SALMO 133


O cerimonial maçônico se originou nos ritos ancestrais e ao longo do tempo vem sendo adaptado em conformidade com a época em que ocorre.

O Salmo 133, também denominado Salmo da Fraternidade ou Concórdia, é lido pelo Ir.’. Or.’. durante a abertura dos trabalhos no Grau de Ap.’. M.’. .
Sua autoria é atribuída a David onde ele exalta a beleza do fato dos irmãos estarem juntos, em harmonia.

O Salmo faz menção a personagens, objetos e lugares, conforme veremos a seguir:

Aarão:
Era bisneto de Levi e irmão mais velho de Moisés. Primeiro sacerdote (Êxodo cap.29 Versículos 4 – 7) hebraico do qual passou a ser patriarca e ajudou seu irmão mais novo a libertar o povo hebreu da escravidão no Egito. Seu nome significa “iluminado”, “elevado” ou “sublime”. Tinha o dom da oratória e seu irmão Moisés, quase nunca falava, pois apresentava problemas de dicção. (Êxodo cap. 4 vers.10).

As Vestes de Aarão: 
Os sacerdotes, como guardiões da palavra de Deus se vestiam de forma própria, de modo que suas vestes o distinguissem dos demais fiéis.

Farás a teu irmão Aarão vestes sagradas em sinal de dignidade, de ornato... de sorte que ele seja consagrado ao meu sacerdócio. Eis as vestes que deverão fazer: um peitoral, um efod, um manto, uma túnica bordada, uma mitra, um cinto deverão usar fios de lá azul púrpura e vermelha, fios de ouro de linho puro... farás também o peitoral.. e encheras de pedras de engate ... e serão aquelas pedras os nomes das doze tribos de Israel.” (Êxodo cap.28 Versículo 4 e 40)

O Óleo da Unção:
É comum se encontrar na Bíblia citações sobre óleos de unção utilizados em consagrações sacerdotais.

No salmo 133, é citado “...o óleo precioso sobre a cabeça...”
(O Êxodo cap. 30 vers. 22 ao 33) descreve qual o óleo citado no Salmo em estudo.

 “O senhor disse a Moisés, escolhe os mais preciosos aromas: 500 ciclos de mirra... 250 ciclos de junco odorífero, 500 ciclos de cássia e um hin de azeite de oliveira. Será este o óleo para a sagrada unção. Este será para mim, o óleo da unção sagrada, de geração em geração.”
  
Hermon:
O Monte Hermon se localiza na cordilheira de Antilíbano, fazendo divisa entre Israel, Líbano e Síria. Com mais de 2000m de altitude, seu cume permanece nevado durante o ano inteiro.

Sião:
É uma das colinas sobre as quais se construiu Jerusalém. Possui cerca de 800 metros, e se localiza entre os vales de Cedron e de Tyropocon a qual segundo a Bíblia, David tomou dos Jebuseus, mais ou menos em 1000 A.C.(Aarão viveu por volta de 1300 A.C.).

Sião ou Sion passou a ser o nome simbólico de Jerusalém, da Terra prometida, da cidade de Davi. Deriva de Sion a palavra Sionismo.

Interpretação:

“OH! QUÃO BOM E QUÃO SUAVE É QUE OS IRMÃOS VIVAM EM UNIÃO!”

Essa frase faz alusão aos que vinham em romaria de todas as partes de Israel para se reunir em volta do templo. Representa a união de pessoas de todas as classes em adoração a Jeová (Deus).

“É COMO O ÓLEO PRECIOSO SOBRE A CABEÇA, QUE DESCE SOBRE A BARBA, A BARBA DE AARÃO;”

Simboliza que o óleo foi entornado com tal abundância, que desceu pela barba de Aarão.

Barba que simbolizava respeito e poder numa sociedade patriarcal, por isso o óleo chegar à barba simboliza a unção do poder sacerdotal de Aarão.

Entende-se aí por cabeça os cinco sentidos, visão, audição, paladar, olfato e tato, significando a purificação dos mesmos pelo óleo.

“E QUE DESCE À ORLA DE SUAS VESTES;”

As vestes fazem alusão ao nosso corpo físico, que na abertura dos trabalhos maçônicos, quando todos se unem e concentram, é banhado pela energia divina.

