A MAIOR GUERRA ENTRE COLUNAS



Após o mestre de cerimônias preparar o cortejo e a entrada dos irmãos, no templo… A sabedoria sentou-se no oriente, assim como a força se sentou no ocidente, enquanto a beleza tomava lugar na coluna do sul.

Tudo decorria de forma “justa e perfeita”, como de costume…

Foi então que bateram profanamente na porta. O irmão cobridor interno anunciou tal batida e em seguida, forçaram a entrada no templo; podíamos ver claramente três homens muito bem vestidos e de ótima aparência.

Eram eles: o orgulho, a vaidade e a discórdia, e já entraram avançando com o pé direito.

A sabedoria pronunciou-se imediatamente:
– Vocês os três entrarão ritualisticamente e serão telhados, para poderem entrar neste templo sagrado.

Sem lhe dar a mínima importância, o orgulho disse, com certo tom de ironia.:
– Somos convidados ilustres… vocês mesmos que nos convidaram… nunca entramos aqui fisicamente, mas no íntimo de cada um de vós, estamos presentes em todas as sessões, somos mais assíduos do que o Maçom mais assíduo desta Loja.

A força imediatamente sacou de uma espada e disse:
– Solicito que todos os irmãos saiam, por favor… somente com justiça e retidão, poderemos livrar-nos deste incomodo momento… somente fique o Venerável Mestre e nós, Vigilantes, para esta complexa e misteriosa sessão.

Todos os demais irmãos saíram o restante das dignidades também se retiraram, porém passavam pela sabedoria, e deixavam um feedback, como num planejamento estratégico de guerra.

Notória as lágrimas nos olhos dos irmãos Secretário e Orador, como se dissessem com um olhar:
– Nós mesmos criamos esta guerra… talvez não saiamos vencedores… luzes lutem por todos nós!

O orgulho batia com o malho, enquanto a vaidade como um apoio segurava o cinzel, que exemplo de “união”! Inacreditável, eles estavam a desbastar a pedra bruta, com perfeição e de forma eficiente. A discórdia observava orgulhosa, tal energia desprendida para o fundamento central maçônico.

As três luzes ficaram surpresas, e notaram que o mau Maçom, também desbasta a pedra bruta, mesmo que regido por energias negativas.

Há duas desbastações antagônicas?

A vaidade descreveu o painel dos três graus, com excelência, surpreendendo todos. A discórdia direcionou um olhar desafiador para a sabedoria, como se fossem as duas maiores lideranças no recinto. A discórdia gritou com dedo em riste:

– Que tal uma guerra dentro do templo? Ou será que a sabedoria será destruída pelo orgulho, a força superada pela vaidade e a beleza massacrada pela discórdia?

O orgulho enfatizou:
– Por mais que se esforcem, não suportarão sequer uma fraca luz, pois estamos absolutamente ligados nas suas emoções e atitudes; por mais que tentem camuflar ou ocultar, nós três prevaleceremos sempre. Ouso dizer que se não houver irmãos diferentes de vós, seremos as três luzes da Loja e da Maçonaria muito em breve.

– É como se vendássemos os cavaleiros templários, devolvendo a escuridão para todos os que se dizem iluminados, livres e de bons costumes.

– Quando vencermos esta batalha, as nossas sessões iniciar-se-ão à meia noite, pois queremos o fim da hipocrisia e o início do império das trevas!

A sabedoria expressou-se:
– Oh quão bom e quão suave é!

A discórdia cortou-a e disse:
– Só recitam da boca para fora… Vocês não sentem, não vivem… (ouviam-se risos)

A discórdia estava a gerir a sessão. O orgulho sacou de uma espada, como guardião do templo! É preciso reconhecer que estavam mais entrosados do que nós, e não eram sete, eram apenas três. Dominaram e arremataram a nossa harmonia…

A força resolveu resistir a tamanha dominação e deu três pancadas com o malhete…
– Exijo ordem!!!!!

A vaidade exclamou, “Desculpe força, mas logo você? Teve tanto tempo o malhete e o cinzel em suas mãos, e o que fez? Decorou o ritual?” As três dignidades negativas riram à gargalhada!

A matéria sobrepunha-se de forma mais incisiva ao espírito! As romãs estavam a secar, as colunas B e J, estavam rachadas… (Pelos olhos físicos estavam intactas, porém com os espirituais estavam totalmente ruídas).

A beleza chutou a pedra polida e no ápice da dor, sacou de uma espada, enquanto isto a sabedoria sacou da espada flamejante, e dominaram o orgulho, a vaidade e a discórdia, porém a força, surpreendentemente exclamou:
– Não adianta usarmos a minha força! Teremos que elevar o grau, pois não poderemos superar tais “inimigos”, que nós mesmos criamos e que nos conhecem intimamente.

