SÍMBOLO, SIMBOLISMO EM GERAL E NA MAÇONARIA


“Scribitur ad narrandum, non ad probandum.” (Quintiliano)

O tema, o que passo a desenvolver, possui em seu conjunto milhares de interpretações com relação ao seu significado. Por isso, apresento abaixo, vários conceitos e definições da palavra Símbolo:

É aquilo que, por um princípio de analogia, representa ou substitui outra coisa; vem do grego sumbolon, sinal de reconhecimento formado pelas duas metades de um objeto quebrado que tornam a se juntar; por extensão, essa palavra significa uma representação analógica relacionada com o objeto considerado; vem do latim symbolum, igual (sinal, emblema), é a figura, a marca, ou qualquer objeto que tenha significação convencional, ou seja, que quando visto já sugere um significado consagrado pela tradição e pelo uso.

É como um sensível, com consistência própria, mas através É o objeto físico ao qual se empresta uma significação moral fundada em relação natural.

Os símbolos são então, ferramentas do pensamento. São modos diferentes de se encarar a realidade, de percebê-la e integrá-la em nós. As vezes, esquecemo-nos de que todas as unidades de medidas começaram com o corpo humano. Uma polegada (a largura de um polegar); uma braça (a extensão dos braços abertos); um palmo; um codo (um cotovelo); um passo etc.

Fechando a síntese da compilação sobre o símbolo, direcionado ao seu campo geral, passo agora a detalhá-la no âmbito da Maçonaria.
SÍMBOLO MAÇÔNICO
O Símbolo na Maçonaria é constante e latente em todas as suas partes. É preciso, portanto, penetrar pacientemente no seu significado. Somente pelo estudo dos símbolos é que se pode chegar ao esoterismo.
Na Maçonaria, todos os símbolos são ligados à arte de construir, desde os projetos da construção, até ao exercício do ofício do pedreiro. Todavia, como a Ordem Maçônica é uma instituição iniciática, com alto conteúdo moral, espiritual e místico, os símbolos possuem, para os maçons, dois significados: um exotérico e outro esotérico.
do qual se pode perceber uma relação de significação. Antes de significar, ele já possui, em seu poder, sua natureza própria. Ele se apresenta primeiro com um ser conhecido por ele mesmo, depois apenas com um ser que tem uma relação de significação em outro termo.

É imagem, é pensamento… Ele nos faz captar, entre o mundo e nós, algumas dessas afinidades secretas e dessas leis obscuras que podem muito bem ir além do alcance da ciência, mas que por isso são menos certas. Todo símbolo é nesse sentido, uma espécie de revelação.

O símbolo difere do emblema, por ser mais amplo, mais extenso, e sua compreensão relaciona-se intimamente com os conhecimentos já adquiridos por quem o estuda.

EXOTÉRICO (do grego, exoterikós; pelo latim, exotericus = comum, trivial), em filosofia, é aquilo relativo à doutrina ensinada publicamente; figuradamente, significa exterior, comum, vulgar, ordinário. É, então, aquilo que pode ser de conhecimento público e não só dos iniciados.

ESOTÉRICO (do grego esoterikós = reservado apenas aos iniciados) É relativo à linguagem e aos ensinamentos somente aos iniciados. São incompreensíveis aos não iniciados.

Assim, em Maçonaria, o significado esotérico dos símbolos, sempre de alto valor espiritual e místico, não pode ser revelado aos profanos.
Pode-se ainda dividir os símbolos maçônicos em cinco classes principais, levando- se em conta as várias origens e procedências:
§  Místicos e Religiosos;
§  Da Arte da Construção (Operativos);
§  Herméticos e Alquímicos;
§  De caráter particular;
§  Tradicionais.
Lembro aqui também, que todo símbolo possui duas partes:
§  SIGNIFICANTE – É a visível, objetiva; e
§  SIGNIFICADO – É a invisível, inefável, interpretável conforme nossas verdades internas, projeções de nossa essência que poderão refletir em nossa existência a medida que nossa inconsciência permitir uma transparência suficiente para tal.

