UMA NOVA ANTIMAÇONARIA NO BRASIL


 

Tenho alertado que o cenário atual, de um crescimento do fundamentalismo religioso e de extremismos ideológicos, é desfavorável para a Maçonaria, pois torna-se um terreno fértil para ideias e propagandas antimaçônicas. Foi o que ocorreu, por exemplo, nos EUA, na década de 20 do século XIX; e na Europa continental e no Brasil, na década de 30 do século XX. Agora, a história começa a querer se repetir, tanto lá como aqui.

Um exemplo é o de Danuzio Neto, que mantém um canal onde propõe compartilhar informação “sem narrativa”. Contudo, faz exatamente o contrário, oferecendo uma doutrinação reacionária por meio de seus vídeos. Um deles tem um título um tanto quanto sugestivo: “Como a maçonaria destruiu o Brasil?”.

Nesse vídeo, ele já começa sugerindo a Maçonaria como um “antro de perversidade e de depravação moral”. Depois, diz que a Maçonaria teria ingressado nos EUA “tal como um vírus ou um parasita no seio da sociedade americana”.

Sua doutrinação chega a tanto, que chama o movimento iluminista de “maníaco” e se posta durante o vídeo também contrário à Revolução Francesa e a Independência dos EUA. Sobre esta última, Neto escancara seu antimaçônismo ao dizer que Washington “chegou ao cúmulo de receber ritos maçônicos em seu funeral”. Como se isso fosse um grande absurdo.

Então, sua narrativa chega ao Brasil, onde ele diz que a Maçonaria veio para “contaminar elites”, a qualificando como “pútrida”, e declara que ela atuou “infestando a máquina pública”. Sua análise histórica conspiratória e tendenciosa chega ao nível de afirmar que, na chamada Questão Religiosa (anos 1870), Dom Pedro II “em um mergulho dantesco e criminoso em ideias falidas, começou a perseguir membros honrosos da Igreja Católica”.

Neto omite as principais informações e fatos históricos a respeito. A Questão Religiosa deveu-se pela Maçonaria ter defendido e militado a favor do movimento abolicionista, patrocinando jornais sobre o tema, financiando a alforria de escravos e fazendo lobby a favor de leis como a Lei do Ventre Livre, de 1871, do maçom Visconde de Rio Branco. Isso a colocou em rota de colisão com algumas lideranças regionais da Igreja Católica que, naquela época, era a favor da escravidão. Cientes do trabalho maçônico pró-abolição, dois bispos começaram, eles sim, a perseguir a Maçonaria e os maçons, promovendo sermões antimaçônicos e intervindo em paróquias em que maçons eram participativos, proibindo-os de as frequentarem.

Contudo, o Brasil, por Bula Papal, era um Padroado Régio, em que o Rei administrava a Igreja Católica em seu território. Nesse sistema, o Estado recebia os dízimos, enquanto construía e mantinha as Igrejas, nomeava os padres e bispos e pagava seus salários. Então, houve uma decisão legal contrária a esses interditos, que os dois bispos optaram por desobedecer e, por isso, foram presos.

Dom Pedro II, que enfrentou o Papa nessa chamada Questão Religiosa e aplicou a lei da Constituição do Império do Brasil, respaldado pelo Padroado Régio, não era maçom. Não foi a Maçonaria contra a Igreja, mas o Estado brasileiro contra dois Bispos que eram servidores públicos. Mas isso não impediu Danuzio Neto de declarar que houve “perseguição contra os católicos brasileiros”. Dom Pedro II era católico, assim como Visconde do Rio Branco e 99% dos brasileiros naquela época, incluindo os maçons!

E quem mudou esse cenário de hegemonia católica no Brasil foi a Maçonaria. Mas isso, Danuzio Neto também não menciona. Ele não fala que, devido à Questão Religiosa, a Maçonaria abraçou mais fortemente bandeiras como da liberdade religiosa e do Estado Laico, inexistentes no Brasil, colaborando e apoiando a vinda de missionários de diferentes igrejas para o país. Se hoje há forte presença de igrejas protestantes no Brasil, além de igrejas evangélicas descendentes do movimento protestante, foi graças à Maçonaria. Isso é ser anticlerical? Somente se você acredita que o Estado deve ser religioso, tendo uma única religião oficial e que seja a sua.

E é nesse sentido que Danuzio Neto segue, ao afirmar que “cartunistas maçons empreenderam uma dura campanha anticlerical”. Em seguida, qualifica esses “cartunistas maçons” de “turbas de lunáticos”. Então, começa a dissertar sobre o fortalecimento das ideias republicanas, taxando seus defensores de “tecnocratas baratos”. Ato contínuo, chama Deodoro da Fonseca de “um dos maiores traidores da história brasileira” e chefe de um governo “pútrido” que acabava de nascer.

Então, ele continua seus ataques a importantes personalidades brasileiras que eram maçons, como Rui Barbosa e Lauro Sodré. E, sendo Washington Luís o último Mestre Maçom ativo a se eleger Presidente da República, tendo deixado o cargo em 1930, Danuzio Neto simplesmente não explica o que a Maçonaria supostamente teria feito para “destruir o Brasil” nos últimos quase 100 anos.

Um breve olhar ao referido vídeo antimaçônico e ao título de outros vídeos em seu canal comprova que a promessa de um conteúdo neutro, imparcial, livre de falsas narrativas, não corresponde com a verdade. Trata-se de pura doutrinação. No vídeo, Danuzio Neto apresentou tendências anti-abolição, anti-repúplica, anti-protestantismo, anti-laicismo e antimaçonaria. Se você se identifica com esses ideais radicais, junte-se a ele. Caso contrário, sugiro evitá-lo.

O que ele realmente oferece é o velho discurso de “uma vida melhor, com mais dinheiro, mais segurança e liberdade” e que “só 1% das pessoas vão conseguir tudo o que você pode conseguir”, como ele mesmo escreveu em seu próprio site (https://danuzioneto.com/aprofundar-oferta/).

Cai só quem quer.

Escrito por

Kennyo Ismail

 

 

É UMA HONRA PARA MIM SER MAÇOM


 

A frase: "É uma honra para mim ser maçom", é de autoria do 16º presidente norte americano, Abraham Lincoln, que governou de 04 de março de 1861, até seu assassinato em 15 de abril de 1865. Um dos muitos motivos foi a promoção do direito de voto aos negros.

A frase completa é:

"A mais sublime de todas as instituições é a Maçonaria, porque prega a luta pela fraternidade, que cultiva com devotamento; porque pratica a tolerância, porque deseja a humanidade integrada em uma só família, cujos seres estejam unidos pelo amor, dominados pelo desejo de contribuir para o bem do próximo. É uma honra para mim, ser maçom".

