O MAÇOM, ESSE DESCONHECIDO.



O Homem é um ser complexo, estranho e imperfeito.

Às vezes se julga senhor do mundo e às vezes em depressão, ou quando algo em sua vida não está bem se sente muito pequeno inútil e destruído. Em seus momentos de fantasia, aspira ser Deus, sendo que jamais poderá vir a sê-lo.

Quer ser imortal, pois não admite a morte, mas nunca se lembra que se perpetua através de seus gens em seus descendentes.

É um ser gregário, aliás, condição vital para sobreviver.

Desde os tempos das cavernas ele aprendeu a viver em grupo.

É curioso. Pergunta muito, muito embora não tenha respostas para causas maiores de sua existência. Isto lhe traz um conflito existencial muito grande. Quer conhecer a todo custo o que se passou com as civilizações anteriores e quer entrar em contato com seres inteligentes do Universo.

Explora o Cosmo como um todo e em particularidades, explora a própria Terra, em busca de suas raízes, suas origens, sem tê-las conseguido até a presente data.

Desconhece a razão da vida e da morte, e temeroso diante das forças telúricas e universais passou a respeitar venerar e até idolatrar o criador invisível de tudo. Ai reside o princípio religioso da maioria dos Homens, mais pelo temor da grandiosidade que o cerca, que pela sua inteligência, a qual é limitada.

É um ser vicissitudinário. Em sua mente existem milhões de fantasmas de ideias, de sonhos, de tal forma que ele muda sempre, para uma evolução maior ou menor, mas amanhã nunca será o mesmo de hoje. Nunca será o mesmo em todas as épocas de sua vida, embora mantenha suas características de personalidade.

Nos últimos séculos e especialmente no último, sofreu todas as influências possíveis e imagináveis quer pela evolução do próprio pensamento humano quer pelos verdadeiros saltos científicos dados pelas invenções e pelas tecnologias modernas.

O meio intelectual e moral foi mergulhado e envolvido por estas descobertas. No último século o desenvolvimento científico da Humanidade foi maior que em toda a história da atual civilização e civilizações anteriores.

As descobertas científicas aconteceram e acontecem sem qualquer antevisão do futuro.

As suas consequências não previsíveis dão forma para a nossa atual civilização. Quer dizer, não há uma programação objetiva e direta direcionada a um ponto futuro para conduzir a Humanidade. A ciência empurra o homem. Às vezes ele não sabe aonde irá parar.

Os cientistas não sabem para onde estão indo e nem aonde querem chegar. São guiados por suas descobertas, às vezes imprevistas e, grande parte por acaso. Cada um destes cientistas representa o seu próprio pensamento estabelece suas próprias diretrizes para si e para a sociedade.

Por analogia, o mesmo caso acontece com a Internet.

Não sabemos o que irá acontecer. Teremos que “pagar” para ver.

O Homem estuda desesperadamente as leis da natureza, estas, deveriam só ter valor quando chegassem até ele diretamente, não filtradas pelo véu intelectual repleto de costumes incorretos e tendenciosos, chegando assim a sua mente sem preconceitos, consumismos, conformismos e distorções. Aí ocorrem os sofismas, especialmente dirigidos por interesses financeiros manipulados por grupos multinacionais.

O comportamento humano em função destes fatores muda verticalmente de tempos em tempos, ao sabor de uma mídia controlada por estes grupos, que explora as invenções da maneira que mais lucro lhes dá, dando uma direção equivocada à Humanidade em muitos setores. E esta praga ataca o Homem na política, na religião, no comércio e em todos os segmentos da vida, e ainda no que é mais complexo, no seu relacionamento.

O Homem é um ser emocional, agressivo, intuitivo e faz pouco uso da razão para resolver seus problemas. Age mais pela emoção.

Konrad Lorenz, prêmio Nobel de 1973, zoologista austríaco admite que a agressividade do Homem seja uma herança genética de seu passado animal e que o Homem não seria fruto do meio em que vive. As guerras para ele serão inevitáveis por maiores que sejam as conquistas sociais e científicas da Humanidade.

Apesar de ter sido combatido pela maioria dos psicólogos do mundo inteiro, ele parece ter razão. As guerras continuam existindo e a forma de destruição do próprio Homem cada vez mais sofisticada. A invenção mais moderna de autodestruição chama-se terrorismo.

Os Homens para se organizarem criaram regras disciplinares e entre elas a Ética e a Moral, que tanto se escreve a respeito e há autores que as consideram a mesma coisa.

Anatole France em seu livro “Os deuses têm sede”, cita que o que chamamos de Moral não passa “de um empreendimento desesperado de nossos semelhantes contra a ordem universal, que é a luta, a carnificina e jogo cego dos contrários”.

