EMOÇÕES, RITUAL E VESTIMENTA MAÇÔNICA

I ― Introdução

A abordagem maçônica é um desafio baseado na capacidade de um ritual de permitir que um grupo de seres humanos acesse uma espiritualidade acompanhada de preocupações sociológicas.

A primeira dificuldade encontrada para ter sucesso neste desafio é a capacidade dos membros da loja de gerenciar as emoções. O objetivo deste artigo é expor as diferentes expectativas.

II – Recordação da especificidade das emoções

Emoções e sentimentos não devem ser confundidos; São também reações afetivas que evoluem de forma mais duradoura e complexa, mas com uma participação cerebral que apela à nossa experiência, ao nosso intelecto e até à nossa imaginação. Eles também podem ser intensos.

A palavra "emoção" vem do francês antigo movimento, ou seja, movimento, que gerava mover, depois tumulto e depois emoção. É uma reação do organismo secundário ao sentimento de um evento experimentado. Essa reação geralmente é espontânea e mais ou menos controlável.

Psicologicamente, são descritos diferentes sentimentos psicológicos que pontuam a vida dos seres humanos:

  • O sentimento dos órgãos dos sentidos
  • Sentimentos
  • Emoções
  • Stress.

A especificidade das emoções está em sua reação espontânea a um evento intercorrente. Lembre-se de que a utilidade das emoções está em sua capacidade de reagir a um perigo improvisado.

A sensação dos órgãos dos sentidos (paladar, olfato, visão, tato, audição) é mais física e elementar, mas pode fazer parte de uma emoção: um estrondo intenso, por exemplo, pode nos encorajar a nos pressionar contra o chão.

O estresse geralmente não é considerado uma emoção porque é um estado geral de infelicidade que interrompe o funcionamento do pensamento.

As principais emoções são geralmente definidas:

  • alegria (amor, excitação sexual),
  • medo
  • raiva (revolta),
  • tristeza (depressão, desânimo);
  • Às vezes adicionamos surpresa, nojo, desprezo.

A sede da emoção está localizada no sistema límbico, às vezes chamado de cérebro límbico ou cérebro emocional. É uma área diferente daquela do córtex, onde está localizado o funcionamento da razão. 

II – Na loja, o ritual cria emoções:

a - Todo ritual é escrito para criar emoção;

As emoções desempenham um papel fundamental nos rituais quando entendidas como uma forma de fortalecer a meditação interior ou transcendental.

Na maioria das vezes, trata-se de alegria em sua modalidade de "alegria interior"; Também pode ser tristeza quando se faz menção ao falecido ou a irmãos em dor. A surpresa também surge em certos momentos da iniciação.

Vivemos na pousada, às vezes uma poderosa emoção coletiva imbuída de serenidade: a egrégora; Nesse exato momento a emoção é sublimada, é em outra dimensão onde a razão não tem mais seu lugar. É claro que isso é induzido pelo ritual da cadeia de união.

Em uma abordagem mística, as emoções são usadas para promover o acesso à espiritualidade e, em particular, ao Grande Arquiteto do Universo.


Em uma abordagem não dogmática, é necessário reinterpretar os rituais para torná-los um meio de acesso a uma espiritualidade entendida como uma busca de harmonia.

Quais símbolos para experimentar emoção?

Poderíamos mencionar:

  1. O coração: símbolo universal da emoção, especialmente do amor,
  2. Luz: suave e radiante, especialmente quando se trata de uma vela
  3. Cores:
    • Vermelho: Paixão, amor, raiva.
    • Azul: Tristeza, calma, serenidade.
    • Amarelo: Alegria, felicidade, calor.
    • Violeta: Mistério, espiritualidade.
  4. As mãos ou um círculo de indivíduos: em particular a cadeia de união.

b - Pré-requisitos:

Para viver o ritual, é essencial estar livre de emoções anteriores que possam ter surgido nas horas anteriores ao traje; Isso pressupõe um "retorno a si mesmo" permitindo um "desapego".
Este pré-requisito às vezes é difícil de alcançar quando um distúrbio psicológico estabelecido transforma as disposições mentais do maçom: é o caso, por exemplo, no caso de transtornos de personalidade (especialmente paranoicos), doenças crônicas incapacitantes ou choques emocionais.

c - Emoções rituais e "perturbadoras":

No camarim, o ritual impõe seu ritmo e dramaturgia. Mas às vezes surgem emoções não previstas pelo ritual; seja um ataque de riso desencadeado por um lapso de língua ou uma casualidade inadequada de um policial ou um discurso "excêntrico", a expressão de emoção pode se tornar perturbadora.

Os momentos de votação também são períodos capazes de despertar emoções.
Há também as reações provocadas por uma peça de arquitetura: tradicionalmente nenhuma declaração de parabéns ou desaprovação é planejada, mas a realidade é obviamente diferente e a paixão pode assumir o controle se um assunto delicado for mencionado!
Um apego excessivo aos desejos (a famosa erupção do "ego") ou às expectativas emocionais pode criar obstáculos à busca espiritual maçônica.