A segunda frase: "A Maçonaria é a entidade mais sublime que conheci", foi pronunciada pelo escritor e filósofo iluminista francês Voltaire, que viveu de 21 de novembro de 1694 a 30 de maio de 1778. Foi um defensor aberto da reforma social apesar das rígidas leis de censura e severas punições para quem as quebrasse. Polemista satírico, ele frequentemente usou suas obras para criticar a Igreja Católica e as instituições francesas do seu tempo.

O texto integral da frase é: "A Maçonaria é a entidade mais sublime que conheci. É uma instituição fraternal, na qual se ingressa para dar e que procura meios para fazer o bem, exercitar a beneficência como um dos processos para conseguir-se a perfectibilidade objetiva.

O maçom, professor, jurista e escritor Getúlio Targino Lima, presidente da Academia Goiana de Letras é autor do livro "A Excelência da União Fraterna", que deveria ser lido por aqueles que dão os primeiros passos e muito mais, por aqueles que já estão há longos anos na instituição e ainda não compreenderam de que a participatividade da maçonaria, começa no próprio maçom.

Muito atualizado perante as dificuldades que o país está passando, registra com sabedoria: "Não é preciso grande acuidade para vermos que, cada vez mais se afunda a nossa sociedade no mar de interesses, valendo qualquer preço o atingimento dos objetivos pessoais de cada um dos seus integrantes.

Nossos artigos publicados sempre aos sábados no Caderno Opinião Pública do Diário da Manhã, Goiás, espaço único na imprensa brasileira, disponível sem nenhuma censura, para a comunidade expressar seu posicionamento, seu pensamento e crítica, têm alcançado todas as unidades da Federação. Fiquei extremamente recompensado ao fazer a peregrinação entre os dias 19 e 22 de abril, quando vários maçons nos cumprimentaram pelos textos semanais.

Passamos por cerimônias maçônicas, na condição de Grão-Mestre Geral em exercício, que assumi pela 16ª vez, por viagem internacional do Grão-Mestre Geral Marcos José da Silva, pelas cidades de Belém, no Pará, São João del Rei e Tiradentes, em Minas Gerais.

Em Belém o ponto alto foi a sessão magna de proclamação, instalação e posse no cargo de Grande Patriarca Regente do Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita para o Brasil. 11 irmãos cruzaram o Atlântico, liderados pelo Grande Patriarca Português Luis Manuel Honrado Ramos e no templo da Loja "Lauro Sodré", proporcionou aos 150 presentes, uma cerimônia extraordinariamente emocionante e perfeita na ritualística, quando assumiu o mais alto cargo no Brasil, da Maçonaria Filosófica Adonhiramita, o irmão Waldemar Coelho.

No mesmo dia o Tribunal Eleitoral do Grande Oriente do Brasil - Pará, presidido pelo juiz eleitoral Rivaldo Miranda, diplomou o novo Grão-Mestre Estadual, Moacir Terrin e o Grão-Mestre Estadual Adjunto José Tadeu Charone Bitar. Paralelamente foram assinados os Tratados de Aliança, Amizade e Reconhecimento, pelas Potências Filosóficas do Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita para Portugal e Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita para o Brasil e o Supremo Conselho Filosófico do Rito Moderno do Brasil, presidido interinamente pelo Patriarca Regente Sérgio Ruas. Solenidades de grande repercussão na Maçonaria Brasileira e Portuguesa, inclusive contando com as presenças dos Grão-Mestres Estaduais do Maranhão, Ceará, Piauí, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

Em deslocamento na noite de segunda para terça-feira, amanheci em Belo Horizonte e em companhia dos maçons, presidente da Assembleia Federal, Ademir Cândido (São Paulo), e deputados federais Múcio Bonifácio e Arquiariano Bites Leão (Goiás), Ricardo Carvalho e Adão Oliveira (Rio de Janeiro), e Roberto de Sousa (São Paulo), cumpri uma distância de 200 quilômetros chegando após, às cidades de São João del Rei e Tiradentes, onde conhecemos a Associação de Parentes e Amigos de Dependentes Químicos - APADEQ, um exemplo de trabalho realizado por maçons que tem a frente Tarcísio Nonato de Paula e Valmir Lombello. Conhecemos a construção já coberta da Loja "Umbral das Vertentes", de Tiradentes, que tem como Venerável Mestre Gelson Inácio da Silva.

Em todos os lugares fui distinguido por uma calorosa acolhida, recebendo também os títulos de Membro Honorário do Excelso Conselho da Maçonaria para o Brasil e Patriarca Inspetor Geral de Honra, homenagem especial da Loja "Umbral das Vertentes", da cidade Tiradentes, que completava 25 anos de fundação. No Centro Cultural Yris Alves, recebi o "Colar do Mérito Cívico Joaquim José da Silva Xavier, Alferes Tiradentes", expedido pela Ordem dos Cavaleiros da Inconfidência Mineira, seguidora dos princípios tradicionais da Ordem dos Cavaleiros Hospitalares da Vila Rica, criada na antiga capital de Minas Gerais, pelo inconfidente Tomaz Antônio Gonzaga. Esta entidade é presidida pelo maçom Comendador Grão-Colar Celso Rafael de Oliveira.

Marcou-me profundamente, em especial, a homenagem com Laelso Rodrigues (Grão-Mestre Honorário do GOB), Ademir Cândido (Presidente da Assembleia Federal), Arnaldo Soter e Carlos Azevedo Marcassa (ex-Presidentes da Assembleia Federal), Deputado Federal Múcio Bonifácio, representando Fernando Tullio Colacioppo Sobrinho e os Coronéis Georges Feres Canaã (Exército), Carlos José Bratiliere (PM) e Jesus Milagres (PM).

Conclui a caminhada maçônica fazendo uma reflexão no túmulo de Tancredo Neves, no Cemitério da Venerável Ordem Terceira de São Francisco de São João del Rei, quando senti, irmãos, cunhadas, sobrinhos e amigos de todos os sábados, que a mesma "derrama" pela qual Tiradentes foi enforcado está novamente acontecendo, e se Tancredo Neves tivesse assumido o seu mandato, que a história está revelando a pressão dos médicos de Brasília, não permitindo no momento correto a sua transferência para São Paulo, o nosso país certamente estaria em melhores condições.

Esta é a maçonaria que prego e pratico, é maçonaria participativa. É uma honra para mim ser maçom.

Autor: Ir. Barbosa Nunes

Fonte:
GOB.org.br

 

PROFANAR


 

Do latim pro, frente, e fanum, templo, significando o que está fora do templo; é a agressão às coisas que consideramos sagradas.

Um templo, antes de nele processarem-se os atos litúrgicos, é consagrado por meio de cerimônia específica pela autoridade maior maçônica.

O recinto, mesmo desocupado, mantém os símbolos e as vibrações.

Dentro do templo, encerrados os trabalhos, os maçons devem continuar em silêncio e respeito, até saírem pela ordem estabelecida, retirando-se em primeiro lugar o Venerável Mestre e depois, obedecida a ordem hierárquica, as demais luzes e oficiais, seguidos pelos mestres, companheiros e aprendizes.