Havia uma cadeia de intenções, no átrio, gerida pelas dignidades e irmãos que aguardavam ansiosos o fim desta luta épica. A egrégora da corda, a parte positiva do coração dos irmãos, tomou forma de forca e enrolou-se no pescoço de cada uma das entidades negativas.

Porém o amor contido naquela corda, não conseguiria enforcar nem mesmo o maior inimigo de nossa evolução.

Nesse momento o livro da lei abriu-se e o espírito se sobrepôs a matéria.
A discórdia tentou com uma espada, cortar a corda, sem êxito… Ela não tinha tal força sobre a união dos verdadeiros irmãos. Um duelo de espadas se iniciou sobre o pavimento mosaico, a sabedoria no piso branco, com a discórdia no piso preto; esta luta estava a subir para o oriente.

A vaidade, disse para a sabedoria, “os teus amigos não te vão ajudar?“

A sabedoria respondeu… “apesar de falharmos, somos justos! Aqui é um contra um…”

O orgulho começou a recitar todo o ritual, sem nem mesmo ler! Quebrando a concentração com tal “decoreba”.

A Discórdia tomou a espada flamejante, mesmo com toda espiritualização que há, venceu a sabedoria, que estava caída no chão, colocando-lhe a espada na jugular.

A abóbada celeste, o céu da loja, ficou com nuvens ocultando os astros. A vaidade pegou uma das velas e começou a incendiar todo o templo. A beleza começou a chorar copiosamente, vendo os ornamentos a pegar fogo!

As entidades negativas tinham as jóias móveis das três luzes da loja.

Sim meus irmãos, o final desta história não foi feliz. Perdoem-me. Fomos vencidos… Pelo orgulho, pela vaidade e pela discórdia!

Vocês acham que este texto se passou dentro do nosso templo?

Não meus irmãos, esta batalha acontece diariamente dentro  dos nossos próprios corações. O nosso sentimento é invadido, tomado e destruído, sem ritualísticas. Nem o nosso sentido fraterno, consegue vencer esta guerra!

Fora das nomenclaturas vivenciadas em loja, precisamos dar campo para novos membros na nossa ordem. Que tal fazermos a iniciação dos candidatos: Amor, Solidariedade, Fraternidade, Igualdade, Humildade, Tolerância, Flexibilidade e Concórdia…

Não deixem que os irmãos, decorarem somente os respectivos rituais. Orientem para que amem os valores e entendam, para que atendam as expectativas da ordem e da vida.

Enquanto isto, outros fatores estão também a alinhar-se nas trevas: Pessimismo, hipocrisia, ódio, falsidade, corrupção entre outros…

Todos estes prós e contras farão parte dos nossos sentimentos.
A guerra invisível continuará! Você x você!

Cuidado com a posição do esquadro e compasso, assim como com as suas intenções com o futuro, da sua Vida, da sua Loja, da sua Ordem e das respectivas histórias.

Enquanto esta guerra acontecia, a cozinheira preparava o ágape normalmente, sem nem mesmo desconfiar e o Grão-Mestre jamais tomaria ou tomará conhecimento de tal evento.

A vaidade, o orgulho e a discórdia, vencerão esta batalha até quando? Foram-se embora, e levaram a pedra cúbica.

Deixaram escritos em alfabeto maçônico, num pergaminho:
“Vocês não desbastaram e acredito que não polirão esta pedra – permaneçam somente com a pedra bruta. Quando aprenderem de fato, eu a devolverei aos verdadeiros aprendizes… aqueles que verdadeiramente impedirão a nossa entrada no templo. Enquanto isso teremos acesso livre a qualquer sessão de qualquer grau e dar-vos-emos aulas sobre todo o tema e ritualística existente na vossa Ordem!”

O escrito estava assinado:
Venerável Mestre da Discórdia…
Primeiro Vigilante do Orgulho…
Segundo Vigilante da Vaidade…
Adaptado de Autor desconhecido


SIMBÓLICA, NÃO NO SENTIDO PEJORATIVO!



O termo “Loja Simbólica” faz alusão à vivência dos pedreiros, em alojamentos, nos canteiros de obra, em tempos pretéritos.

Atualmente, a parte da Maçonaria, cuja responsabilidade é a administração dos três primeiros Graus, independente do Rito praticado, é a Maçonaria Simbólica, chamada, antigamente, de “Blue Lodges” ou “Loja Azuis”, possuindo uma estrutura simbólica, rica em informações, porém um tanto complexa, principalmente, àqueles que, de fato, não passaram por um processo iniciático, ou não se enveredaram, como deveriam, nos estudos de seus excelsos Arcanos.

Quando a chamamos de “simbólica”, não devemos entender esse termo, pelo cunho pejorativo, como irrelevante, sem importância, apenas ilustrativo, conceito adotado por muitos “profanos de avental”, lamentavelmente.

Quando assim a tratamos, é em razão de seus ensinamentos estarem ocultos em símbolos, cuja interpretação é parte imprescindível do aprendizado e, consequente, da evolução maçônica do postulante à iniciação.