Quem já não viu a reação irada de um Venerável ao se ver desafiado em uma tomada de decisão autocrática?

Essas emoções perturbadoras são, obviamente, contraproducentes para o ritual.
Como podemos aceitar essas emoções perturbadoras no vestiário? É responsabilidade do colégio de oficiais garantir que as expressões intempestivas de emoções imprevistas sejam controladas. Isso requer tato e moderação! A antecipação costuma ser uma boa maneira de "controlar" a possível ocorrência de emoções prematuras

III – Como gerir as emoções?

Seja na vida secular ou na vida maçônica, as emoções, por definição, são incontroláveis! A única possibilidade que nos resta é vivê-los da melhor maneira possível, preparando-nos para os diferentes eventos de nossa existência!

O papel do Venerável e dos membros do colégio de oficiais é particularmente importante na encenação dos momentos emocionalmente criadores do ritual, mas também no domínio e, se possível, evitar emoções "perturbadoras" imprevistas para que não perturbem muito o ritual.
A melhor forma de privilegiar as emoções despertadas pelo ritual é o envolvimento de todos os membros da loja tanto em seu comportamento quanto em seus discursos: seriedade, dignidade, concentração são as palavras-chave!

IV – O lugar da Razão em uma roupa maçônica:

Basicamente, a razão não tem lugar em uma roupa maçônica porque a emoção reina! Por outro lado, fora do templo, a razão prevalece! É como se estivéssemos operando sob a influência de duas formas de inteligência:

  • Inteligência cognitiva que implementa o conhecimento adquirido por meio de educação e aprendizado ou por meio da experiência. É ela quem "oficia" quando se trata de Razão!
  • E inteligência emocional, que é "a capacidade de um indivíduo de reconhecer suas próprias emoções e as dos outros e usar essas informações para orientar seus pensamentos e comportamentos de maneira eficaz e ideal".

Descartes afirmou "Todo conhecimento verdadeiro tem sua fonte exclusivamente na razão"; hoje, seria mais preciso dizer: "Toda expressão razoável é baseada no conhecimento que se possui!" Isso tem o mérito de mostrar os limites da razão, porque todos sabem que o conhecimento ainda tem limites!

O conhecimento do funcionamento do cérebro permite fixar a sede da razão no nível do córtex cerebral, ou seja, a parte do cérebro onde as informações acumuladas pelos seres humanos de acordo com suas experiências são empilhadas. Vimos que para as emoções isso acontece em outros lugares!

V – Conclusão:

A emoção é uma força interior imprevisível. Os rituais o usaram para facilitar a impregnação simbólica e iniciática.

Mas outras emoções podem surgir espontaneamente, às vezes intensamente, e podem invadir rapidamente nossa mente.

Para alcançar o equilíbrio interior, é essencial saber acolher as emoções. Aceitar uma emoção é reconhecer sua presença, sem procurar reprimi-la ou ignorá-la, para analisá-la em uma segunda vez e compreendê-la ou mesmo criticá-la.

Aceitar a emoção não significa ceder à emoção. A razão nos ajuda a dar um passo para trás e escolher nossa resposta.

Essa atitude requer lucidez e introspecção. Ao aprender a observar nossas emoções, descobrimos como aceitá-las, mantendo nossas mentes claras e livres. É nessa harmonia que se encontra o verdadeiro autodomínio, onde a emoção e a razão coexistem, cada uma encontrando seu devido lugar.

Por Alain Bréant

 

ALÉM DOS DOGMAS: O DESPERTAR DO LIVRE PENSADOR


Desde o início dos tempos, a humanidade tem procurado respostas para os mistérios da existência. Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Diante do insondável, sistemas de crenças se formaram, às vezes evoluindo para dogmas rígidos. Mas o que são esses dogmas senão prisões erguidas pela mente humana, um refúgio para o orgulho disfarçado de certeza?

A ilusão da verdade absoluta

Um dogma pretende oferecer respostas definitivas às questões fundamentais da existência. Ele estabelece referências, traça limites entre o que é certo e o que é errado, entre o sagrado e o profano, entre o possível e o impossível. Mas essa busca pela certeza esconde um grande medo: o do desconhecido. Pois o universo, em sua essência, desafia qualquer tentativa de classificação. É vasto, indefinível e em perpétua transformação.

A ilusão da verdade absoluta é baseada em um paradoxo: ao acreditar que sabemos tudo, paramos de aprender. Fechamo-nos à riqueza das perspectivas, à beleza da mudança. No entanto, a própria natureza nos ensina a impermanência. Os ciclos da vida, as estrelas que nascem e morrem, as estações que se sucedem... tudo testemunha a fluidez da existência.