O templo poderá ser usado para assuntos “paramaçônicos” ou profanos, porém mantido o respeito.

Nenhuma reunião poderá prescindir da presença do representante da Loja, que será o guardião da veneração.

O maçom possui seu templo interior, obviamente consagrado, onde os atos litúrgicos repetem-se com mais amplitude e energia.

Consciente disso, o corpo humano passa a ser sagrado, merecendo todo o respeito; a mente do maçom, consagrado ao Grande Arquiteto do Universo, estará dominado todo momento e assim, o comportamento social, familiar e místico terá a sublimidade inata à condição espiritual maçônica.

Em todas as religiões, o corpo do homem é templo de Deus.

 

Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 306.

POR QUÊ “ARTE REAL”?


 

O que é “Arte Real”? Coloquialmente, “Arte Real” significa a Ordem Maçônica. Mas por quê? Qual é o significado e qual a origem da expressão “Arte Real”? Por que Arte Real, informalmente, significa a Maçonaria? Há muitas variantes para esta resposta. Inicia-se pela que, creio, ser a mais apropriada, racional, erudita e perspicaz.

A Maçónica é uma arte e não envolve uma doutrina, religião ou conjunto de dogmas. A Maçonaria não ensina nenhuma doutrina ou dogma e nem deve ensiná-la e isso é um dos seus grandes méritos. É, na verdade, a arte da edificação espiritual, do aprimoramento do ser interior, à qual corresponde, simbolicamente, à arquitetura espiritual e mental. E esta edificação espiritual é feita pelo próprio Maçom, isto é, independe de dogmas ou conceitos impostos por alguém e que deve ser deglutido por imposição.

Os instrumentos maçônicos têm, pois, um sentido figurado e simbólico na obra da transmutação, isto é, na arte da formação de um novo homem.

O segredo da Arte Real corresponde, de forma simbólica, ao segredo arquitetônico dos construtores das grandes catedrais medievais. É natural, pois, que os maçons venerem o Grande Arquiteto do Universo, cuja definição é um problema de foro íntimo, mesmo que não se delimite, explicitamente, o que se deve entender por esta fórmula.

Para alguns o G A D U é Deus, para outros um Ser Superior, para outros ainda uma Energia Criadora. Pode-se dizer, genericamente, que o G A D U é O Criador. Se somos criaturas, deve existir um Criador. Esta indefinição do G A D U e o facto de que a Maçonaria não é e não adota nenhuma religião, é o que permite dizer que a Maçonaria e Universal.

Uma vez que a Maçonaria é uma arte destinada à construção do ser interior, adoptou como base da sua filosofia os simbolismos e as ferramentas da arte de construir, vale dizer, da arquitetura. Este é o motivo pelo qual os símbolos, alegorias, lendas, arquétipos, modelos e paradigmas estarem ligados à ideia de construção ou reconstrução espiritual e mental, do edifício moral da Humanidade, iniciando pela reconstrução do próprio ser interior.

Trata-se da construção de um edifício na forma de um mundo ideal. Por isso o Maçom é um construtor social. Nos templos maçônicos não se pratica uma liturgia religiosa. Pratica-se uma arte, cujo propósito é o aperfeiçoamento do ser humano, o aprimoramento moral da sua conduta, o respeito pela Humanidade e o bem-estar da comunidade.

Os dicionários definem “arte como a habilidade ou disposição dirigida para a execução de uma finalidade prática ou teórica, realizada de forma consciente, controlada e racional” (Houais, 2009). Adaptando à Maçonaria outra definição sobre arte encontrada em Houais: (conjunto de meios e procedimentos através dos quais é possível a obtenção de finalidades práticas ou a produção de abjectos): a Arte Maçônica é o conjunto de meios e procedimentos através dos quais é possível o aprimoramento do ser humano, o aperfeiçoamento do ser interior e através disso, o aperfeiçoamento da comunidade, da sociedade e, por extensão, da Humanidade.

E por que esta Arte é Real? Há, também, várias respostas possíveis. A mais paradigmática: a “grande obra” do aperfeiçoamento humano é realizada trabalhando a “pedra bruta”, vale dizer, o ser humano inalterado, grosseiro, espiritual e mentalmente intocado.

Trabalhar a “pedra bruta”, simbolicamente, significa desbastar, polir e esquadrinhar o ser humano grosseiro até transformá-la em “pedra cúbica da Maestria”, vale dizer real, ou realisticamente verdadeiro, que não é ilusório, em conformidade com os fatos e com a realidade, autêntico, genuíno. Arte Real é, pois, sinônimo de arte genuína, autêntica, verdadeira. É a arte superior de se conhecer a si próprio e de realizar o Eu.

Antes que exponha sobre a origem do termo “Arte Real”, interrogo: quem primeiro usou esta expressão? Quem primeiro utilizou o termo Arte Real foi Máximo de Tiro (Μάξιμος Τύριος), também conhecido como Cassius Maximus Tyrius, um filósofo grego eclético, um dos precursores do neoplatonismo. Nasceu em Tiro, Fenícia, Circa 125 da E.V. e faleceu em 185, em Roma. Escreveu sobre a História da Grécia. Usou o termo Arte Real como sinónimo de Filosofia.

Há várias versões sobre as origens do termo “Arte Real” na Maçonaria. Uma dessas versões aponta a história do Rei Carlos II de Inglaterra. Carlos II nasceu em Londres, em 1630 e faleceu em Londres, em 1685. Foi Rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda de 1649 até à sua morte. O seu pai Rei Carlos I foi executado (decapitado) em 1649 durante a Guerra Civil Inglesa.

Carlos II foi proclamado rei na Escócia, mas Oliver Cromwell destituiu-o e Carlos II fugiu para Europa continental. Cromwell transformou-se em governante (“Lorde Protetor”), instituindo uma república parlamentarista e, segundo os ingleses, uma ditadura que britânicos a chamam de “interregno”, isto é, entre reinos. Os ingleses nunca aceitaram a existência de uma república no Reino Unido (Churchill, 2009) por isso chamam este período de interregno. Carlos II, em França (ou na Escócia), tornou-se Maçom. Não se sabe onde nem como. Após a morte de Cromwell em 1658, o Rei Carlos II foi recebido em Londres em 1660 no dia do seu aniversário (29 de maio) – a Restauração – e todos os documentos legais foram datados como se ele tivesse sucedido a seu pai em 1649.

O período de exílio chamou-se “interregno” (interregnum). Carlos II era da casa de Stuart e casado com Catarina de Bragança, portuguesa e católica. Carlos II assinalou o seu reconhecimento para com a Maçonaria, conferindo, formalmente, à Sublime Ordem o título de Arte Real (documento que se encontra no Museu Britânico).

James Anderson aplicou a expressão “Arte Real” nas suas “Constituições” de 1723, com o sentido de Geometria, Arquitetura e Arte de edificar.

