segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

O PORQUÊ O MAÇOM LEVA O PSEUDÔNIMO DE BODE


 

Essa é, sem dúvida, a pergunta campeã entre os curiosos e uma das lendas mais difundidas sobre a nossa Ordem. Mas de onde vem essa associação?

Primeiro, a verdade nua e crua:

Dentro da ritualística, da filosofia e da simbologia maçônica, NÃO EXISTE nenhuma alegoria, ferramenta ou símbolo ligado à figura do bode. Você não encontrará bodes em nossos templos, nem em nossos rituais. O Bode não é um símbolo maçônico.

Então, qual a origem histórica desse apelido?

Existem diversas vertentes históricas que explicam como esse pseudônimo colou na imagem do maçom:

Herança Templária: A teoria mais forte remonta à perseguição dos Cavaleiros Templários no século XIV. A Inquisição acusava a Ordem de idolatrar uma figura chamada "Baphomet". Séculos depois, ocultistas desenharam essa figura com cabeça de bode. Como a Maçonaria herdou tradições templárias, os detratores transferiram a acusação (e a imagem) para nós.

O Bode Expiatório: Na tradição bíblica (Levítico), o bode era enviado ao deserto carregando os pecados do povo. O maçom, por ser um homem de segredos, discreto e que muitas vezes "pagava o pato" por defender a liberdade contra tiranos, acabou sendo associado à figura daquele que aguenta o fardo em silêncio.

Propaganda Antimaçônica: No século XIX, fraudes literárias (como as de Léo Taxil) inventaram rituais demoníacos envolvendo bodes para difamar a Ordem perante a sociedade e a Igreja. Embora desmentidas, as imagens ficaram no imaginário popular.

Hoje, o termo "Bode" foi ressignificado pelos Irmãos. O que era para ser um insulto, virou um apelido carinhoso e uma gíria interna de reconhecimento, sinônimo de um Irmão que sabe guardar segredos e é resiliente.

 

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