Através dos séculos
houve sempre a preferência por uma estrela de cinco pontas como figura dos
astros de aparência menor do que a do sol e da lua.
Planeta Vênus tem
sido representado assim e é considerada uma estrela matinal e vespertina,
ensejou lendas sem conta. Por outro lado, A Estrela de Cinco Pontas sempre foi,
desde tempos remotos, e até hoje, o distintivo de comandantes militares, e de
generais.
Como Símbolo
Maçônico, A Estrela Flamejante de origem Pitagórica, pelo menos quanto ao seu
formato e significado, este muito mais antigo do que aqueles que lhe deram
alquimia, a magia e o ocultismo, durante a idade média.
O seu sentido
mágico alquímico e cabalístico e o seu aspecto flamejante foram imaginados ou
copiados por Cornélio Agrippa de Nettesheim (1486-1533), jurista, médico e
teólogo, professor em diversas cidades europeias. A magia, dizia ele, permite a
comunicação com o superior para dominar o plano inferior. Para conquistá-la
seria necessário morrer para o mundo (iniciação). Símbolo e distintivo dos
Pitagóricos.
A Estrela de Cinco
Pontas ou Estrela Homonial é também denominada com impropriedade etimológica,
Pentáculo (cinco cavidades), Penta Grama (cinco letras ou sinais gráficos,
cinco princípios) ou Pentalfa. Importa saber que os pitagóricos a usam para
representar a sabedoria (sophia) e o conhecimento (gnose) e provavelmente
empregavam no interior do pentáculo a letra gama, de gnosis.
A Estrela
Flamejante era símbolo desconhecido pelos pedreiros livres medievais. Seu
aparecimento na Maçonaria, a partir de 1737, não encontrou guarida em todos os
Ritos, pois o certo é que os construtores medievais conheciam a figura estelar
apenas como desenho geométrico e não com interpretações ocultas que se
introduziram na Maçonaria especulativa.
A Estrela Flamejante
corresponde ao Pentagramaton ou Tríplice Triângulo cruzado dos pitagóricos.
Distingue-se do Delta ou Triângulo do Oriente, embora, entre os antigos
egípcios representasse também Horus que em lugar do pai, Osíris passou a
governar as estações do ano e o movimento.
O verdadeiro
sentido da Estrela Flamejante é Homonial, eis que o símbolo designa o homem
espiritual, o indivíduo dotado de alma, ou de fator de movimento e trabalho. Ou
seja, o indivíduo como espírito ou fagulha interna que lhe concedeu o G.·.A.·.D.·.U.·.
. A ponta superior da Estrela é a cabeça humana, a mente. As demais pontas são
os braços e as pernas.
Na Maçonaria essa
idéia serve para lembrar ao Maçom que o homem deve criar e trabalhar, isto é,
inventar, planejar, executar e realizar, com sabedoria e conhecimento. Pode
ocorrer que o ser humano falhe nos seus desígnios. O Maçom também pode falhar
como ser humano, mas seu dever é imitar, dentro de seus ínfimos poderes o G.·.
A.·. D.·. U.·., o ser dos seres.
Aí está O principal
segredo do Grau de C... . Outra interpretação é a que se refere a 3+2=5, soma
em que três é a divindade cuja fagulha é encarnada e dois é o material, o ser
que se reproduz por dois sexos opostos e não consegue perpetuar-se de outro
modo.
As cinco pontas da Estrela ainda lembram os
cinco sentidos que estabelecem a comunicação da alma com o mundo material.
Tato, audição, visão, olfato e paladar, dos quais para os Maçons três servem a
comunicação fraternal, pois é pelo tato que se conhecem os toques Pela audição
se percebem as palavras, e pela visão se notam os sinais. Mas não se pode
esquecer o paladar, pelo qual se conhecem as bebidas amargas e doces, bem como
o sal, o pão e o vinho.
Finalmente pelo
olfato se percebem as fragrâncias das flores e os aromas do altar de perfumes.
A letra "G", interior com o significado de gnose ou conhecimento
lembra a quinta essência, quanto ao transcendental. Quanto ao Homonial, lembra
ao Maçom o dever de conhecer-se a si mesmo.
No Grau de
Companheiro recomenda-se ao Maçom o dever de analisar as próprias faculdades e
bem empregar os poderes pessoais em benefício da humanidade.
POSIÇÃO DA ESTRELA
FLAMEJANTE NO TEMPLO
Os Rituais do mundo
e os diversos Ritos Maçônicos não se entendem também quanto à colocação da
Estrela Flamejante no alto do recinto do Templo. Uns a colocam no oriente a
frente do trono, outros a configuram no interior do D.·., o que parece mais
sugestivo, principalmente quando o Obreiro na elevação de Grau é chamado a
contemplar o Triângulo Radiante.
