Segundo o Dicionário KOOGAN
LAROUSSE:
DISCIPLINA s. f. O conjunto dos
regulamentos destinados a manter a boa ordem em qualquer assembléia ou
corporação; a boa ordem resultante da observância desses regulamentos: a
disciplina militar. / Submissão ou respeito a um regulamento. / Cada uma das
matérias ensinadas nas escolas.
No Dicionário AURÉLIO:
DISCIPLINA s.f. 1. Regime de ordem imposta ou mesmo consentida. 2. Ordem
que convém ao bom funcionamento de uma organização. 3. Relações de subordinação
do aluno ao mestre. 4. Submissão a um regulamento. 5. Qualquer ramo do
conhecimento. 6. Matéria de ensino.
É uma
palavra que tem a mesma etimologia da palavra “DISCÍPULO”, que significa aquele
que segue. Em filosofia significa conjunto de conhecimentos metódicos ou
regra de conduta (a disciplina dos costumes) e é aplicada às organizações e às
pessoas.
Na
Maçonaria significa uma rigorosa e irrestrita observância às normas, às
Constituições, aos Landmarks, aos regulamentos, às obediências e às
autoridades.
Sem
disciplina, nenhuma organização ou entidade domina seus interesses, porque a
indisciplina gera um grave mal, a exemplo da anarquia, a qual combatemos, por
produzir o caos. A indisciplina anda em voga no meio político: “quanto pior melhor”.
A disciplina é irmã gêmea da
liberdade quando a usamos como direito, ou seja, o direito agindo para que
a manifestação de liberdade seja garantia de todos. Porém essa afirmativa
produz efeito quando se consegue respeitar os direitos alheios, que é diferente
da liberdade pessoal, conseguida pela consideração espontânea das normas previamente
estabelecidas e da obediência às autoridades constituídas.
O cidadão
que pretende viver em sociedade leva para seu convívio um dos deveres
essenciais: a disciplina, sinalizada por
juramentos, estudos, posturas, segurança nas determinações e ações, sob pena
de, não o fazendo, gerar no grupo, dissabores, desentendimentos, egoísmo,
divisões e não conseguir transmitir a paz nem a harmonia, tornando-se assim, um
cidadão que não inspira segurança a seus companheiros.
Tomemos
para nossas vidas, um exemplo de autodisciplina, a do
artista. Sua arte se expressa pelo rígido método de disciplina, que
espontaneamente impõe a si próprio, dentre outros; o de dormir, de meditar, de
buscar inspiração e no tratar com a natureza, completado pelos instrumentos que
utiliza: o pincel, a caneta, as chuteiras e os dedos, pois, sem este cuidado
disciplinar ele nunca passará de um artista mediano, de um péssimo sonhador.
Na
sociedade em geral, quando aceitamos o convite para ser iniciado na Ordem Maçônica, imaginamos uma
gama de normas próprias, a que seremos submetidos a cumprir e, quando aceitos,
prometemos obedecer, através de juramentos e preceitos outros que formarão o
caráter e a moral do cidadão/Irmão. Portanto, sem a disciplina maçônica, a
busca da perfeição correrá por caminhos difíceis de alcançar.
A Maçonaria praticada nos dias
atuais não estabelece atração por conhecimento além dos nossos rituais,
deixando, então, uma lacuna para o desenvolvimento da desmotivação, que geram,
às vezes, na consciência dos Irmãos, a vontade latente de deixar a Ordem, por
não ver mais, sólidos compromissos, morais e éticos (ensinamentos que norteiam
a nossa Instituição).
Assim, no ranger da carruagem,
quando se falar em Maçonaria, dir-se-á “FOI UMA SOCIEDADE DISCIPLINADA QUE
EXISTIU ATÉ OS IDOS DE…”.
Enfim, o que devemos e podemos
fazer para estagnar este quadro?
“O
indivíduo competente é aquele capaz de transformar conhecimento em soluções
para problemas concretos da vida”. (Sandra
Garcia)
Autor: José
Amâncio de Lima
ARLS
Estrela de Davi II, 242 – GLMMG