Sabemos que a instrução
primária é fundamental e decisiva para a formação do homem vulgo ou maçom. Se
bem aplicada aos iniciantes, não há duvida que será a base para a vida pessoal,
social e profissional de cada um deles.
Na maçonaria, também
aquele que é bem instruído no grau de aprendiz, tem boa chance de ser um
Companheiro ativo, e mais adiante um Mestre perfeito. Isso não é novidade,
porém nas Lojas, as instruções tem sido aplicadas por mestres aptos e
dedicados?
Conheço pouco como é a Instrução
maçônica em cada Loja, e se ela é ou não
aplicada. Existe o caso que relata o ir.
Saulo Aziz, pampeano da mais fina cepa, que um dia tentou ministrar instrução
aos aprendizes de sua Loja. Prontamente, o Venerável se manifestou contra,
alegando que “uma sabatina poderia constranger os aprendizes”. Então, a
sugestão do foi derrotada fragorosamente pelos membros da Loja.
Em minha vida maçônica
recebi instruções no primeiro Grau que me valem ainda hoje, décadas
depois. Bem preparado no começo, o
aprendiz maçom, assim como o aluno de uma escola, não sentirá dificuldade para
enfrentar cada passo na sua caminhada maçônica, visto ter uma sólida base.
Quem sabe a evasão
maçônica tão elevada hoje, e a falta de interesse, não possa estar na raiz de
uma malfeita preparação. Parece que nos
dois primeiros graus, incentivados pelos mestres instrutores que os ensina e
orienta, os maçons se mostram mais interessados e motivados, enquanto que na
Mestria há certa desídia.
Vivi com entusiasmo essa
fase de instrução, depois a apresentação de trabalho escrito, e por fim a
sabatina. Recordo ainda da emoção e medo que senti de enfrentar aquela “banca
examinadora” estando de pé e à ordem o tempo todo, com a respiração ofegante e
transpirando frio. Soube depois que me fizeram trinta e sete perguntas.
Mas porque estou falando isso
agora, pode alguém perguntar. É porque um irmão, agora Mestre, conta que em sua
sabatina de aprendiz, alguns mestres, talvez querendo mostrar conhecimento,
fizeram perguntas que pouco ou nada tinha a ver com as instruções do grau.
Para que tudo saia à perfeição, o Venerável não deve permitir que o sabatinador leia o ritual, nem tenha perguntas escritas prontas no papel, e quando o sabatinado não souber responder, quem fez a pergunta deve respondê-la.
Por - Jamir Vieira* e Laurindo
R. Gutierrez**
*Loja Regeneração Terceira- Londrina- PR
**Loja de Pesquisas Brasil – Londrina-PR-
**Loja de Pesquisas Chico da Botica- Porto Alegre- RS- ( membro correspondente)