A
Maçonaria é alegria. Ou vocês acham que alguém vai a um mesmo lugar, semana
após semana, ano após ano, como fazem os Maçons, só para colher seu quinhão
semanal de aborrecimentos? Só se for maluco, idiota ou então masoquista.
Poucos de nós dão conta do mecanismo
sutil usado imemorialmente pela Maçonaria para sedimentar em nós o conceito de
Tolerância. É tão simples que nos perguntamos como é que não percebemos isso
antes.
A
cada semana, ano após ano, o mesmo grupo se encontra. Alguns novos chegam e se
integram, outros não conseguem e, por um pretexto ou por outro, nos deixam. Mas
a maioria de algum modo se identifica pelas mesmas aspirações e continua a
reunir-se. Ao longo do tempo, aturando e sendo aturado, convivendo com nossos
defeitos e nossas qualidades aparentes, e continuamos a interagir, sempre
expostos á doutrina de convivência pacifica e com um código de conduta comum,
cuja quebra ofende a todos e serve para expurgar os que não a absorvem.
É uma experiência sociológica
incrível, até porque, diferente de outras situações, esse convívio é
voluntário. E, se é voluntário e se nele continuamos, é porque alguma coisa recebemos em
troca.