“A Moral varia na cronicidade das épocas, pois o que serviu para nossos pais, não serve para nossos filhos” (Mazie Ebner Eschenbach).

A Moral seria, pois, para entendermos melhor, o estudo dos costumes da época e a Ética, a ciência que regula as regras pertinentes.

Os Homens ditos civilizados costumam afirmar que a Ética é um princípio sem fim.

Mas o mesmo Homem que é um ser competitivo, agressivo, emocional e que seria capaz de destruir a si e ao mundo em determinadas situações, ele também é em outros momentos bom, caridoso, compreensivo, leal, capaz de gestos de desprendimento em favor de seus semelhantes.

Dentro desta dualidade se procura ainda que de forma muito superficial, traçar uma pálida silhueta do Homem, já que é impossível descrevê-lo profundamente como um todo.

Todo Maçom é um Homem, pelo menos no sentido genérico e, como tal não escapa as especificações boas ou más citadas na descrição deste perfil traçado.

A Maçonaria traz a esperança de mudar os Iniciados para melhor. Isto até chega acontecer verdadeiramente para poucos, e estes entenderão que a Ordem é antes de tudo uma tentativa de levar os adeptos ao seu autoconhecimento e ao estudo das causas maiores da vida e que também sua função no mundo atual será político-social.

Entenderão que a Maçonaria é para eles uma forma de evolução ética, moral e espiritual.

Outro grupo de Maçons vive nesta ilusão, mas não vai de encontro a ela. É medíocre e conformado, aceita tudo, mas sabe muito bem a diferença. Apenas por uma questão de não duvidar, aceitar as coisas erradas passivamente, e por preguiça mental letárgica não luta e espera que as coisas aconteçam. Porem, a maior parte dos Maçons jamais entenderá o desiderato verdadeiro da Ordem.

Jamais entenderá esta meta, mas acreditará equivocadamente de que a está conseguindo.

A maioria dos Maçons não lê, não estuda, critica os que querem produzir algo de bom, quer saber quem será o próximo venerável, e quer que a sessão termine logo, para “demolirem os materiais” e sorverem o precioso líquido que traz eflúvios etílicos, das “pólvoras amarela e vermelha”, nos “fundões” das lojas, onde excelentes Irmãos cozinheiros preparam iguarias divinas.

Até nem podemos condená-los, já que são Homens e como tal não são perfeitos.

Os Maçons de um modo geral trazem para dentro das Lojas, todas as transformações e influências que existem no mundo profano, e sem se aperceberem, tentam impor suas verdades como se fossem as verdades ditadas pela Ordem.

Está havendo um grande equívoco na Maçonaria atual, pois esta tem em seus princípios valores antigos tradicionais aparentemente conservados através dos rituais, costumes escritos, constituições etc., que muitos Maçons têm a pretensão de está-los seguindo, sem que isto seja verdade.

O que acontece em realidade é que a maioria destes valores acabam sendo letras mortas, pois o Maçom na sua condição de Homem que recebe todas as influências citadas do mundo profano, especialmente no terreno das comunicações, informações e do moderno relacionamento humano, traz para o seio da Maçonaria, tudo o que ele está sofrendo e se envolvendo fora das lojas, tais como a competitividade desleal, o consumismo exagerado, a agressividade incontida, a ganância pelo poder, a vaidade auto idólatra, enfim uma série de situações que ele mais cedo ou mais tarde, quando fizer uma análise de consciência, se o fizer, pois a maioria nem isso faz, ele verá que não foi bem isso que ele pretendia da Ordem. Então vem a desilusão total, uma das causas de esvaziamento das nossas lojas.

Fala-se em tradição na Maçonaria, mas em realidade esta foi se distorcendo aos poucos, pois os tempos são outros e tudo muda, e as mudanças ocorrem sem se as apercebê-las, pois muito embora aparentemente ligado ao passado, o Maçom vive o tumultuado mundo presente.

A Maçonaria a exemplo da nossa civilização atual foi, organizada sem o conhecimento da verdadeira natureza do Maçom. Embora feita só para Maçons não esteja ajustada ao real espaço que ela deveria ocupar.

O modernismo, como não podia deixar de ser também chegou a Ordem. Hoje, em muitas lojas não se usam mais as velas e sim lâmpadas elétricas. Os rituais foram acrescidos de práticas que não existiam na Maçonaria primitiva.

Os templos se tornaram suntuosos e ricas colunas os adornam. Acabou-se a simplicidade de outrora. Apareceram cerimônias enxertadas, inventadas, rebuscadas.

