O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a
lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza.
Se ele interroga a consciência sobre seus
próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal,
se fez todo o bem que podia se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser
útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; se fez a outrem tudo o que desejara
lhe fizesse.
Tem fé no futuro, razão por que coloca os
bens espirituais acima dos bens temporais.
Sabe que todas as vicissitudes da vida,
todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem
murmurar.
Possuído do sentimento de caridade e de
amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal
com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus
interesses à justiça.
Encontra satisfação nos benefícios que
espalha, nos serviços que prestam no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que
enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos.
Seu primeiro impulso é para pensar-nos
outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do
seu próprio interesse.
O egoísta, ao contrário, calcula os
proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.
O homem de bem é bom, humano e benevolente
para todos, sem distinção de raças, nem de crenças, por que em todos os homens
vê irmãos seus.
Estuda suas próprias imperfeições e
trabalha incessantemente em combatê-las.
Todos os esforços empregam para poder
dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na
véspera.
O DEVER O dever é a obrigação moral da
criatura para consigo mesma, primeiro, e, em seguida, para com os outros.
O dever é a lei da vida. Com ele deparamos
nas mais ínfimas particularidades, como nos atos mais elevados. Quero aqui falar
apenas do dever moral e não do dever que as profissões impõem.
Na ordem dos sentimentos, o dever é muito
difícil de cumprir-se, por se achar em antagonismo com as atrações do interesse
e do coração.
Não têm testemunhas as suas vitórias e não
estão sujeitas à repressão suas derrotas. O dever íntimo do homem fica entregue
ao seu livre-arbítrio.
O aguilhão da consciência, guardião da
probidade interior, o adverte e sustenta; mas, muitas vezes, mostra-se
impotente diante dos sofismas da paixão.
Fielmente observado, o dever do coração
eleva o homem. O dever é o resumo prático de todas as especulações morais; é a
bravura da alma que enfrenta as angústias da luta; é austero e brando; pronto a
dobrarem-se às mais diversas complicações, conserva-se inflexível diante das
suas tentações.
O dever é o mais belo laurel da razão;
descende deste como de sua mãe o filho.
O homem tem de amar o dever, não porque
preserve de males a vida, males aos qual a Humanidade não pode subtrair-se, mas
porque confere à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento.
O dever cresce e irradia sob mais elevada
forma, em cada um dos estágios superiores da Humanidade.
A VIRTUDE A virtude, no mais alto grau, é
o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem.
Ser bom, caritativo, laborioso, sóbrio,
modesto, são qualidades do homem virtuoso.
Infelizmente, quase sempre as acompanham
pequenas enfermidades morais que as desonram e atenuam.
Não é virtuoso aquele que faz ostentação
da sua virtude, pois que lhe falta a qualidade principal: a modéstia, e tem o
vício que mais se lhe impõe: o orgulho.
CONCLUSÃO No ritual maçônico a probidade
pode ser encontrada vivamente em dois momentos que se repetem no ato da
iniciação.
O primeiro momento, o irmão orador lê o
conhecimento prévio do compromisso solene e adesão aos princípios da Ordem Maçônica,
para recipiendario.
No segundo momento, o Venerável lê
novamente o solene compromisso, agora na condição de neófito, devido ter
alcançado o direito de receber a luz material e com ele simbolicamente
espiritual.
Por último o Venerável reafirma e o
neófito confirma aqueles compromissos, usando de toda sinceridade.
Partindo desta premissa todos os atos
praticado em descordo aos compromissos solenemente assumidos tornar-se-ão
improbidade.
Ronaldo de Assis Carvalho - Mestre Maçom
Caro Ilr.'.
ResponderExcluirSolicito sua permissão para utilizar este texto em um trabalho em minha oficina.
Caro Ir.'. Ary.
ExcluirFicamos honrados com essa utilização.
Um TFA
Ir.’. Ary, estive presente na sessão da Loja e gostei muito do trabalho apresentado. Parabéns!
ResponderExcluirIr.’. Ronaldo também está de parabéns pelo belíssimo trabalho... entretanto, para que se faça justiça quanto aos créditos autorais, penso que seria de bom tom, o Irmão citar a fonte de onde o texto foi extraído.
Aqui segue a indicação:
Capítulo XVII – Sede Perfeitos, ítem 3: O HOMEM DE BEM (página 335 – 337), ítem 7 – Instruções dos Espíritos: O DEVER (página 342 – 343) e ítem 8: A VIRTUDE (página 344), todos no mesmo capítulo, inseridos na obra de ALLAN KARDEC – O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, publicado pela FEB – Federação Espírita Brasileira, Rio de Janeiro, 2008 com 592 páginas.
Assim fica a referência de uma obra espírita, que, com certeza servirá de fonte profícua para estudos e trabalhos concernentes à edificação MORAL do homem e da humanidade.
Um T.’.F.’.A.’. e que o G.’.A.’.D.’.U.’. nos ilumine e proteja-nos sempre!
Meu nome: Paulo César Batista Azerêdo (M.’.M.’.)
Meu e-mail: dr.pauloazeredo@gmail.com