Por que então procuramos congelar o que está se movendo? A resposta está no orgulho. Aceitar que não sabemos tudo, que talvez nunca entendamos tudo, requer profunda humildade. Ele nos confronta com nossa pequenez na imensidão cósmica. O ego, para se proteger, constrói certezas. Ele se envolve em dogmas como um manto, acreditando que assim está se protegendo do frio gelado da dúvida. Mas este casaco rapidamente se torna uma camisa de força.

A verdade, se existe, é muito maior do que nossas mentes podem conceber. Não se deixa confinar a palavras ou doutrinas. Ela dança, indescritível, nas entrelinhas, nos silêncios, nos mistérios que só um espírito livre pode vislumbrar.

As correntes do espírito

Uma mente aprisionada por um dogma perde sua liberdade interior. Ele troca a alegria da exploração pela estabilidade das certezas impostas. No entanto, essa estabilidade é ilusória. Pois, na realidade, nada é mais mutável do que a mente humana, e nada é mais frustrante para a alma do que não ser capaz de florescer.

Dogmas, como correntes de ouro, são sedutores. Eles prometem respostas simples para perguntas complexas, segurança mental diante do desconhecido. Mas essa segurança tem um preço: o da asfixia. Ao seguir cegamente um dogma, desistimos de nosso poder de questionamento, nossa capacidade de admiração e nossa criatividade. Contentamo-nos em caminhar por trilhos marcados, incapazes de nos aventurarmos nas florestas selvagens do desconhecido.

No entanto, é precisamente nessas florestas que reside a sabedoria. A dúvida, longe de ser uma fraqueza, é uma força. Abre portas, desperta a curiosidade e nos impulsiona a buscar verdades mais profundas. Ele nos convida a desconstruir as paredes que erguemos ao redor de nossas mentes e abraçar a liberdade do pensamento fluido e em constante mudança.

A mente humana é projetada para explorar, não para se conformar. Quando quebramos as correntes do dogma, descobrimos horizontes insuspeitados, novas perspectivas e uma conexão mais autêntica com nós mesmos e com o mundo. A verdadeira liberdade não está na certeza, mas na capacidade de dançar com o desconhecido.

Orgulho mascarado de piedade

Os dogmas são frequentemente apresentados como expressões de virtude, sabedoria ou devoção. Eles pretendem guiar as almas para a luz, proteger dos excessos, oferecer um caminho seguro. No entanto, por trás dessa fachada há muitas vezes uma armadilha sutil: a do orgulho, escondida sob a máscara da piedade.

Esse orgulho se manifesta de várias maneiras. Nutre um sentimento de superioridade naqueles que aderem ao dogma, levando-os a julgar, excluir ou desprezar aqueles que pensam de forma diferente. "Nós temos a verdade, eles estão errados", proclama a mente trancada. Essa necessidade de estar certo, de dominar através do conhecimento ou da fé, revela uma profunda insegurança. É o ego que procura se tranquilizar, existir esmagando o outro.

Mas, ao se apegar a essa falsa superioridade, o amor universal que muitos dogmas defendem é traído. Pois o verdadeiro amor não conhece divisões ou exclusões. Ele não se apega a formas, regras ou doutrinas. É livre, como a própria vida.

O orgulho mascarado de piedade é uma das maiores tragédias da humanidade. Alimentou conflitos, guerras e perseguições. Ele prendeu gerações em padrões rígidos de pensamento, impedindo a evolução espiritual e coletiva. No entanto, é possível transcender esse orgulho.

Isto exige um retorno ao essencial: humildade radical, abertura sincera, escuta profunda. Isso exige que reconheçamos que, quaisquer que sejam nossas crenças ou nossos caminhos, somos todos fragmentos do mesmo todo, exploradores de um mistério que está além de nós.

O apelo ao pensamento livre e luminoso

E se a verdadeira busca da humanidade não fosse por respostas, mas por perguntas cada vez maiores? E se, em vez de buscar certezas, aprendêssemos a dançar com o mistério, a abraçar o desconhecido como um amigo fiel? A vida, em todo o seu esplendor, não se revela a quem a congela, mas a quem se abre com humildade e alegria à sua perpétua transformação.

Tornar-se um pensador livre não é rejeitar todas as crenças, mas cultivar uma mente fluida, capaz de ver além dos muros que erguemos. É ouvir os sussurros do universo com o coração aberto, a mente inquisitiva e a alma em paz com a incerteza. É preciso coragem: a coragem de questionar o que pensávamos que sabíamos, a coragem de reconhecer que cada momento é uma oportunidade de crescer, aprender, transcender a nós mesmos.

O pensamento livre não é um ato de rebelião contra a ordem, mas um ato de amor pela verdade viva, mutável e infinita. É a expressão de uma alegria profunda, a de saber que, neste grande teatro da existência, há sempre mais para descobrir, compreender, celebrar.