Tem templos para todos os lados. Um templo às vezes fica ocioso por vários dias da semana, onde poderia ter uma loja funcionando a cada dia e os demais templos construídos com muito sacrifício de alguns, poderiam ser uma escola, um lar de velhinhos, ou qualquer outra modalidade de prestação de serviços enfim, uma obra que depois de construída seria doada a sociedade.

As pendengas políticas entre os lideres da Ordem, chegam a tal rivalidade que com frequência são levadas às barras dos tribunais na Justiça comum.

A ganância pelo poder é um fenômeno bastante frequente na mente de alguns Maçons. Um simples cargo de venerável, às vezes é disputado de forma bastante ignóbil, não maçônica, pelos oponentes. Imaginem então, o que ocorre quando de trata de eleição para o cargo de Grão-Mestre.

Não se concebe e não se justifica que este poder temporal maçônico que em realidade não significa coisa alguma em matéria do Conhecimento que a Ordem pode proporcionar, cause tanta cobiça, tantas situações antimaçônicas, as quais observamos com frequência, sendo que a maioria dos Maçons fingem que não as estão vendo.

Sábio foi um juiz profano que não acatou uma ação de um líder maçônico contra outro, alegando que os problemas de Maçons fossem resolvidos dentro da própria Maçonaria já que a Justiça tinha coisas mais importantes a tratar.

A Maçonaria foi exposta nesta situação, ao ridículo.

Como é triste, como é doloroso, como doe no fundo da alma quando um Irmão torna-se falso, difama, conspira e tenta destruir outro. Às vezes seu próprio Padrinho é o atingido ou um Irmão que tanto lhe queria. E isto sempre ocorre não pela Dialética que é adotada pela Maçonaria que é a arte de poder se expressar e alguém contrariar ou contraditar uma opinião para se chegar a uma verdade, mas tão somente por inveja doentia ou vaidade.

Porem existe o reverso desta análise. Não podemos afirmar que o Maçom como o Homem em si seja totalmente mau. Ele é dual. Foi criado assim. Ele tem o seu lado mau, mas luta desesperadamente para ser bom, sendo que maioria das vezes não consegue. É a eterna luta do Homem. O ofendido altruísta costuma usar a qualidade cristã do perdão e ai volta a abraçar o Irmão que lhe ofendeu. E tudo acaba em fraternidade, às vezes sincera e às vezes falsa.

“A mão que afaga é a mesma que apedreja”. (Augusto dos Anjos)

Não podemos negar que nos causa tanta alegria, quando ficamos conhecendo um Irmão que nos é identificado como tal, onde quer que se esteja. Especialmente longe da cidade onde moramos. E comum este Irmão abrir seu coração, sua residência sua loja. Isto é realmente lindo na Ordem.

É uma satisfação muito grande e uma realidade inconteste.

Outra situação boa que costuma acontecer na Ordem é a hospitalidade fraterna com que somos recebidos em outras lojas não importando a Obediência. Esta situação acontece nas lojas-base, não havendo mais atualmente a discriminação que havia outrora determinada pelos líderes das ditas Obediências. Foi um avanço social dentro da própria Ordem muito importante. Já não existem mais primos, agora somos irmãos de verdade.

O dualismo no Maçom continuará, ele é genético, mas a Maçonaria espera que seus adeptos desenvolvam somente o lado bom. Sua doutrina é toda voltada para esse fim. Então, não culpemos a Ordem, por distorções ou digressões, estas são inerentes ao Maçom, ao Homem imperfeito.

Entretanto, a Ordem deveria mudar o esquema de suas sessões imediatamente. Gastamos parte de uma sessão com problemas administrativos. . Aí está o grande mal. É aí que reside a nossa grande falha. Se houvesse uma sessão administrativa mensal, onde uma diretoria capaz resolvesse todos os problemas rotineiros, e as demais sessões fossem abertas e fechadas ritualisticamente, mas sua sequência fosse tão somente de trabalhos apresentados, debates, instruções, doutrinação, temos certeza de que mesmo aqueles Maçons que não leem, não estudam, aprenderiam muito e tomariam gosto pela leitura, pois seriam despertos de um sono que talvez a própria maneira atual de ser da Ordem seja responsável.

Temos acreditar no Homem, no Maçom, mesmo ele não sendo um ser perfeito. Ele desde que devidamente preparado poderá ainda a vir a ser o esteio da Humanidade.

Estamos no momento mal doutrinados. Temos que nos rever e modernizar, o futuro já é hoje.

Vivemos num mundo de informações. Estas não podem ser sonegadas ou deixar de serem assimiladas. Já estamos ficando para trás em muitos segmentos da sociedade.

Não aguentaremos por muito tempo o modelo anacrônico que estamos seguindo se não nos atualizarmos.