Em 1774, em França, o Grande Oriente de França substituiu, por um ato, o termo “Arte Real” por “Ordem Maçônica”, por considerar o termo “Real” muito pouco democrático. Observa-se que se vivia, então, num período pré-revolucionário com muitas críticas contra a realeza autocrática francesa.

Há ainda uma outra versão da origem do termo Arte Real, que tem origem na alquimia. Chama-se arte real a operação alquímica realizada em balões de vidro, a “via real”, consequentemente, chamavam a “arte” quando realizada em balões, de arte real. Entretanto, esta versão nada tem a ver com a Maçonaria.

Assim, terminando a justificativa do título deste ensaio, “Por quê Arte Real?”: trata-se, pois, de uma arte maçônica destinada ao aprimoramento do ser humano e ao aperfeiçoamento do seu ser interior, aprimoramento da comunidade e por extensão do aprimoramento da Humanidade. É uma Arte Real, por ser realístico, verdadeiro e genuíno.

Walter Celso de Lima – Loja Alvorada da Sabedoria n° 4285 – Rito Emulação

Bibliografia

  • Anatalino, J. “Maçonaria, a Arte Real”. Recanto das Letras, 2012. http://www.recantodasletras.com.br/ensaios/3535227 Acesso em 07.set.2017.
  • Aslan, N. “Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia”. Vol. 1. 3a Londrina: A Trolha, 2012.
  • Boucher, J. “A Simbólica Maçônica”. 2a ed. São Paulo: Pensamento, 2015.
  • Churchill, W. S. “Uma História dos Povos de Língua Inglesa”. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira – Universidade, 2009.
  • Figueiredo, J. G. “Dicionário de Maçonaria”. 2a ed. São Paulo: Pensamento, 2016.
  • Girardi, J. I. “Do Meio-Dia À Meia-Noite”. Vade-Mécum Maçônico. 2a ed. Blumenau: João Ivo Girardi, 2008.
  • Houais, A. “Dicionário Eletrônico Houais”. E-book. Versão 3.0. Instituto Antonio Houais. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2009.
  • Reghini, A. “Qual é a arte da Arte Real?”. O Ponto Dentro do Círculo, 2015. https://opontodentrodocirculo.wordpress.com/2015/08/27/qual-e-a-arte-da-arte-real/ Acessado em 07.set.2017
  • Rodrigues, R. “Arte Real”. In: O Prumo, 1970-2010. Vol. II, pp: 91-96. Florianópolis: O Prumo, 2010.

 

 

JURAMENTO OU COMPROMISSO?


 

Nos chamados ritos teístas, o juramento substitui o compromisso adotado pela Maçonaria Moderna.

Esta prática de “jurar” vem dos antigos maçons medievais e o juramento, conservado na maioria dos Ritos Contemporâneos, tem permitido um constante ataque à Instituição. Apesar das variantes, permanecem as ameaças e críticas a este sistema teológico.

Na segunda edição de 1730 da Masonry Dissected, de Samuel Pichard, temos:

“Prometo e juro solenemente aqui e na presença de Deus Todo Poderoso e diante desta respeitável Assembleia a qual reverencio, que manterei oculto e não revelarei nunca os segredos dos maçons nem da Maçonaria que me serão revelados, a não ser que seja para um verdadeiro e leal Irmão, depois da devida comprovação ou em Loja Justa e Perfeita, na qual se reúnam os Irmãos e Companheiros.
.
Ademais, prometo não escrever, imprimir, gravar, etc. sobre madeira ou pedra, de tal maneira que qualquer vestígio de uma letra possa aparecer, permitindo que o segredo seja revelado de forma ilícita.
.
Tudo isto sob pena de ser degolado, a minha língua arrancada, meu coração extirpado pelo lado esquerdo para depois ser enterrado nas areias do mar, a determinada distância da praia, quando a maré efetue o seu fluxo e refluxo duas vezes em 24 horas; que meu corpo seja reduzido a cinzas e espalhadas sobre a face da terra, de tal modo que não reste a menor lembrança minha entre os maçons. Que Deus me ajude.” [1]

Esta forma teatral tinha por finalidade gravar no inconsciente do candidato as suas responsabilidades e deveres, numa época em que a prática civil e criminal assim o estabelecia.

Na introdução ao nosso trabalho Maçonaria – Um Estudo da sua História, afirmamos:

“Na realidade, esta fórmula de juramento era exigida pelo Direito Inglês pelos idos dos séculos XVII e XVIII. O perjúrio deveria ter queimadas as entranhas, atiradas ao mar, .etc.. [2]

O próprio Anderson, na segunda edição das Constituições – 1738 – esclareceu o propósito das ameaças, deixando claro que a solenidade do juramento nada acrescentava à obrigação, ou seja, o juramento obrigava por si só, existisse ou não a penalidade. [3]

Fica claro que o segredo e o juramento remontam à Maçonaria Operativa, acorde com os costumes profanos da época, atitude esta continuada em 1717.

Quando juramos, estamos invocando a divindade como testemunha. Este juramento pode ser assertivo quando procura atestar a veracidade de uma declaração, ou promissório, quando atesta que alguém cumprirá uma promessa.

Parece ser um antigo costume adotado pela Maçonaria teísta jurar com a mão levantada:

“Levanto a minha mão ao Senhor, Deus Altíssimo, senhor do céu e da terra. “ [4]

“Introduzir-vos-ei na terra que, com a mão levantada jurei dar a Abraão, a Isaac e a Jacó, e lhe darei em possessão hereditária. Eu, o Senhor. “ [5]

“Na verdade, ao céu levanto a minha mão e digo: “Eu vivo eternamente!” [6]

Felizmente não adoptamos o juramento solene prestado com a mão do promitente sobre os órgãos genitais do outro, considerando a fonte da vida, um objeto sagrado:

“Disse Abraão ao servo mais antigo da sua casa, o administrador de todos os seus bens: Põe, te rogo, a tua mão debaixo da minha coxa, e jura-me pelo senhor, Deus do céu e da terra…“ [7]

“Sentindo Israel avizinhares-lhe o tempo de morrer, chamou a si o seu filho José e disse-lhe: Se encontrei favor aos teus olhos, põe a tua mão debaixo da minha coxa, e promete usar comigo de benevolência e fidelidade; por favor, não me sepultes no Egito”. [8]

Em Mateus, finalmente, é possível encontrar a ideia de que numa sociedade regenerada não há lugar para juramentos, pois a palavra de um homem é suficiente, e eu diria: principalmente a de um livre pensador moral ilibada e de bons costumes.

Atestando Mateus:

“Ouvistes mais que foi dito aos amigos: Não jures falso, mas cumpre os juramentos feitos ao Senhor. Eu, porém, digo-vos que não jureis de modo nenhum, nem pelo céu, que é o trono de Deus, nem pela Terra, que é o escabelo dos seus pés, nem por Jerusalém, que é a cidade do Sumo Rei. Nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar branco ou preto um só cabelo. Seja, pois, o vosso falar: Sim, sim, não, não, porque tudo o que passa disto procede do maligno. [9]

Portanto, se o próprio livro da Lei Maçônica nos apresenta uma interpretação clara sobre a impropriedade do juramento, por que não adotar, plenamente, o compromisso como recomenda a Maçonaria Moderna?