SIMBOLISMO E SUAS VARIAS DEFINIÇÕES
§  É o conteúdo ou interpretação dos símbolos;
§  É um sistema de símbolos que expressa fatos ou crenças de um povo;
§  É um sistema de signos escritos cuja articulação se dá segundo regras, e que traduz visualmente a formação de um raciocínio;
§  Como efeito, é uma verdadeira ciência que tem suas regras precisas e cujos princípios emanam do mundo dos Arquétipos;
§  É expressão ou interpretação por meio de símbolos; e
§  É um poderoso meio que pode nos levar ao conhecimento.
Mostrado o conceito geral do simbolismo, passo a defini-lo no âmbito da Maçonaria.
SIMBOLISMO MAÇÔNICO
O Simbolismo é, pois, tudo que tenha natureza sensível. É, sem dúvida, a chave de uma sabedoria maior que se revela tanto pela lógica como pela percepção e intuição.
A Maçonaria tem como herança, a guarda desta chave que abre as portas para o iniciado penetrar na essência das verdades veladas, de uma realidade que explica os PORQUÊS e a própria existência do que é visível (concreto) e do invisível, bem como do inefável.
A começar pelo Templo Maçônico, que é a representação fiel do Universo. É o Yang e o Ying do TAO, isto é, a Terra e o Céu, as polaridades inversas, porém complementares entre si. Recordemos o que está escrito na famosa “Tábua de Esmeralda”, atribuída ao lendário Hermes Trimegisto (Três Vezes Grande), que diz:
“TUDO QUE ESTÁ AQUI EMBAIXO TAMBÉM ESTÁ NO ALTO; TAMBÉM NO ALTO ESTÁ O QUE AQUI ESTÁ EMBAIXO; POIS TUDO É OBRA DE UMA SÓ COISA”.

Toda esta sabedoria pode ser resumida na afirmação de que, os Microcosmos e os Macrocosmos são reflexos um do outro.
O Simbolismo não tem e nem pode ter regras fixas e inalteráveis. Nele prevalece sempre a ideia, a interpretação e o significado que se pretende aplicar ao símbolo e, para que isso seja plenamente possível há necessidade de conceituá-lo.
O Simbolismo, também foi um movimento que surgiu na França aproximadamente em 1.885. Este movimento agrupava poetas que reagiam contra o ideal estático da “Arte pela Arte”, e do positivismo da literatura naturalista.
Na atualidade o Simbolismo Maçônico quase inexiste, porque a nossa imagem arquétipa está à beira de se apagar, tal como uma bateria elétrica que já prestou bons serviços e agora se encontra quase vencida pelo desgaste. Há muito não se realiza SIMBOLISMO na Ordem, ao contrário se pratica um intenso ALEGORISMO.
Assim cabe a pergunta: Será nossa atual condição, a de sociedade iniciática?
Haja vista que o processo iniciático como o próprio nome diz, do latim INITIUM que tem a mesma equivalência de RELIGAR, ou seja, ligar o HOMEM a DEUS, não está hoje ensinando praticamente nada sobre isso. Não obstante a iniciação tem ensinamentos profundos, que não recebem a devida atenção do ponto de vista de estudos e pesquisas por parte da Ordem, bem como por outro lado, tem se motivado muito pouco este tipo de ação.

A MAÇONARIA APRESENTA NO SEU SIMBOLISMO VÁRIOS CONCEITOS
§  É a ciência da moral, revelada por meio de alegorias e ilustrada por símbolos. Significa o conhecimento dos três primeiros graus, que constituem a base e fundamento da Maçonaria;
§  É a corrente iniciática da Maçonaria regular e pertence às Grandes Lojas Simbólicas, e que, pela qual, mantêm-se com a Maçonaria Filosófica tratados de paz e harmonia; e
§  Teve origem no período especulativo, sendo que uma das razões estava na necessidade de se redescobrir os símbolos do passado e que tiveram seu conteúdo doutrinário e iniciático deturpado, desfigurado e velado pela ignorância (proposital ou não) da eclesiástica medieval e pelos sofismas dos doutores escolásticos.

ILUSTRAÇÕES DE SÍMBOLOS GERAIS
Símbolos usados desde tempos muito antigos até a Idade Média -, recolhidos por Rudolph Kock e por aqueles que pesquisam gravuras, inscrições e manuscritos:
§  O Ponto é a origem de todos os sinais e é também sua essência mais íntima. Era com esta ideia que as Lojas Maçônicas de outrora expressavam os segredos de suas guildas por meio do ponto.
§  O traço vertical representa a unidade de Deus, ou a Divindade, de modo geral; ele também simboliza o poder que desce do alto sobre a humanidade por coisas elevadas. Por outro lado, no traço horizontal vemos a Terra, onde a vida flui e tudo se move no mesmo plano.
§  O ângulo, ou o encontro do celestial e do terrestre. Como não possuem nada em comum, eles se tocam, mas não se cruzam. Este símbolo representa a reciprocidade entre Deus e o Mundo. Nas Lojas Maçônicas da Idade Média, o ângulo reto – o “Esquadro” – era o símbolo da Justiça e da integridade.
§  O Chrismon mais generalizado e conhecido. Segundo a lenda, o Chrismon apareceu em sonho ao Imperador Constantino, acompanhado de uma voz que dizia: “In Hoc Signo Vinces” – “Com este sinal vencerás”. Assim, ele mandou adornar seu estandarte de guerra com este símbolo. Esta bandeira é chamada “Lábaro”. “In Hoc Signo Vinces” foi a divisa do Império do Brasil. Ele é também chamado de “Signum Dei”.
§  A Cruz Grega, “CRUX IMMISSA QUADRATA”. No sinal da Cruz, Deus e a Terra estão combinados e em harmonia. De duas linhas simples nasceu um símbolo completo. A Cruz é certamente um dos mais antigos símbolos; encontrava-se por toda parte, sem ter qualquer relação com a concepção de Cristandade.
§  A Cruz de Santo André, Cruz na qual André foi martirizado. Também chamada “Crux decussata”. Era a marca de fronteira dos romanos, derivada da cruz por eles usada como barreira. Na heráldica chama-se aspa, e é símbolo da Escócia e da Rússia.