Isto qualquer Maçom poderá deduzir, se refletir um pouco sobre a Ordem.

Acreditamos que a Maçonaria redespertará, e que em num futuro bem mais próximo do que imaginamos tudo mudará para melhor. Porque, apesar de todas as influências negativas ou não ela conservou sua essência Iniciática.

E este fator manterá sua unidade simbólica e espiritual perene.

Assim acreditamos...

(*) Autor: Hércule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil” - Primeiro Membro Correspondente da Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas


SESSÕES BRANCAS-CUIDADOS!


Saudações estimados Irmãos, vamos intercambiar um assunto importante sobre; Sessões Brancas, Públicas,  Magnas abertas, o nome que quiserem dar....

A expressão “Sessão Branca” não se refere à cor da reunião; é sim um erro de interpretação de traduções, o “Branca” é no sentido de não ter nada, sem detalhes, ou seja, uma Reunião com Maçons e não Maçons onde os aspectos que dão sentido ao Rito não são usados. Se realizado em um Templo Maçônico, este deve ter seus Mistérios (detalhes) preservados das vistas profanas. ok?

Talvez por exemplos, eu consiga ser mais claro:

1) A própria expressão “Sessão Branca” deve ser substituída pela expressão “Sessão Pública”, por uma questão de lógica, o mundo profano ao se ver de frente a um livreto ou convite para a “Sessão Branca da ARLS...” automaticamente pensa: Se tem sessão branca, deve ter sessão NEGRA  e instintivamente a mente deturpada faz a associação: Sessão Negra com Magia Negra.

2) Uso de velas, outro artefato que é ligado às religiões e segmentos esotéricos e não nos esqueçamos que Maçonaria não é religião, não podemos deixar dúvidas quanto a isto. Muito cuidado na condução dos trabalhos.

3) O uso do Livro da Lei deve ser feito com muito critério, é um absurdo vermos em Sessão Pública um Irmão ler uma passagem e se ajoelhar perante o mesmo. Deve constar na fala do Presidente da Sessão, uma rápida explicação de que a Maçonaria não é uma religião, mas que nem um Maçom começa uma nova tarefa sem antes lembrar (cuidado com a palavra “invocar”) do criador e que sendo a maioria da sociedade brasileira cristã, será lido um salmo ou provérbio.

De preferência  convidar uma cunhada (de preferência a esposa do VM), afinal a Sessão Pública é uma atividade da família Maçônica.

4) Balandrau, neste caso é terminantemente chato, mal visto e  desagradável, o uso do mesmo é tolerado em sessões ritualísticas, há ritos que não o reconhecem como traje maçônico e em Sessões Públicas os Irmãos “balandreados” serão vistos como Magos, Monges (principalmente quando são bem largos, tem capuz e o cinto é uma corda com nós nas pontas); se o Irmão não tem terno preto, compre! Pois é sua vestimenta. 

5) Utensílios da Oficina, boa parte deve ser guardada; bastões dos Diáconos e do Mestre de Cerimônia, candelabros, colunetas, painéis, e em especial, “aquele” equipamento que usamos na Exaltação que costuma ficar “guardado” atrás dos últimos bancos ou muito bem encostado pelos corredores. Quando um profano vê o “distinto”, não tem outra alternativa a não ser acreditar nas bobagens fúnebres que falam de nós, culpa nossa!

6) Posso até causar polêmica e até espero que o próximo comentário resulte em belas Pranchas de Arquitetura discordando do Irmão Forato.

Sou contra o uso dos Paramentos em Sessões Públicas. O Avental, Colares, punhos não são enfeites, eles têm um significado maçônico, são instruções, cada qual tem seu valor e uso determinado em Sessões Ritualísticas, usá-los fora desse contexto seria profaná-los.

Já assisti Sessões Públicas com Irmãos paramentados com alfaias dos graus superiores, com comendas do 33 e se alguém achar que isto não tem importância, pense quais reações terão os não iniciados ao verem um Irmão com o avental do Grau Nove do REAA aquele da cabeça...

7) Uso das Comendas e medalhas nos remete a uma conhecida frase: “Se és apegado às distinções humanas, retira-te, pois nós aqui não as conhecemos.” e tem Irmão que bate no peito vangloriando-se das medalhas conquistadas para a Instituição. Conhece algum? ..."Eu sou 33 olha aqui... oh!" ( A comenda toda enferrujada)

8) Para o sucesso da atividade são imprescindíveis: Pontualidade, Objetividade, Participação e Conteúdo. A reunião deve começar na hora marcada e nunca ultrapassar duas horas de duração. Os trabalhos devem ser focados no tema da reunião; se for comemoração do Dia das Mães, nada de entregar comendas para autoridades e Irmãos.