Parece-nos, infelizmente, que a opinião dominante se situa na direção oposta a esta recomendação. Vejamos um exemplo:

“Compromisso é a promessa recíproca, o ajuste, o acordo, o contrato, o regulamento de uma confraria. Algumas obediências e Ritos Maçônicos costumam substituir a palavra juramento por compromisso, nos trabalhos de Loja ou da Obediência. Não procede, todavia, tal alteração, pois juramento é unilateral, enquanto compromisso envolve reciprocidade; quando um candidato faz o seu juramento, está aceitando deveres para com a Ordem, não existindo a recíproca. [10]

Justamente por entender que a promessa recíproca existe entre o recipiendário e a Ordem – a Luz em troca do serviço desinteressado – é que a Maçonaria Moderna concorda com o pressuposto evangélico de que a palavra de um homem é suficiente.

Mas contundente ainda são os argumentos éticos a favor do compromisso no lugar do juramento, pois a ideia de comprometer se liga ao conceito existencialista de filosofia. Pode ser aplicado num sentido amplo, como fundamento de toda existência humana e, igualmente, num sentido mais estrito, como elemento fundamental do filósofo.

Estes dois conceitos estão interligados, pois não podemos dissociar o interesse do filósofo da existência humana.

Comprometer-se filosoficamente ou maçônicamente, pois somos filósofos na medida em que amamos a sabedoria, significa vincular intimamente a teoria com a prática: glorificando o trabalho com o desbaste da pedra bruta.

Recusar assumir o compromisso significa opor-se ao solicitado, recusando-se, portanto, a aceitar o ajuste, o polimento da mesma pedra.

Nenhum Maçom deve, enquanto, se comprometer, a menos que tenha compreendido a totalidade das proposições.

Apenas a título de exemplo histórico, devemos lembrar-nos de que a Constituição dos Estados Unidos nasceu do Grande Compromisso da Convenção de Filadélfia, e não de um juramento prestado pelos seus notáveis ideólogos, e ninguém duvida de que a América era uma terra de virtuosos protestantes.

Fundamentalmente, o compromisso deve ser entendido, racionalmente, como um consentimento, uma troca de concessões entre as partes, ou seja, um acordo. Eu me comprometo a servir pela minha tenure [11] para com a Ordem em troca da Luz, da Iniciação Maçônica.

Está em questão, portanto, este controvertido aspecto da Arte Real. A palavra final é sua.

Frederico Guilherme Costa

Notas

[1] PRICHARD, S. Masonry Dissected, being an universal and genuine description of all its Branches, from the Original to the present time, as it delivered in the constituted regular Lodges, both in City and Country, London, Byfield and Haw Keswith, 1730, pág. 12. In: Benimelli, Masonería, Iglesia e Ilustración. Vol. I, págs. 63/64. Fundación Universitaria Española. Madrid, 1982.

[2] COSTA, Frederico Guilherme. Maçonaria – Um Estudo da sua História. Ed. Maçônica “A Trolha”. Londrina/PR, 1990.

[3] MELLOR, Alec. Citado por Benimelli, op. cit., pág. 67.

[4] Gênesis, XIV, 22.

[5] Êxodo, VI, 8.

[6] Deuteronômio, XXXII, 40.

[7] Génesis, XIV, 2, 3.

[8] Génesis, XLVII, 29.

[9] Mateus, V. 33, 34, 35, 36 c 37.

[10] CASTELLANI, J- Dicionário Etimológico Maçônico, pág. 125. Editora Maçônica “A Trolha”. Londrina/PR, 1990.

[11] Dependência. “Influência dos Antigos Símbolos na Maçonaria Atual”.

Bibliografia

  • BENIMELLI, J. A. Ferrer. Masonería, Iglesia e Ilustración. Fundación Universitaria Española, Madrid, 1982.
  • BÍBLIA SAGRADA – Edições Paulinas, SP, 1969.
  • CASTELLANI, Dicionário Etimológico Maçônico. Editora Maçônica “A Trolha”. Londrina, PR, 1990.
  • COSTA, Frederico Guilherme. Maçonaria – Um Estudo da sua Editora Maçônica “A Trolha”, Londrina, PR, 1990.
  • FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS – Dicionário de Ciências Sociais. Editora da Fundação Getúlio Vargas. Rio de Janeiro, 1986.
  • MORA, José Ferrater. Dicionário de Filosofia. Alianza Barcelona, 1984.

 

A DEFINIÇÃO DE MESTRE

Somos guiados passo a passo na nossa evolução, e os guias que nos são enviados pelo invisível vêm de diferentes planos; em linguagem mística “apartamentos”, segundo o gênero de faculdade que eles devem evoluir.

Trata-se de mestres, mas é necessário darmos a este termo, de imediato, o seu significado verdadeiro e geral, porque na nossa época de mediocracia universal, termos tão elevados como “mestre” são atribuídos, pela cortesanice dos arrivistas, a qualquer indivíduo que lhes possa ser de alguma utilidade na sua ascensão às alegrias e aos horrores materiais.

O Mestre é um guia, e ele pode devotar-se à evolução de três tipos de faculdades humanas: pode dirigir a evolução da coragem, do trabalho manual ou das forças físicas como o oficial, o mestre construtor ou o professor de boxe. É realmente um Mestre, mas este é o produto da sociedade e age sobre a porção física das faculdades humanas.

Este tipo de maestria é coroado por um enviado do plano invisível que se chama “o Conquistador” e que faz evoluir a humanidade como a febre faz evoluir as células humanas na batalha, no terror, no sacrifício e na matança em todos os planos.

O segundo tipo de maestria visa à evolução do mental humano. Ele começa pelo Mestre de escola, a quem Grosjean quer sempre retornar para chegar ao professor universitário, com todos os intermediários possíveis.

Tudo isto constitui a banda dos queridos Mestres, horda sagrada que defende justamente as suas prerrogativas e eleva diante do profano a barreira das ciências técnicas e dos exames.

Este tipo de maestria é dominado por um enviado do mundo invisível vindo do apartamento que os antigos chamavam Hermes, Trismegisto, e que chamamos pessoalmente o Mestre intelectual, caracterizado pelas luzes que projeta em todos os planos de instrução.

Acima, enfim, encontramos aquele que é o único a ter verdadeiramente direito a esse título de Mestre. É o enviado real, encarregado de evoluir as faculdades espirituais da humanidade, e ele apela a forças que bem poucos compreendem e de quem poucos ainda podem seguir as incitações. Este é aquele a quem chamamos um Mestre espiritual, que foi assim chamado por Marc Haven, no seu maravilhoso estudo sobre Cagliostro, o Mestre Desconhecido, e por Sédir, nos seus comentários sobre o Evangelho, o homem livre.

