morte de um irmão maçom muitos sentimentos que levariam os não iniciados a acreditar que a maçonaria é considerada por todos como uma religião.

Isto, no entanto, não é verdade. O objetivo principal da religião é ensinar os deveres que devemos a Deus. Os deveres para com os homens não são religiosos, a menos que sejam realizados com referência às nossas relações com Deus.

Pode-se, por exemplo, dar dinheiro para aliviar as necessidades de um vizinho pobre. Isso em si é uma caridade um ato virtuoso ou moral. Se, no entanto, o motivo de dar dinheiro não for apenas aliviar o próximo, mas principalmente e principalmente agradar a Deus, então isso se torna um ato religioso.

 A menos que o amor a Deus seja o motivo de nossas ações, elas não são de forma alguma religiosas.

Um homem tem mais religião do que pratica em sua vida. A Maçonaria está intimamente ligada à religião neste aspecto, que é um modo de vida, ao invés de uma teoria. A teologia é um complicado sistema de doutrina e apela ao intelecto.

A verdadeira religião consiste não meramente de fé e adoração, mas de obras que se conformam às regras da justiça. É um estado de piedade ativa, em vez de adormecida ou passiva. Em nossa Fraternidade temos o maçom intelectual, o maçom prático e o maçom superficial.

O primeiro nome é forte em simbolismo. O esquema de moralidade ensinado em nosso majestoso ritual apela ao seu intelecto, e ele se deleita no estudo da filosofia e da história da instituição. Na maioria dos casos ele é sincero em sua admiração pelos princípios da Maçonaria.

O maçom prático, assim chamado, não é dotado de imaginação vívida, mas é forte no senso comum.

O misticismo, o simbolismo, a filosofia não lhe fazem nenhum apelo especial. A antiguidade da instituição pode inspirar um sentimento de reverência, mas é o trato justo, a honestidade áspera, os princípios de igualdade e equidade que comandam sua lealdade.

Ele encontra na Maçonaria um sistema de moralidade adequado ao uso diário, e sob sua influência ele pratica a verdadeira caridade e as virtudes cardeais da temperança, fortaleza, prudência e justiça. O amor fraterno inspira o maçom prático, e onde o amor existe credos e teorias são supérfluos.

O maçom superficial é um tipo muito comum. Ele se torna um maçom porque tem amigos na Loja, porque a instituição é popular, porque ele quer usar o botão e fazer com que o mundo saiba que ele pertence à sociedade secreta mais influente.

Ele gosta do “drama” no terceiro grau, mas não tem paciência para ficar de fora do intelectual primeiro e segundo.

Os objetivos proeminentes da Maçonaria são melhorar a condição da humanidade sofredora, silenciar a discórdia e a confusão entre os homens, banir o ódio, a malícia e a inveja do coração humano e implantar justiça, misericórdia e benevolência em seu lugar.

A Maçonaria nos ordena a ajudar os fracos, alimentar os famintos, vestir os nus, levantar os caídos, proteger a viúva e espalhar bênçãos sobre toda a raça.

Promove todas as virtudes morais e sociais; torna os homens melhores irmãos, melhores maridos, melhores pais e melhores cidadãos; mas não pretende tornar os homens cristãos.

https://bit.ly/3Kxuy6COMALHETE-157-MAIO-2022

IRMÃOS LIVRES E DE BONS COSTUMES, SERÁ QUE SOMOS?


O primeiro princípio exigido para ser maçom é que sejamos livres e de bons costumes. Infelizmente, isto não ocorre na maçonaria atual.

Segundo o dicionário Aurélio, Livre [Do Lat. Liber]: 

1 – Que pode dispor de sua pessoa; que não está sujeito a algum senhor. 

2 – Que tem o poder de decidir e de agir por si mesmo; independente 

3 – Desprovido, privado, isento(livre de preconceito).

Com base nas definições acima, a maçonaria não segue os preceitos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade que tanto divulga, uma grande parte de maçons, não entendem o que pregam e defendem, são preconceituosos. 

Através de relatos cada vez mais constantes, tomamos ciência de irmãos impedidos de assistirem reuniões em lojas de outras potências e obediências, diferentes da que ele está filiado, sendo que, na maioria das vezes já estiveram juntos em uma mesma potência ou obediência, e hoje, por motivos diversos se encontram separados administrativamente, mas, continuam seguindo os mesmos princípios, leis e regulamentos maçônicos. 

Quem é preconceituoso, não pratica os bons costumes. 

Quem nega um irmão que muitas vezes já esteve lado a lado na luta contra a hipocrisia, o fanatismo e a ignorância, não pratica os bons costumes. 

Quem acredita que uma potência ou obediência é dona da maçonaria, e que acredita que somente ele, é o dono da verdade e das virtudes, não pratica os bons costumes. 

A Liberdade não existe. 

Quem prega a Liberdade, mas, não aceita que outros irmãos sejam livres para procurarem e praticarem o seu direito de liberdade, não é um homem livre, é um vil escravo. 