O próprio processo de iniciação não se finda na cerimônia de iniciação, quando o candidato ingressa na Ordem.

Transcorre por toda caminhada maçônica, cujos símbolos que ornamentam o Templo, que é um verdadeiro “Livro de Pedra”, passam a ter um papel fundamental na busca do arquétipo, até que o postulante, por mérito, consiga se fundir ao mesmo, e, de fato, tornar-se um iniciado, na acepção da palavra.

As instruções maçônicas se utilizam de uma metodologia de aprendizagem muito especial. Muitas vezes não é suficiente lê-las para compreendê-las.

O processo é mais que analítico e envolve, além da instrução escrita, um conjunto de outros fatores para que possamos captar sua verdadeira essência.

Observa-se que toda instrução deve ser ministrada dentro de nossos Templos, em Loja aberta. Se tivéssemos que nos ater, apenas, no que está escrito em nossos rituais, bastava, apenas, lê-las em nossa casa e fazermos peças de arquitetura e enviarmos à Loja, como monografias.

Essa possibilidade de ensino à distância não existe na Maçonaria, justamente porque se fazem necessários, além da instrução escrita, outros aspectos importantíssimos que compõem o processo pedagógico maçônico.

Um desses aspectos é o Símbolo, que no significado lato, é a representação de um aspecto da verdade, que independe da estática da fé, mas, decorre da cinética do raciocínio.

É certo dizer, portanto, que símbolo, à luz da Ciência Iniciática das Idades, é a síntese de um aspecto da Verdade Única. E, por esta mesma razão, sua forma gráfica, numérica, pictórica ou qualquer outra, atravessa incólume os tempos sem sofrer, intrinsecamente com as modificações aparentes das ideias, descobertas e invenções, pois, como síntese de algo real e imutável, assim permanece através dos séculos.

Os símbolos existentes em nossos templos têm uma finalidade maior que a decoração. Todo símbolo, através de seu arquétipo, é uma vertente de energia. O Maçom interage com essa energia, essa informação oculta que o símbolo emana.

O estudo de nossas instruções, por si só, tem, apenas, uma atuação no aspecto físico, enquanto o decifrar de um símbolo provoca, paulatinamente, um desenvolvimento no aspecto psíquico.

As instruções ministradas no Templo, em Loja aberta, sob a influência da egrégora milenar de nossa Ordem, completam o processo, atuando no plano espiritual. Esse entendimento foi se perdendo e, hoje, é pouco percebido por nossos Mestres.

Infelizmente, o cargo de 1º e de 2º Vigilantes, muitas vezes, passa a ser ocupado, apenas, como um trampolim para o Veneralato e as preocupações daqueles, que deveriam ser diretamente responsáveis pelas instruções, lamentavelmente, são bem outras.

Para alcançarmos o perfeito entendimento de uma instrução maçônica precisaremos nos conscientizar e fazer uso desse conjunto de fatores que compõe esse especial processo pedagógico.

Assim procedendo, tornar-nos-emos portadores das Chaves que abrirão as portas do perfeito entendimento. As chamadas Chaves do Conhecimento Iniciático. O Processo é “Simbólico”, mas não pejorativamente falando!

Francisco Feitosa

A AMPULHETA MAÇÔNICA



A ampulheta é um instrumento usado para medir o tempo, que se encontra na Câmara justamente para provocar reflexões.

Assim como a régua, o esquadro e o compasso devemos entender a importância de termos em mãos este instrumento. Ao manuseá-lo materializamos o passar do tempo e a efemeridade das picuinhas materiais.

Não podemos acreditar que a vida é efêmera. A mediocridade do viver é que a torna passageira. A visão simplista da ampulheta com a areia escorrendo como contagem do tempo nos impede de ver que a parte de baixo está se completando.

A mensagem da Ampulheta Maçônica está na consciência das leis naturais e imutáveis. A gravidade, que puxa a areia para baixo, encontra resistência no pequeno orifício entre os dois recipientes. Assim como o homem pode alargar este orifício através de maus hábitos mentais e físicos, pode também aumentar o volume de areia na parte superior pela retidão do espírito.

Não há ampulheta tão grande que possa representar uma vida humana. Todos nós, periodicamente, fechamos ciclos, ou seja, viramos a ampulheta. A questão é nos darmos conta de que após a virada teremos um tempo determinado para realizar algo. Se não o realizamos, foi um tempo perdido, foi um tempo efêmero.

Às vezes, encontramos a ampulheta decorada com asas, sugerindo que o tempo voa. Isto acontece apenas quando tiramos os pés do chão em doces devaneios ou os fincamos em inerte ação perante a vida.

O tempo é o grande aliado do homem “Existe um tempo próprio para tudo, e há uma época para cada coisa debaixo do céu... um tempo para nascer e um tempo para morrer; um tempo para espalhar pedras, um tempo para juntá-las; um tempo para a guerra, e um tempo para a paz”. Por isso, não há nada melhor para o ser humano do que ser feliz e gozar a vida na sua plenitude, tanto quanto puder.