Seja qual for o nome que lhe dermos, ele chega a certo período manifestando-se abertamente, a outros períodos ocultando-se no meio dos humanos e agindo desconhecido para o bem coletivo e todos os que podem entrar em contato com ele guardam uma tal lembrança que o seu coração permanece comovido por várias encarnações.

É dele que Sédir diz, em uma das suas conferências:

“Mas quando o Mestre aparece, é como um sol que se ergue no coração do discípulo; todas as nuvens se desfazem; todas as gangues se desagregam; uma nova claridade, ao que parece, se expande no mundo; esquecem-se dissabores, desesperos e ansiedades; o pobre coração tão infeliz se lança rumo às radiosas paisagens entrevistas, sobre as quais o tranquilo esplendor da Eternidade estende as suas glórias; nada mais terno lança sombras na Natureza; tudo, enfim, se concilia na admiração, na adoração e no amor”.

É aquele que provoca discípulos ardorosos ou adversários impiedosos e que recebe, como Cagliostro, cartas deste tipo:

“Eu ficaria feliz, então, se pudesse dar-lhe provas dessa afeição terna e respeitosa da qual foi penetrado, dessa afeição da alma que não sei dar e que sinto tão vivamente. A minha existência física e moral pertence a ele; que ele disponha dela como do mais legítimo apanágio… A minha mulher, os meus irmãos, os meus pais, Me du Piqueet e a sua família, que também lhe devem grandes obrigações, querem… Que o Senhor Conde de Cagliostro esteja persuadido de que fomos afetados além da expressão de tudo o que os acontecimentos imprevistos lhe fazem sofrer, e que a nossa ambição e a nossa glória estariam satisfeitas se pudéssemos encontrar ocasiões de servir-lhe de maneira útil, é a homenagem simples e espontânea dos nossos corações”.

Estas classificações, como todas as classificações humanas, são forçosamente um pouco artificiais; em geral um Mestre aborda, mais ou menos, as três categorias a que nos referimos, e como tudo no invisível é coletivo, esses enviados se prendem não a personalidades, mas a “apartamentos”. Assim, um enviado do apartamento do Cristo está sempre ligado à lei Cristal solar, o que fecha a porta invisível a todos os impostores.

É perigoso deixar-se chamar “Mestre”, porque, além da evocação dos seres de orgulho que velam ao nosso redor, isto dá àquele que aceita esse título, a responsabilidade de todos as faltas cometidas por seus autointitulados discípulos.

Assim vosso servidor, que não passa na realidade de um pobre soldado desse exército, não tendo sequer podido nele obter os galões de cabo, fica desagradavelmente impressionado cada vez que lhe enfiam goela abaixo o título de “Mestre”.

Consolo-me imaginando que estou fazendo uma viagem à Itália. Nesse país encantador, recebe-se um título nobiliário segundo o valor da gorjeta que se distribui aos empregados dos trens; por cinquenta centavos é-se cavalheiro; por um franco, duque ou excelência; e por cinco francos, é-se pelo menos príncipe. O número de Mestres que são mestres como o viajante à Itália é príncipe, é de tal forma grande na terra, principalmente nos centros intelectuais, que o verdadeiro Mestre tem razão de permanecer desconhecido.

Permitam-me abrir um parêntesis aqui. É a propósito de uma associação misteriosa de homens evoluídos, conhecidos sob o título de “Rosa-Cruz”. Este título é um nome exotérico, cuja finalidade é ocultar o nome secreto e verdadeiro da sociedade em questão. Ora, uma multidão de ambiciosos, que nada sabem de real sobre esta sociedade, ornam-se a torto e a direito com esse nome e dizem, misteriosamente aos seus amigos e conhecidos: “Admirem-me, vejam as minhas belas plumas de pavão; não digam a ninguém: Eu sou Rosa-Cruz”.

Não falamos, bem entendido, do 18° grau do escocismo. Ora, os verdadeiros Rosas-cruzes (eles são dez, ao todo) não se dizem tal. Apresso-me a dizer que não sou um deles, mas os conheço. Eles se divertem muito em ver que o nome profano da sua sociedade ser desavergonhadamente empregado de todas as maneiras; é um pouco como um societário da Comédie-Française que vê na província um figurante se esforçando para desempenhar o seu papel e copiar o seu nome. Ele sorri, mas não se aborrece.

De onde vem este nome de “Mestre”? Na França, do latim magister que, decomposto nas suas raízes dá-nos:

  • MaG, fixação numa matriz (intelectual ou espiritual) do princípio A pela ciência G;
  • IS, dominação da serpente (S) pela ciência divina (I), característica do nome de “ÍSIS”;
  • TR, proteção pelo sacrifício de qualquer expansão (R).

Se, deixando de lado as chaves hebraicas e o tarot, dos quais acabamos de nos servir, e nos voltarmos para o sânscrito, obteremos duas palavras:

  • MaGa, que quer dizer “felicidade e sacrifício” com o seu derivado “Magoni“, a aurora, e
  • IsTa, que quer dizer “o corpo do sacrifício”, a oferenda.

O Mestre, o Maga Ista, ou o Magisto, o Mago, é, pois, aquele que vem sacrificar-se, que dá o seu ser em oferenda para a felicidade dos seus discípulos. Compreender-se-á agora o símbolo maçônico do Pelicano e a lei misteriosa “O iniciado matará o Iniciador”.

Antes de deixar o sânscrito, digamos que a palavra “Guru” originou a palavra francesa “Grave”; é o instrutor, aquele a quem chamamos “o Mestre intelectual”, o Grave professor, e isto não tem qualquer ligação, em geral, com o plano das forças divinas.

Papus

Fonte

  • (Esta matéria foi republicada no nº 2, de 2001, da edição francesa de L’Initiation)

 

 

SABEDORIA, FORÇA E BELEZA

A Maçonaria apoia-se, simbolicamente, sobre três grandes colunas, as quais simbolizam a Sabedoria, a Força e a Beleza.

A SABEDORIA é representada na Loja pelo Venerável Mestre, o qual é o sol que ilumina nossa loja e que tem seu simbolismo máximo quando a luz parte do Oriente, do altar do Venerável Mestre, para iluminar a loja, com o acendimento das velas nas mesas do 2º e 1º Vigilantes, no trabalho do Irmão 1º Diácono, pelo que devemos ter muito respeito àquele momento de abertura dos trabalhos da Loja.

No entanto, isto não é tudo, pois do Venerável Mestre é exigido que tenha sabedoria, o que é mais do que saber, é ter sensibilidade para ouvir, para tolerar, ter senso de Justiça, ter responsabilidade com todos os Irmãos da Loja, para que estabeleça projetos em busca de nossa obra de lapidarmos nossa Pedra Bruta.