Quem defende a Liberdade, mas, não aceita que outros exerçam a busca constante da verdade, não é um homem livre. 

A Igualdade não existe. 

Quem não aceita como igual, um irmão que pratica a maçonaria como todos os outros praticam no mundo, não é um irmão que saiba

o que seja Igualdade. 

Quem acredita que Igualdade seja pertencer a uma mesma potência ou obediência, não sabe o que seja Igualdade. 

Quem pensa que Igualdade seja ter tratados amizade ou reconhecimento, não sabe a diferença entre tais palavras. 

Quem acredita que acredita que apenas duas ou três potências ou obediências sejam regulares, também é um analfabeto maçônico, não sabe o que é regularidade, mas, como é um termo muito usado hoje em dia, fala como um papagaio repete o que ouve, mas, não sabe o que diz. 

A fraternidade não existe. 

Quem acredita que Fraternidade é fazer o bem no mundo profano, não fazendo o mesmo com os irmãos espalhados pela superfície terrestre, não sabe o que seja a Fraternidade.              

Quem acredita que a Fraternidade deva ser praticada apenas entre duas ou três obediências ou potências, não sabe o que seja fraternidade, aliás, não deve saber qual é a diferença entre potência e obediência. 

Quem não tem Liberdade para praticar a Igualdade e Fraternidade com quem queira, dependendo de autorização superior, deve abandonar a maçonaria, pois, não é um verdadeiro maçom. 

O Venerável Mestre de uma loja maçônica que não tenha autonomia para receber quem quer, deve entregar o malhete, pois, não é um homem livre, não passa de um mero garoto de recados dos poderes superiores. Os maçons de uma Loja que assim age, não são homens livres. 

Aliás, o maçom que não sabe praticar a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade, deveria ser impedido de estar filiado em uma loja. Ele ainda não entendeu o princípio básico da maior oração do Cristianismo, que foi ensinada por Jesus, O Cristo, “O Pai Nosso”. 

Pois, não entende que ao dizer – “Pai Nosso que estais no céu”, ele deve admitir que todos sejamos irmãos, que somos todos de uma mesma família, não devendo haver preconceitos de classe social, econômica ou política, cor, raça, religião. A Fraternidade que exercem é apenas para profanos, deixando de lado os seus irmãos. 

Somente quando algum irmão resolver processar outros por prática de Bullying, que é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, tiranete ou valentão) ou grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder (Existem “irmãos” que gostam de fazer brincadeiras pejorativas com outras instituições maçônicas), é a prática da molecagem dentro da Sublime Instituição. 

A prova maior da falta de Fraternidade ocorre em épocas de eleições, quando ocorrem fatos na mesma proporção que eleições no mundo profano, tais fatos jamais deveriam ocorrer dentro de uma instituição como a maçonaria, mas ocorrem. 

Parafraseando o ilustre Francisco Octaviano no texto: “Quem passou pela vida em branca nuvem, e em plácido repouso adormeceu; Quem não sentiu frio da desgraça, quem passou pela vida e não sofreu, foi espectro de homem, não foi homem, só passou pela vida, não viveu”, poderíamos dizer: “Quem passou pela maçonaria em branca nuvem, e em plácido repouso adormeceu; Quem não sentiu o frio da desgraça de seus irmãos, quem passou pela maçonaria e não sofreu, foi espectro de maçom, não foi maçom, só passou pela maçonaria, não foi irmão”. 

Ir.'. Pedro Neves

 

O ENSINAMENTO DA MAÇONARIA – A VISÃO DA ARTE REAL


 

SIMBOLISMO — LINGUAGEM UNIVERSAL

Todo o Simbolismo autêntico reside na verdadeira natureza das coisas e é a concreta realidade fundada em reais analogias. Efectivamente, o Simbolismo tem o seu fundamento na natureza dos seres e das coisas, estando em conformidade com as leis dessa natureza; e como as leis da Natureza são a expressão e interiorização da Vontade divina, podemos deste modo, dizer que o Simbolismo é de caráter não humano e o seu princípio remonta a mais longe e mais alto do que a humanidade.

Ou seja, o verdadeiro Simbolismo não é inventado pelo homem: encontra-se na própria Natureza, que é ela também símbolo de realidades transcendentes. A Natureza é realmente símbolo da realidade sobrenatural e esta correspondência constitui o verdadeiro fundamento do Simbolismo — toda a coisa manifestada é símbolo em relação a uma realidade superior.

Por esse motivo, podemos dizer igualmente que os fenômenos naturais derivam de princípios superiores e são os seus símbolos, tirando deles a sua realidade.

Essencialmente, o Simbolismo, a linguagem metafísica por excelência, é a utilização de formas ou de imagens constituídas como signos de ideias ou de coisas supersensíveis. Nesse sentido, um símbolo é um suporte de meditação necessário porque aquilo que é imperceptível ao olhar ou ao ouvido só pode ser tomado, não em si próprio mas através de relações de semelhança.