“É COMO O ORVALHO DE HERMON;”

Simboliza o orvalho que desce do monte durante a noite, criando condições propícias para a manutenção da vida em uma região desértica. Simboliza também o a água do degelo que desce para alimentar o rio Jordão, responsável pelo abastecimento da região.

Ou seja, através do seu orvalho o Monte Hermon proporciona a vida.

 “QUE DESCE SOBRE SIÃO;”

Simboliza descer sobre Jerusalém, que foi construída sobre o Monte Sião.
   
“PORQUE ALI O SENHOR ORDENOU A BENÇÃO E A VIDA PARA SEMPRE.”

Simboliza que a reunião dos romeiros (irmãos), fazia com que a benção descesse sobre todos, manifestada no orvalho, e nas águas do Jordão que tornavam possível a vida na Terra Prometida.
  
Bibliografia:

- Ritual do Aprendiz

- Maçonaria. net

Carlos Eduardo Queiróz  A.’.M.’.

Jorge Antonio D. da Fonseca A.’.M.’.

Vitor Dias Bacelar A.’.M.’.

A.’. R.’. L.’. S.’. Cedros do Líbano Nº 1688 – Miguel Pereira/RJ - GOB


REVELANDO O MISTÉRIO DA MAÇONARIA


Este artigo tem a intenção de desmistificar um tema cujo conceito, muitas pessoas ainda mantêm, apoiado em mitos. Afinal, o que é essa tal de maçonaria? Religião ou Filosofia?
A maçonaria prega a paz no mundo e essencialmente a felicidade da raça humana. Para adentrar em seus mistérios é exigido um perfil rígido de conduta e é indispensável uma crença: a crença no Grande Arquiteto do Universo ou Deus. 
As pessoas que se iniciam na Ordem passam por diversas instruções de sabedoria para, aos poucos, irem se aperfeiçoando na arte do autoconhecimento e, assim, puder auxiliar o mundo. A Ordem compõe-se de graus, ritos e uma beleza indescritível.
Há pessoas que acreditam que na maçonaria há prática de rituais que envolvem sangue e sacrifícios. Na verdade, isso não é realizado; não existem os rituais sanguinolentos nem sacrifícios; existem apenas passagens de níveis de aprendizado, subindo uma escada de perfeição.
Se você for convidado a assistir uma palestra em um templo maçônico, onde isso ocorre anualmente, certamente ficará magnetizado pela beleza das colunas, dos símbolos, da abóbada celeste, da numerologia, da astrologia. 
No centro do templo se encontra, depositado sobre uma pedra, o livro da lei que pode ser uma Bíblia, o Torá ou o Alcorão, livros sagrados que norteiam muitos ensinamentos, mostrando que os princípios são os mesmos desde que direcionados pela fé racionalizada que combate profundamente a ignorância e o fanatismo.
As vestimentas são variadas e dependem do grau, mas todos, geralmente, se vestem de preto, uma igualdade entre todos os irmãos e não um símbolo de luto ou de algo sombrio.
Todos se reúnem, pelo menos, uma vez por semana e buscam receber e compartilhar idéias e ensinamentos fundamentais para o desenvolvimento do conhecimento e do lado espiritual. Temas como numerologia, cabala astrologia, filosofia e práticas meditatórias são comuns e de grande relevância no nosso aperfeiçoamento.
Muitos dizem que a maçonaria é que determina o poder de conduzir o mundo… não gostaria de retirar o mistério desse ponto. Quem sabe?
Com a globalização houve o incentivo à participação das mulheres; criaram-se ordens femininas de grande importância e em cada templo maçônico as esposas dos maçons sempre realizaram trabalhos filantrópicos de grande destaque, mantendo sempre uma grande discrição conforme os preceitos da ideologia maçônica.
Quais são as dúvidas em relação à maçonaria? Qual a Filosofia da Ordem? Levar o bem à humanidade tornando-nos líderes de nós mesmos para doar o que temos de melhor. Começando por onde? Por nós mesmos, pelo nosso lar, pela nossa empresa e assim sucessivamente.
Por que é uma Ordem fechada? Selecionam-se pessoas de integridade; cada indivíduo é avaliado em sua conduta durante anos e é de grande importância esta tradição, para não ter, a Ordem, nenhuma mancha. Você pode participar da maçonaria contanto que seja convidado por alguém que pertença a ela; esse convite é feito por pessoas que acreditam no seu potencial de doar o que há de melhor em você.
O que é ser maçom? É ser o melhor. Não melhor do que o outro, mas o melhor para o outro. Eis a grande diferença.
Como são os ritos realizados? Todos belos e intrinsecamente ligados à natureza, transformação, espiritualidade e a Deus.
Que religião tenho que professar para ser maçom? Qualquer religião: espírita, evangélica, católica, umbanda e outras. Então, maçonaria não é religião?Definitivamente não, é uma filosofia.
Existem maçons desonestos? Em todos os meios – filosófico religioso – existem aquelas pessoas de má fé. Mesmo com rígidos padrões de seleção é bem provável que possa existir alguém que aja de má fé. Mas quando descoberto, o indivíduo é expulso da Ordem, após investigação e julgamento justos.
Maçom tem privilégios? Eu diria que tem mais responsabilidades e obrigações do que privilégios.
Para ser maçom é preciso ser rico? Não, apenas ser livre e de bons costumes.
Existe alguma relação entre Rosa-Cruz e maçonaria? Talvez uma relação bem tênue no que diz respeito ao caminho e objetivos.
O que significa o símbolo – esquadro e compasso – da maçonaria? São símbolos que determinam a filosofia da maçonaria: liberdade, igualdade e fraternidade.
Essas coisas sobre maçonaria podem ser públicas? Todas estas e muitas outras informações encontram-se em livros abertos ao público. O interessante é que existe uma grande diferença entre ler e vivenciar; a leitura nos leva ao conhecimento, mas vivenciar todos esses ensinamentos de modo verdadeiro nos encaminha para a sabedoria.
A maçonaria é registrada em cartório, portando não secreta e sim discreta.
O segredo está dentro de você!
 Hugo Schirmer