SEJA SENHOR DA AMPULHETA DA SUA VIDA. A CONSCIÊNCIA DA PASSAGEM INEXORÁVEL DO TEMPO DEVE NOS FORTALECER NO DESPRENDIMENTO MATERIAL E NA AÇÃO ESPIRITUAL.

Este artigo foi inspirado no livro “CARTILHA DO APRENDIZ” do Irmão José Castellani, que na página 81, nos instrui:

“A Ampulheta, ou relógio de areia, é o símbolo do tempo. Considerando-se o tamanho das ampulhetas e a rápida movimentação das areias, elas marcam somente pequenos espaços de tempo; dessa maneira, a sua presença na Câmara lembra, ao Candidato, a efemeridade da vida humana, a qual, por isso mesmo, deve ser aproveitada, ao máximo, para concretizar as grandes obras do espírito humano.”

Neste nono ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas.

Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônica.

AUTOR: Sérgio Quirino Guimarães
ARLS Presidente Roosevelt, Nº25 - GLMMG


A DISCIPLINA DO SILÊNCIO



A disciplina do silêncio. Há muitos anos eu medito e me interesso por esse assunto. E me convenço cada vez mais da necessidade de praticá-lo. E continuo convencido de que o silêncio é o elemento básico de um bom conhecimento. Quem fala não ouve. Só alcança a real Iniciação quem é capaz de calar. Mais importante do que o silêncio da palavra é o silêncio do coração, que faz calar as paixões e os devaneios de nossa imaginação.

O iniciado deve ser capaz de conceituar a sua Ordem e definir-lhes os objetivos, mas a nossa Ordem é gradualista, e o conhecimento só vem com o tempo. Não nos apressemos, embora a curiosidade seja natural e mãe da ciência.

A disciplina do silêncio é, pois um dos ensinamentos fundamentais das Escolas Iniciáticas Tradicionais, e não é diferente em nossa Ordem. Nossa Ordem quer que seus obreiros sejam muito mais pensadores do que faladores.

Não se chega à verdade com muitas palavras e discussões, senão com o estudo, a reflexão e a meditação silenciosa. Aprender a calar é aprender a pensar, e aprender a pensar aprender a meditar (é claro que de um debate pode sair grandes idéias e grandes decisões, mas estamos prontos?). Por essa razão é que a disciplina do silêncio teve dentro da Escola Pitagórica. O neófito ficava três anos sem permissão para falar.

A disciplina consiste, entre outras, na íntima ligação de todos os irmãos e irmãs, no respeito fraternal, numa orientação comum, na veneração, ensinamentos e orientações de nossos mestres e instrutores (aos quais devemos honra e respeito), na rigorosa observância do sigilo e na disciplina do segredo e do silêncio.

Para finalizar, um preceito bastante conhecido de alguns: “Nos teus atos mais secretos supõe sempre que tens todo o mundo por testemunha”. Trecho do Sepher Yetzirah – 6.13

“Três coisas são boas para o ouvido: uma bênção, uma boa notícia, em elogio. Três coisas são más para o olho: o adultério, o mau olhado, um olho errante. Três coisas são boas para o olho: a humildade, um olho bom, a visão do verdadeiro. Três coisas são más para a língua: a difamação, a denúncia e a hipocrisia. Três coisas são boas para a língua: o silêncio, o controle da língua, e a verdade.”
(Sepher Yetzirah)

“Irmão guarde bem vosso coração, que é a vossa maior força e, ao mesmo tempo, vossa maior fraqueza. Precisa ser dominado, pois, do contrário, vossa mente perderá a firmeza. Não alimenteis pensamentos de prazer, pelo menor tempo que seja, para que não vos afastem da sabedoria que leva para o Eterno.”


QUE MAÇONARIA VOCÊ QUER PARA O FUTURO? OU O ABSURDO NOSSO DE CADA DIA



Hoje, mais do que nunca, a maçonaria brasileira tem que ser colocada na perspectiva correta. Os usos que certos segmentos fazem dela é que nos levam ao descrédito pela sociedade.

Sim, eu disse descrédito, pois infelizmente o homem comum (que chamamos de “profano”) já não leva muito em conta o trabalho que os bons maçons se esforçam por realizar. Todos vocês sabem disso, mas insistem (nós insistimos) em “tampar o sol com a peneira”.

Li recente comentário do Irmão João Guilherme Ribeiro onde ele aponta o vínculo dos valores maçônicos aos cargos e não ao mérito. Concordo com ele, pois a maçonaria brasileira não tem líderes. Temos DIRIGENTES legitimamente eleitos (em sua maioria homens íntegros, honrados, honestos e retos) ‒, mas LÍDERES (pessoas com ascendência para coordenar e cujas ações e palavras exercem modificações sobre o comportamento de outras) ‒ isso ainda não temos.