Linguagem universal e universalmente inteligível, na qual as mais altas verdades foram sempre exprimidas, o Simbolismo pode ser definido como a representação de uma realidade num certo nível de referência por outra realidade correspondente num outro nível de referência.

O Simbolismo é uma ciência exata e faz parte da Ciência Sagrada. A meditação dos símbolos assume caráter de autêntico ritual. E enquanto elementos dos próprios ritos, os símbolos, por causa do seu caráter não humano, são suportes de uma influência espiritual — aliás, transportam em si mesmos influências cuja ação é susceptível de despertar diretamente a faculdade intuitiva naqueles que neles meditam segundo o modo adequado.

Na realidade, todo o Simbolismo produz (e é esse o seu fim), naquele que medita com as aptidões e disposições requeridas, efeitos rigorosamente comparáveis com os dos ritos, desde que haja transmissão iniciática regular.

É por isso que o símbolo, como figuração gráfica, é uma fixação do gesto ritual e o seu traçado deve efetuar regularmente, em relação com a ciência do gesto, o que lhe confere todas as características do ritual.

Cada símbolo tem uma pluralidade de sentidos que se harmonizam e se completam. Desse modo, o fato de se encararem dois aspectos contrários num símbolo é absolutamente legítimo — a consideração de um desses aspectos não exclui o outro, visto que cada um deles é igualmente verdadeiro de acordo com certa relação.

O que mostra bem que os dois aspectos não se excluem e são susceptíveis de serem encarados simultaneamente é o fato de eles poderem encontrar-se reunidos numa mesma figuração simbólica complexa. Assim, o Simbolismo tradicional não se presta a qualquer sistematização porque deve responder a numerosos pontos de vista, abrindo possibilidades ilimitadas de concepção.

Podemos ainda acrescentar que a origem do Simbolismo se confunde com a origem dos tempos, se é que não mesmo além dos tempos, visto que estes só compreendem um modo especial de manifestação. E a Tradição incorpora-se nos símbolos que se transmitiram de idade em idade, sem que se lhes possa atribuir qualquer origem histórica.

INICIAÇÃO: SEGUNDO NASCIMENTO

É importante salientar que a Iniciação só se torna necessária a partir de certo período de existência da Humanidade, precisamente quando começa a sua degenerescência neste ciclo (já não nos encontramos na época primordial, em que todos os homens possuíam normal e espontaneamente o estado hoje ligado a um alto grau de Iniciação) — mas tudo o que ela comporta constituía já uma parte superior da Tradição primordial.

Outra questão importante: uma organização iniciática autêntica está sempre ligada com o Centro espiritual do qual provém a Tradição. É essa ligação que constitui a sua filiação regular, através de uma cadeia iniciática que parte do Centro.

Iniciação deriva de «initium», entrada e começo, entrada num caminho ou começo de uma nova existência. A Iniciação é, assim, um verdadeiro segundo nascimento e uma regeneração.

Segundo nascimento porque abre ao Ser outro mundo diferente daquele em que exerce a atividade da sua modalidade corporal; regeneração, porque restabelece o Ser nas prerrogativas que eram naturais e normais nas primeiras Idades da Humanidade e porque deverá conduzir à restauração do estado primordial.

Para que o profano se torne iniciado deverá morrer e nascer de novo. Morrer para o mundo profano e nascer no mundo da Iniciação, da Luz. E a importância da morte iniciática é tal que podemos mesmo considerá-la mais real do que a morte do corpo, visto que o profano que morre não se torna iniciado por esse fato.

Aliás, todas as tradições insistem na diferença essencial que existe entre os estados póstumos do Ser, conforme se trata de um profano ou de um iniciado.

Dentro do processo iniciático devemos ainda considerar a segunda morte, aquela que permite efetuar o terceiro nascimento, a «ressurreição em corpo glorioso». Se o segundo nascimento efetua uma regeneração psíquica, então o terceiro nascimento é a passagem efetiva da ordem psíquica à espiritual.

O que se passa durante a primeira fase da Iniciação? Apenas a transmissão de uma influência espiritual, que o neófito não sente, visto que ela está ainda num estado potencial e não desenvolvido — é o que se chama a Iniciação «virtual», a qual, na maior parte dos casos, assim permanece sempre, devido às condições cíclicas que ditam, na maior parte dos casos, a insuficiência de qualificação do iniciado e a própria degenerescência das organizações iniciáticas que ainda subsistem.

Essa influência espiritual será assim uma espécie de semente lançada no terreno, que poderá ter ou não condições de fertilidade para fazê-la germinar e dar origem ao desenvolvimento espiritual de uma nova planta – neófito, significa exatamente nova planta.

