Meus queridos irmãos.
Estava eu na rotina de um domingo, só, pois
sou viúvo, e moram comigo minha única filha e meu querido neto, estes porem,
tinham indo a outros destinos como sempre ocorre. Pensando bem, a palavra mais
correta seria solitário, jamais procuro permanecer só.
Se não estou
acompanhado de minhas boas lembranças, tenho a companhia do G.’.A.’.D.’.U.’. e
de um livro ou revistas, sejam quais forem. Aguardava porem, como faço todos os
domingos o iniciar de um jogo, qualquer, às tarde das 16 horas. O jogo que iria
começar era do meu bem amado Sport Club Corinthians Paulista, sinceramente, uma
das boas “religiões” praticadas neste Brasil afora.
Há os que contestam ou
protestam! Porem, afora, ser uma rotina, o Coringão está de matar de raiva o
mais tranqüilo dos Mestres fundamentalistas do Budismo. Não há pratica do Ioga
ou Zen-budismo que me levasse a ficar assistindo a derrota que se prenunciava.
Desliguei a maldita TV, melhor dizendo, o maldito vício.
O que fazer? Se
alternativas não havia predeterminado. Resolvi! Vou tomar um copo de água para
saciar a sede..., sede esta motivada pela ansiedade.
Enchi o maior copo que
existia em casa, melhor dizendo, uma caneca de chope, procurei um livro
qualquer que minha mão alcançasse no primeiro toque, sendo pouquíssimos e
ínfimas as diversidades, e voltei para sala. Sem sequer olhar o título, abri-o
numa pagina qualquer.
Antes porem, ficara
imaginando: Estava eu, ali, solitário com um copo de água a mão, justo a água,
que tem o Universo de terra como sua máxima companhia.
A pagina aberta
continha o seguinte texto ou primeiros parágrafos: “Estando sentado, de noite,
em secreto estudo, sozinho, repousando sobre o tamborete, uma chama exígua
saindo da solidão faz desenvolver quem não é vão em crer. Segurando com a mão a
vara colocada na bacia, Branchus no meio me aparece; ele molha com ÁGUA não só
o LIMBO de sua roupa, mas também os pés. Um medo e uma voz fremem pelas mangas:
Esplendor divino. O espírito divino perto se assenta”.
Caramba estava eu ali
acompanhado com o líquido mais precioso do mundo, com certeza o mais precioso
para o ser humano em todo o universo.
E nada percebera ou
havia percebido até então. Se condensado o vapor de águas, existente na
atmosfera, e o degelo total dos pólos, a terra seria coberta em mais de 90%.
Em recente estatística,
numa revista geográfica, 97% da água do planeta está nos oceanos, 2% nos pólos
em forma de gelo e apenas 1% é própria para o consumo humano e metade disso
está concentrado no subsolo.
Até na composição
corporal do ser humano sua importância é fundamental, neste ser, tem mais de
70% de águas. É tal a importância nesta composição que o ser humano pode ficar
por semanas sem comer, mais se em 72 horas não lhe for ministrado um litro de
água, seu corpo entra em total colapso, seguindo-se a morte, irreversivelmente.
Que poder estranho tem
este Líquido composto de dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, sem cor,
cheiro ou sabor, transparente em seu estado de pureza.
Mais estranho se torna
quando se sabe que aonde não há águas não a vidas, há extratos da vida. Que
poder estranho! Ao tentar eliminá-la, colocando-lhe fogo, tal qual o pássaro
mitológico, ela renasce de sua “nova alma”: o vapor de água.
Indestrutível. Que
poder estranho! Ela pode extinguir o fogo e o fogo apenas muda-a na sua forma.
Ela impõe e sobrepõe-se a terra e tal como faz à pedra: diluindo-a, dá-lhe
novas formas. Que poder estranho! Em vários relatos de inúmeras civilizações
antigas e contemporâneas a água não apenas saciava a sede, ela servia como elo
que elevava o homem ao G.’.A.’.D.’.U.’..
Ela purifica-o física
e espiritualmente. Vocês já se aperceberam que o G: .A:. D:. U:. não criou a
Água. Vejamos em Gênesis: Gênesis 1: 1. No princípio, Deus criou o céu e a
terra. 2. A terra estava sem forma e vazia; as trevas cobriam o abismo e um
vento impetuoso soprava sobre as águas. Notaram... A água já era existente.
Ele ainda confirmou
isto ao dizer... Versículo 6: Deus disse: “Que exista um firmamento no meio das
águas para separar águas de águas”! O primeiro castigo generalizado aplicado
pelo G:. A:. D:. U:. também foi promovido com a água.
Lembram-se. E acho sem
querer fazer qualquer tipo de polemica religiosa ou do porque dos porquês, que
o Grande Arquiteto do Universo claudicou nas palavras quando afirmou no
Versículo 11, ainda de Gênesis: "Estabeleço minha aliança com vocês: de
tudo o que existe nada mais será destruído pelas águas do dilúvio, e nunca mais
haverá dilúvio para devastar a terra". E os tsunamis? Bem isto é um tema
para depois se fazer uma dissertação ou contraditórios de elucubrações filosóficas
ou religiosas.
