SIMBOLISMO DA LUZ


 

A Luz possui um significado simbólico bastante claro. Até mesmo quando dizemos que ele é “claro”, estamos usando o símbolo da luz/claridade para explicá-la. Isso por que a luz é o símbolo da divindade por excelência, e o símbolo de tudo o que é superior, claro, nítido, verdadeiro por si mesmo.

A luz ilumina e clareia, ela nos ajuda a perceber melhor as coisas como elas são. A luz é a base do ver, do reconhecer, do enxergar. A luz se relaciona com a consciência e a visão de tudo, assim como ao conhecimento e a sabedoria, mas não é apenas isso. Onde tudo está escuro, a luz se impõe e traz um caráter revelador, do oculto para o revelado.

Todo sinal de luz em nossa vida é uma bênção que vem do Alto, é centelha Divina que chega até nós como um recado, para nos dizer que não estamos sozinhos e sempre haverá luz para afagar nossa Alma, acalmar nosso coração e iluminar nossos caminhos.

Sejamos sempre a luz no caminho, deixando por onde passarmos a ternura da boa palavra e o amor em todas as ações. Não haverá luz em nossa vida se fizermos dela um caldeirão de lamentos e tristeza, por isso, devemos em todas as circunstâncias agir com muita perseverança, coragem e fé, levando a harmonia e a paz a todos os lugares por onde a nossa caminhada nos levar.

O mais importante é que a luz representa a natureza de tudo o que é elevado e divino em todas as suas manifestações, como o sol, a lua, o relâmpago, o fogo etc. O nome de alguns Deuses são derivados da raiz dei, que significa “brilhar”, como Dyaus Pitar, Zeus e Júpiter. Os anjos são representados com uma auréola brilhante no topo da cabeça. No oriente, mais precisamente na Índia, a palavra devas (os Deuses) tem o sentido de “ser brilhante”. Ainda na Índia, os redentores e reformadores da humanidade são chamados de “iluminados”.

SIMBOLISMO DA LUZ MAÇONARIA

Em Maçonaria, a palavra Luz tem o significado de Verdade, Conhecimento, Ciência, Saber, instrução e prática de todas as virtudes. Diz-se que um profano ‘recebe a Luz’, quando é Iniciado.

Luz é uma palavra importante do sistema maçônico, transmitindo um sentido bem mais longínquo e oculto do que geralmente pensa a maior parte dos leitores. É, de fato, o primeiro de todos os Símbolos apresentados ao Neófito e que continua a ser-lhe apresentado na carreira maçônica.

“A Luz é elemento dissipador das trevas. É sinônimo de Verdade, Sabedoria, Liberdade, Conhecimento, Redenção. Quando um candidato ao ingressar na Instituição maçônica passa pela Iniciação e, adentrando no Templo, ‘recebe a Luz’, significa que os mistérios ser-lhe-ão revelados.”

José Castellani – Dicionário Etimológico Maçônico:

“Substantivo feminino (do latim: lux, lucis. Figuradamente, designa ilustração, esclarecimento, o que esclarece o espírito, claridade intelectual. A Luz, não a material, mas a do intelecto e da razão é a meta máxima do Iniciado Maçom, que vindo das trevas do Ocidente, caminha em direção ao Oriente. Graças a essa busca da Verdade, do Conhecimento e da Razão é que os Maçons autodenominam-se Filhos da Luz; e talvez não tenha sido por acaso que a Maçonaria, em sua forma atual, a dos Aceitos, nasceu no ‘Século das Luzes’, o século XVIII.”

Assim, naquele momento da cerimônia, após o juramento, a retirada da venda e acendimento da luz material não é a Luz que o Iniciado, às vezes, inconscientemente, pede ainda com os olhos vendados, a Luz que ele deseja em seu íntimo é a Luz da Sabedoria, do Conhecimento, dos Segredos e Mistérios da Ordem Maçônica, que ainda lhe serão revelados no decorrer da cerimônia, com a apresentação dos instrumentos de trabalho, as outras Luzes emblemáticas, sinal, toque e palavra do grau, e por fim a investidura da insígnia distintiva de um maçom (Avental).

Portanto, “receber a Luz”, não se refere a pura e simples Luz material, mas sim da emblemática, como assim aqui referida. Pois esta é a verdadeira luz da maçonaria, e como disseram os autores compilados, esta Luz se propaga ao longo da jornada maçônica, na evolução do Irmão na Ordem.

Assim, entendo que o ponto alto da cerimônia é o recebimento do sinal, toque e palavra do grau. Neste ponto ele recebe a Luz dos conhecimentos e mistérios maçônicos, somente revelados aos Iniciados.

O Buda Amitabha é o Buda dos céus, cujo significado é “Luz Infinita

Amitābha é o principal Buda do Budismo Terra Pura, um ramo do Budismo do Leste Asiático. No Budismo Vajrayana, Amitābha é conhecido por seu atributo de longevidade, magnetizando atributos ocidentais de discernimento, percepção pura e purificação dos agregados com uma profunda consciência da vacuidade de todos os fenômenos. 

De acordo com essas escrituras, Amitābha possui mérito infinito resultante de boas ações em incontáveis ​​vidas passadas como um bodhisattva chamado Dharmākara. Amitābha significa "Luz Infinita" e Amitāyus significa "Vida Infinita", então Amitābha também é chamado de "O Buda da Luz e Vida Imensuráveis".