Depois de transmitida essa influência, o neófito segue todo o processo da instrução iniciática, conjunto de meios postos em ação que contribuem para tornar efetiva a Iniciação virtual. Essa instrução terá de ser acompanhada e orientada por um guia espiritual, um mestre.

Na Maçonaria o mestre não está presente na pessoa de um indivíduo mas antes na de toda a comunidade iniciática que recebeu e rodeia agora o novo iniciado. Trata-se, portanto, de um trabalho coletivo, sobre o qual age certa presença espiritual. Recordemos as palavras de Yeshua ben Yosef: «Quando dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles». Daí que o trabalho da organização iniciática deva sempre fazer-se em nome do princípio espiritual de que procede.

Para que uma organização possa transmitir a influência espiritual de que falamos é necessário que seja efetivamente a sua legítima depositária e, portanto, que a sua filiação na Tradição seja autêntica, regular. Por isso, quando se trata de organizações pseudo-iniciáticas, reconstituições puramente hipotéticas ou imaginárias de formas tradicionais desaparecidas ou ainda invenções puras e simples a transmissão da influência espiritual é impossível, inexistente, e a Iniciação também.

Tudo se passa de acordo com leis rígidas e inflexíveis, de origem não humana, e, por exemplo, mesmo quando se trata de uma organização autenticamente iniciática, os seus membros não têm qualquer poder para lhe mudarem as formas ou para alterá-las no que têm de mais essencial — o que não exclui, no entanto, a adaptação às circunstâncias próprias de cada momento cíclico, as quais se impõem aos indivíduos, mais do que derivam da sua vontade. Logo, uma organização iniciática não pode incorporar nos seus ritos elementos que foi pedir emprestados a outras formas tradicionais diferentes daquela segundo a qual é regularmente constituída.

VIAGENS E INFLUÊNCIA ESPIRITUAL

A Iniciação decorre por fases, sob a forma de provas que exprimem, no fundo, a necessidade de se ultrapassar o medo para se chegar ao conhecimento, o qual, quando for alcançado, tornará o medo impossível.

As provas iniciáticas são ritos preparatórios da Iniciação e tomam normalmente a forma de viagens simbólicas que conduzem o Ser das Trevas para a Luz, purificando-o no decorrer da jornada simbólica, tal como na Alquimia (onde também se fala da conquista da Luz divina).

As viagens entram em relação com os diferentes elementos, remetendo o ser ao estado de simplicidade, convertendo-o em matéria-prima, em caos que aguarda a Luz para que a perfeição primordial se refaça. As fases da Iniciação, tais como as da Grande Obra Hermética (que é realmente uma das suas expressões simbólicas), reproduzem as do próprio processo cosmogônico.

 As aptidões ou possibilidades da natureza individual são a matéria-prima e para que esse caos possa começar a tomar forma e a organizar-se é necessário que lhe seja comunicada uma vibração inicial (o Fiat Lux) pelas potências espirituais que o Berechit – בראשית – Gênesis designa por Elohim- . Ora, do ponto de vista iniciático, essa iluminação é precisamente constituída pela transmissão da influência espiritual — daí vêm as expressões «dar» e «receber» a luz.

O transmissor é aquele que confere a Iniciação e não age como Indivíduo mas sim como suporte da influência, como anel da cadeia iniciática. Também não pode agir em seu próprio nome mas sim em nome da organização à qual está ligado e da qual detém os poderes (o que explica que a eficácia do rito seja independente do valor do indivíduo como tal e que, mesmo quando só há iniciados virtuais numa organização, esta permaneça capaz de continuar a transmitir a influência de que é depositária — recordemo-nos da fábula do burro carregado de relíquias.

Uma das cenas principais do drama iniciático, que, aliás, de certa maneira, o precede, é a da «descida aos infernos» efetuada na câmara de reflexões, durante a qual o Ser se purifica, esgotando todas as suas possibilidades inferiores. Essa descida será, assim, uma espécie de recapitulação dos estados precedentes, através da qual as possibilidades do estado profano são esgotadas, a fim de que, a parir de então, o Ser possa desenvolver livremente as possibilidades de ordem superior que traz em si.

PEQUENOS E GRANDES MISTÉRIOS

Podemos dividir a Iniciação em duas fases principais, distintas mas complementares: os Pequenos e os Grandes Mistérios (ou os «Mistérios Menores e Maiores).

Os Pequenos Mistérios, que dizem respeito ao «Paraíso terrestre», têm por fim restaurar o estado primordial, o do homem verdadeiro, estabelecido no «Meio Invariável» e escapando à roda cósmica. Compreendem tudo o que se relaciona com o desenvolvimento das possibilidades do estado humano e têm como conclusão a restauração do estado primordial, a realização horizontal, obtida através do segundo nascimento, autêntica regeneração psíquica que permite o conhecimento das leis do devir.

Quanto aos Grandes Mistérios, dizem respeito à realização vertical, dos estados supra-humanos, conduzindo o Ser do estado primordial à libertação final, à Identidade Suprema, conseguida pelo terceiro nascimento (precedido pela segunda morte, a morte para o Cosmos).