Sem termos de comparação, o maior número de símbolos do mundo ocidental é baseado na forma ou em parte da forma da Cruz, sejam eles monogramas imperiais, sinais maçônicos, sinais de família, símbolos químicos ou marcas registradas.
CONCLUSÃO
Neste trabalho, limitei-me a enumerar várias definições do tema proposto em seu título. Com intuito de oferecer subsídios de um conhecimento, que nos habilite a entender o Simbolismo Maçônico – uma vez que hoje são poucos os Maçons que conhecem os ensinamentos contidos nos Rituais e Símbolos adotados pela Ordem.
“Quod scripsi, scripsi.” (João, l9, 22)
Autor: José Amâncio de Lima
Bibliografia
CARVALHO, Francisco de Assis. Caderno de Pesquisas Maçônicas Nº 8 – A Tolha. BOUCHER, Jules. A Simbólica Maçonaria. ZELDIS, Leon. Estudos Maçônicos – Simbolismos. OLIVEIRA, Welington, B. Um Conceito de Maçonaria. CORRÊA, Oneas D’Assunção; PERTENCE, Arnaldo. Ritualística e Procedimentos Maçônicos. CASTELLENI, José. Dicionário de Temas Maçônicos. Dicionário Aurélio. Dicionário Koogan Larousse
Outros autores consultados
Jean C. M. Travers; Brunetière; Leon Zeldis.


PARA SER UM VERDADEIRO MAÇOM


Maçom é dado logo perceber que há apenas uma loja maçônica, o Cosmos, e uma Fraternidade os irmãos maçons, independentemente dos ritos maçônicos, em graus ou hierarquias, composto por todos aqueles lá e mover-se em qualquer um dos planos de alvenaria, sem maçônicas ou regularidades..

Ele também sabe que o lendário Templo de Salomão é realmente o Ser Humano Solar: - Sol - interiorização Superior, Rei do Universo interior, manifestando-se através dos construtores primários.

Ele percebe que seu voto de irmandade e fraternidade é universal, e que minerais, plantas, animais e homens, estão todos incluídos no real fazer maçônica.

Seu dever como maior construtor com todos os reinos da natureza à sua obra, a grande obra, a distingue como o criador solar, que preferem morrer a perder o seu grande arquiteto obrigação.

Ele dedicou sua vida no altar de sua consciência purificada, e está ansioso para servir ao menor através dos poderes recebidos de uma hierarquia superior.

O místico, adquirindo olhos para ver além do ritual escrito, maçônico Freemasons reconhece a unidade, expressa através da diversidade de formas.

O verdadeiro maçom maçonaria mais profunda tem sempre do lado esquerdo de seu culto de personalidade.

Com sua poderosa penetração, ele percebe que todas as formas existentes e a sua posição sobre questões materiais não são importantes para ele em comparação com a vida que está se formando dentro de si mesmo.

Todo mundo que permitem que as aparências ou manifestações mondadas de entre as tarefas a si mesmo tenha sido atribuído no exercício da vida maçônica é um fracasso, porque a Maçonaria é uma ciência abstrata, cujo objetivo final é o desenvolvimento harmonioso de Ser.

A prosperidade material não é uma medida para o engrandecimento do seu ser.

O verdadeiro Maçom percebe que por trás dessas diferentes formas, há um, ligado ao princípio da Eternidade: o brilho da criação em todas as coisas vivas.

É esta vida que ele considera quando se mede o valor de seu irmão.

É esta vida para a qual ele apela para reconhecer a unidade espiritual.

Ele entende que a descoberta desta centelha de Deus é o que o um membro consciente da Grande Loja Cósmico faz.

Acima de tudo, você deve vir a entender que divino sol centelha brilha tanto no corpo de um inimigo como no mais querido irmão.