UMA INVESTIGAÇÃO CONSTANTE DA VERDADE


“Os sábios antigos criam em que o homem não possuía a Verdade, senão quando esta se tornava parte do seu íntimo, um ato espontâneo de sua alma.” (Edouard Schuré)

Um dos maiores postulados da Maçonaria é garantir ao homem o direito de investigação constante da Verdade. Mas o que é a Verdade, afinal?

Quando nos encontramos com o dono da verdade, nos vemos numa situação desagradável. Felizmente, nossa Instituição ensina-nos igualmente o exercício da tolerância.

Ao deparamos com alguém assim, ao invés de discutir com o homem que tem certeza, que afirma saber muito mais do que todos; que pensa que os outros não têm inteligência, só nos resta elevar nossos pensamentos ao GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, pedindo-Lhe iluminar a mente de quem procura a Verdade na estrada errada, viajando em companhia da arrogância e do desrespeito a quem o ouve.

Quem ama realmente a humanidade não tem outro sentimento com relação a tal pessoa senão o da compaixão, pois a Verdade é uma realidade multifacial e haverá sempre uma face dela há ser descoberta por nós.

Por isso, serem os maçons sempre estimulados à sua investigação constante. Se pudéssemos conversar com um elefante e lhe pedíssemos que nos descrevesse uma formiga, certamente que o paquiderme nos diria que a formiga é um inseto bem pequeno.

Mas se nos fosse permitido inverter a situação e nos dirigíssemos a uma bactéria com o mesmo pedido, ela nos diria que a formiga tem um corpo imenso. Ambos estão sendo absolutamente sinceros, pelo que lhes foi possível perceber.

Da mesma forma, haverá sempre alguém que nos poderá mostrar uma face da Verdade que lhe foi dado observar ou descobrir. A prudência e a humildade poderão ajudar-nos a reconhecer-nos outros o direito de interpretação do que experimentaram.

Reunindo-se entre pessoas de níveis culturais e de experiências de vida diferentes e podendo expressar livremente seus pensamentos, o maçom tem muito mais oportunidade de avançar no conhecimento de outras faces da Verdade. Jesus Cristo disse: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará!” O Divino Mestre não se referiu àquela verdade de conveniência, própria de um político.

O importante não é o fato. É a sua versão! Jesus quis nos falar da verdade alimentada pela pureza de intenções; pelo amor verdadeiro; pela sinceridade. No plano da Justiça Divina, como nos alerta a Maçonaria, nossos esforços vão ser apropriadamente considerados na confrontação dos débitos e créditos.