Sublinhe-se que a essência e as finalidades da Iniciação são sempre as mesmas por toda a parte e ao longo dos séculos. Só as modalidades é que diferem, por adaptação aos tempos e aos lugares.

Mistério é uma palavra grega que, no sentido original, se liga diretamente com a ideia de silêncio, designando o inexprimível. No seu sentido mais imediato e exterior, o Mistério é aquilo de que se não deve falar, sobre o qual convém guardar silêncio ou que é proibido fazer conhecer no exterior; num segundo sentido, menos imediato, o Mistério designa o que se deve receber em silêncio ; finalmente, num terceiro sentido, mais profundo, é o inexprimível, o que se pode apenas contemplar em silêncio, impossível de exprimir por palavras.

Convém ainda assinalar o parentesco existente entre as palavras Mito e Mistério, que possuem a mesma raiz grega.

UM SEGREDO INCOMUNICÁVEL

O segredo iniciático não está ligado a um sectarismo ou a um não querer dizer, mas antes a um não poder dizer, além do dever de se evitar que a inevitável incompreensão do profano vá alterar ou profanar o ensinamento. Visto que a doutrina maçônica, na sua verdade, consiste numa Arte acionadas pelas forças superiores, em estados superiores de consciência, não humanos, é então natural declarar que o segredo da Grande Obra não pode transmitir-se mas é o privilégio dos iniciados que, sobre a base das suas próprias experiências, podem somente eles compreender o que se esconde atrás da gíria e do simbolismo maçônico.

A lei do silêncio (que aquele que tem ouvidos os abra e ouça; que aquele que tem boca a mantenha fechada), sempre foi observada escrupulosamente pelos Maçons autênticos, tradicionais. E não se pense que no caso da Maçonaria estava ou esta em causa apenas a sua qualidade de sociedade secreta (aliás, uma qualidade bastante variável ao longo da sua história, e nunca se podem identificar sociedades secretas com organizações iniciáticas) — de fato, o segredo encontra-se intimamente ligado com a transmissão da Iniciação de Mestre para discípulo (Aprendiz) e nada mais.

Tudo o que se ligava com a técnica operativa e com o segredo da Ordem não podia ser exposto abertamente nos rituais impressos, fazia parte da transmissão iniciática. E se este silêncio impressiona ainda muitos dos nossos contemporâneos, podemos afirmar que o silêncio que se impunha aos iniciados, e que tem razões bem mais importantes do que a simples prudência, nunca se impôs tão fortemente como nas condições atuais.

Esta afirmação vem, naturalmente, contrariar a ideia, posta a circular pelos maiores «ocultistas», de que são chegados os tempos em que certos segredos devem ser revelados e divulgados.

Só modernamente, e devido à degenerescência que fez cair a Maçonaria em questões políticas, se quis assimilar o segredo iniciático aos ideais políticos de liberdade e de igualdade.

Mas o verdadeiro segredo iniciático é apenas o «incomunicável» e só a Iniciação pode dar acesso ao seu conhecimento. O segredo exterior é elemento secundário e acidental, e o seu valor é somente de símbolo em relação ao autêntico segredo que é interior. E se a organização iniciática é secreta, isso não resulta de algo de artificial ou de arbitrário — a organização fecha-se sobre si própria contra a degenerescência.

O segredo é de tal natureza que as palavras não o podem exprimir, é inacessível e inatingível — só os ritos e os símbolos o podem, quanto muito, sugerir. O que o iniciado deve forçosamente adquirir, porque ninguém, nem nada de exterior a ele lho podem comunicar, é a posse efetiva do segredo iniciático.

MISTICISMO E INICIAÇÃO

Na habitual confusão dos textos elaborados pelos autores recentes da «nova era», Misticismo e Iniciação aparecem muitas vezes como se fossem sinônimos.

Mas a Iniciação, pela sua própria natureza, é incompatível com o Misticismo. Ao contrário deste, na Iniciação é ao indivíduo que pertence a iniciativa da realização, perseguida metodicamente, sob controlo rigoroso e constante, chegando a ultrapassar as possibilidades do indivíduo como tal.

A própria comunicação com os estados superiores é apenas um ponto de partida e não um fim em si — o que se pretende é realizar em si próprio um estado supra-individual. Podemos dizer que as perspectivas iniciática e mística têm em comum o domínio da espiritualidade e a ordem metafísica ou a teológica; uma direção idêntica (o Princípio divino); e uma concepção escatológica semelhante quanto à marcha da História e à conclusão do Universo.

Em compensação, diferem ambas quanto ao objetivo final e à associação de um elemento sentimental ao Misticismo; enquanto o caráter da doutrina iniciática postula a favor de um conhecimento central, o da Tradição única e Invariável, o Misticismo responde a outras motivações.