Estamos emaranhados num cipoal de “cargos perfeitamente dispensáveis, feitos para enfeitar cabides de aventais” ‒ disse o Mano JG.  Comendas que deveriam enaltecer o mérito foram transformadas em souvenires que relegam para o menoscabo aqueles velhos veteranos, história viva, exemplos legitimamente reconhecidos que construíram as Lojas e as Potências que sobrevivem até hoje.

“Temos que premiar por merecimento ‒ acrescentou o Mano JG ‒ não como expedientes que favoreçam troca de interesses...”

A Maçonaria atuante constrói seus projetos EM LOJA assim como instrui seus Aprendizes, Companheiros e Mestres EM LOJA. Contudo, as Lojas são relegadas às discussões sobre a escolha do refrigerante ou da cerveja a serem servidos na ágape, na festinha do dia das mães e no baile do fim de ano (temas que qualquer comissão social composta por três pessoas decidiria com mais agilidade, economia de tempo e de dinheiro).

Paralelamente a esses desvios de finalidade e método, cresce uma legião de “professores de maçonaria”, gente estudiosa ‒ é verdade, mas que fazem uma LEITURA PESSOAL do que seja a Arte Real. Se por um lado essa “leitura pessoal” é válida para quem a faz “per se”, em seu próprio âmago, ela se torna deletéria, danosa quando proclamada em opinião indiscutível; torna-se e castradora para os esforços íntimos dos Aprendizes, Companheiros e Mestres que buscam a “conexão interna”. (Sýmbolon, em grego ‒ conceito formado por SYN = junto, e BALLEIN = lançar: imagem autêntica do que seria “lançar junto” ou conectar.) São, infelizmente, os reflexos da era da internet, e aqui se deve ouvir o filósofo, escritor, semiólogo, linguista e bibliófilo Umberto Eco:

“O drama da internet é que agora os imbecis têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel: a internet promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade.”

Entre os dias 21 de fevereiro e 18 de março deste ano (2018) alguém resolveu fazer a pergunta numa pesquisa da CMI (Confederação Maçônica Interamericana). O objetivo da pergunta era saber a opinião dos maçons sobre as perspectivas da maçonaria brasileira para o restante deste século XXI.

Noutras palavras, eles estavam perguntando “QUE MAÇONARIA VOCÊS QUEREM PARA O FUTURO?” Na apuração divulgou-se que “o maçom brasileiro não sabe o que é Maçonaria” (Relatório de Pesquisa, Conclusões, 4.1, pg.23) : “... menos de 5% dos maçons brasileiros sabem o que é Maçonaria, conforme os conceitos e definições mais utilizados no mundo” ‒ disseram os pesquisadores.

Do outro lado, num destemido esforço de boa-vontade e idealismo, um grupo de dirigentes maçônicos veio a público apresentar uma reflexão para o momento político que vivemos, clamando pela premente necessidade de a sociedade brasileira abraçar um projeto estratégico de desenvolvimento socioeconômico com sustentabilidade, construído em bases sólidas e democráticas.

“Data maxima vênia” (como cortesmente se opõem nossos colegas bacharéis em Direito) entendo que o posicionamento político da Maçonaria ‒ seja no apoio a candidaturas ou na aprovação e aplauso endereçado a dirigentes públicos ‒ tem que passar, necessariamente, pela consulta às bases ‒ isto é: pelo diagnóstico da opinião da maioria do povo maçônico.

Muitos bons projetos têm sido apresentados pelos Grão-Mestrados e que, infelizmente, deixaram de alcançar objetivos porque mesmo muitos dos bons maçons não abraçaram a causa; nem mesmo se esforçaram para colher uma dúzia de assinaturas no âmbito de suas Lojas! Noutras palavras, usando uma expressão bastante chula: “não deram a menor bola”.

Repito: temos dirigentes, mas faltam líderes.

A liderança é fenômeno que nasce e se consolida exatamente na participação consciente: uma vez proposta determinada linha de ação, o projeto político almejado e os detalhes do empreendimento (plano, delineamento, justificativa e esquemas) precisam ser encaminhados às Lojas. A boa e centenária prática maçônica opta em discutir e votar a proposta na ordem do dia (sacrificando, naturalmente, as já citadas pelejas sobre pela escolha do cardápio e refrigerante das festinhas).

Uma vez aprovado o projeto almejado, a linha de ação, opiniões e detalhes do empreendimento, o representante de cada Loja (normalmente o Venerável Mestre) encaminhará a deliberação do seu grupo à plenária do povo maçônico. Simples assim (onde houver vontade de trabalhar); e complicado demais (onde predominarem as zonas de conforto).

Uma vez que não conseguimos abandonar o vício de imitar a República no âmbito da maçonaria, acreditamos ser o momento da criação de “conselhos da Maçonaria” ‒ compostos (por exemplo) pelo Grão-Mestre em exercício e mais dois Grão-Mestres Passados, três maçons que tenham exercido com êxito cargos administrativos, três que tenham liderança positiva na instituição e mais outros seis Mestres maçons com mais de 35 anos de idade e 15 de maçonaria, eleitos pela plenária do povo maçônico, com mandato de três anos, vedada a recondução.

