Desde as épocas mais remotas da Civilização, a
mente humana se volta para os “deuses” na procura de esclarecimentos e auxílio
divino para a vida cotidiana.
Temerosos e, consequentemente, devotos, os
primitivos ofertavam comidas, objetos e sacrifícios para aplacar a ira dos
“deuses” que se manifestava pela intempérie e animais selvagens. O local onde
eles faziam essas oferendas era “solo sagrado”, provavelmente, num recanto
sombrio de uma floresta, e só os mais “esclarecidos” podiam fazê-las.
Com a evolução e certa estabilidade, o ser humano
rudimentar tornou-se observador do céu e do horizonte. E ele começou a perceber
que o Sol (sem dúvidas um dos deuses) nem sempre sumia no horizonte no mesmo
local.
Percebeu que o Sol se deslocava para a direita por
um determinado tempo. Parava por um período e retrocedia no sentido contrário e
parava novamente, agora no lado oposto. E repetia tudo novamente.
Percebeu, também, que a claridade (horas de sol)
variava com esse deslocamento. E, mais
importante, associou o tempo frio, a neve, a alta temperatura, as
chuvas, etc. com esse deslocamento, e com a melhor época de plantio, de
enchente dos rios, etc.
Com isso, o “solo sagrado” foi deslocado para o
cume de um pequeno monte, onde o sacerdote podia observar o horizonte e
verificar onde o Sol estava se pondo e fazer seus presságios dos sinais
observados. Para melhor controle,
os sacerdotes colocaram nos dois extremos atingidos pelo Sol, duas estacas, que
posteriormente se transformaram em colunas.
O “solo sagrado”, agora fixo num determinado local,
recebeu para melhor proteção dos sacerdotes (augures) uma cobertura, e
posteriormente, paredes feitas de pedras, transformando-se num Templo do
passado.
Devo esclarecer que a palavra Templum vem do latim e era a
denominação dada a essa faixa do horizonte, entre as duas colunas, onde as
adivinhações eram feitas. O Sacerdote contemplava aquela região e tirava as conclusões.
Com o passar dos tempos, os Templos, locais agora onde os adoradores iam rezar e fazer
suas oferendas mantinham na frente, na
parte externa, as duas colunas. Virou tradição. Todos os Templos construídos, mesmo sem saber
o “por que” daquilo, tinham que ter as duas colunas.
Hoje nós sabemos que o deslocamento do Sol é
aparente (quem se desloca é a Terra) e os pontos assinalados pelas estacas são
os Solstícios (de Inverno
e de Verão) e o meio deles assinala o Equinócio.
Fonte e autor:
Alfério Di
Giaimo Neto - MI
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