Então temos que nos preocupar com a auto- realização. Daí, ser importante para os maçons procurarem a Verdade na intenção do nosso aperfeiçoamento, captando bem uma das lições que Sidharta Gautama, o Buda, nos legou: “O conhecimento da verdade elimina todo o mal!”

A primeira verdade que o maçom procura conhecer é sobre si mesmo, examinando cuidadosamente seus hábitos, sua escala de valores, seus defeitos.

Conhecê-los e dominá-los dá-nos o direito de prosseguirmos investigando a verdade. De maneira serena, de modo incansável, consciente de que a escada que nos leva à verdadeira sabedoria é infindável; pois quando chegarmos onde imaginamos ser seu fim, descobriremos que há muitos outros lances de degraus mais acima.

Nunca devemos nos utilizar do conhecimento de uma face da Verdade que possuirmos para afrontar a quem quer que seja. Nossa tarefa não está terminada com o pouco que aprendemos.

A eternidade espera-nos para conhecermos muito mais.

A verdade está num estado consciente e constante de observação e na janela que o tempo nos abre. Carl Gustav Jung ensinou-nos que há coisas que ainda não são verdadeiras, que ainda não adquiriram o direito de ser verdadeiras, mas que um dia poderão ser verdadeiras!

*O autor, devido a sua relevante importância para a Maçonaria Brasileira, em especial, do estado de Minas Gerais, dá seu nome à Loja de Estudos e Pesquisas Quartour Coronati “Pedro Campos de Miranda”, jurisdicionada à Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, na qual, orgulhosamente, pertenço as suas fileiras, na qualidade de Membro Honorário.

Pedro Campos de Miranda


A ESTRELA DE CINCO PONTAS



Através dos séculos houve sempre a preferência por uma estrela de cinco pontas como figura dos astros de aparência menor do que a do sol e da lua.

Planeta Vênus tem sido representado assim e é considerada uma estrela matinal e vespertina, ensejou lendas sem conta. Por outro lado, A Estrela de Cinco Pontas sempre foi, desde tempos remotos, e até hoje, o distintivo de comandantes militares, e de generais.

Como Símbolo Maçônico, A Estrela Flamejante de origem Pitagórica, pelo menos quanto ao seu formato e significado, este muito mais antigo do que aqueles que lhe deram alquimia, a magia e o ocultismo, durante a idade média.

O seu sentido mágico alquímico e cabalístico e o seu aspecto flamejante foram imaginados ou copiados por Cornélio Agrippa de Nettesheim (1486-1533), jurista, médico e teólogo, professor em diversas cidades europeias. A magia, dizia ele, permite a comunicação com o superior para dominar o plano inferior. Para conquistá-la seria necessário morrer para o mundo (iniciação). Símbolo e distintivo dos Pitagóricos.

A Estrela de Cinco Pontas ou Estrela Homonial é também denominada com impropriedade etimológica, Pentáculo (cinco cavidades), Penta Grama (cinco letras ou sinais gráficos, cinco princípios) ou Pentalfa. Importa saber que os pitagóricos a usam para representar a sabedoria (sophia) e o conhecimento (gnose) e provavelmente empregavam no interior do pentáculo a letra gama, de gnosis.

A Estrela Flamejante era símbolo desconhecido pelos pedreiros livres medievais. Seu aparecimento na Maçonaria, a partir de 1737, não encontrou guarida em todos os Ritos, pois o certo é que os construtores medievais conheciam a figura estelar apenas como desenho geométrico e não com interpretações ocultas que se introduziram na Maçonaria especulativa.

A Estrela Flamejante corresponde ao Pentagramaton ou Tríplice Triângulo cruzado dos pitagóricos. Distingue-se do Delta ou Triângulo do Oriente, embora, entre os antigos egípcios representasse também Horus que em lugar do pai, Osíris passou a governar as estações do ano e o movimento.

O verdadeiro sentido da Estrela Flamejante é Homonial, eis que o símbolo designa o homem espiritual, o indivíduo dotado de alma, ou de fator de movimento e trabalho. Ou seja, o indivíduo como espírito ou fagulha interna que lhe concedeu o G.·.A.·.D.·.U.·. . A ponta superior da Estrela é a cabeça humana, a mente. As demais pontas são os braços e as pernas.