Por outro lado, ao contrário do Misticismo, a Iniciação, ao utilizar os ritos, recorre a um método — aliás, método e doutrina são inseparáveis na via iniciática.

Mas é realmente o próprio jogo de palavras a fazer entre Iniciação e iniciativa que nos permite compreender melhor a separação existente entre Misticismo (que não visa suprimir a dualidade fenomenal e existencial, e que pertence mais ao domínio psíquico, conservando um caráter de perfeita passividade) e a Iniciação (de natureza eminentemente ativa, feita de disciplina e de ascese ritual, exercendo-se com base no conhecimento simbólico e conduzindo o ser à realização de todas as suas potencialidades).

ENSINO PROFANO E ENSINO INICIÁTICO

A principal diferença que existe entre o ensino profano e o ensino iniciático reside neste simples ponto: ao contrário do profano, para o iniciado não tem qualquer valor o que aprende exteriormente — a sua aprendizagem é toda ela interior, descobrindo e desenvolvendo as suas possibilidades mais profundas, que são despertadas (é esse o verdadeiro significado da «reminiscência» platônica).

Assim, a Iniciação não é um estado psicológico nem místico, é mais profunda do que isso: implica um conhecimento exato e uma técnica precisa, onde não têm cabimento o sentimentalismo e a imaginação. Porque todo o conhecimento iniciático resulta da comunicação, estabelecida conscientemente, com estados superiores e é a essa comunicação que dizem respeito termos como inspiração e revelação.

A Iniciação implica a existência de uma elite, constituída por aqueles que estão aptos a receberem esse ensino especial (lembremo-nos que todos são chamados, mas poucos serão os escolhidos como disse Yeshua Ben Yosef). Portanto a constituição da elite é inconciliável com o ideal democrático do ensino igual distribuído a todos (que, no entanto, são desigualmente dotados). A instrução obrigatória do ensino profano conduz em linha reta à uniformidade do Reino da Quantidade, enquanto a Iniciação implica, pelo contrário, o triunfo da Qualidade.

Será necessário sublinhar, também, que o ensino profano põe a memória no lugar da inteligência; exige a acumulação de conhecimentos, e não a sua assimilação; aplica-se, sobretudo ao estudo de coisas que não exigem compreensão; substitui as ideias por simples fatos; toma a erudição como uma ciência autêntica; consagra o triunfo do «espírito científico» (ou seja, da ciência dos ignorantes), faz-se passar pelo que realmente não é nem pode ser e é isso que o torna realmente nefasto.

A MISSÃO DA MAÇONARIA: REALIZAR O PLANO DO GADU

Qual é a missão da Maçonaria?

Trata-se, como se viu, de uma organização de caráter iniciático, o fim da Maçonaria só pode ser o da própria Iniciação — entrada numa via de plena realização da totalidade das possibilidades do Ser começo de nova existência já num estado supra-individual.

Aqui o trabalho coletivo assume lugar preponderante. E a própria coletividade da organização que desempenha o papel de «guru» (mestre espiritual), sob a ação de uma «presença» espiritual — precisamente a do Grande Arquiteto do Universo – IHVH.

Portanto, dentro de um conceito iniciático, devemos dizer que todo o Ser tende, conscientemente ou não, a realizar em si mesmo o plano do Grande Arquiteto do Universo, da Vontade Suprema, e a concorrer para a realização total do mesmo plano, o qual constitui apenas a universalização da sua própria realização pessoal.

Reportando-nos apenas à Maçonaria antiga, «operativa», verificamos que o fim da realização do artífice era a «maestria», a posse perfeita da sua arte, coincidindo com o estado de verdadeira liberdade e veracidade interiores. A participação consciente no plano do GADU revela-se na síntese de todas as proporções do templo, coordenando as aspirações de todos os que participam nessa obra cósmica.

Os instrumentos que servem ao artífice Maçom para transformar a pedra bruta simbolizam os «instrumentos» divinos, identificam-se com os atributos divinos e é isso que nos explica o fato de que a transmissão iniciática, antigamente, aparecia estreitamente ligada à entrega dos instrumentos de profissão — o fio de prumo, o nível, o esquadro e o compasso são imagens dos arquétipos imutáveis que regem todas as fases da obra e, por vezes, o ritmo compassado do martelo afeiçoando a pedra combinava-se com a invocação, sonora ou interior, de um nome divino.

Joel Santos, M.’.M.’.
G.’.O.’.L.’., Lisboa

 

 

CARTA DE UM MAÇOM PARA SEU FILHO


 

Meu Filho,

Quando você parar de me contar - como ainda você faz - as suas brincadeiras e as suas coisas pessoais; quando você não tiver mais medo da "escuridão" e decidir abrir, finalmente, as páginas desses livros desconhecidos que hoje você somente olha talvez mal ajeitados, na estante do meu escritório, e que conservo com muito carinho; quando for adulto, aproxime-se desses senhores que hoje você acha misteriosos e que, se bem não te desagradam, te merecem tão somente certa indiferença. 

