Temos estudado,
ouvido e refletido algumas idéias a respeito do contexto maçônico.
Falam,
filosofam, teorizam, imaginam a maçonaria de tudo quanto é jeito e forma,
oficial ou profana, teísta ou deísta, masculina ou mista, origens e mais
origens, ritos e influências ... que nem mesmo os maçons chegam a um consenso
definitivo, nesse sentido, e nem poderiam. Mas enfim, o que é a Maçonaria?
Por isso procuramos
sintetizar em um único ponto elementar, o que seja a Maçonaria. Resposta: A
MAÇONARIA É UM ESTADO DE ESPÍRITO.
É como beber de uma
fonte pura e segura, é estar como um feto em gestação de uma mãe dedicada.
É dia, nunca noite,
a luz que nos invade e controla nossas paixões.
É respirar o ar
puro.
Existe uma adoção
própria, uma condição histórica linear que tem sua origem moderna no surgimento
da Grande Loja de Londres, que foi regulamentada e constituída, em 1723, pelo
reverendo James Anderson, Payne e Desaguilliers. Daí soma-se a fusão das
Grandes Lojas de Londres e York, originando a Grande Loja Unida da Inglaterra,
em 1813, terminando com o cisma entre os Antigos e Modernos.
A Maçonaria
percorreu logo após sua fundação um caminho bem definido no solo Europeu, se
instalando em diversos países, como Alemanha, França, Bélgica, Suécia, e
outros. Mas foi na França que ocorreu o fato gerador de tantos conflitos, uma
releitura maçônica pelo Grande Oriente da França. Que trouxe alguns transtornos
ao entendimento da Maçonaria e sua nova proposta. Dividira-se em Potências
regulares, e irregulares, sob a asa da oficial Grande Loja Inglesa.
Grandes Lojas X
Grandes Orientes. Monarquia ou República?
E com isso o
espírito universal maçônico se perdeu em rezingas mal resolvidas que até hoje
perduram.
Quem reconhece
quem?
Este é um dilema
‘tríplice fraternal’. Portanto chegamos à conclusão que Maçonaria não se mede
muito menos se regula. É auto regulável pelo bom senso, lógica e razão dos seus
iniciados, despidos de segundas ou outras intenções.
Foi sendo composta
desde a sociedade dos pedreiros livres, abocanhando culturas diversas,
esparramando-se pelo mundo e aglutinando em suas fileiras homens de todas as
naturezas. Essa é a sua magia e que perdura até hoje, rompendo a barreira do
tempo e sobrevivendo as mais duras provas de resistência.
Ela, a maçonaria,
não possui royalites muito menos a arrogância de um ou mais 'donos'. O que
queremos expor é que a maçonaria da qual praticamos (inconsciente) sonha com a
verdadeira maçonaria, na qual está anos luz a frente desta ... A REAL ARTE da
arte real. Sendo que hoje, a maçonaria praticada, e seus princípios de
Liberdade, Fraternidade, Igualdade, Racionalidade, Harmonia, Domínio das
Paixões, Confiança, Sabedoria, Cultural, Dedicação, Disciplina, Respeito, etc. Está
um tanto distante da perfeição. Óbvio para quem tem 'olhos de ver'.
Idolatria, pura e
simplesmente, por uma razão histórica e social da Ordem nem cabe dentro deste
contexto, é passível de desprezo. – Tenho o hábito de não falar daquilo que
ignoro, pois tudo o que se ignora se despreza. (Sófocles).
Temos que ter o coração
vivo e consciente de que temos uma grande obra para terminar. Os maçons usam da
métrica filosófica e litúrgica, que com o tempo foi compondo a massa maçônica,
absorvida de outras culturas, crenças, lendas e conhecimentos para dar a
consistência de sua forma atual e de seu universo particular.
Fora a
interpretação de um mosaico próprio, com características ritualísticas únicas,
pouco se tem de novo ou de tão diferente e que seja, na atual conjuntura,
passível de ‘segredo’, mas privado aos maçons.
Essa prática
resultou em diversas estruturas administrativas, para doutrinar nossa
organização, nossa necessidade de trabalho como compensação ou resposta por
estarmos, simplesmente, maçons.
Segregamo-nos do
próprio mundo profano. E isso virou rótulo, como se ser maçom fosse diferente
de qualquer outra pessoa. Se somos... não temos mostrado, em grande parte,
razões suficientes, para o mundo e a sociedade crer, em nosso trabalho na
melhoria qualitativa do ser humano. É retórica e hipocrisia, que se faz valer da
MORAL MAÇÔNICA.
Nós maçons,
regulares ou não denominamo-nos assim, utilizamos esse 'espírito' da Maçonaria
(ou parte dele), de origem incerta, para compor a Ordem Maçônica, sob a
política do esquadro e compasso.