Ouvir é uma arte, a qual deve ser bastante exercitada pelo Venerável Mestre, ouvindo a todos os Irmãos, desde as mais ínfimas questões até as mais importantes, desde o mais novo aprendiz até o mais antigo Mestre, porque todas as ideias são importantes; tolerar é a arte de assimilar certos equívocos cometidos em Loja, compreendendo-os, sem pensar logo que aquela manifestação equivocada tem a intenção de criticar a administração da Loja ou está ferindo algum sagrado ponto da ritualística, é saber que toda manifestação de intolerância é apenas uma exteriorização de sentimentos internos de seu emissor, pelo que sempre quando alguém é intolerante, estamos diante de alguém que necessita se despir de seus medos e frustrações, para ser mais feliz e melhor servir a humanidade.

Necessita ter o Venerável Mestre também, certa dose de humildade, para entender que nem sempre está certo, que nem sempre sabe tudo, que pode errar pelo simples fato de ser humano e que ser humilde não lhe retira o comando da Loja.

Meus Irmão, em nosso cotidiano, devemos ter sabedoria para decidirmos as mais diversas questões que surgem todos os dias em nossa vida, temos que ter as mesmas qualidades acima enumeradas, porque só exercitando tais qualidade poderemos ser felizes e não ter sobre nós a sombra do arrependimento, tendo em vista que tudo o que fizemos e decidimos sempre será em um momento único, será uma decisão única, ainda que possa ser modificada mais adiante, ela já terá lançado seus reflexos para o futuro.

A FORÇA, em Loja representada pelo 1º Vigilante, tem seu objetivo na execução dos projetos do Venerável Mestre, mas a força aí mencionada é aquela que tem origem na vontade, na garra, na certeza do dia seguintes, na certeza de que o homem existe para ser feliz, dependendo apenas dele alcançar este objetivo, devendo concentrar suas energias na busca deste mundo melhor, a partir de sua própria melhora como Ser Humano limitado que é.

Antes de reformar o mundo, o homem deve reformar a si mesmo, através da reforma íntima e isto demanda muita força de vontade, muita perseverança, porque nada existe de mais difícil, do que mudar a si mesmo. Antes de apontar os erros na casa do vizinho, deve corrigir os erros de sua própria casa, se queremos um mundo melhor, devemos começar por nós.

A BELEZA, que na Loja é representada pelo 2º Vigilante, tem seu objetivo no embelezar as ações dos Irmãos na busca dos objetivos traçados e projetados pelo Venerável Mestre e executados pelo 1º Vigilante, porque estarmos sempre fechados para a beleza da vida, significa sermos escravizados por nossos objetivos, significa que nossos objetivos que têm sua razão de existirem para que embelezem e facilitem nossa missão de sermos felizes, passaram a ser nossos senhores, a ditarem nossa vida, significa que os meios passaram a ser mais importantes do que os fins, invertendo a ordem natural das coisas e tornando-nos vítimas de nós mesmos.

O homem tem em sua missão o objetivo de melhorar o mundo, o dever de ser feliz, porque se todos formos felizes, o mundo será um paraíso e alcançar este objetivo só depende de nós.

Devemos ter dedicação ao trabalho, mas trabalharmos sempre dentro de um certo limite de tempo, temos que ter um horário para tal mister; devemos ter tempo para vivermos a nossa família, porque ela é a base de tudo e é por ela que vivemos e trabalhamos, acompanharmos nossos filhos na escola seja ela de ensino fundamental, médio ou superior, porque nossos filhos sempre necessitarão de nós, são eles nossos reflexos na sociedade, temos que ensiná-los, educá-los, prepará-los para a vida, ensina-los a respeitar a vida, o meio ambiente, o direito de todos, devemos ensinar a honestidade, a noção do certo e errado, não apenas com palavras, mas com atos e exemplos.

Devemos estar presente na vida dos filhos e de nossa família, tendo tempo para brincar, educar, conversar, discutir os mais diversos temas com nossos familiares, fazermos planos conjuntos, pois nosso próprio casamento teve como origem estes objetivos e sem eles nossa vida estaria à deriva em um mar revolto. A verdadeira beleza está nas coisas que alcançamos, nos dias venturosos em que estamos felizes junto aos nossos, na família que temos, no bem que fizermos. Todos os nossos atos devem ter uma boa dose desta beleza, porque só assim cumpriremos nossa missão existencial.

Na vida, a beleza está em conjugarmos todos os verbos na primeira pessoal do plural, nós, porque a primeira pessoa do singular apenas divide o grupo, a loja, a família.

Todo este simbolismo nos indica que, na obra de nossa construção Moral, devemos trazer para a Luz, todas as possibilidades das potências individuais, despojando-nos das ilusões da personalidade. E nesse trabalho, só poderemos ser sábios se possuirmos Força, porque a Sabedoria exige sacrifícios que só podem ser realizados pela força, mas ser Sábio com Força, sem ter Beleza, é triste, porque é a Beleza que abre o mundo inteiro à nossa Sensibilidade.

Era o que constava.

Romarino Junqueira dos Reis, M.I.
Loja Concórdia et Humanitas nº 56, Oriente de Porto Alegre, RS – Brasil

 

 

CADEIA DE UNIÃO: FONTE DE BONDADE


 

CONCEITO DE CADEIA DE UNIÃO
A Cadeia de União é o mais perfeito símbolo da unidade maçônica e torna os obreiros em elos fortíssimos e quando é formada representa a Verdadeira Fraternidade. É uma “corrente” que une e é formada por múltiplos anéis interligados entre si, sem princípio e nem fim, evidencia a união perfeita, igual e imutável daqueles que aceitaram unirem-se por Laços Fraternos.

A Cadeia de União é a mais bela e preciosa joia da Loja, ora móvel, ora fixa e quando formada representa a Luz dos Astros em torno do Sol, simboliza o Universo e é eterna, como eternos e universais são o Amor, a Bondade, o Progresso e a Justiça. Os homens unidos se abraçam constituindo uma só Cadeia de União, uma só Família, orientada pela grandeza absoluta do Pai Celestial, que é o nosso G.: A.: D.: U.:

A Cadeia de União é mais um motivo para o Maçom praticar a verdadeira Caridade, ou seja, a que os “Olhos não veem”, mas o coração sente.

CONSIDERAÇÕES SOBRE A UNIÃO
Os elos nunca são os mesmos, porém por terem os maçons Amor Fraterno e Universal, estão acorrentados aos seus Irr.: de Loja, na solidariedade do bem comum e do crescimento espiritual, podendo ser descrita como uma “prisão mística” e sendo o mais belo símbolo dentro de uma Loja, isto é a “cadeia” em direção a “União”, por isso o Salmo 133, “Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em União!”, nos revela que a União entre os Irr.: os faz uma só pessoa, não podendo ser mais bem demonstrada pelo símbolo da “Cadeia de União”.
A Cadeia de União é formada por anéis de Boa Vontade, motivados pela sede de Verdade e Luz. Esta corrente aparece essencialmente como um símbolo de Solidariedade Humana, ou mais precisamente a Reconciliação Universal.