Então, olhe ao seu redor, olhe para dentro de si mesmo. Que crenças, que certezas, que paredes invisíveis limitam sua liberdade? Que campos de possibilidades seriam revelados se você ousasse empurrar uma porta, quebrar uma corrente, derrubar uma parede?

Quais prisões você está pronto para abrir?

Por Yann Leray


 

O TESOURO OCULTO DA MAÇONARIA


 

“A maior parte só vê a casca, e cedo se desilude; não conhece a amêndoa gostosa que se oculta no interior e torna-se o prêmio reservado aos estudiosos, que os aproxima cada vez mais da Iniciação Real” (Nicola Aslan)

Conta-se que um amigo do jornalista, contista, cronista e poeta brasileiro Olavo Bilac (1865-1918), abordou-o certa vez e pediu-lhe que redigisse um anúncio de uma chácara que pretendia vender e da qual ele era conhecedor. Ali mesmo, o poeta apanhou um pedaço de papel e escreveu:

“Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo. Cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeiro. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda. “

Tempos depois, reencontrando o amigo, Olavo Bilac perguntou-lhe se havia conseguido vender a propriedade. De pronto ouviu a resposta: “Nem pense mais nisso! Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha nas mãos”.

Eckhart Tolle, na sua obra “O Poder do Agora” (2002), narra a história de um velho mendigo (da fábula de Tolstói), que passou mais de trinta anos sentado no mesmo lugar, debaixo de uma marquise, pedindo moedas aos transeuntes.

Um belo dia um estranho perguntou-lhe o que tinha dentro da caixa que era utilizada como assento em todo aquele tempo. Respondeu o mendigo que não sabia, mas que imaginava não ter nada. Insistiu o estranho para que o mendigo desse uma olhada. Ao abri-la, com certa dificuldade, descobriu o velho que o caixote estava cheio de ouro.

Em outro contexto, Malba Tahan (1895-1974), pseudônimo do professor, conferencista, matemático e escritor do modernismo brasileiro, Júlio César de Mello e Sousa, nos relata em “O Livro de Aladim“(2001), uma fantástica história chamada “O Tesouro de Bresa”, sobre a experiência de um pobre e modesto alfaiate da Babilônia chamado Enedim, que alimentava o sonho de achar um fabuloso tesouro escondido em algum lugar e tornar-se rico e famoso.

Um dia parou em sua porta um velho mercador da Fenícia com uma infinidade de objetos. Entre elas ele descobriu um livro onde se viam caracteres estranhos e desconhecidos. O vendedor disse tratar-se de uma preciosidade.

Após adquiri-lo, Enedim passou a examiná-lo com cuidado e conseguiu decifrar de uma legenda em complicados caracteres caldaicos o título: “O Segredo do Tesouro de Bresa”. Lembrou-se que ouvira falar alguma coisa a respeito e despertou a curiosidade para prosseguir na pesquisa, que se referia a uma fortuna enterrada por um gênio em uma caverna localizada em uma montanha chamada Harbatol.

Como as primeiras linhas eram escritas em caracteres de vários idiomas, Enedim foi obrigado a estudar os hieróglifos egípcios, o grego, os dialetos persas e a língua dos judeus. Isso o levou mais tarde a ocupar o rendoso cargo de intérprete do rei.

Continuando a traduzir o livro, debruçou sobre várias páginas cheias de cálculos, números e figuras, o que o incentivou a instruir-se em matemática. Com isso desenvolveu habilidades para calcular, desenhar e construir uma grande ponte sobre o rio Eufrates. O rei nomeou-o então prefeito e ele se tornou um dos homens mais notáveis da cidade.

Continuando suas buscas sobre o segredo do tal livro, examinou as leis e princípios religiosos, o que o capacitou a dirimir uma velha pendência entre os doutores. Tornou-se primeiro-ministro. Passou a viver com luxo e riquezas e recebia os príncipes mais ricos e poderosos do mundo. Em consequência, o reino progrediu e Enedim se tornou o mais notável de seu tempo. Mas, o segredo ainda não tinha sido desvendado.

Certo dia, conversando com um imã, relatou suas buscas e descobertas e o religioso ao ouvir a ingênua confissão do agora grão-vizir, falou: “o tesouro de Bresa já está em vosso poder, meu senhor, graças aos conhecimentos que o livro lhe proporcionou”. “Bresa” significa “saber”, enfatizou o religioso, e “Harbatol” quer dizer “trabalho”. “Com estudo e trabalho pode o homem conquistar tesouros maiores do que os que se ocultam no seio da terra”, concluiu.

Refletindo sobre as três passagens acima, podemos extrair da primeira a nossa dificuldade em valorizar as coisas boas que dispomos, ou seja, os tesouros que estão ao nosso alcance, nossas famílias, amigos, trabalho, saúde e conforto, bem assim as inúmeras oportunidades em que nos perdemos em divagações e buscas, não se sabe do que, sem nenhuma materialidade.