O verdadeiro Maçom aprendeu a ser eminentemente impessoal no pensamento, ação e desejo.

Por: Emilio Raul Ruiz Figuerola.


A GEOMETRIA E O NÚMERO NA ARTE REAL


A Maçonaria encarna uma via iniciática por meio da qual ainda é possível, num Ocidente obscuro e enfermo, vincular-se efetivamente à Tradição Unânime e Primordial.
Trata-se de uma Arte na qual foram purificados e endossados símbolos, ritos e mitos de ordem cosmogônica que reis, guerreiros e homens de oficio reconheceram, desde tempos imemoriais, como suportes para a realização metafísica.
O neófito iniciado nos mistérios da Arte Real recebe uma influência espiritual que opera sua regeneração psíquica, isto é, seu renascimento ou tomada de consciência de si mesmo como homem verdadeiro.
Este despertar corresponde simbolicamente a um percurso de um ponto de uma circunferência até seu centro, e também a uma conta ao inverso, que parte do denário e termina na Unidade, princípio gerador da multiplicidade implícita na década.
Acabada a viagem pelos pequenos mistérios, começa, sem solução de continuidade, o trânsito pelos mistérios maiores, a ascensão pelo eixo imóvel em torno ao qual gira a roda do porvir, ou raio que, atravessando o Sol, traça a via que devolve o ser ao seio do Não-Ser.
GEOMETRIA, NÚMERO E COSMOGONIA
O profano que solicita ser admitido na Franco-Maçonaria, no Rito Escocês Antigo e Aceito, redige um testamento filosófico na Câmara de Reflexão ante os três princípios alquímicos. Três zonas de seu corpo são desnudadas antes de ser conduzido, privado da visão, até a porta do Templo.
Tendo sido introduzido na Loja, realiza nela três viagens, e recebe por fim a Luz ao terceiro golpe do malhete do Venerável Mestre. O ternário preside o início da edificação do templo interior do maçom da mesma forma que a construção do Cosmos, do qual a Loja é uma imagem perfeita.
As teogonias mais elevadas consideram um ternário principial constituído por um princípio superior ou Ser puro (na tradição hindu, Ishwara ou Apara-Brahma; na tradição extremo-oriental, o “Grã Extremo” ou Tai-ki) e a primeira das dualidades surgida da polarização da Unidade (Purusha e Prakriti na tradição hindu; o Céu, Tien, e a Terra, Ti, na tradição extremo-oriental).
O Ser ou Unidade transcendente, no seio do qual se acham indissoluvelmente unidas as duas polaridades do binário principial anteriormente a toda diferenciação, pressupõe outro princípio: o Brahma neutro e supremo (Para-Brahma ) do hinduísmo, o Wu-ki do taoísmo, o Não-Ser ou Zero metafísico do qual nada pode ser predicado e que contém ao Ser que é sua afirmação.(1) Segundo a Cabala, o Absoluto, para manifestar-se, se concentra em um ponto infinitamente luminoso, deixando as trevas ao seu redor.
Esse ponto luminoso é o Ser no seio do Não-Ser, a Unidade que afirma o Zero e da qual emanam as manifestações indefinidas do Ser.(2)
Assim como o um é o símbolo aritmético da Unidade, o ponto sem dimensões é a imagem geométrica do Ser. Sua determinação no seio do Não-Ser é análoga à que uma ponta de um compasso estabelece ao apoiar-se em uma folha de papel.
Se produz a polarização do um-ponto-Ser-Unidade no binário ao apoiar a segunda ponta do compasso na folha. Os dois pontos determinados sobre o papel estão vinculados entre si por meio do compasso, e o segmento de reta que une ambos os pontos é a projeção unidimensional de tal vínculo sobre o plano geométrico. Aritmeticamente, pode-se simbolizar a polarização da Unidade como o produto de dois números inversos entre si:
1 = n x 1/n
sendo n um número inteiro qualquer. O produto n x 1/n não é distinto da Unidade; a dualidade aparece só ao considerar-se separadamente os dois elementos complementares de tal produto, indiviso no interior da Unidade. Outra imagem numérica equivalente é a obtenção do dois pela soma da Unidade com seu reflexo, que é ela mesma:
1 + 1 = 2
Esta operação simboliza de uma maneira nítida a gênese do binário pela Unidade, e mostra que não há nada na natureza deste que seja diferente da Unidade geratriz.
A consideração distintiva da Unidade e da dualidade produz o ternário:
2 + 1 = 3
Geometricamente, o ternário surge ao se traçar arcos de circunferência centrados nos dois pólos do binário e cortá-los entre si, definindo um terceiro ponto ou vértice. Se a abertura do compasso é igual à distância entre os extremos do binário, se obtém, ao unir os vértices dois a dois mediante segmentos de reta, um triângulo equilátero que de novo evoca a não-diferença entre a Unidade e suas produções duais.
proporção áurea é uma das expressões mais sintéticas do caráter interior do ternário formado pela Unidade no binário. Esta proporção, à qual na antiguidade grega se designava com a vigésima primeira letra do alfabeto (21 = 2 + 1 = 3), se obtém ao dividir um segmento em duas partes, de maneira que o comprimento da parte menor esteja para a da maior como esta para o comprimento total do segmento dado.