Na Maçonaria essa idéia serve para lembrar ao Maçom que o homem deve criar e trabalhar, isto é, inventar, planejar, executar e realizar, com sabedoria e conhecimento. Pode ocorrer que o ser humano falhe nos seus desígnios. O Maçom também pode falhar como ser humano, mas seu dever é imitar, dentro de seus ínfimos poderes o G.·. A.·. D.·. U.·., o ser dos seres.


Aí está O principal segredo do Grau de C... . Outra interpretação é a que se refere a 3+2=5, soma em que três é a divindade cuja fagulha é encarnada e dois é o material, o ser que se reproduz por dois sexos opostos e não consegue perpetuar-se de outro modo.

As  cinco pontas da Estrela ainda lembram os cinco sentidos que estabelecem a comunicação da alma com o mundo material. Tato, audição, visão, olfato e paladar, dos quais para os Maçons três servem a comunicação fraternal, pois é pelo tato que se conhecem os toques Pela audição se percebem as palavras, e pela visão se notam os sinais. Mas não se pode esquecer o paladar, pelo qual se conhecem as bebidas amargas e doces, bem como o sal, o pão e o vinho.

Finalmente pelo olfato se percebem as fragrâncias das flores e os aromas do altar de perfumes. A letra "G", interior com o significado de gnose ou conhecimento lembra a quinta essência, quanto ao transcendental. Quanto ao Homonial, lembra ao Maçom o dever de conhecer-se a si mesmo.

No Grau de Companheiro recomenda-se ao Maçom o dever de analisar as próprias faculdades e bem empregar os poderes pessoais em benefício da humanidade.

POSIÇÃO DA ESTRELA FLAMEJANTE NO TEMPLO
Os Rituais do mundo e os diversos Ritos Maçônicos não se entendem também quanto à colocação da Estrela Flamejante no alto do recinto do Templo. Uns a colocam no oriente a frente do trono, outros a configuram no interior do D.·., o que parece mais sugestivo, principalmente quando o Obreiro na elevação de Grau é chamado a contemplar o Triângulo Radiante. 

Outros, entendendo que ela é de brilho intermediário, isto é, de luminosidade simbolicamente situada entre a luz ativa do sol e a luz próxima ou reflexa da lua, mandam situá-la no meio do teto do Templo, dependurada, ou pelo menos no meio-dia, onde à maneira inglesa está o 2º Vigilante.

Outros a consideram uma Estrela do Ocidente. Lojas do Rito Moderno as têm colocado no ocidente ao lado do 2° Vig.·. (norte). Entende-se que a melhor forma é se colocar a Estrela Homonial no meio do teto do Templo, ou de maneira que o Iniciado possa contemplar o Símbolo quando é chamado a fazê-lo.

SIGNIFICADOS MAÇÔNICOS DA LETRA G NO INTERIOR DO PENTAGRAMA
Ficou demonstrado que a melhor significação do G central do pentagrama é gnose=conhecimento. O caráter Homonial da Estrela Flamejante é indiscutível, a luz das fontes pitagóricas e das referências gregas e romanas.

Ninguém negaria ao Símbolo o seu sentido mágico, eis que Pitágoras se dedicava à magia. No pentagrama a letra G quer dizer principalmente gnose, porém para satisfazer gregos e troianos tem que se acrescentarem os significados, GERAÇÃO, GÊNIO, GEOMETRIA e GRAVITAÇÃO, e também GLÓRIA PARA DEUS, GRANDEZA PARA O VENERÁVEL DA LOJA, ou para A LOJA, e tem sido registrado em muitos Rituais Maçônicos na tentativa de se encontrar ligação entre estes hipotéticos significados da letra "G". Diz-se que GERAÇÃO estaria ligada ao princípio (gênesis da Bíblia) ou a Arquem, dos gregos.

Gênio seria o correspondente a "DJINN" dos árabes e a "GINES" dos persas, que no ocultismo tange aos chamados "ELEMENTAIS" ou "SEMI-INTELIGENTES ESPÍRITOS DA NATUREZA" e em outras interpretações quer dizer o espírito criador ou inventor, ou a chama realizadora. GEOMETRIA, ciência da medida das extensões, que lembra as regras do grande geômetra para realizar a Arquitetura do Universo.