Se pensarmos em termos de uma nação, entendemos como vários países ricos em potencial e tesouros incalculáveis em seus subsolos veem sua população na miséria e completa ignorância e dirigidos por incompetentes e/ou corruptos gestores do bem público.

No caso específico do mendigo, a mensagem é mais concisa e pode se ajustar a qualquer pessoa incapaz de reagir frente a uma existência miserável, sobretudo a intelectual, estando ao mesmo tempo sentada sobre uma riqueza incalculável, apenas pela incapacidade de conceber, avaliar e laborar os recursos disponíveis ou mesmo os próprios conhecimentos e habilidades.

Mais ou menos a imagem de uma pessoa que vive em uma biblioteca, sabe soletrar, ler e escrever, mas morre ignorante, sem ao menos remover a poeira dos livros que a abraçam. Ou mesmo, cercado por boa comida, morre de inanição com preguiça de levar comida à boca. Mais ainda, como ativista sentado em confortável sofá, espera o conhecimento chegar via mensagem de WhatsApp para democraticamente compartilhá-lo, sem ao menos confirmar a veracidade.

Na mesma linha, a lenda do Tesouro de Bresa demonstra as inúmeras conquistas que podem advir da superação da preguiça mental e dedicação ao estudo e ao trabalho, dependendo apenas de confiança, força de vontade, disciplina e foco. Basta o despertar para a busca do conhecimento que aparenta estar oculto e distante, mas grita bem perto de nossos surdos ouvidos.

A maçonaria, por meio de suas instruções, coloca à disposição dos obreiros todo um imenso tesouro onde se estudam várias ciências, como moral, arte, filosofia, psicologia, sociologia, política, história, lógica e metafísica, que levam ao aprendizado e ao progresso por meio da própria experiência e esforços individuais, que variam de acordo com as próprias competências e em face das vivências e descobertas proporcionadas pelos estudos e trabalhos realizados.

Ao não incrementar ou valorizar os temas para estudos e debates em nossas Lojas, restringimo-nos à perenidade da ritualística e expectativa da ágape que vem após as reuniões, deixando de explorar toda a base de conhecimentos e instruções disponíveis, que representam um grande tesouro colocado à disposição de todos. A leitura burocrática das instruções apenas para cumprir uma formalidade faz-nos lembrar frase do célebre Marques de Maricá: “Ler sem refletir é comer sem digerir”.

Assim agindo, com esse desdém, cometemos o erro de quem se julga na Maçonaria, mas não vê a Maçonaria, garantindo que continuaremos pobres e sentados em cima de um rico patrimônio cultural, fadados a ouvir, aplaudir e repetir bravatas de pseudointelectuais, justificando o ditado popular: “em terra de cego quem tem olho é rei”.

Mas, com o despertamento para as enormes potencialidades da cultura maçônica, faz sentido o pensamento de Nicola Aslan, cotado na abertura desta Prancha, bastante ilustrativo da realidade de muitas Lojas, onde o obreiro deixa escoar o tempo e não consegue vislumbrar e apropriar-se do tesouro oculto nas colunas da maçonaria, do sabor da amêndoa gostosa, do desvelamento da essência, da interpretação do simbolismo, enfim, dos ensinamentos, que ficam por conta do estudioso, do pesquisador que não se detém na superfície, que acumulará as riquezas garimpadas segundo a medida de sua capacidade, em conformidade com sua maturidade e preparo espiritual.

Um ladrão rouba um tesouro, mas não furta a inteligência. Uma crise destrói uma herança, mas não uma profissão. Não importa se você não tem dinheiro, você é uma pessoa rica, pois possui o maior de todos os capitais: a sua inteligência. Invista nela. Estude! (Augusto Cury)

Autor: Márcio dos Santos Gomes

*Márcio é Mestre Instalado da Loja Maçônica Águia das Alterosas Nº 197 – GLMMG, Oriente de Belo Horizonte; Membro  da Academia Mineira Maçônica de Letras e da Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras; Membro da Loja Maçônica de Pesquisas “Quatuor Coronati” Pedro Campos de Miranda (BH); Membro Correspondente Fundador da ARLS Virtual Luz e Conhecimento Nº 103 – GLEPA; Membro Correspondente da ARLS Virtual Lux in Tenebris Nº 47 – GLOMARON; Membro Correspondente da Academia Maçônica de Letras de Piracicaba (SP); Colaborador do Blog “O Ponto Dentro do Círculo”.

Referências

TAHAN, Malba. O Livro de Aladim. Rio de Janeiro: Record, 2001. 

TOLLE, Eckhart. O Poder do Agora: um guia para iluminação espiritual. Rio de Janeiro: Sextante, 2002.

 

SOB A LUA AZUL, O TEMPLO DESPERTA


 

No céu, a lua azul reluz,

Um guia entre sombras e véus,

Reflete no templo a luz,

Que ilumina antigos troféus.