Se diz que a parte menor é segmento áureo da maior e que a maior o é do segmento inicial. A proporção áurea é a quantidade incomensurável resultante do quociente entre o comprimento do segmento dado e a de seu segmento áureo. Esta última se determina geometricamente desenhando um triângulo retângulo que tenha por catetos o segmento dado e sua metade, e restando à hipotenusa o cateto menor.

A proporção áurea é a única proporção continua de três termos (3) que se pode construir com só dos termos distintos. O segmento e suas duas partes são “três que são dois, que são um”, o símbolo de uma diferenciação entre a Unidade percebida como objeto e o preceptor de tal objeto contido ambos no reconhecimento ininterrupto de uma Unidade omnicompreensiva. Por outro lado, tal diferenciação prefigura as dimensões primeiras e segundas da manifestação no seio da Unidade, o qual é refletido pela propriedade geométrica de que, se a comprimento do segmento dado é a unidade de medida, as medidas de suas partes em proporção áurea resultam ser uma o quadrado da outra (ou, reciprocamente, esta é a raiz daquela). (4)
A Unidade adicionada ao ternário produz o quaternário. O Tao te Kingdiz: “O Tao deu a luz ao Um, o Um deu a luz ao Dois, o Dois deu a luz ao Três, o Três deu a luz às inúmeras coisas”(5), pelo que, nas palavras de René Guénon, “o quatro, produzido imediatamente pelo três, equivale de certo modo a todo o conjunto dos números, e isso porque, desde que se tenha o quaternário, se tem também, pela adição dos quatro primeiros números, o denário, que representa um ciclo numérico completo: 1 + 2 + 3 + 4 = 10, que é, como já dissemos em outras ocasiões, a fórmula numérica da Tetraktys pitagórica”. (6) o quatro é o símbolo da Unidade que se manifesta; é o número que marca a manifestação, a qual se desdobra em um marco de referência quaternário composto de um espaço tridimensional e o tempo (3 + 1 = 4 ) no qual todos seus elementos se acham regidos pela lei da tétrada: quatro pontos cardeais, quatro estações do ano, quatro idades do homem.

A representação geométrica do quaternário em seu aspecto estático é o quadrado, e em sua vertente dinâmica, a cruz. A complementaridade de ambos os símbolos fica patente ao inscreverem-se as figuras em uma circunferência: uma e outra resultam de unir os quatro vértices circunscritos mediante segmentos retos das duas maneiras que é possível fazê-lo, cada um com seu contíguo ou então cada um com seu oposto.

Os braços da cruz são como os raios de uma roda que, dando-lhe rigidez, afirmam seu giro em torno de seu eixo. Ao contrário, os lados do quadrado são como limaduras ou planos da roda que detêm seu giro e a fixam.

O traçado do quadrado se efetua a partir da cruz unindo-se os extremos contíguos desta. A cruz se constrói no interior da circunferência, desenhando-se um diâmetro e sua perpendicular. Isso nos devolve à consideração de que tudo parte de um Centro único, que o quaternário manifesta.

O tetraedro é a figura geométrica que expressa o quaternário na tridimensionalidade. Sua projeção vertical sobre o plano ao qual pertence sua base é um triângulo equilátero cujas três alturas convergem em seu centro, reflexo da cúspide do poliedro. O ponto afirmado no seio do triângulo e acima do tetraedro são imagens do Verbo manifestado, pelo que se diz que o quatro é o número da Manifestação.

Na Loja, o ponto mais alto é o olho do Delta luminoso, ou a iod do Tetragrama divino, ambos os símbolos do grande Arquiteto do Universo para cuja glória trabalham os maçons. (7) O quaternário também é revelado pela planta em forma de quadrado longo do Templo maçônico e do pavimento mosaico, cujas dimensões são igualmente significativas (comprimento duplo ou triplo que a largura; retângulo de litígios de largura 3 e comprimento 4; comprimento e largura em proporção áurea, etc.).

O giro da cruz ao redor de seu centro – engendrando a circunferência que, em união com seu centro, representa o denário – é a expressão geométrica da circulação do quadrante que a Tetraktys pitagórica simboliza aritmeticamente (1 + 2 + 3 + 4 = 10). A cruz resolve exatamente o problema inverso da quadratura do círculo, dividindo sua área em quatro partes iguais, o que se pode expressar numericamente permutando os termos da igualdade anterior (10 = 1 + 2 + 3 + 4).