De as Rosas vermelhas e brancas às mães, cunhadas e visitantes, e só!! Para dar Diplomas e Comendas dê outro dia!

Todos os Irmãos do Quadro deverão ter alguma fala ou “movimento”, nada de centralizar o cerimonial nas mãos de meia dúzia. Montar um enredo para a Sessão que tenha a entrada da Bandeira Nacional, explicações sucintas sobre o que venha a ser a Maçonaria.

Combinar com uma cunhada que falará em nome das demais.

E o mais importante, Não invente moda! Cuidado ao inserir aspectos que algum Irmão acha bonito e que pode ser profanação do Templo ou gerar especulações entre os presentes.

Estive em uma “Sessão Branca” que em determinado momento o Venerável mandou que dessem entrada ao Cálice de Vinho e da Bandeja de Pães, não pensei duas vezes; saí correndo! Pois pensei... ai caramba estou em sessão errada...Isso é Capítulo R+C  e esqueci meus Paramentos...

De acordo?????

Denilson Forato 


DILAPIDANDO COLUNAS


Pedras distantes umas das outras às vezes muitos longínquas nas profundezas da terra, isoladas, brutas, inutilizáveis e profanas. Ainda assim o tempo e as energias do fogo ardente das profundezas da terra bem como as atrações e retrações naturais do universo e o movimento constante da terra e suas placas fazem com que essas pedras se encontrem, e elas se tocam trocando energias acumuladas e desgastando-as, muitas se desprendem de suas partes desnecessárias para sua existência, outras ganham novos moldes, algumas são expostas naturalmente sobre a crosta dos terrenos outras são descobertas por mãos e assim passam a integrar um sistema diferente de existência, umas aço, outras mármore, algumas sedimentares e as preciosas; essas são trabalhadas, talhadas, moldadas, desbastadas, esquadradas, aprumadas, e nesse processo de lapidação as que não servem para integrar são devolvidas aos ambientes brutos de onde vieram ou reutilizadas para fins outros que as manterão talvez imutáveis novamente por milênios.

Assim somos nós homens, presos aos nossos dogmas e mediocridades distintas, selvagens, escravos, inimigos uns dos outros, corruptores, perversos. De diversas formas tentamos perpetuar esse sistema com diversas mascaras e diferentes nomes.

Por sorte alguns homens nascem livres, enquanto outros se tornam, e se permitem juntos serem lapidados e assim são iluminados ao sol e a lua, guiados pelas estrelas, encurtam distancias entre si e comungam como se fossem um, respeitando suas diferenças e buscando amplificar suas qualidades deixando de fora toda bagagem desnecessária para a suas vidas e trabalhos interiores, padronizam-se, tornam-se assim iguais.

Constroem internos templos e moradas, erguem colunas de sustentação para suas elevações espirituais e humanas, e assim muito bem arquitetados são inclusos pelas mãos universais na responsabilidade de manter o equilíbrio e o controle dos caminhos, afim de que aqueles que ainda andam em trevas não se percam e sejam devorados por elas.

 Assim sanam os desvios de conduta da sociedade e permitem que de tempos em tempos as mudanças sejam gradativamente aplicadas sem que ao menos sejam percebidas, ou com menor promoção de dor e, ou nostalgia.

Infelizmente alguns desses homens se permitem olhar para trás e revivem seus tempos tenebrosos, ou pior, experimentam o lado escuro da inclinação do homem à perversidade. Iludem-se na esperança de que barro se transforme em pedra ou enganam tal elemento a fim de alimentar seus egos próprios e obter vantagens.

Sem dúvida acabam permitindo que diamantes prontos e lapidados pela simples ação da energia do universo investido na terra, sejam encontrados e incorporados às suas lojas valorando ainda mais as suas joias, não apenas na quantidade ou valia, mas em qualidades e valores.

Barro será sempre barro e mesmo que moldado e comprimido afim de que se pareça um objeto de valor em sua essência será sempre barro jamais um diamante.

Precisamos iniciar uma intensa e constante busca por exibir em nossas vitrines augustas apenas diamantes e permitirmos que o barro seja levado durante as diversas redenções pela água ou pelas ferramentas de trabalho.


Enquanto isso novas colunas serão moldadas dando maior e melhor sustentação ao nossos espaços interiores e deixando mais belo o exterior de nossas casas, fazendo com que a família seja respeitada como deve ser e não permitindo que goteiras ou infiltrações imundas adentrem as casas nem se pervertam os valores universais os quais o olhar daquele que a tudo vê, defenderá a ferro e fogo.