A noite sussurra segredos,

Em páginas de estrelas escritas,

O Maçom, entre passos e medos,

Busca a verdade nas mãos infinitas.

A pedra bruta à lua se curva,

Em seu brilho, encontra a razão,

Cinzel e compasso, mão que turva,

Na jornada do espírito em ascensão.

Sob a lua azul, o rito se inicia,

As colunas sussurram memórias,

Cada símbolo revela a alquimia,

Das almas, que traçam novas histórias.

O Oriente se veste de prata,

No silêncio, a voz ressoa clara,

E o Templo, com sabedoria exata,

Ergue-se onde a luz se prepara.

A Lua Azul, em sua esfera celeste,

Guia o caminho do saber oculto,

No templo, onde o universo investe,

A verdade se encontra no vulto.

E quando a luz do dia surgir,

E a lua se despedir com o mar,

O templo guardará, no porvir,

O brilho azul que o fez despertar.

E as lágrimas que escorrem do céu,

São como pérolas caídas do manto,

Cada gota que desce do véu,

Traz consigo o eco de um canto.

Na última luz, o Maçom se inclina,

Seu coração pulsa com o universo,

Sob a Lua Azul, ele afina,

Seu espírito ao eterno verso.

 

Irmão Fernando Nunes

UM OLHAR SOBRE A PRÁTICA DE UM ESOTERISMO SUPERFICIAL NA MAÇONARIA

O esoterismo na Maçonaria, como algo velado ou difícil de entender e explicar, refere-se aos entendimentos pessoais que motivam a metodologia maçônica, os símbolos e as alegorias nos maçons.

Por ser subjetivo, torna-se um tema complexo que muitas vezes dá lugar a especulações excessivas ou à intromissão indevida na Ordem de crenças religiosas ou metafísicas tão respeitáveis como as de outras instituições. E, embora o tema se tenha prestado a um vivo debate sobre o que seria o verdadeiro e específico esoterismo da Maçonaria, na realidade existem várias interpretações.

Em todo o caso, o esoterismo maçônico refere-se aos ensinamentos veiculados pela sua simbologia e cerimônias, e baseia-se na percepção de que existem conhecimentos, sentimentos e inspirações que facilitam a metodologia maçônica na construção dos seus objetivos morais e filosóficos.

Por outro lado, refere-se ao fato de a Maçonaria inspirar e exercer uma influência intelectual, moral e ética orientada para que o Maçom adquira uma maior compreensão filosófica dos deveres que tem para consigo próprio e para com a sociedade em geral.

Quando penso na Maçonaria, penso sempre nesta ideia original, quase romântica (e altamente idealizada) de um grupo de pessoas que procuram algo para além do óbvio em questões morais e filosóficas. Sei que, no mundo real, existem outras motivações para aderir a uma Loja Maçônica, mas isso é assunto para outro texto.

A Maçonaria, na sua essência mais pura, não é apenas um local de convívio com uma série de rituais simpáticos; é um sistema filosófico que nos convida a sermos melhores, moral e intelectualmente.

Através do conhecimento, dos símbolos e da reflexão, o seu objetivo é fazer-nos evoluir. No entanto, e digo-o com alguma preocupação, quando o esoterismo é tratado de forma superficial, a Ordem corre o risco de se desvirtuar completamente.

O verdadeiro esoterismo maçônico, se quisermos falar dele nos termos atuais, é uma viagem interior, uma busca pessoal de sentido através dos símbolos, alegorias e ensinamentos éticos que a Maçonaria nos oferece. Mas esta procura, sendo profundamente subjetiva, pode facilmente conduzir a mal-entendidos e a práticas vazias, se não se mantiver um foco claro.

Lembro-me da primeira vez que observei uma cerimônia maçônica, muito antes da minha Iniciação. Era quase uma criança e tratava-se de uma cerimônia de honras fúnebres no cemitério mais antigo da minha cidade.

A partir desse momento, o mistério, os gestos e a solenidade do ritual cativaram-me. Senti que algo de muito sério estava em jogo e, com o tempo, aprendi que o verdadeiro esoterismo maçônico vai muito além da participação em cerimônias ou da memorização de alguns sinais. É um compromisso profundo com o significado por detrás de cada símbolo.

É como se, em vez de vermos apenas a ponta do iceberg, nos fosse pedido que mergulhássemos até ao fundo para compreendermos a magnitude do que está escondido. Se a Maçonaria nos ensina alguma coisa, é que não é o que está escondido que é importante, mas o processo de o descobrir. O esforço constante para compreender o mundo e para encontrar um lugar construtivo nele.

Infelizmente, tenho visto como muitos permanecem à superfície, presos ao decorativo, ou condescendentes com um teatro que ignora a riqueza filosófica e ética que está mesmo debaixo dos seus narizes. E é triste, porque é como ter um mapa do tesouro nas mãos, mas usá-lo para acender uma fogueira.