A água, simbolicamente
é representada na bíblia como elemento de religiosidade e de submissão
respeitosa, Abraão no primeiro contato com o G:. A:. D:. U:. conforme descrito
em Gênesis 18 – versículos, praticou esta submissão: 1. Javé apareceu a Abraão
junto ao Carvalho de Mambré, enquanto ele estava sentado à entrada da tenda,
pois fazia muito calor. 2.
Levantando os olhos,
Abraão viu na sua frente três homens de pé. Ao vê-los, correu da entrada da
tenda ao encontro deles e se prostrou por terra, 3. dizendo: "Senhor, se
alcancei o seu favor, não passe junto ao seu servo sem fazer uma parada. 4. Vou
mandar que tragam águas para que vocês lavem os pés e descansem debaixo da
árvore”.
No antigo testamento
(Êxodo 30 : 18 ~ 21), vê-se que os sacerdotes tinham a Água como purificadora:
“O Senhor disse a Moisés: Farás uma pia de cobre, com base de cobre, para
lavar, e a porás entre a tenda da congregação e o altar; e deitarás água nela;
e Aarão e seus filhos nela lavarão as mãos e os pés; quando entrarem na tenda
ou chegarem ao altar, lavar-se-ão para que não morram; lavarão os pés e as mãos
para que não morram; e isto lhes será para estatuto perpetuo a ele e a sua
semente.”
Assim também o fazem
os Muçulmanos. E outras religiões e seitas. Até nas leis naturais e hoje
estudadas na vida contemporânea, o homem em sua natureza primária é vivido no
estado aquoso, na bolsa amniótica. No batismo, novamente imerso, renasce
purificado espiritualmente.
A água é o mais
transitório dos quatro elementos; de um lado temos o fogo e o ar, etéreos, de
outro temos a terra sólida. Por analogia, a água é a mediadora entre a vida e a
morte, na dupla corrente positiva e negativa de criação e destruição. Lao-Tsé,
o pai do Taoísmo, prestou grande atenção, ao mesmo tempo físico e espiritual, a
este fenômeno e disse: “A água não se detêm nem de dia nem de noite. Se
circular pela altura origina a chuva e o orvalho. Em circulando abaixo e sobre
a terra, forma rios e as torrentes”.
A água se sobressai em
fazer o bem. Se lhes põe diques, pára; se lhes abre o caminho, percorre-o. Eis
por que se diz: ela não luta “persevera”.
Até no contemporâneo
popular já diz o velho ditado: Água mole...! Não obstante, sua aparente
carência de forma, nada lhe iguala em romper o que é forte e duro, é
indispensável: ao crescimento, germinação, amadurecimento, reprodução e
regeneração. No simbolismo religioso, a água limpou a terra com o dilúvio. Na
maçonaria encontramos a água como um dos quatro elementos purificadores nas
cerimônias de iniciação.
É o elemento da
terceira prova, prova alquímica, o símbolo de pureza da vida maçônica. Vejamos
que na Alquimia tanto quanto na maçonaria a água é a Prima Matéria, ideia por
certo herdada dos pré-socratianos. Logo pensam os alquimistas que uma
substancia não poderia ser transformada sem antes ter sido reduzida à Prima
Matéria.
A água é trabalhada
através da operação solútio (ação solutiva), esta provoca o desaparecimento de
uma forma e surgimento de uma nova forma regenerada.
No poema escrito por
Lao-Tsé, podemos afirmar que a Maçonaria fala a mesma linguagem que a Alquimia,
com o elemento água: O menor dos homens é como a água. A água a todas as coisas
beneficia E com elas não compete. Ocupa os (humildes) locais visto por todos
com desdém Nos quais se assemelha ao Tao.
Em sua morada (o
Sábio) ama a (humilde) terra Em seu coração ama a profundidade Em suas relações
com os outros, ama a gentileza. Em suas palavras, ama a sinceridade. No governo
ama a paz No trabalho, ama a habilidade.
Em suas ações ama a
oportunidade “Porquanto não querê-la, Vê-se livre de reparos.” Por fim, meu
querido irmão Venerável, a água afora saciar a minha sede, salvou o meu
domingo, visto que, me criou a condição de mais uma vez escrever estas maus
traçadas linhas aos queridos irmãozinhos da Sphinx.
A tempo: O livro do
texto referenciado, tem o titulo as PROFECIAS DE NOSTRADAMUS até outubro de
1989 (“Fim dos Tempos”), de José Marques da Cruz, 21ª Edição, Editora
Pensamento.
Um tríplice e fraternal abraço a todos os irmãos.
Ir∴ Fernando Guilherme
Neves Gueiros
Nenhum comentário:
Postar um comentário
É livre a postagem de comentários, os mesmos estarão sujeitos a moderação.
Procurem sempre se identificarem.