Imagine-se um soldado
bem treinado, saído da academia, que vai para um quartel e no primeiro dia de
trabalho é mandado pelo seu comandante a fim de que treine como marchar, que
faça uma excelente faxina em seu alojamento, que treine tiro ao alvo e
fisicamente, que limpe suas armas, e as deixe lubrificadas e prontas para o
combate, mesmo que eles nunca aconteçam.
Essa rotina
repetir-se-ia em um segundo dia, em um terceiro e
muitos outros, seguidamente, até completar os 30 anos de serviços necessários
para a aposentadoria, ganhando muitas medalhas e promoções pelos relevantes
serviços prestados à pátria, por não ter faltado nenhum dia ao serviço, ter
feito as melhores faxinas do quartel, acertado os melhores tiros no papel
circular e outros feitos do tipo.
Então poderíamos perguntar:
De que valeu aquele treinamento todo...?
Para que serve um soldado bem treinado se passa a vida fazendo
limpeza em um quartel...?
É isso que se pergunta aos maçons que não produzem que não
constroem socialmente, que não dão bons exemplos, que não estão prontos para a
batalha que nos espera.
Os problemas sociais existem e estão aí, nas nossas caras e sabemos
o poder público não dá conta deles, exige que a sociedade trate deles e só a
sociedade organizada pode fazer algo nesse sentido porque ela tem líderes, tem
pessoas esclarecidas e, teoricamente, pessoas de bem, em seu comando.
A Maçonaria faz parte desse contexto. Somos soldados
aquartelados em nossas salas de reunião, mas diariamente devemos estar prontos
para o bom combate.
Combate aos vícios morais, à corrupção, e não participar de
artimanhas, conchavos, fofocas, como fazem querer crer que são as “coisas da
Maçonaria”.
Também é nossa missão participar da evolução social em todos os
sentidos, político, cultural, humanístico, enfim, onde o homem possa colaborar
no progresso de seu desenvolvimento...!!!
Edson Guedes
(inspirado em texto de
José Filardo-SP)
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