Trata-se de um risco grave, porque quando a forma substitui a substância, a Maçonaria torna-se um espetáculo estéril, um “show maçônico”, onde os títulos, os graus, os cargos e as insígnias importam mais do que o crescimento pessoal e coletivo.

Quantas vezes encontrei Irmãos que pareciam mais preocupados com o seu lugar na hierarquia do que com os ensinamentos que a Maçonaria oferece? Mais do que eu gostaria de admitir. Este tipo de mentalidade transforma a fraternidade num desfile de vaidades que começa a parecer-se mais com um clube de classe média, com presunções elitistas, onde os títulos de cargos e os graus são tudo.

Arriscamo-nos a perder esse legado se permitirmos que o esoterismo moral e filosófico, degenerado em superstição e ritualismo inane, tome conta das nossas Lojas.

A Maçonaria tem sido um refúgio para pensadores, cientistas e artistas que viam os rituais não apenas como um conjunto de ações, mas como representações simbólicas de ideias filosóficas profundas.

Desde os grandes iluminados até aos artistas de renome, todos eles encontraram na Ordem um espaço de debate, de reflexão e, sobretudo, de aprendizagem. Mas quando o esoterismo é reduzido a uma série de práticas mágicas sem significado real, competindo com sistemas de crenças, a verdadeira reflexão é esquecida, e a sua própria essência é enfraquecida.

O resultado é que a Maçonaria deixa de ser um lugar de reflexão e progresso e torna-se irrelevante para o mundo moderno. É como ter um livro cheio de sabedoria nas mãos, mas preferir usá-lo como suporte de lâmpada.

A verdadeira Maçonaria exige mais. Exige que aprofundemos, que não nos contentemos com o que está à vista de todos. Porque, no final do dia, o que realmente importa não é o espetáculo, mas o conhecimento, a verdade e o compromisso com o nosso melhoramento pessoal e coletivo. No final do dia, o que importa não são tanto as cerimônias, os Graus e as funções, mas o verdadeiro compromisso com o nosso melhoramento pessoal e, portanto, com o melhoramento da sociedade.

Se a Maçonaria quiser ser relevante no século XXI, tem de abraçar um esoterismo que se baseia numa reflexão profunda. Porque, em última análise, o que nos torna verdadeiramente maçons não é o que mostramos ao mundo, mas o que cultivamos dentro de nós.

E esta é a tarefa que não podemos abandonar.

Autor: Iván Herrera Michel

Fonte: Blog Pido la palabra

 

 

O MAÇOM DESNECESSÁRIO

Há umas semanas, estive em visita numa loja maçônica, visivelmente em reconstrução, abalada por seus irmãos descumprirem e desrespeitarem as obrigações que os cargos de loja os necessitam. Foi quando ouvi a seguinte frase:

Eles eram desnecessários para a Loja.

Aquilo ficou batendo na minha mente e fazendo-me ter reflexões de como um Maçom se tornaria desnecessário, se uma vez o aceito, sempre carregará a importância de ser Maçom, além da importância, carrega consigo o compromisso de estar sempre em prontidão para o que a ordem lhe necessitar.

Não é fácil entender, como um Maçom, aceito, regular, pode ser desnecessário para a Ordem.

Porém, penso, somos corpo e pensamento, matéria e espírito, todos somos iguais perante o Grande Arquiteto do Universo, devemos ser e ter, conosco mesmo, o compromisso e honra de carregar consigo essa notoriedade de ser Maçom.

Tendo isso como primeira conclusão, penso que o Maçom não se torna desnecessário para com a loja, torna-se desnecessário para consigo, pois dentro de cada um de nós existe um templo interior, que necessita ser edificado dia a dia, então me perguntei, como alguém pode ser desnecessário na parte material, sem antes estar sendo depreciador no seu templo interior? Pois antes de se tornar inútil para com próximo, se torna inútil para consigo mesmo.

Serão os vícios?

Serão as paixões?

Aqui respondo, com muito respeito que é de tudo um pouco, mas principalmente, a falta de entender o próximo, a falta de lealdade para com os seus irmãos, a falta do “semancol”, o famoso se manca que estás sendo inconveniente, se manca e olha à tua volta, os teus irmãos estão te dando sinais de que você está se deixando levar para um lado que não nos é digno.

A parábola dos dois lobos traz-nos um exemplo claro:

Todos temos dentro de nós dois lobos completamente diferentes. Um deles é mau, e representa todos os sentimentos ruins que podem existir em um ser humano: as paixões, a raiva, a inveja, o ciúme, o ego, o orgulho, o ressentimento, os medos, a mesquinhez, a culpa, e a arrogância. No entanto, o outro lobo, é exatamente o oposto, representa tudo que é bom numa pessoa: a bondade, o amor, a esperança, a generosidade, a alegria, a paz, a igualdade, a fraternidade, a fé e a verdade.

