A TRILHA DO APRENDIZ



O caminho que o Apr.’. trilha é suado, sem contudo ser-lhe sacrifício. Diz-se “trilhado”, porque esse caminho é assim denominado porque o que o usa, passa e repassa pelos mesmos lugares, desvia das mesmas pedras, afunda seus pés na poeira, no barro, ou pisa em folhas secas, enfim, transpõe obstáculos.

Quem reside fora de um perímetro urbano, chegando a ter sua casa em zona semi-rural, se obriga a caminhar usando sempre o mesmo trajeto, a mesma estrada antiga, o mesmo caminho costumeiro ou a mesma “trilha”.

Passa-se o tempo e o andante não se dá conta de que o caminho lhe é familiar, pois dele sabe tudo, quando se aproxima o inverno, as folhas amarelecem, certas flores surgem periodicamente, enfim não encontra mais qualquer atrativo. Tudo é sempre igual.

Em Maçonaria, as coisas não são diferentes, e o Apr.’., passados os anos, crê que conhece tudo a respeito do seu Grau, entregando-se à monotonia que o conduz à indiferença e ao desinteresse.

Certamente, cumprido o seu tempo, passa para os outros dois graus do simbolismo, e após, pacientemente, um a um, percorrer as “trilhas” dos demais graus filosóficos.

O estágio que se obriga a fazer, contudo, lhe revela que naquele outro caminho também pelo contínuo transitar, passe a conhecer tudo. Mas não é bem assim.

Genericamente o Apr.’. trilha o caminho externo, de fora, aquele que vê e que pisa; seus pés sentem a pressão do peso do seu corpo.

Sempre e obstinadamente sempre, ao lado da “trilha” que julga conhecer, há outra, quase “GÊMEA”, que precisa trilhar.

É o caminho que o conduz para dentro de si mesmo, que não conhece porque não deve ser visto e sentido com os olhos e o tato humano, mas sim com os elementos espirituais que dispõe, que são justos, porque nasceram junto consigo, no mesmo dia em que veio ao mundo.

Busque o Apr.’. a conhecer “esse” caminho tão aparentemente
oculto.

A finalidade dos trabalhos em Templo, semanais, fixa-se justamente nisso: o oportunizar-se conhecer uma “nova trilha”, que não possui obstáculos, nem imprevistos, nem mutações, mas sim, uma permanente claridade, um Sol eterno e um Espírito que o conduzirá ao lado harmônico do G A D U.

Se o Apr.’. “aprender” isto, ficará ansioso para que o dia da sessão chegue; além de tudo, nesse “novo caminho” encontrará os llr.’. a lhe fazerem companhia.

Roseny Leite do Amaral Coutinho.

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