A história que vos vou contar aconteceu há muito tempo. Tinha-se acabado de criar a primeira Loja Maçônica. Era agora necessário encontrar um local seguro para esconder de forma duradoura o grande segredo da Maçonaria. Os oficiais, então, reuniram-se em loja para decidir sobre o local.
O primeiro a pedir a
palavra foi o Secretário, que disse: “Eu sou a Lua, eu reflito o
Sol, eu simbolizo o lado feminino, a memória, o escutar. Podem confiar-me o
segredo; eu serei digno disso“
O segundo a pedir a
palavra foi o Mestre de Cerimônias. Disse: “Eu sou Mercúrio, símbolo do
movimento, da comunicação e do saber. Podem confiar-me o segredo; eu serei
digno disso“
O terceiro a pedir a
palavra foi o Experto. Afirmou: “Eu sou Saturno, símbolo do
conhecimento, do trabalho e dos Antigos. Podem confiar-me o segredo; eu serei
digno disso.“
O quarto a pedir a
palavra foi o Segundo Vigilante, que disse: “Eu sou Vênus, símbolo da
harmonia, do relacionamento e do equilíbrio. Podem confiar-me o segredo; eu
serei digno disso.“
O quinto a pedir a
palavra foi o Primeiro Vigilante. Disse: “Eu sou Marte, símbolo da
força, mas também da ação e do compromisso. Podem confiar-me o segredo; eu
serei digno disso.“
O sexto a pedir a
palavra foi o Orador. Afirmou: “Eu sou o Sol, símbolo do espírito, do
esplendor, da força vital e da energia. Podem confiar-me o segredo; eu serei
digno disso.“
O sétimo e último a
falar foi o Venerável Mestre. Cheio de sabedoria e humildade, disse
“Embora eu esteja associado a Júpiter, o maior planeta do sistema solar, um
símbolo de prosperidade, não estou certo de ser o melhor refúgio para o nosso
segredo. Voltarei em Três dias, para vos dizer onde é o melhor esconderijo.“
Os trabalhos foram
suspensos; o Venerável Mestre fechou-se três dias e três noites na Câmara de
Reflexão que o viu nascer. Saiu iluminado e sereno. Os trabalhos puderam então
ser retomados.
Todos os olhos dos
oficiais da loja estavam fixos nos lábios do Venerável Mestre. Este, olhando
com amor e benevolência para cada um dos seus Irmãos e Irmãs disse: “Usei
a sabedoria do Grande Arquiteto do Universo para responder à nossa pergunta.
Proponho esconder este segredo no fundo do coração de cada profano que bater à
porta do nosso Templo. Este será, sem dúvida, o último lugar em que irão
procurar” Esta proposta foi aceite por unanimidade.
Esta tradição parece
ter-se perpetuado por séculos. Infelizmente, nem todos os Maçons foram
informados e alguns continuam a procurar fora de si.
Franck Fouqueray
Nenhum comentário:
Postar um comentário
É livre a postagem de comentários, os mesmos estarão sujeitos a moderação.
Procurem sempre se identificarem.