Eles vivem numa briga constante, a todo o momento, trazendo uma confusão de um misto de liberdade e escravidão.

O Lobo que vence é aquele a que a todo o momento lhe oferecemos alimento, não é uma guerra onde só um vence, pois não somos só um dos Lobos o tempo todo, portanto, seguir a alimentar o lobo bom é uma qualidade dos sábios.

Quando optamos por alimentar o lobo ruim, estamos deixando o nosso templo interior ser tomado com coisas que não edificam a nossa caminhada, todos sabemos que a caminhada do Maçom é na retidão, na busca pela verdade, e quando estamos saindo do caminho, vemos os sinais, e eles vem do templo externo, da loja, dos irmãos.

O Salmo 119:37 diz-nos:

“Desvia os meus olhos de contemplarem a vaidade, e vivifica-me no teu caminho.”

Portanto meus irmãos, sejamos necessários, sejamos edificadores do nosso templo interior, saibamos ouvir, respeitar, e quando estivermos vendo sinais de que estamos sendo, ou inconvenientes, ou tornando-nos desnecessários, que saibamos, que estamos a alimentar o lobo errado, e todos sabem como alimentamos estes dois lobos.

Nós alimentamo-los com as nossas ações, positivas e ou negativas.

Nossa, como é simples alimentar o lobo bom, eu sendo amável, respeitoso, caridoso, tratando a todos com igualdade, tudo isso é puro alimento a nossa alma. Mas sabemos o quanto isso é difícil, num lugar onde temos tantas cabeças pensando diferente, e alimentando lobos diferentes.

Que prevaleça sempre o amor.

Mateus Hautt Nörenberg, C. M. – CIM 26414 – Loja Hiram Abiff 535, GORGS, POA, REAA

Bibliografia

  • Bíblia BKJ

 

 

CONFISCADOS POR NAZISTAS, TESOUROS MAÇÔNICOS SÃO PRESERVADOS NA POLÔNIA

Esquadros e compassos, gravuras, livros e álbuns antigos foram confiscados por oficiais alemães.

A imponente coleção de objetos maçônicos de Poznan, na Polônia, preserva seus tesouros, com seus esquadros e compassos, gravuras, livros e álbuns antigos, alguns com o carimbo do sinistro Heinrich Himmler, considerado o número dois do Terceiro Reich.

Ao longo de mais de um quilômetro de estantes estão guardados cerca de 80 mil volumes, muitos deles bastante antigos, e outros mais recentes, conservados na biblioteca da Universidade UAM de Poznan, no oeste polonês.

A coleção constitui "um dos maiores catálogos maçônicos da Europa, ou, inclusive, o mais importante, segundo alguns", disse à AFP a responsável pelo acervo, Iuliana Grazynska.

"E ainda conserva alguns mistérios", enfatizou Grazynska, que acaba de iniciar o registro de 89 caixas de papelão com arquivos reunidos pelos serviços de Himmler e que nunca foram classificados.

Confiscados na Europa

"Os nazistas detestavam a maçonaria" explicou à AFP Andrzej Karpowicz, que durante 30 anos foi responsável pela coleção de Poznan.

Karpowicz lembra que o nazismo foi "fruto de uma onda antielite e anti-intelectual", e por isso, inevitavelmente, eles eram "antimaçons".

Durante o Terceiro Reich, os nazistas fecharam lojas maçônicas ou provocaram sua dissolução, e confiscaram ou queimaram os acervos de suas bibliotecas.

Na medida em que o Exército alemão avançava, as coleções procedentes dos países conquistados enriqueciam as do Reichsführer-SS Heinrich Himmler, que incluía também arquivos relativos a judeus, jesuítas e bruxas, segundo Karpowicz.

Transportada para lugares mais protegidos dos bombardeios aliados, a coleção foi dividida em três partes principais, duas delas escondidas na Polônia, e a terceira na República Tcheca.

Em 1945, as autoridades polonesas apreendem uma parte em Slawa Slaska, no oeste do país, que tinha cerca de 150.000 volumes. O restante foi confiscado pelo Exército Vermelho da União Soviética.

Pérolas raras

A biblioteca de Poznan constituiu sua coleção maçônica em 1959, em pleno período comunista, mesmo quando o movimento maçom era proibido no país. A Polônia, no entanto, tinha uma velha tradição maçônica, e sua primeira loja foi fundada em 1721.

Segundo Grazynska, a coleção também inclui uma "edição original e raríssima" da primeira constituição maçônica, escrita por James Anderson e publicada em 1723. "É o orgulho de nossa coleção", acrescentou.

O acervo está aberto para quem quiser estudá-lo ou se aprofundar nele. "É uma mina de informações na qual é possível se aprofundar livremente", assegura Karpowicz.

Fonte: https://www.afp.com/

Fotos: JANEK SKARZYNSKI / AFP 

 





 

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