Procura essas pessoas que, frequentemente, me ligam ou me visitam e com quem compartilho algumas horas, a cada semana, nesses dias que você me vêeu chegar mais tarde em casa.

Sim, procura esses homens que a sociedade identifica como "Os Maçons" e que eu chamo, orgulhosamente de, "Meus Irmãos". Tantas vezes você os viu e ouviu que, provavelmente, já conheçam todos eles. 

A grande maioria são jovens; alguns homens maduros; e outros, com as suas testas coroadas por cabelos grisalhos, do mesmo jeito que algumas montanhas mostram seus cumes, cobertos pelo branco da neve. Mas todos eles me permitiram beber da fonte da sabedoria. 

Todos, por igual, abriram seus peitos como se abre uma cesta para receber as confidências, a alegria, os infortúnios e decepções, os projetos e as ilusões do melhor amigo. 

Sim, procura essas pessoas, sem importar o longo caminho a ser percorrido, nem quantos os obstáculos que devam ser vencidos. 

Decidido a procurá-los, o Ser Supremo vai mostrar-te o caminho. E quando souber o que é que eles fazem como pensam e o que pretendem desde que o teu espírito esteja satisfeito, e achadas todas as tuas respostas, junte-se a eles e siga-os. 

Mas, se mesmo depois de analisar os seus princípios, as tuas dúvidas continuarem sem resposta, então, meu Filho, saia do caminho, com a decência de um homem bem nascido. 

Se eu ainda for vivo, baterei palmas à tua decisão, a aceitarei, pois você terá estudado antes de definir e porque conseguiu analisar a tua escolha, ou seja, terá decidido por você mesmo, após ter pensado e raciocinado. 

E, caso eu tiver passado para o Oriente Eterno, vou pedir ao Grande Arquiteto do Universo para enfeitar a tua vida com os atributos que sempre procurei para você e que, Maçom ou não, o Mundo te reconheça como sendo um homem honesto, virtuoso, justo, respeitável, oposto a todo gênero de opressão e com um profundo amor pela humanidade. 

Seu Pai e Maçom com muita Honra.


Por Weber Varrasquim

O LÍDER E SUA PEQUENA GRANDE SÍNTESE


 

Irmãos, na incessante busca pela Luz, é preciso abrir os olhos às velhas lições, hoje em nova roupagem, tantas vezes quanto seja necessário até poder ver o que está oculto nas entrelinhas.

Por analogia se deduz que o bom desempenho da administração de uma Loja é similar ao de uma grande orquestra, cujo sucesso resulta do talento de seu genial Maestro.

E, como acontece na Loja, isso também retrata a excepcional qualidade dos músicos que o regente tem sob a sua batuta.

Mas o sucesso da gestão de uma Loja vai depender da união do grupo, e de um trabalho capaz de motivar toda a equipe, e que tenha por prioridade a instrução dos irmãos, para que assim todos possam melhor se capacitar na arte de servir.

Mas, para o êxito deste sublime objetivo, o iniciado precisa caminhar com passos firmes e ter equilíbrio, serenidade e prudência.

E, neste salutar exemplo, o maçom deve servir sem ser servil, ser obediente e não temerário, mas prudente e corajoso, interagindo com firmeza, mas sem estar sob a sombra de radicalismos, nem de preconceitos e intolerâncias.

Porém, por mais incrível que isso pareça raro são os irmãos que conseguem passar pelas Peneiras de Hiram; e, mesmo assim, nem todos estão aptos a Liderança.

De dez iniciados em nossa instituição, só sete conhecem as sublimes ordens de aperfeiçoamento maçônico, e cinco deles ultrapassam o 4º grau; e, pasmem, pois apenas três conseguem ir até o 33º, para serem iluminados pela V.: L.:

Ora, para se alcançar este progresso no seio da Ordem, todo Mestre construtor social precisa ter inconteste disciplina, assiduidade aos trabalhos e muita determinação.

Já que o Líder além de ter muita força de vontade, também deve ter boas condições econômicas, tão essências para poder honrar os seus compromissos e seguir em frente, na escalada dia degraus da Escada de Jacó, sem, contudo causar prejuízos aos seus familiares.

Após galgar o ultimo degrau da escada do saber, o audaz peregrino vai enfrentar o seu maior desafio.

Isso só acontece depois dele rasgar o véu de Isis, e neste Fiat Lux, tomar consciência da sua real missão. Aqui surge o Líder

É neste instante que o iniciado tem ciência da luta que deve travar contra os verdadeiros inimigos do homem, que são: a superstição, a inveja e o egoísmo.

Sendo que nesse perene combate, o Líder pode até vacilar em algumas vezes, mas sempre que cair ele vai se erguer mais forte e sábio, de sorte a nunca desistir!

A performance de um Líder, paulatinamente, se dará através de um trabalho voltado para o desenvolvimento interior dos demais, com base nos elevados princípios da moral e da razão.