OBJETIVOS DA CADEIA DE UNIÃO
Transmissão da “P.: Sem.:” que é um sinal de regularidade maç.: e foi introduzida pelo Grande Oriente de França em 1777;
Demonstrar a igualdade entre os irmãos;
Canalização das energias internas;
Captar a benção Superior do G.:A.:D.:U.;
Dirigir preces ao G.:A.:D.:U.: por intenção a algum Irmão enfermo;
Demonstrar a União e a Fraternidade entre os Irr.: e que fazemos parte do corpo místico da Maçonaria Mundial tanto no plano terrestre como no espiritual;
Objetivo essencial é comunicar-se com as energias celestes, ou seja, um canal de comunicação da terra com o céu.

PREPARAÇÃO
A reunião deve ter como “Ordem do Dia” A Cadeia de União, não é prudente a diversificação de objetivos, pois, embora possuamos uma força mental ao dividi-la em vários pedidos, estaremos enfraquecendo-a e possivelmente diminuindo a sua eficácia.

Os Irr.: devem ser avisados anteriormente de quando vai ocorrer, com o objetivo de se preparem espiritualmente; O ambiente deve estar propício, com música de fundo, iluminação fraca, incenso e principalmente a concentração de todos os presentes. Na Cadeia de União não são os olhos que veem, mas o coração que sente.

EFEITOS DA CADEIA DE UNIÃO
Quando conseguimos absolver a Energia Interior emanada pelos Irr.: “a egrégora” que nos foi presenteada pelo G.:A.:D.:U.: o mundo faz-se notar como “Ser” e nós passamos a “Amar o Mundo”, a respeitar a natureza, a admirar a obra da criação e desejamos um mundo melhor porque nós estamos melhores.

Se acreditarmos no seu efeito, se desejarmos o seu resultado e soubermos realizar uma Cadeia de União, esta funcionará perfeitamente, pois não deveremos nos esquecer que ao estarmos unidos em Loja representaremos o Cosmos, a Fraternidade Mundial e a emanação de Energias Positivas e Regeneradoras que só tenderá a melhorar o nosso ambiente e aumentará a nossa Vibração Pessoal.

Os indivíduos, ou melhor, a ideia de indivíduo e do particular de cada componente da Cadeia, desaparece como tal, para formar um único corpo vibrando e respiram na mesma cadência rítmica.

A Cadeia de União torna-se assim um Círculo Mágico e Sagrado onde uma Força Cósmica e Teúrgica concentra e flui através de cada “Homem Acorrentado”, constituindo assim o Verdadeiro Espírito Maç.: e é de fato o “quadro celestial” que limita, separa e protege o “O Mundo das Luzes” do “Mundo das Trevas”, o Sag.: do Prof.:.

Nossos símbolos e rituais constituem o núcleo da nossa identidade que a nossa instituição é em si e não pode deixar de ser, a menos que lhe permite tornar-se desvalorizada e vazia de todo o conteúdo essencial. É importante compreender e aceitar que, graças a esses símbolos e rituais é revelada a nós através dos séculos e a Ordem Maç.: adquire seu sentido mais puro.

Só através do esforço pessoal de meditação é possível penetrar no significado mais profundo que esconde o ritual. Porém, quando você não sabe ver nada mais do que a forma exterior do símbolo e é feita com pressa ou pelo simples fato de ignorá-la, conduz inevitavelmente ao empobrecimento do rito em si, deixando, portanto, reduzir a quase nada seus efeitos, assim o valor desse ato não ressoa dentro de nós.

A FORMAÇÃO DA CADEIA DE UNIÃO
Após a queima da Col.: Grav.: devemos observar a importância do elemento fogo. A matéria do papel é reduzida às cinzas. A fumaça produzida é levada em direção à Abóbada Celeste. Dentre inúmeros ensinamentos, há a representação da morte da matéria e imortalidade d’alma que retorna ao Oriente Eterno.

De modo geral, a Cadeia de União começa e termina no V.:M.:, e é ele, como a máxima autoridade da Loja, que dirige a invocação ao G.:A.:D.:U.: A Cadeia de União é formada por todos os maçons presentes na reunião, com exceção dos Irr.: visitantes de outras potências quando for passar a palavra.

A cadeia tem uma forma oval ou circular, obrigatoriamente fechada; Estende-se do Oriente para o Ocidente; É feita tendo ao centro o Altar dos Juramentos, com o Livro da Lei aberto; O V.:M.: fica de costas para o trono, a sua direita o Ir.: Or.: e a sua esquerda o Ir.:Sec.:, na outra extremidade em frente ao V.:M.: fica o Ir.:M.:C.:, tendo ao seu lado esquerdo o Ir.:1ºVig.: e a sua direita o Ir.:2ºVig.:, isso no Rito Escocês. Os demais Irr.: do quadro comporão a Cadeia de acordo com o seu lugar em Loja, permanecendo em Silêncio e Meditação.

A transmissão da Pal.:
O V.:M.: transmite a Pal.: (sussurrada ao ouvido) do Ir.:Or.: a sua direita e ao Ir.:Sec.: a sua esquerda, sendo assim transmitida aos Irr.:, que culminará aos ouvidos do M.:C.: e depois de receber a Pal.: em ambas as orelhas, (fora de lugar a cadeia é fechada novamente) e vai retransmiti-la ao V.:M.: em ambos ouvidos que dirá se está correta, se acaso não estiver, repete-se o processo. Se estiver correta o V.:M.: dirá simplesmente: “Meus Irmãos, a Pal.: está correta, guardemo-la no mais profundo silêncio, e só a divulgar em Loja Reg.: e da referida Pot.: Maç.:”

POSTURA DE CADA IRMÃO
Os pés em Esq.:, com os calc.: unidos e as pontas, tocando a dos que estão ao seu lado, os Br. Cruz.:, sendo o dir.: sobre o esq.: de modo que a m.: dir.: de um aperte a m.: esq.: do outro em forma de Gar.: Formando assim os Três toques da Cadeia de União: O toque dos Pés, das Mãos e o Mental, quando a pal.: é sus.: ao ouvido, e neste momento os Irr.: devem permanecer com os olhos fechados para absorver toda energia emanada pelos Irr.:

ENCERRAMENTO
Antes do término do ritual, os Irr.: cumprimentam-se apertando as mãos que ainda se encontram entrelaçadas e repetem por três vezes Saúde, Sabedoria e Segurança. A quebra da Cadeia deverá ser lenta e suave, para que a força de cada um se estabilize no seu circuito fechado.

Sérgio Crisóstomo dos Reis – M.’.M.’.
A.’.R.’.L.’.S.’. Joaquim Gonçalves Ledo 218, Oriente de Juiz de Fora – MG, Brasil

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