Artigo de Engedi Oliveira

A MAÇONARIA ESPÚRIA - UM ALERTA


Não caia no conto do falso maçom, nenhuma loja regular brasileira usa links patrocinados, anúncios no jornal recrutando pessoas para a maçonaria.

Aqui, como noutros lugares, há uma corja de picaretas, estelionatários, psicopatas, tupiniquins ou não, que vivem à margem da lei, seja ela profana ou maçônica.

Raridade é encontrar nas potências ditas “espúrias” alguma boa-fé. Na maioria das vezes é COMÉRCIO.

Estes “senhores” sem escrúpulos, que em razão dos seus comportamentos nefastos invadiram a internet propalando a Maçonaria e suas supostas filiações e “iniciações” a custa de pagamento, transformando a “maçonaria” na forma de mercancia ou moeda de troca.

A Maçonaria Brasileira Regularmente Instituída e Reconhecida Internacionalmente, não está imune aos ataques dessas pessoas, que chegam ao cúmulo de criarem entidades com o nome de Loja Maçônica, com o nome de potência maçônica, para ganharem vantagem e dinheiro, oferecendo aos incautos a oportunidade de serem “iniciados” virtualmente na “maçonaria” deles, como se isso fosse possível.

Os que caem no conto, perdem dinheiro, se decepcionam e se revoltam quando descobrem que foram enganados.

No Brasil somente existem três Linhagens da Maçonaria Regular e Reconhecida:

As Grandes Lojas Maçônicas Estaduais e do Distrito Federal, que se congregam em Confederação a CMSB (www.cmsb.org.br); Os Grandes Orientes Estaduais Independentes, que formam uma Confederação a COMAB (www.comab.org.br); e O Grande Oriente do Brasil (www.gob.org.br) que é uma Federação, comportando os Grandes Orientes, sob a sua jurisdição, em todos os Estados Brasileiros e o Distrito Federal.

O GOB e algumas Grandes Lojas são os únicos no Brasil efetivamente reconhecidos pela United Grand Lodge of England. Consulte 
http://www.ugle.org.uk/about-ugle/recognised-foreign-grand-lodges/grand-lodges-in-south-america/ 

Esclarecemos que fora as listadas, todas as demais potências em funcionamento no território brasileiro não são reconhecidas pelas três potências regulares.

Ou seja, os cidadãos que são “iniciados” nessas potências irregulares são impedidos de visitarem as lojas destas potências regulares.

Existem outros tantos psicopatas, mentirosos compulsivos, que passam por maçons para darem golpes na praça, em nome de potências maçônicas inexistentes. Nesse particular se enquadram os falsos médicos, os falsos policiais, os falsos jornalistas, falseiam a verdade, que se locupletam com o dinheiro alheio através de conchavos espúrios.

Ou seja, não é só a Maçonaria que é vítima de falsários e outros especialistas em malandragem e bandidagem.

O certo, portanto, é o cidadão de bem ficar atento.

Meus Irmãos propaguem estas discas poste nos Blogs, quanto mais informações estiverem disponíveis melhor, somos uma enormidade de Irmãos e Maçons de Bem, vamos levantar esta bandeira.

(Fonte: e-mail recebido)


VISITAÇÃO MAÇÔNICA


O verbo visitar dentre outras definições significa: “Ir ver (alguém) em casa ou em outro lugar onde esteja, por cortesia, dever, afeição, etc. (...)”.

Sabe-se que a Maçonaria é um grande corpo social onde suas células são representadas pelas Lojas que a compõe, cada uma com suas peculiaridades, variando de Oriente para Oriente e a cultura daquela região.

Sem perder sua essência cada Loja se apresenta “diferente” da outra através do Rito que se pratica, do imóvel (Templo) em que as Sessões são realizadas, do modelo de gestão que é aplicada nesta ou naquela, mas, principalmente, no Quadro de Obreiros que a frequentam e ali trabalham.

Como todo agrupamento humano a Loja Maçônica tem no seu cerne as diversas formas de pensar, agir, participar e interatuar junto aos Membros participantes e a comunidade que está estabelecida.

A importância da visitação maçônica está na oportunidade que o Irmão pode ter de fortalecer os laços de amizade, na possibilidade de conhecer novos Ritos, de conhecer novas ideias que poderão ser aplicadas na sua Loja e de obter ensinamentos de suma importância para fazer progresso na Instituição.

Sempre acrescentamos algo dentro de nós quando visitamos outros Irmãos. O carinho demonstrado, a satisfação pela nossa presença e a atenção que nos é dispensada faz bem ao ego e recarrega o espírito de bons fluídos, cria no íntimo a certeza da irmandade que renasce a cada visita que fazemos.

