PAVONAGEM NA MAÇONARIA



Popularmente pavão é um homem  vaidoso e orgulhoso que gosta de enfeitar-se.

Na Maçonaria este espécime contribui, de forma direta, nas cisões e crises que envolvem a Instituição. Quando, eventualmente, exerce algum cargo diretivo, ao sair de cena deixa  um legado vexatório ao seu substituto.

É arrogante, não aceita opiniões contrárias, pois faz parte de sua personalidade a auto-suficiência.

O portador deste padrão adora usar paramentos bem produzidos; gosta de medalhas, certificados, placas e diplomas. Abusa da estratégia do culto à personalidade, onde, por motivos óbvios, suas virtudes são constantemente exaltadas. 

Constrange pessoas exigindo homenagens, além de adorar ser cortejado.

Considera-se dono da Maçonaria ou de parcela da Ordem, como Obediências, Lojas e Ritos. Cria dispositivos esdrúxulos que em nada contribuem para o desenvolvimento dos seus pares, entretanto, satisfaz seu ego.

O exercício da tolerância é postergado, sendo priorizada a impaciência, pois sua vontade dever ser prioridade.

A trilogia Liberdade, Igualdade e Fraternidade não é observada, pois seu arbítrio é que deve ser priorizado.  

Quando a legislação ou a tradição confrontam sua vontade, passam a ser vistos como óbices, portanto, passíveis de reformas.

Não contribui com a administração do ente a que está jurisdicionado, utilizando a técnica da desconstrução, apresentando-se como o salvador da pátria.

Evita participar do período de instrução, porém, quando a palavra é franqueada abusa da paciência dos presentes com discursos infrutíferos.

Quando é instado a participar, de forma direta, de alguma atividade maçônica desconversa, alegando que não possui tempo ou já se encontra comprometido com outra diligência.

Não mede esforço para alcançar seus objetivos. Às vezes utiliza métodos não recomendados pela doutrina maçônica para chegar ao seu intento. É adepto da frase maquiavélica: “os fins justificam os meios”.

O Maçom deve rejeitar este comportamento. 

A pavonagem não deve sobrepor  a sobriedade. 

"A humildade é a única base sólida de todas as virtudes". (Confúcio)


Almir de Araújo Oliveira 

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