Ora, o grande segredo para o crescimento espiritual do grupo, é que cada um tenha cuidado com o verdadeiro motivo das próprias ações.

É assim que poderemos evitar a proliferação dos filhos da ambição, isto é: a vaidade, o orgulho, a intolerância, a soberba e o radicalismo.

Entretanto só lançando sementes de luz na própria consciência, é que se pode fortalecer a personalidade-alma, na jornada rumo ao Oriente Eterno.

O Líder deve interagir com firmeza e muita humildade, pois sabe que é apenas mais um mensageiro; e que também precisa vigiar a sua própria vaidade, para evitar ser àquela estrela ofuscante.

Cujo intenso brilho, não ajuda em nada, só causa é prejuízo, pois cega os irmãos e os impede de ver a Pedra Viva.

Mas, maconicamente, e com a simplicidade natural das grades almas, o Líder busca apenas ser um espelho polido, em cuja finita superfície uma fração de luz possa se refletir; e, mesmo assim, ele se dará por bem satisfeito desde que esta pequena Luz, além de clarear o seu caminho também ilumine o de seus irmãos.

A doutrina maçônica ensina que os terríveis inimigos que devemos combater estão dentro do nosso mundo interior.

Então, na verdade, o mais difícil para o Líder não é vencer os desafios do mundo objetivo, mas às tentações do mundo subjetivo.

Portanto, a maior dificuldade na vida do Líder, não são os meros problemas de ordem política, econômica e administrativa, a questão é bem mais complexa; vem das limitações de caráter, e que só se revelam, no dia-a-dia, com o passar do tempo.

É por está razão que só se deve confiar à direção do grupo aquele que reúne às condições essenciais para liderar.

A verdadeira Liderança não se acha sob o julgo de nenhum poder, seja ele de ordem intelectual, econômica, política ou mental.

E, segundo a psicologia moderna, é muito fácil traçar o perfil de um Líder.

Basta se observar o seguinte: “toda pessoa que não é suficientemente realizada tem uma instintiva tendência de falar mal dos outros.

“E nisto se revela um grande complexo de inferioridade que surge unido a um desejo de superioridade”.

O Líder por ter bastante luz própria não necessita apagar ou diminuir as luzes dos outros para poder brilhar.

Pois quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar de doente os demais para gozar a consciência da própria saúde.

Nas palavras de um Líder, pronunciadas com bondade e sabedoria, existe o poder criativo do Verbo e como gotas de Luz no meio das Trevas, elas dirigem conflitos e resolvem dificuldades.

O grande problema na vida do Líder não é a subida até a morada dos anjos, a questão crucial é a descida, o seu retorno a finita condição humana, longe das alfaias e benesses do cargo.

Todo Líder sabe que, mais cedo ou mais tarde, ele vai ter de retornar a sua origem, para então começar tudo de novo.

É neste retorno a base, através da sublimação do Mestre, que a matéria pode ser crucificada, para que enfim o Espírito possa triunfante se libertar das ilusões do Ego, no benfazejo despertar do EU.

Ora, "o que está em cima é como o que está em baixo, no milagre de uma só coisa"... Luz, Vida e Amor!

A difícil escalada da montanha do saber é indispensável à luz de um Líder.

Um dos objetivos do trabalho Templário é viabilizar aos sinceros buscadores os meios para que possam descer ao interior da Terra, e lê encontrarem em baixo de um Arco, sobre o Altar Piramidal, o Delta Luminoso; onde está gravado e velado o Nome Impronunciável do Eterno Deus, cuja guarda está sob os cuidados de Três dos mais Excelentes Companheiros.

O Líder, que tem o domínio da doutrina maçônica, sabe que na medida do possível, deve sempre viabilizar a segurança do Templo, para os Veneráveis irmãos Cavaleiros da R+C; afim de que esses valorosos Soldados de Cristo, após serem banhados pelo fogo ígneo, longe do olhar profano, e na boa companhia dos demais Adeptos, possam se reunir e participar da Ceia Mística.

Inclusive o líder, sob a luz do filosofismo, sabe que também tem a missão de viabilizar para que os bravos guardiões do Santo Sepulcro possam ter acesso a Casa do Espírito Santo; e que tenham garantido o direito a um lugar no Conselho dos Anciões.

Enfim, permita o GADU, o Senhor dos Mundos, que no final dos dias, com o coração mais leve do que uma pena, e possamos ultrapassar os enormes portões dourados da eterna Jerusalém Celestial. Para de acordo com o Apocalipse, no final dos nossos dias, possamos acessar os Reino dos Céus, e gozar do beneplácito da Vida Eterna.

E ali, contritos, sob a frondosa Árvore da Vida, louvarmos o Senhor dos Espíritos, purificados na suave paz da Luz que se irradia do Sol do Mundo Espiritual, o abençoado Cordeiro Místico.

TFA.

 

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