Na sabedoria ela provocou os diálogos sobre ORDEM, EQUlLÍBRIO  e HARMONIA. A GRAVITAÇAO lembra Newton e sua lei: A matéria atrai a matéria na razão direta das massas e na razão inversa do quadrado das distâncias. ARQUEU, O PRINCÍPIO, O FOGO REALIZADOR A palavra Arqueu, que deriva do grego que queria dizer, princípio, principal, primeiro, príncipe, reino, domínio.

Para os gregos, a palavra tinha o sentido de poder formador da natureza. Seria a essência vital que exprime as propriedades e as características das coisas. Por comparação, corresponderia ao sopro divino que deu vida a Adão na Bíblia.

Ensinam certas instruções maçônicas o motivo simbólico das chamas que envolvem a Estrela Pentacular, relembrando Arqueu, o Fogo Realizador, ou ensinando que a letra G significa o gênio ou a BUSCA SAGRADA que anima o C.·. M.·. . à realização.
Tem-se afirmado que a Estrela Flamejante traduz a luz interna do C.·. M:. ou que representa o próprio homem Maçom dotado da luz divina que lhe foi transmitida.

A estrela de cinco pontas é então a força que impulsiona o companheiro em direção das suas metas e dar sentido as suas realizações, o numero cinco a qual a estrela faz alusão se funde na alma do companheiro que uma vez elevado a um patamar mais alto pode vislumbrar as luzes desta estrela e pode-se então guiar por esta luz pra que a sua caminhada que já é longe das trevas do mundo profano possa se refinar e dar sentido a sua obra interior, absorvendo a luz desta estrela que representa o corpo humano e utilizando a quinta essência o companheiro desperta para as luzes do saber e da compreensão da humanidade e do sentido oculto do saber e do realizar.

Que o GADU ilumine as nossas mentes para que posemos sempre caminhar longe das trevas e em direção a sua Luz. .

Flávio Dellazzana, C.'. M.'.
A.'.R.'.L.'.S.'. PEDRA CINTILANTE, 60
G.'.O.'.S.'.C.'./C.'.O.'.M.'.A.'.B.'.


PELA ORDEM? OU QUESTÃO DE ORDEM?


Meus Irmãos vamos revisar algumas dicas:

Muitas vezes ouvimos em Loja um obreiro pedir a palavra diretamente ao Venerável Mestre, levantando-se e dizendo “pela ordem!” ou então “questão de ordem!”, principalmente quando a “palavra” está correndo nas Colunas.

Com esse pedido o Obreiro quer alertar que a ordem dos Trabalhos não está adequada, ou algo foi suprimido ou algo não está correto. Pode ser feito em qualquer período da Sessão.

Uma “questão de ordem” sobrepõe-se a qualquer outro pedido de palavra e quem a pediu só poderá falar, especificamente, sobre a alegada alteração da ordem. Cumpre esclarecer, subsidiariamente, que muitos Irmãos pedem a palavra “pela ordem”, sem saber o que estão fazendo, havendo muitos, inclusive, que acham que “pela ordem!” é pela “Ordem Maçônica” o que é um erro crasso, vide (Mestre José Castellani).

E aí falam sobre assuntos (na maioria das vezes demoradamente) que não tem nada a ver com o que está ocorrendo no momento.

Esclarecendo, sabemos que a “palavra” é concedida, primeiramente na Coluna do Sul, deveria ser: 

Chanceler para falar das efemérides (datas de aniversários) - percentual de presentes em Loja, uma breve alusão à data comemorativa - Menos dia da bandeira (kkkk), brincadeira - depois visitantes das colunas, oficiais das colunas.

Ai sim o 2º Vigilante com um toque breve do malhete, diz "V.'.M.'. voz peço a palavra - todos falam de pé e a ordem, só o chefe da coluna fala sentado, pois ele é uma das três luzes da Loja. 

Ai depois na do Norte, tesoureiro, visitantes, e por final o 1º Vigilante  com as mesmas prerrogativas do Ir. 2º Vig.

Finalmente, no Oriente.  A ordem segue 1º Secretário, Irmãos mestres visitantes com assentos no Oriente, Orador "falará como Irmão do quadro" - AUTORIDADES com assento à mesa do V.'.M.'., e por fim o Venerável Mestre.

