Realização de Sessões
Conjuntas no âmbito do Grande Oriente do Brasil (GOB), por força do que
estabelece o artigo 231 do Regulamento Geral da Federação (RGF), que tem o
status de Lei Complementar, é muito comum na Semana da Pátria duas ou mais
Lojas pretenderem realizar Sessões Conjuntas, em homenagem à Proclamação da
Independência.
Neste ano, recebi
consulta se duas Lojas que praticam Ritos distintos poderiam se reunir, em
Sessão Ritualística, para realizar uma Sessão Conjunta.
No âmbito do GOB, os
Rituais do 1º Grau dos sete Ritos previstos pela legislação Gobiana, edições de
2009 e 2013 (nesse último ano o do Rito Escocês Retificado), aprovados por
Decretos do Soberano Grão-Mestre Geral, estabelecem o seguinte:
SESSÃO CONJUNTA DE LOJAS
MAÇÔNICAS RECEPÇÃO DE LOJAS. Uma Loja pode estar presente na sessão de uma
coirmã como incorporada, quando ambas funcionarem na mesma sessão e no mesmo
Rito. Caso não atue no desenvolvimento dos trabalhos ritualísticos ou não seja
do mesmo Rito tratar-se-á de uma Loja visitante.
As Lojas incorporadas
ingressam no Templo juntamente com a Loja anfitriã e com ela dividem a
realização dos trabalhos em sessão conjunta.
A Loja visitante
ingressa, após a abertura dos trabalhos, com o Ven∴ Mestr∴ à frente, seguindo-se o
Estandarte e, hierarquicamente, as demais Dignidades, Oficiais e IIrm∴ formados em fila dupla,
do mais graduado ao menos graduado, sendo recebida de P∴ pela Loja visitada e
sob Bat∴ incessante. Somente o Ven∴ Mestr∴ saúda o Ven∴ e os VVig∴ da Loj∴ visitada, sendo conduzido
ao Or∴ conforme o Protocolo de Recepção, todos fazendo o Sin∴ do Gr∴, e tomam seus lugares,
indicados pelo M∴ de CCer∴, conforme suas
prerrogativas hierárquicas, sem fazerem nenhuma Saud∴.
Quando existirem duas ou
mais LLoj∴ em visitação, entra em último lugar a
de maior título ou condecoração e, se forem iguais nisso, entra em último lugar
a mais antiga na Ordem, de acordo com o menor número cadastral.
(Os destaques não são do
original)
Dessa forma, fica claro
que somente Lojas do mesmo Rito podem realizar Sessões Ritualísticas em
conjunto. A explicação é simples e óbvia: se duas Lojas que praticam Ritos
distintos fossem, por hipótese, realizar uma Sessão conjunta qual Rito seria
praticado?
Poder-se-ia dizer que
seria praticado o Rito da Loja que está recebendo as demais, isso se a Sessão
fosse ser realizada em um Templo de uma das Lojas, porém, pode ser que a Sessão
seja realizada em um Templo que não é de nenhuma das duas (até por questões de
dimensão), por isso os Rituais estabelecem que no caso de as Lojas não
praticarem o mesmo Rito tratar-se-á de uma Loja visitante, e não de Sessão
conjunta.
Por Irm∴ Marcos A. P. Noronha
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