Ganhamos experiência no convívio com os mais sábios. Todo Irmão, independente do Grau, tem algo para ensinar; devemos ouvi-lo, observar e ter humildade suficiente por sermos, sempre, aprendizes da complexa Arte Real, que exige muito estudo e reflexão para que sejamos capazes de compreender a complexidade do universo astral e interior de cada um.

Um Irmão que não visita outras Oficinas está perdendo a conveniência que a Maçonaria oferece, as relações interpessoais fazem parte do autoconhecimento e devemos fazer da prática da visita uma constante em nossa vida maçônica.

A confraternização pós Sessão corrobora o ideal de estarmos juntos e poder compartilhar o alimento da vida, depois de perfazer o sustento da alma. Diferentes egrégoras são fundamentais para espargir emoções vibrantes que contemplam o Maçom com os preceitos que a Ordem celebra.

Ao visitar estamos prestando uma sincera homenagem à Loja visitada no sentido de valorizar o trabalho dos ocupantes dos cargos que esmeram seus encargos pela honra da visita.

O visitante trás consigo a representação de uma coirmã e leva o prestígio que ela ostenta. Duas classes de Irmãos são enriquecedores numa Loja: os aprendizes e os visitantes.

Ambos trazem alegria e são fundamentais para o bom andamento da Sessão; é a maior riqueza de uma Oficina. Não há de se ter dúvida, o ato da visitação maçônica significa muito mais que mera presença física e incorpora o princípio da Fraternidade que norteia a convivência entre as Lojas e os Irmãos, além de promover o engrandecimento de ambos e sugerir a reciprocidade de quem foi visitado.

Daí a máxima: “Só é visitado quem visita”.


Antonio Cezar D. Ribeiro

A MAÇONARIA E O ESTADO LAICO


Antes de abordarmos qualquer assunto, é necessário entendermos precisamente o significado dos termos que vamos utilizar.

Muito se fala em Estado laico e sabemos, através da História e dos estudos dos Graus simbólicos e Graus superiores da Maçonaria, que nossa Ordem foi a principal e a mais importante das organizações que defendeu, durante séculos, o Estado laico. Sabemos também que a luta travada pela Maçonaria pela independência dos Estados e, reciprocamente dela mesma, custou a vida de milhares de Irmãos nossos do passado. 

O Estado laico deveria ser neutro em relação às questões religiosas, não apoiando nem se opondo a nenhuma delas. O mesmo vale para a Maçonaria que, não sendo uma religião, adota o princípio da crença num Ser Supremo e na imortalidade da alma. 

Ives Gandra conceitua bem ao dizer que Estado laico não é Estado ateu e sim aquele em que as instituições religiosas e políticas estão separadas. Em vista disso, sendo a Maçonaria uma Ordem deísta (fundada na manifestação natural da divindade à razão do homem) ela deve ser tratada em pé de igualdade com todos os cidadãos independente da escolha e preferência que fazem os maçons do conceito e da revelação pessoal que tiverem. Assim, em termos estritamente filosóficos, o Estado secular não deve dar preferência a indivíduos dessa ou daquela convicção.

Interferências de convicções oriundas de quaisquer grupos "espiritualistas" nas esferas de poder descaracterizam o Estado laico e colocam em risco a liberdade e a democracia.

Fala-se muito em "bancadas" no Congresso Nacional em franca disputa sobre princípios filosóficos ou artigos de fé. A República, todavia, vive do equilíbrio entre os poderes Legislativo, Judiciário e Executivo estabelecido pelo diálogo entre os partidos políticos. As chamadas "bancadas", mesmo quando bem intencionadas, acabam interferindo na estabilidade das decisões democráticas.

Um dos principais avanços do regime Republicano é a participação das minorias; imaginem, então, se houvesse uma "bancada" para cada uma das religiões que compõem o variado cenário da cultura brasileira: catolicismo, protestantismo, judaísmo, muçulmanos, os espíritas, budistas, umbandistas etc. O Estado laico não poderia, inclusive, desconhecer a existência de uma "bancada ateia", se considerar a equidistância que deve ser mantida entre o poder e as convicções humanas.

Se as Instruções maçônicas, nossas Leis e a História de nossa Ordem fossem melhores conhecidas, nada precisaria ser dito sobre as relações entre Maçonaria e Política estabelecidas por nossos antepassados. Nossa Ordem tem que ser livre e, ao mesmo tempo, garantir que o Estado democrático de direito permaneça livre.

O laicismo (caráter do que é laico) é o princípio da autonomia das atividades humanas, ou seja - "a exigência de que tais atividades se desenvolvam segundo regras próprias, e não impostas de fora, com fins ou interesses diferentes dos que as inspiram." (Nicola Abagnano, Dizionario di Filosofia, Turim, 1971). Esse princípio é universal e pode ser legitimamente invocado em nome de qualquer atividade humana que se sinta impossibilitada por privilégios politicamente articulados em grupos assentados em convicções de caráter teológico ou religioso.