Obs. Delegado, Deputado, Grandes Secretários, Juiz, etc. falam antes e assinam livro de presença antes também do V.'.M.'.

Somente o Grão-Mestre e seu Adj.'. falam e assinam o livro por último. E lógico o Orador quando dá as conclusões - fala o valor do Tronco - SAÚDA OS VISITANTES E AUTORIDADES PRESENTES - isto é prerrogativa do ORADOR. 

O V.'.M.'. pode fazê-lo como voto de cordialidade. 

A palavra só volta às Colunas para um novo giro quando o pedido for feito por um dos Vigilantes e deferido pelo Venerável Mestre. 

Sabemos, também, que o Obreiro não pode mudar de Coluna para poder falar duas vezes Isto é feito, principalmente, pelo Mestre de Cerimônias, pela facilidade de se locomover no Templo. Isso é totalmente anti-ritualístico e já presenciei essa “esperteza maçônica” muitas vezes em diversas Lojas.

Finalizando, acrescento que o pedido “pela ordem!” não é exclusividade da Maçonaria e existe em qualquer Instituição, ou até mesmo em reuniões de Condomínio, por exemplo, onde a existe uma determinada ordem para apresentação dos assuntos a serem discutidos.

(As informações foram extraídas de diversos trabalhos do Mestre José Castellani – Ed. Trolha).


O ALFABETO MAÇÔNICO: MENSAGEM CODIFICADA, O LEGADO DO QUADRADO MÁGICO DO MUNDO ANTIGO


A adoção do alfabeto maçônico parece ser uma inovação francesa que apareceu pouco depois da introdução da Maçonaria na França. Ele rapidamente se tornou muito popular e foi publicado em muitas divulgações. 

O princípio do alfabeto maçônico aparece por volta dos anos 1745 com as primeiras divulgações do catecismo francês dos maçons por Louis Travenol, vulgo Gabanon em 1744 no Sceau Rompu em 1745 e no Anti-Maçons em 1748. Depois de 1744, o alfabeto maçônico foi reproduzido nas divulgações e também é encontrado nos principais manuais do século XIX.

Desde a sua introdução, o alfabeto maçônico evoluiu, e é por isso que existem muitas variações. A codificação de uma carta torna difícil sua leitura, se você não tem a chave do código.
A ESTRUTURA
O alfabeto é inscrito em um quadrado formado por duas linhas paralelas verticais, cortadas por duas linhas horizontais igualmente paralelas. Este quadrado produz nove caixas, tanto abertas quanto fechadas. Elas contêm o alfabeto comum. Muitas letras são diferenciadas por um ou dois pontos.
Para tirar dessa figura o alfabeto maçônico, basta remover essas letras e representar em seu lugar as caixas onde elas estão, seja sem ponto, ou com um ou dois pontos. Estas nove caixas assim divididas formam, com a ajuda de pontuação, que as distingue no seu uso duplo e triplo, os caracteres da escrita maçônica. 
Estas foram rapidamente suplantadas por alfabetos, onde a dupla pontuação foi abandonada em favor da cruz de Santo André, onde as letras são dispostas nas caixas segundo uma regra regular simples.
UM EMPRÉSTIMO AOS TEMPOS ANTIGOS
Mais uma vez a Maçonaria fez um empréstimo de algo que existia anteriormente. Na verdade, o alfabeto maçônico é herdado dos quadrados mágicos que foram usados desde tempos antigos. Porfírio fez uma referência nos registros criptografados e Honorius de Tebas deu seu nome a um destes alfabetos.
Eles foram encontrados pelos esoteristas árabes do final do século VIII, desenvolvidos e organizado pelos cabalistas judeus, e adaptados por ocultistas e hermetistas cristãos ao longo da Idade Média e do Renascimento. Esse alfabeto é baseado em uma grade de criptografia diretamente inspirada no quadrado de 3.
Ele contém a chave geométrica que permite encontrar facilmente a todas as formas elementares do triângulo, assim como a linha reta, os esquadros com o ponto no centro da estrutura.
Esse uso também é encontrado no livro A Filosofia Oculta ou a Magia, de Henri Corneille Agrippa. Este estudo mostra a prática dos cabalistas judeus que costumavam codificar a língua hebraica. Eles dividiam os vinte e sete caracteres do alfabeto hebraico (22 + 5, contando as formas finais das letras) pelas nove caixas em um quadrado, com três letras por caixa e usando uma dupla pontuação.