Outros, entendendo que ela é de brilho
intermediário, isto é, de luminosidade simbolicamente situada entre a luz ativa
do sol e a luz próxima ou reflexa da lua, mandam situá-la no meio do teto do
Templo, dependurada, ou pelo menos no meio-dia, onde à maneira inglesa está o
2º Vigilante.
Outros a consideram
uma Estrela do Ocidente. Lojas do Rito Moderno as têm colocado no ocidente ao
lado do 2° Vig.·. (norte). Entende-se que a melhor forma é se colocar a Estrela
Homonial no meio do teto do Templo, ou de maneira que o Iniciado possa
contemplar o Símbolo quando é chamado a fazê-lo.
SIGNIFICADOS
MAÇÔNICOS DA LETRA G NO INTERIOR DO PENTAGRAMA
Ficou demonstrado
que a melhor significação do G central do pentagrama é gnose=conhecimento. O
caráter Homonial da Estrela Flamejante é indiscutível, a luz das fontes
pitagóricas e das referências gregas e romanas.
Ninguém negaria ao
Símbolo o seu sentido mágico, eis que Pitágoras se dedicava à magia. No
pentagrama a letra G quer dizer principalmente gnose, porém para satisfazer
gregos e troianos tem que se acrescentarem os significados, GERAÇÃO, GÊNIO,
GEOMETRIA e GRAVITAÇÃO, e também GLÓRIA PARA DEUS, GRANDEZA PARA O VENERÁVEL DA
LOJA, ou para A LOJA, e tem sido registrado em muitos Rituais Maçônicos na
tentativa de se encontrar ligação entre estes hipotéticos significados da letra
"G". Diz-se que GERAÇÃO estaria ligada ao princípio (gênesis da
Bíblia) ou a Arquem, dos gregos.
Gênio seria o
correspondente a "DJINN" dos árabes e a "GINES" dos persas,
que no ocultismo tange aos chamados "ELEMENTAIS" ou
"SEMI-INTELIGENTES ESPÍRITOS DA NATUREZA" e em outras interpretações
quer dizer o espírito criador ou inventor, ou a chama realizadora. GEOMETRIA,
ciência da medida das extensões, que lembra as regras do grande geômetra para
realizar a Arquitetura do Universo.
Na sabedoria ela
provocou os diálogos sobre ORDEM, EQUlLÍBRIO e HARMONIA. A GRAVITAÇAO
lembra Newton e sua lei: A matéria atrai a matéria na razão direta das massas e
na razão inversa do quadrado das distâncias. ARQUEU, O PRINCÍPIO, O FOGO
REALIZADOR A palavra Arqueu, que deriva do grego que queria dizer, princípio,
principal, primeiro, príncipe, reino, domínio.
Para os gregos, a
palavra tinha o sentido de poder formador da natureza. Seria a essência vital
que exprime as propriedades e as características das coisas. Por comparação,
corresponderia ao sopro divino que deu vida a Adão na Bíblia.
Ensinam certas
instruções maçônicas o motivo simbólico das chamas que envolvem a Estrela
Pentacular, relembrando Arqueu, o Fogo Realizador, ou ensinando que a letra G
significa o gênio ou a BUSCA SAGRADA que anima o C.·. M.·. . à realização.
Tem-se afirmado que
a Estrela Flamejante traduz a luz interna do C.·. M:. ou que representa o
próprio homem Maçom dotado da luz divina que lhe foi transmitida.
A estrela de cinco
pontas é então a força que impulsiona o companheiro em direção das suas metas e
dar sentido as suas realizações, o numero cinco a qual a estrela faz alusão se
funde na alma do companheiro que uma vez elevado a um patamar mais alto pode
vislumbrar as luzes desta estrela e pode-se então guiar por esta luz pra que a
sua caminhada que já é longe das trevas do mundo profano possa se refinar e dar
sentido a sua obra interior, absorvendo a luz desta estrela que representa o
corpo humano e utilizando a quinta essência o companheiro desperta para as
luzes do saber e da compreensão da humanidade e do sentido oculto do saber e do
realizar.
Que o GADU ilumine
as nossas mentes para que posemos sempre caminhar longe das trevas e em direção
a sua Luz. .
Flávio Dellazzana,
C.'. M.'.
A.'.R.'.L.'.S.'.
PEDRA CINTILANTE, 60
G.'.O.'.S.'.C.'./C.'.O.'.M.'.A.'.B.'.
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