(8) Para quadrar o círculo com um quadrado cuja área seja igual à do círculo dado, se requer a intervenção do quinário: deve-se inscrever, em primeiro lugar, um pentágono no círculo; logo, um segundo pentágono cujos vértices sejam os pontos médios dos arcos de circunferência limitados por vértices adjacentes do primeiro pentágono; e, por último, outros dois pentágonos cujos vértices se acham pela bissecção dos arcos demarcados respectivamente por um vértice do primeiro pentágono e o vértice mais próximo do segundo.

Obtêm-se assim quatro pentágonos cujos vinte vértices, que podemos numerar correlativamente, se distribuem uniformemente ao longo da circunferência. As retas que passam por quatro pares de vértices tais como o segundo e o quinto, o sétimo e o décimo, o duodécimo e o décimo quinto, e o décimo sétimo e o vigésimo delimitam um quadrado cuja área é muito aproximadamente a do círculo dado.(9)

O Aprendiz maçom que ingressa em Loja toma assento na coluna do Setentrião. Diz-se que é a região menos iluminada do templo, apta para quem acaba de iniciar suas andanças pela via do Conhecimento e que “ainda não é capaz de suportar uma grande luz”.
Procedente do âmbito da manifestação total do Ser, simbolizada pelo denário e pela roda ou o círculo, começa seu caminho de retorno à Unidade, isto é, ao centro de si mesmo iluminando seus passos com uma ainda débil claridade interior. Como o personagem do nono arcano do Tarot, lanterna na mão, avança lentamente, com paciência e em solidão, regressando do nove ao oito, do oito ao sete…
Autor: Marc Garcia
Tradução: Sérgio K. Jerez
Notas
1
René Guénon, La Gran Tríada, cap. II. Ed. Obelisco, 1986.
2
René Guénon,  Sobre el Número y la Notación Matemática. Cuadernos de la Gnosis nº 4, pág. 7. Ed. Symbolos, 1994.
3
Relação proporcional de três quantidades das quais uma é o termo médio, da forma a/b = b/c. Na proporção áurea, a é o comprimento do segmento dado,b o de seu segmento áureo e c o da parte menor.
4
Ver Robert Lawlor, Geometría Sagrada, cap. V. Editorial Debate, 1993. A “unidade de medida” a que nos referimos é um comprimento eleito por convenção como escala com a finalidade de poder medir, com relação a ela, os demais comprimentos. Tratando-se de uma magnitude continua, é divisível indefinidamente a diferença da unidade aritmética, a qual é necessariamente indivisível e sem partes (ver René Guénon, Sobre el Número y la Notación Matemática. Cuadernos de la Gnosis nº 4, págs 25-26. Ed. Symbolos, 1994). Por outro lado, se na equação da nota 3 se atribui um valor 1 ao comprimento ac resulta ser o quadrado de b, e reciprocamente, b a raiz quadrada de c.
5
Lao Tse, Tao te King, XLII. Versião de John C. H. Wu. Editorial Edaf, 1993.
6
René Guénon, os Principios do Cálculo Infinitesimal, cap. IX
7
Ver Sete Maestros Masones, Símbolo, Rito, Iniciación. La Cosmogonía Masónica, cap. 13. Ed. Obelisco, 1992.


MAÇONARIA: ENTENDA PRIMEIRO E CRITIQUE DEPOIS


O que você tem contra os Maçons?

Não, fala aí, bota pra fora o que você tem contra.


Por acaso ele morde, faz xixi no tapete, taca pedra e corre, xinga a sua família quando passa na porta de sua casa, enfim, o que ele faz para que você tenha tanta bronca dos Maçons?

Eu não posso acreditar que uma pessoa vai a um culto, (qualquer um) fala em Deus a todo o momento, coloca lá a sua contribuição na sacolinha, se dedica com fervor em seus cânticos ao ponto de chorar sem parar  e quando sai deste local, que também é sagrado (respeitemos sempre o sentimento religioso do próximo), ao se deparar com um Maçom, investe com uma fúria mortal, transformando-se de um filho do Salvador, para um agressor em potencial.

Interessante é que, chegamos a nosso Templo, sem fazer alarde, colocamos o nosso balandrau, praticamos os nossos ritos, sem abrir a boca pra falar de ninguém, porém, basta que nos localizem com um símbolo na lapela ou um anel no dedo que já é o suficiente para nos chamar de filhos de satanás, ou coisa do gênero.