Hoje, o alfabeto maçônico tornou-se um elemento que parece um pouco folclórico para nossos contemporâneos e que a maioria das pessoas ignora.
No século XVIII, esta prática correspondia a uma cultura que cultivava o gosto pelo oculto e o secreto. Ele já não reflete a mentalidade atual.
Autora: Irene Mainguy
Tradução: José Filardo
Publicado originalmente em: Franc Maçonnerie Magazine


A COLUNA J


Salomão homenageando aos seus digníssimos parentes, grafando suas iniciais às colunas do templo nos dá, com sabedoria, a medida certa de aprendizado.

A Maçonaria atraiu para si as Colunas inspirada na descrição do Grande Templo de Salomão, contidas nas Sagradas Escrituras.

As colunas gêmeas significam, na tradução latina, “Ele firmará a força”; esse dualismo tem significado muito esotérico, sendo destinada a acompanhar aquele que receberia de Jeová a consagração.

Na liturgia Hebraica, representavam a dualidade do universo, onde uma coisa só existe em função de outra, seria algo como a noite e o dia, o homem e a mulher, o bem e o mal, o certo e o errado.

Representariam as Colunas modernas, os sexos, a Coluna B que junto com a Coluna do 1º Vigilante significa o feminino, é denominada de Coluna da Força, e a Coluna J, com a coluna do 2º vigilante, o masculino, a da Beleza.

Outra interpretação a que se dá é a de que a Coluna B, que corresponde aos Aprendizes, poderia representar Buda, que nasceu antes de Jesus e dedicou a maior parte de sua vida à construção de escolas.

A Coluna J, que corresponde aos Companheiros, poderia representar Jesus que viveu cercado de seus discípulos. Estas duas colunas ficam próximas às colunas zodiacais em que, por propósito ou coincidência, o lado de Buda  corresponde a Áries, signo do fogo, e Buda significa o Iluminado.

E a do lado de Jesus, a Peixes, que é o símbolo do Cristianismo. Convido agora, meus irmãos, a ficarem entre estas colunas, que demarcam a entrada do templo através de uma porta imaginária e assim podermos meditar sobre o simbolismo e o significado de cada uma delas.

Estas colunas simbolizam o equilíbrio que se consegue com a utilização de duas forças contrárias, opondo-as uma à outra de forma que se neutralizam quando desenvolvidas na mesma intensidade, conseguindo se, assim, a harmonia perfeita.

Enquanto Aprendiz, nosso trabalho ainda não podia ser consciente e ativo, sendo mais um trabalho material e destrutivo. Ignorávamos ainda os princípios filosóficos da Ordem, desbastávamos a Pedra Bruta interior, permitindo que os sublimes ideais da Maçonaria penetrassem no íntimo, purificando nossos pensamentos, afastando os defeitos de nossa educação profana, permitindo-nos assim, compreender toda a pureza dos ideais Maçônicos.

Combatemos, em nós mesmos, a ignorância, a superstição e a vaidade.
Agora nosso trabalho já é mais consciente e ativo, desenvolvendo uma atitude construtiva e sendo um elemento ativo nos trabalhos da Arte Real.

Destruímos, ao passarmos para a Coluna J, mais ainda a personalidade defeituosa que trouxemos da vida profana para tornar-nos aptos a enxergar e compreender a verdadeira Luz.

E, agora que estamos no caminho da Luz, precisamos passar à parte ativa do nosso trabalho fazendo nossa obra construtiva e criando em nosso interior, uma nova personalidade que permita-nos utilizar nossos próprios pensamentos na direção de nossos atos, trabalhando mais a força mental do que a física.

Nossos atos serão assim, pensados, meditados e traçados pelas mais rígidas regras da moral e dos bons costumes. Os pensamentos mais puros, mais esclarecidos serão dirigidos sempre no sentido do bem para com toda a humanidade, da liberdade, da igualdade e da fraternidade.

Sentar ao sul e vislumbrar a Coluna J é um exercício que nos leva a avaliar a delicadeza do novo.


Por Maurilo Humberto, M.M. ARLS Astro do Oriente, O.’. Pirassununga, SP - Brasil 

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