Claro que esse modelo é apenas uma sugestão ‒ um sonho talvez... um produto da minha imaginação e sem possibilidade de realizar-se; uma fantasia, utopia ou absurdo ‒ quimera, dirão alguns. Aperfeiçoem-no, então!

Para terminar, sei que “alguém” poderá usar as citações que fiz contra mim mesmo: “uma tolice com o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel; o menor dos ingênuos desta aldeia pretendendo levantar-se como portador da verdade.”

Mas não estou sozinho nessas “divagações” que comigo fazem os que sonham com uma maçonaria forte e atuante; uma maçonaria que leve paz, felicidade ou esperança para fora das portas das Lojas; uma maçonaria com o real prestígio landmarkiano de que devem gozar os Grão-Mestres, uma maçonaria, enfim, fundada na liderança e na participação de todos os Obreiros.

José Maurício Guimarães

MAÇONARIA, UMA ESCOLA DE ÉTICA



O maçom precisa conscientizar-se da extrema limitação da sociedade maçônica da qual participa. É comum, após algum tempo da iniciação e até mesmo depois da exaltação, o Ir.’. começar a sentir um sentimento generalizado de frustração e a questionar os IIr.’. mais antigos sobre a verdadeira finalidade da Maçonaria.         
           
 Por aí já se vê que ele ainda não conseguiu apreender o verdadeiro objetivo da instituição a que pertence, pois exige de tais IIr.'. que a Ord.’, deva participar e encampar movimentos filantrópicos, políticos ou sociais, como se estes fossem fins maçônicos.
           
Todo aquele que nela ingressa possui um motivo, ou uma série deles para tal, mesmo aquele, injustamente apontado pela nossa própria instituição e considerado óbice intransponível ao ingresso do profano e cujo impacto sofre na C.’. das RRefl.’.: a banal curiosidade.
           
 Aliás, a frase que todos conhecemos está mal formulada e o sentido que se lhe atribui, longe está de impedir alguém de ingressar na Maçonaria. Muito pelo contrário, pois a curiosidade é filha da dúvida e esta é incompatível com o fanático, com o intolerante, com o espírito limitado do homem.
            
A dúvida é o apanágio dos filósofos, dos tolerantes, dos poetas e, sobretudo, dos maçons. Quem não duvida não pode ser curioso, mas quem tem dúvidas possui curiosidade em descobrir a verdade, vai tentar achar a certeza. Essa procura em descobrir a verdade, a não-dúvida, é característica do homem de ciência, do espírito aberto, do pesquisador, do filósofo.

E a Ord.’. é uma instituição eminentemente filosófica. A curiosidade nada mais é do que o desejo de ver, de saber, de informar-se, de desvendar, de conhecer determinados assuntos, de ter interesse. Ninguém sabe tudo e Sócrates já dizia que “só sei que nada sei”.
            
Cada ser humano possui uma característica própria. Se ele for comunicativo, expansivo, extrovertido e, psicologicamente, necessita de maior vida social, irá encontrá-la no clube maçônico, a própria Loj.’.; mas se, ao contrário, for um introvertido, um tímido, ensimesmado, a Ord.’. também irá lhe proporcionar condições para superar suas próprias inibições.
            
E se ele tiver um espírito filosófico, estará como um peixe dentro d’água, na Maçonaria; se for um tanto místico, que significa “ser misterioso, espiritualmente alegórico ou figurado”, também encontrará seu lugar num dos bancos da Loj.’.. E se ele for possuidor de um temperamento inquieto, essencialmente revolucionário e político, também conseguirá encontrar sua tribuna própria na oficina, onde poderá desenvolver-se e expor seus pensamentos com toda liberdade.
            
Em suma. Em nossa instituição cabem todas as motivações e tendências, desde que cumpridas algumas exigências prévias, além da passagem pela iniciação, visto tratar-se também de uma sociedade também fundamentalmente iniciática.
           
Entretanto, se aquele que nela ingressou pensou que sua motivação fosse exclusiva, ou seja, se aquele homem bondoso, de espírito altamente filantrópico esperava encontrar em nossa instituição unanimidade nesse sentido, frustrou-se. Se ele esperou depois de algum tempo que a Ord.’. devesse encampar algum movimento filantrópico ou político, é porque não conseguiu enxergar o que é, na realidade, a instituição maçônica. Daí, ou bem apreendeu sua essência e nela permanece; ou então se decepcionou e cai fora.
           
Mutatis mutandis é o que se verifica nas diversas motivações e nos diversos anseios, onde a unanimidade é inexistente numa Loj.’..
            