A teocracia existiu em virtude da crença de um deus governante; as monarquias se sustentaram no poder divino conferido aos reis pelas mãos de alguma "autoridade" ungida de liturgias e convicções sobre o Ser Supremo e a fragilidade da alma humana.

No caso da Maçonaria moderna, ela tem que permanecer livre (laica) e proporcionar liberdade (laicismo). 

O laicismo, portanto, não pode ser entendido apenas como reivindicação de autonomia do Estado perante uma religião ou igreja, mas - e principalmente - como o afastamento das decisões governamentais (republicanas) "de influências estranhas e deformantes das ideologias políticas, dos preconceitos de classe, de raça etc." (Abagnano). 

O princípio do laicismo não vale apenas nas relações entre a atividade política e a religiosa, uma vez que uma corrente política totalitária vem necessariamente acompanhada pelo apoio a uma ideologia racista, classista ou de qualquer outra espécie, destruindo o direito de liberdade dos cidadãos. Laicismo é sinônimo de liberdade no plano das inter-relações humanas.

Vejamos alguns exemplos dessas distorções:

1) Durante o Império, no Brasil, as das determinantes do Padroado Régio preconizavam uma ordem política que envolvia diretamente o clero nas as instâncias do poder instituído, tanto social e burocrático incluindo as classes dos magistrados e militares - a consonância entre o discurso político monárquico e o da hierarquia católica romana, especialmente nos que se referia à infalibilidade da autoridade divina do Imperador. Em troca, o Imperador tinha o poder de nomear bispos.

2) Durante a República Velha, dos 13 primeiros presidentes do Brasil, 10 foram maçons: Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto, Prudente de Morais, Campos Salles, Rodrigues Alves, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Wenceslau Brás, Delfim Moreira e Washington Luís. O fim da República Velha deu-se com o golpe de Estado de Getúlio Vargas que depôs e exilou o presidente Washington Luís (maçom) e impediu a posse do também maçom e presidente eleito, Júlio Prestes.

Recomendo a todos a leitura do livro “O Poder da Maçonaria História de uma sociedade secreta no Brasil”, de Marco Morel e Françoise Jean de Oliveira Souza, lançado no dia 17 de outubro de 2008, no Rio de Janeiro. 

- A Política Maçônica é uma ciência fundamentada num PROJETO DE ESTADO e num PLANO DE GOVERNO ainda inexistentes em nosso país. O discurso fácil e ineficaz precisa ser substituído por ações concretas no âmbito da segurança pública, da saúde, da educação, na modificação das leis penais e nas reformas políticas e judiciárias. Feito esse trabalho e alcançados os resultados que merecemos, a Maçonaria tem que retirar-se do primeiro plano e manter-se como vigilante das instituições democráticas. A propósito e como exemplo disso, termino com a história de Cincinato.

Por volta de 480 a.C., o Senado Romano escolheu Lucius Quincio Cincinato, um pacato agricultor, célebre por sua conduta austera, para apaziguar uma contenda entre os tribunos e os plebeus.
Cincinato aceitou a encomenda e foi nomeado com plenos poderes para mandar e desmandar.
Alcançado o objetivo de sua nomeação e restabelecido o respeito da Lei Terentilia Arsa, Cincinato dirigiu-se ao Senado e entregou o cargo.
- Fica mais um pouco, Cincinato! – disseram os nobres senadores. Foi tão profícuo seu governo!
Podemos fazer de você um César, um deus! Fica, Cincinato!
E o povo uivava na praça: - Cincinato! Cincinato! Cincinato! O povo - unido - jamais será vencido! etc! etc! etc!
Mas Cincinato agradeceu. Esboçou um sorriso, fez uma discreta reverência ao presidente do senado e declarou:
- Já cumpri com meu dever de cidadão. Minha tarefa não é política nem militar. Por isso vou regressar à minha vida pastoril. Com licença, meu arado me espera.
Dito isso, virou as costas e caminhou a pé até sua fazenda e calçou as botas de fazendeiro.
Naquela mesma tarde os vizinhos viram o homem que amanhecera com o maior poder de Roma nas mãos conduzindo, feliz da vida, seu velho arado.

Aprendam com Cincinato!

(*) O Irmão José Maurício Guimarães é Venerável Mestre e fundador da Loja Maçônica de Pesquisas “Quatuor Coronati, Pedro Campos de Miranda”, jurisdicionada à Grande Loja Maçônica de Minas Gerais.



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