A INSTALAÇÃO DO NOVO VENERÁVEL MESTRE


Nestes dias que antecederam e os que serão posteriores à distribuição, teremos muitas Sessões Magnas de Instalação e Posse nas Lojas jurisdicionadas.

É importante que fique bem claro que não é “Instalação e Posse do Venerável Mestre”, o Mestre Maçom escolhido para presidir a Loja é INSTALADO pela Comissão Instaladora e ELE dará POSSE aos Vigilantes e demais Oficiais.

Instalar na interpretação moderna é colocar objetos/pessoas necessárias a determinado trabalho ou empreendimento o que não deixa de ter sentido dentro do labor maçônico, mas a nossa cerimônia está mais ligada a um símbolo do que propriamente ao Irmão.

Este símbolo é o Trono de Salomão e por mais incrível que possa parecer fazemos a ritualística muito bem próxima a que é praticada nas Instalações das autoridades eclesiásticas. 

Quando há vaga em alguma paróquia, o novo Padre é INSTALADO por seus superiores e ao final é reconhecido pela comunidade como respeitável (venerável) condutor do rebanho do Senhor. 

A Instalação é o assentamento (stallum = assento) do Mestre Eleito ou do Mestre Escolhido na cadeira de maior destaque; estas denominações são ainda da época em que a Maçonaria tinha apenas dois Graus (Aprendiz Contratado e Companheiro de Ofício) e os Irmãos escolhiam entre os Companheiros um Irmão para conduzir os trabalhos e dar a palavra final. 

O interessante é que hoje valorizamos muito a condição do Venerável Mestre de abrir os trabalhos, dirigir a Loja e esclarecer com as luzes de sua sabedoria os assuntos da Sublime Ordem. 

Se isto fosse a situação mais importante, as reuniões maçônicas só aconteceriam com a presença do Venerável Mestre da Loja e todos nós sabemos que não é assim que acontece. 

Na ausência dele, naturalmente o Primeiro Vigilante abre a Loja, preside os trabalhos e sabiamente traz luz à Sessão, afinal mudam-se as pessoas, mas o Trono é o mesmo. 

Mas então quais são as grandes prerrogativas do MESTRE INSTALADO? 

Na verdade é uma só, pois todas as demais ele pode delegar poderes de representação a seus Oficiais, a única que é de sua inteira responsabilidade é o ato de SAGRAR o novo Aprendiz na Iniciação, o novo Companheiro na Elevação e o novo Mestre na Exaltação. 

Este termo deve ser bem compreendido por todos nós, afinal Maçonaria não é religião e nós não SAGRAMOS no sentido de tornar algo SAGRADO nos conceitos religiosos. 

Sagrar é um verbo transitivo que tem sim seu uso em cerimônias religiosas (dedicar a Deus, benzer, santificar), mas o usamos no sentido de conferir um título, uma honra, tornar respeitado e conhecido pelo grau alcançado. 

Acabamos confundindo a conjugação do verbo sagrar no particípio passado (sagrado) com o adjetivo daquilo que é consagrado ao culto (sagrado). 

Como ficam as Sessões Magnas sem a presença do Venerável Mestre? Devem ser adiadas? Só se a vaidade do Venerável Mestre exigir!

Aos Irmãos que de agora em diante estarão à ”frente” da Oficina meus parabéns e guardai este ensinamento: 

"Você pode conseguir qualquer coisa que queira na vida, se você ajudar o suficiente outras pessoas a conseguirem o que elas querem." Zig Ziglar.


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