Creio que o fanatismo só caminha  para  derrota, principalmente a interior, não podemos impor nenhum sentimento religioso, até porque, a Maçonaria não é religião e para se ter uma ideia, temos irmãos pertencentes a diversas religiões, porém, com o sentimento único e verdadeiro de irmandade.

Mesmo assim,  praticando a igualdade, a fraternidade e a liberdade em todos os momentos, dedicando toda ajuda que possível ao próximo no silêncio da noite, na certeza de ser atendido em nossa corrente de união, com tudo isto, somos excluídos por certos grupos religiosos, que desconhecem o nosso papel na sociedade.

Fazer o que?  Seguimos em frente, até porque sabemos que estamos como soldados do nosso  GADU e como tal, não podemos esmorecer.  

EM BUSCA DA PRÓPRIA VERDADE



Vivemos em busca de algo que nem sempre sabemos o quê. E baseados nesta busca, passamos a vida fazendo escolhas. Desde cedo somos obrigados a fazer escolhas. Escolhemos com o que vamos brincar quem será nosso amigo, o que vamos ser quando crescer, que caminho profissional vamos seguir com quem vamos nos casar.

Escolhemos também coisas mais simples, como o que vamos comer que caminho vamos fazer com que roupa vamos sair. Mas se pararmos para pensar, veremos que nossa vida nada mais é do que uma grande seqüência de escolhas que fazemos a cada instante de nossa existência.

Das mais simples às mais complexas, das mais mutáveis às mais definitivas, as escolhas são a essência de nossa vida. Mas será que escolhemos com consciência e de acordo com nossa própria verdade? Geralmente não. 

É certo que a todo o momento criamos nossa realidade. Tudo que nos acontece é fruto de nossas escolhas. Isto porque, em primeiro lugar, uma escolha sempre leva a outras. Além disso, muitas vezes escolhemos sem saber, pois nossos pensamentos e sentimentos possuem mais força do que podemos imaginar. Isto porque pensamentos e sentimentos são vibrações capazes de materializar acontecimentos em nossa vida.

E como muitos deles são inconscientes, nem sempre sabemos o quanto estamos materializando determinadas coisas em nossa vida. E tanto os pensamentos e sentimentos conscientes como os inconscientes têm poder. Muitas vezes, os inconscientes têm até mais poder por buscar uma forma de se fazerem presentes. 
   
Querem nos mostrar o que passa dentro de nós mesmos e que sua voz seja ouvida. Acontece que muitos deles também não estão em sintonia com nossa verdade interna. O tempo todo fazemos escolhas baseadas em nossos pensamentos, sentimentos e padrões, e como tudo que acontece em nossa vida é fruto de nossas escolhas, devemos estar mais atentos ao que estamos escolhendo e ao que de fato queremos.

Por isso o autoconhecimento é tão importante! Pois quando nos conhecemos e estamos sintonizados com nossa verdade, tudo parece fluir melhor e fica mais fácil encontrar a felicidade verdadeira. E Sempre podemos rever nossas escolhas e mudar o nosso futuro.  Muitas vezes nos lamentamos pensando em escolhas erradas que fizemos no passado. Devemos nos perdoar e seguir em frente. Se escolhermos errado foi porque não tínhamos uma sintonia com nossa essência, com nossa mais pura verdade, fazia parte de nosso caminho e aprendizado.

Temos que nos conscientizar que podemos e devemos escolher o que acontece no “aqui e agora” e no que acontecerá daqui para frente. É possível escolher diferente. 

É possível mudar de opinião, de escolha, de caminho. É possível seguir em frente de acordo com o que nosso eu verdadeiro deseja. É ele quem sabe o que é melhor para nós. Para isso, podemos nos auto conhecer e contar também com os sinais que a vida nos dá.

Esses sinais vêm através de nossas sensações, dos sonhos, das pessoas que conhecemos e encontramos, e de muitas outras maneiras. Se estivermos atentos, fica mais fácil observar o que se passa a nossa volta.

Mas é sempre bom lembrar que sintonizamos algo que tenha ressonância com o que estamos emitindo.  Vejo que temos muitas formas de chegar a esta nossa verdade. E uma delas é o mapa astrológico, capaz de nos apresentar ao nosso eu verdadeiro, à nossa própria verdade. Ele nos mostra o caminho a seguir. Nos mostra quem somos e onde queremos chegar. 

Mostra quais nossas motivações e onde nossas escolhas se baseiam: se em fatores conscientes ou inconscientes, se escolhemos de acordo com o que nos é mais fácil ou confortável, se na nossa verdade ou em padrões herdados ou aprendidos etc.