Na verdade, esse conjunto de pessoas que se reúne periodicamente possui em comum, entre outras virtudes, o fato de serem homens livres e de bons costumes, onde poderão conviver harmonicamente entre si e até mesmo encontrar numa oficina as respostas aos seus anseios e esperanças.
           
Enganam-se, contudo, aqueles que pretendem, ingênua ou deliberadamente, transformar nossa instituição, de modo exclusivo, num partido político, ou numa entidade assistencial, ou numa escola meramente filosófica, ou num clube social, ou numa igreja mística.
            
Quem possuir tais exclusivas pretensões, deve filiar-se a um partido político, ou participar de uma entidade de benemerência, ou estudar filosofia, ou ser sócio de um clube qualquer ou então deve ter uma religião, que, como todas as religiões, é plena de mistérios e certezas.
            
O que não se pode é alguns tentarem instrumentalizar a Maçonaria e os IIr.’. para servir a seus particulares e pessoais interesses. Esses não são objetivos maçônicos; ao contrário. Por isso, pensem bastante aqueles IIr,’, que ainda não descobriram a verdadeira essência de nossa instituição.
            
Há nela espaço para todos os homens livres e de bons costumes, mas não se pode querer exigir tomadas de posição da Maçonaria no mundo profano, nos mesmos moldes das outras sociedades civis. Nem posições filantrópicas, nem sociais e menos ainda as políticas. Para tanto existem as mais várias opções no mundo profano, e que, aliás, a própria Ord.’. recomenda e até mesmo incentiva tal participação.
            
Não se pode esquecer, que, sobretudo, a Maçonaria é, essencialmente, uma escola filosófica de aperfeiçoamento ético do ser humano e não apenas uma mera filosofia.
            
Uma escola de Ética, simplesmente.   
 
Luís Carlos Bedran

O PARADOXO DA TOLERÂNCIA NA MAÇONARIA



A facilidade de acesso tolerância a meios de comunicação, em especial redes sociais virtuais, dá ao cidadão total liberdade de se expressar livremente, ao mesmo tempo em que se tem a percepção de segurança, de blindagem, por se estar atrás de um PC, celular ou tablet, onde e quando os seus atos não trazem consequências físicas, reais, imediatas.

O reflexo disto, num cenário em que se devem considerar diversos fatores, como a persistente crise política e econômica, os casos de corrupção e toda a sua exploração mediática, o crescimento da classe média por meio da ascensão de uma nova classe C, com acesso a informação, mas sem escolaridade, tem sido uma maré alta e persistente de intolerância e ódio, evidente a cada momento em que se acede a redes sociais e se lê as últimas notícias.

Intolerância ideológica, política, social, racial, religiosa, sexual, dentre outras, tomam conta de pessoas menos esclarecidas, que promovem o ódio, desejando a morte daqueles considerados como diferentes e, em muitos casos, inferiores; e torna-se uma praga, uma epidemia, contaminando aqueles mais sugestionáveis.

Este público intolerante quer mudanças drásticas no país, muitas vezes alimentando um nacionalismo extremista, mas, sem interesse em se esforçar para fazer a sua parte, preferindo seguir a antiga cartilha de escolher um messias que “salve a pátria”, como os alemães fizeram com Hitler.

O filósofo Karl Popper, um liberal, defendia que a parcela tolerante da sociedade não pode ter tolerância ilimitada com os intolerantes, por risco de condenar a tolerância à morte.

Outro filósofo e liberal assumido, John Rawls, corroborava-o, ao defender que é dever da sociedade tolerante preservar os seus membros e instituições de toda e qualquer investida de intolerância, externa ou mesmo interna.

A célebre manifestação de Martin Luther King era exatamente sobre isto, sobre a sua preocupação, não com os gritos dos maus (intolerantes), mas com o silêncio dos bons (tolerantes).

Similarmente, na doutrina espírita, num dos seus livros mais célebres, há uma passagem que diz que “os maus são intrigantes e audaciosos, e os bons são tímidos. Quando os bons quiserem, predominarão”. Passagens similares podem ser encontradas noutras culturas, doutrinas e religiões.

Na Maçonaria, ensina-se a tolerância, mas também se prega o combate à tirania, à ignorância e ao fanatismo, que são causas e consequências da intolerância. 

Entretanto, em vez de combater, muitos irmãos têm “entrado na onda” e feito coro em discursos de ódio. Cabe à Maçonaria (ou seja, nós, maçons), não promover “o silêncio dos bons”, mas instruir esses irmãos aconselhá-los e, quando necessário, repreendê-los.

Ainda, se a intolerância persistir, afastá-los, de modo a preservar os bons maçons (tolerantes e, geralmente, silenciosos) e, principalmente, a sublime instituição maçônica e os seus princípios morais, que se devem manter imaculados.

Se um Maçom discorda do princípio maçônico da tolerância, desejando que a única tolerância seja a dos demais perante a intolerância dele, se ele se sujeita aos vícios da ignorância e do fanatismo, ou é favorável à tirania, o seu lugar não é entre as nossas colunas.