Produzimos leis,
regimentos, regulamentos, constituímos direções, exigimos mundos e fundos (pró
forma que de nada vale) e, mesmo assim, a Ordem, (instituição) sobrevive, sendo
carregada por essa força energética vibrante e crescente que há tempos se faz
presente, mesmo diante desse quadro atual e lamentável, provocado por alguns
pseudos-maçons. ('bonitinho, mas ordinário' - Plagiando Nelson Rodrigues).
Por isso separamos
a Maçonaria da Ordem Maçônica. A 1ª é a força energética que invade o coração
do homem livre e de bons costumes, a 2ª é a organização institucional,
administrada pelos maçons, e que sob o esse espírito maçônico realiza suas
obras.
Entretanto se
detivermos um pouco de razão e lógica 'imaterial', teremos um só caminho.
Dominar o que nos arrasta para o que há de pior nas emoções e sentimentos
humanos (e que em nada evoluímos até hoje, desde os tempos em que o homem é
homem - A tecnologia evoluiu e parte da consciência humana, mas suas fraquezas
e primitivas emoções NÃO). Esse é o principal objetivo da Maçonaria, limpar
essa sujeira que desgraça o homem em sua face mais mundana. – O MAÇOM NÃO É UM
FRACO. É FORTE E DEVE A LUTA PELA ETERNIDADE.
O resto é política
do ego, uso indevido da 'marca' - MAÇONARIA -. A instituição material, a Ordem
Maçônica, esta, ainda, engatinhando na direção da suposta verdade e que se
perde, muitas vezes, nas férteis vontades e imaginações dos próprios.
O maçom de hoje
demonstra medo da verdade, exposta nua e crua, das suas responsabilidades e
entendimento sobre o que seja Maçonaria. Está ludibriado, em grande parte, pela
oferta litúrgica e do ágape fraternal, não conseguindo desenvolver na sua
verdadeira assepsia e os resultados esperados, com isso, reconfortam-se em uma
situação social cômoda, inerte e aparentemente perene.
A Maçonaria não
ensina nada, mostra o caminho. É uma escola que necessita buscar
incessantemente o saber. O maçom é quem preenche sua senda, nessa estrada, com
as informações da vida e o que o mundo conhecido por ele pode oferecer.
Portanto o maçom que não está em constante investigação é vazio. Para tanto se
exige, no mínimo, conhecimentos além do material (Extra físico), sensibilidade,
dedicação e estudo. A compreensão divina da Maçonaria não se 'pega'... se
absorve na alma e no espírito, está no éter para quem for capaz de abstrair o
elixir emanado pelo GADU.
O ponta-pé inicial
começa dentro de si, numa faxina geral. - V.I.T.R.I.O.L. – Conheça-te a ti
mesmo (Sócrates). Cremos que a Instituição Oficializada da Ordem Maçônica,
gerida pelos maçons, precisa rever seus conceitos, URGENTE ... refletir
seriamente na doutrina basilar da Maçonaria, não essa regulamentar de 1723, a
Original mesmo, que se perde nas brumas do tempo, do instinto natural de amor e
solidariedade, pois esse Espírito deve prevalecer sobre a Matéria.
Conceituando-se sobre
os novos paradigmas da humanidade e suas relações, em que o mundo moderno passa
exigido pela sociedade. Sociedade essa que clamará sempre o máximo (essa coisa
de mínimo, nesse caso, é para justificar a incompetência) de atitudes coerentes
e dignas de uma Instituição Progressista e, supostamente, Consciente dos seus
deveres.
A consciência
clara, lúcida, sensata, responsável e comprometida com os ideais mais puros e
honestos conduzirá através do caminho da retidão, do equilíbrio, da paz e da
harmonia. A nossa glória manifesta, cantada e tão desejada. A acomodação, no
‘sofá’ da preguiça mental e física, não trará conquistas a ninguém. A
acomodação é estéril.
O pensamento
questionador produz energia, a energia necessária para mover o eixo maçônico.
Pois o maçom que acha que já conquistou muito ou tudo (universo subjetivo de um
mente estática - não ativa), estão enganados, mesmo que sobre a égide de IIr.'.
mais sérios e que zelaram por seus ideais, antigos ou ativos.
Imaginamos uma
maçonaria FORTE e UNIDA, em pensamento e atitude, debates de contextos
abrangendo nossa sociedade, ações efetivas para melhoria e equacionamento das
diferenças econômicas, que resulta nessa discrepância social no mundo
maquiavélico humano.
Bons exemplos devem
ser seguidos e praticados até a exaustão. A busca de uma consciência maçônica
madura com fins e objetivos claros, ampliando a toda forma e contexto maçônico
e somadas as iniciativas organizacionais que a própria sociedade oferece.
Para isso devemos
romper a absurda barreira da segregação maçônica. O Maçom se reconhece olho no
olho e apertando-se as mãos. E não apresentando carteirinha de ‘associado’,
como se pertencesse a um clube.
CARLOS ANDRÉ
MARINHO M.'.M.'., ARLS Solidariedade 27 / GOMS [COMAB] - Brasil
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