O mapa também pode nos mostrar quais os desafios e dificuldades que encontramos em nosso caminho, onde tendemos a esbarrar ao fazer uma escolha e ao buscar nosso futuro. Apresenta-nos, também, as oportunidades que temos que aproveitar além de nos mostrar quais nossos verdadeiros talentos.

É como um mapa que nos mostra o caminho do tesouro, que é nossa verdade, nosso bem mais precioso. Quando paramos de escolher baseados no que nos prende, no que não é compatível com nossa essência, tudo começa a fluir em nossa vida e podemos de fato encontrar a felicidade. O caminho pode ser trabalhoso, difícil, cheio de obstáculos. 

Mas sem dúvida vale à pena encontrar-se com aquilo que mais importa em nossa vida: nossa própria verdade. Ao fazermos isso, é como que um milagre estivesse se manifestando.

Passamos a fazer escolhas mais conscientes. Conseguimos mudar o que precisa ser alterado, fortalecer o que precisa ser mantido e então estamos prontos para viver em plenitude a nossa felicidade. Por isso, convido todos a fazerem esta busca, a reverem as escolhas e a encontrarem-se consigo mesmos. Vale à pena tentar!


BIBLIOGRAFIA
Esta Peça de Arquitetura foi escrita por Titi Vidal e extraída do blog 
http://titividal.com.br/ 

A INSTALAÇÃO DO NOVO VENERÁVEL MESTRE


Nestes dias que antecederam e os que serão posteriores à distribuição, teremos muitas Sessões Magnas de Instalação e Posse nas Lojas jurisdicionadas.

É importante que fique bem claro que não é “Instalação e Posse do Venerável Mestre”, o Mestre Maçom escolhido para presidir a Loja é INSTALADO pela Comissão Instaladora e ELE dará POSSE aos Vigilantes e demais Oficiais.

Instalar na interpretação moderna é colocar objetos/pessoas necessárias a determinado trabalho ou empreendimento o que não deixa de ter sentido dentro do labor maçônico, mas a nossa cerimônia está mais ligada a um símbolo do que propriamente ao Irmão.

Este símbolo é o Trono de Salomão e por mais incrível que possa parecer fazemos a ritualística muito bem próxima a que é praticada nas Instalações das autoridades eclesiásticas. 

Quando há vaga em alguma paróquia, o novo Padre é INSTALADO por seus superiores e ao final é reconhecido pela comunidade como respeitável (venerável) condutor do rebanho do Senhor. 

A Instalação é o assentamento (stallum = assento) do Mestre Eleito ou do Mestre Escolhido na cadeira de maior destaque; estas denominações são ainda da época em que a Maçonaria tinha apenas dois Graus (Aprendiz Contratado e Companheiro de Ofício) e os Irmãos escolhiam entre os Companheiros um Irmão para conduzir os trabalhos e dar a palavra final. 

O interessante é que hoje valorizamos muito a condição do Venerável Mestre de abrir os trabalhos, dirigir a Loja e esclarecer com as luzes de sua sabedoria os assuntos da Sublime Ordem. 

Se isto fosse a situação mais importante, as reuniões maçônicas só aconteceriam com a presença do Venerável Mestre da Loja e todos nós sabemos que não é assim que acontece. 

Na ausência dele, naturalmente o Primeiro Vigilante abre a Loja, preside os trabalhos e sabiamente traz luz à Sessão, afinal mudam-se as pessoas, mas o Trono é o mesmo. 

Mas então quais são as grandes prerrogativas do MESTRE INSTALADO? 

Na verdade é uma só, pois todas as demais ele pode delegar poderes de representação a seus Oficiais, a única que é de sua inteira responsabilidade é o ato de SAGRAR o novo Aprendiz na Iniciação, o novo Companheiro na Elevação e o novo Mestre na Exaltação. 

Este termo deve ser bem compreendido por todos nós, afinal Maçonaria não é religião e nós não SAGRAMOS no sentido de tornar algo SAGRADO nos conceitos religiosos. 

Sagrar é um verbo transitivo que tem sim seu uso em cerimônias religiosas (dedicar a Deus, benzer, santificar), mas o usamos no sentido de conferir um título, uma honra, tornar respeitado e conhecido pelo grau alcançado. 

Acabamos confundindo a conjugação do verbo sagrar no particípio passado (sagrado) com o adjetivo daquilo que é consagrado ao culto (sagrado). 

Como ficam as Sessões Magnas sem a presença do Venerável Mestre? Devem ser adiadas? Só se a vaidade do Venerável Mestre exigir!

Aos Irmãos que de agora em diante estarão à ”frente” da Oficina meus parabéns e guardai este ensinamento: 

"Você pode conseguir qualquer coisa que queira na vida, se você ajudar o suficiente outras pessoas a conseguirem o que elas querem." Zig Ziglar.


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