Mas outro mal, mais frequentemente observado no meio maçônico e de forma periódica, está diretamente relacionado a este paradoxo da tolerância e, de certa forma, comprova a teorização de Popper sobre o mesmo.

Numa Loja há, sem sombra de dúvidas, homens bons e, portanto, tolerantes. Mas, uma vez ou outra, corre-se o risco de que um ou outro membro da Loja tenha um caráter mais ambicioso, vaidoso, mesquinho. Neste caso, este irmão desejará ser Venerável Mestre antes de chegar a sua hora para tal, em detrimento da vontade da maioria, de outros irmãos mais bem preparados, e dos melhores interesses da Loja.

Ele é, geralmente, intolerante à ideia de vencer as suas paixões e sujeitar a sua vontade e insistirá de diferentes formas, para que a sua vontade seja saciada. E, por diversas vezes, vemos os bons irmãos, em nome da tolerância, silenciosos, sujeitando uma vontade coletiva e altruísta em benefício de uma individual e egoísta, permitindo que aquele irmão intolerante, por ambição e vaidade, alcance o seu intuito de se tornar Venerável Mestre. E, em alguns desses casos, o resultado posterior é o adormecimento de muitos bons membros e, até mesmo, o abater colunas de Lojas.

A intolerância, enfim, matando a tolerância. O individual sobrepujando o coletivo. E a maçonaria morrendo aos poucos. Por essa razão: tolerância zero à intolerância dentro e fora da Maçonaria.

Kennyo Ismail


O ABISMO DA IGNORÂNCIA



Os acontecimentos recentes em nosso país nos mostram que ainda estamos a anos-luz de termos capacidade de conviver com as diferenças.

Mas ainda a tempo de reverter essa situação que está quase insustentável! Afinal, se eu não acreditasse nisso não teria sentido algum fazer parte da nossa Sublime Ordem.

Não é de hoje que o cidadão, para defender o seu ponto de vista, algo em que acredita, seja esse algo um partido político, um time de futebol, uma emissora de TV, uma personalidade pública, etc., tem como ferramenta exclusiva de argumentação o ataque (verbal, físico, virtual ou psicológico) àquele que discorda de suas crenças, o que recentemente foi absurdamente intensificado.

Muitas vezes, por não aceitar um pensamento divergente, cria apelidos para seus “oponentes” (coxinha, mortadela, bolsominion, Maria, franga, bambi, etc.).

Mesmo que não tenha conhecimento das diretrizes defendidas por determinadas ideologias políticas e sociais, e sem conhecimento histórico, não demora em tachar seus “inimigos” de fascistas, comunistas, nazistas, socialistas, vendidos, bolivarianos, esquerdistas, direitistas, liberais, conservadores, e por aí vai…

Com sua mente deturpada pelo ódio e pela incompreensão, o desejo de ser detentor do que é certo lhe cega a razão, e até mesmo os que lhe são mais próximos passam a ser vítimas de sua bestialidade.

Não existe paz em um ambiente marcado pela odiosidade. Palavras, escritas ou faladas, são como flechas, e devem ser bem analisadas antes de serem lançadas. No mundo moderno o que você posta na internet não pode ser apagado, pois o print é eterno.

Nesse universo de enganos, disfarces, quimeras e máscaras, somos todos induzidos ao erro e iludidos pelas aparências. Devemos meus irmãos, ir em busca da Verdade para que sua luz possa iluminar nosso percurso, evitando assim que sejamos surpreendidos com uma queda sem fim no abismo da ignorância e da selvageria.

Estou constantemente em busca da Verdade. Procuro respostas às minhas perguntas. Encontrei algumas.

Morri algumas vezes, e renasci sempre melhor do que eu era. Compreendo minhas fraquezas, mas conheço também as virtudes que tenho e as uso para deixar meus vícios presos em uma masmorra.

Vigio minhas atitudes e tento ser um exemplo virtuoso para aqueles com quem convivo, respeitando as dissimilitudes, sem criar apelidos para me referir aos que não compartilham das minhas posições.

Será que um mundo onde cada um de nós possa respeitar o direito de pensar diferente do outro é uma utopia? Talvez. Mas se você continuar sentado no trono de um apartamento com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar, o fim que nos aguarda será muito mais tenebroso do que as distopias já produzidas pelos estúdios de Hollywood.

Somos os responsáveis pela mudança do atual cenário. Nós devemos ser o exemplo de convivência, mesmo que meu irmão, meu amigo (no mundo real e no virtual), meu vizinho, não tenha posicionamento ideológico, partidário ou futebolístico idêntico ao meu. 

Devemos defender os valores filosóficos pregados por nossa instituição. Não basta apenas ser maçom! Devemos ser reconhecidos como tal por nossas atitudes!

Autor: Luiz Marcelo Viegas
ARLS Pioneiros de Ibirité, 273 – GLMMG


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