LUZ DE VELA

As velas são símbolos de iluminação e transformação. O fogo que nelas se acende representa o mundo espiritual e um canal de comunicação com a Fonte Divina, deuses, anjos e seres celestiais. O ato de acender velas é uma forma de enviar nossa intenção para o plano superior.

A vela acesa simboliza luz da alma e a vida espiritual. Não é à toa estarem presentes em cerimônias, rituais, práticas espirituais de ordens, seitas, igrejas de diversos segmentos religiosos e filosóficos.

Simbolicamente, acender uma vela é representar a transmutação de nossas orações ou intenções através de sua chama. Devotos, místicos, religiosos e espiritualistas, utilizam a vela como uma forma de consagração e ligação com a Luz do Amor Divino.

Conforme a igreja ou a religião, a vela acesa pode ser dedicada a um Santo, Mestre, Anjo da Guarda, Guia Espiritual ou, simplesmente, à Luz e à Força Criadora.

A LUZ DA VIDA

“A LUZ DA VIDA – Um dia quando achar que não há mais a luz do dia lembre-se que haverá o cair da noite com as estrelas a brilhar dando a todos a celestial energia de Deus a acalentar todos os corações entristecidos e assim acontecerá a renovação do espírito para continuar a prosseguir.

São muitas as vezes que a luz falta para todos que estão na escuridão dos pensamentos negativos e do pessimismo diante da vida, mas a Luz se faz presente sempre que há disposição para contemplar o quanto a vida ensina e o quanto a vida pode ser transformada, desde que as portas do coração estejam abertas para receber esta oportunidade.

Não pense que Deus se esqueceu de aquecer sua vida, só porque neste momento não pode ver a luz aquecida do sol, procure resgatar a força, a perseverança e verá que tudo se modifica no momento exato em que houver a coragem para continuar e não esmorecer. Diante de toda escuridão que se fizer presente na vida, dê uma chance para que as estrelas de Deus possam iluminar todos os caminhos e desta forma a luz voltará a aquecer e a acariciar a vida.”

SOB A LUZ DA VIDA

Nos momentos em que a vida nos chama ao aprendizado, somos colocados à prova diante da fé que construímos durante a nossa caminhada. É esta fé que ditará o quanto evoluímos e o quanto ainda temos a progredir na evolução do espírito.

A luz da vida que nos acolhe dá-nos o aquecimento do coração para que tenhamos a real noção de onde estamos e para onde devemos caminhar, as escolhas são individuais por isso a importância de darmos a oportunidade a nós para podermos mesmos com as dificuldades jamais deixar que a nossa luz se apague. Permitir o aprendizado e o conhecimento é parte fundamenta para que possamos atingir os nossos reais objetivos, tendo sempre a certeza que a luz da vida jamais é apagada porque esta luz é eterna.

A LUZ DO CONHECIMENTO

A luz é, normalmente, considerada como se aplicando à iluminação física. O que torna possível a percepção ao olho humano, bem como as outras formas de vida. Como tantas palavras de idiomas modernos, a luz tem um significado mais amplo do que o de uma energia ou força física. 

Pensamos na luz no sentido de iluminação física e também no sentido de iluminação mental. Usamos expressões coloquiais como a luz que iluminou a mente referindo-nos à percepção como se tornou mais clara em nosso pensamento.

A palavra “luz” em alguns idiomas é usada como nome próprio, usualmente para mulheres. Parece que, pelo nosso uso livre da palavra, reconhecemos depender da luz como energia e como condição abstrata, pela qual somos afetados.

No romance histórico do escritor canadense Thomas B. Constain “O Cálice de Prata”, o autor descreve um acontecimento em que três pessoas vêem o cálice, ou taça, em que se supõe haver o Mestre Jesus bebido por ocasião da última ceia.

 A visão teve lugar num recinto escuro e, dos indivíduos que a experimentaram, dois declararam que o cálice era auto iluminado, que emitia uma luz facilmente perceptível. O terceiro, não esteve sequer consciente da existência do cálice, até que se manifestou a iluminação de outra fonte.

A ideia apresentada na história era a de que os dois que puderam perceber o cálice no escuro, tinham familiaridade com os princípios do Cristianismo primitivo e foram capazes de perceber a aura que estava ligada ao cálice. Isto, naturalmente, é apenas uma história, porém ilustra a ideia de que a luz é transmitida àqueles que têm a capacidade de percebê-la. 

Do mesmo modo que um cego não pode perceber a luz que emana de uma fonte de iluminação física, também não podem aqueles que são mentalmente cegos, intolerantes ou que estão cheios de preconceitos, perceberem a luz do conhecimento.

O que dá verdade ao conhecimento e o poder do conhecimento do sábio, é aquilo que vem através do canal do Eu Interior. Pelo alvorecer da luz interior, o Homem é capaz de iluminar toda a sua existência, toda a sua vida, que deve se tornar um processo evolutivo, inspirado pela luz interior que se relaciona com a força vital e sua origem.

ELEMENTO FOGO

O elemento Fogo é encontrado na Natureza nas fogueiras, queimadas, lavas vulcânicas, explosões e no calor do Sol. Em nós, encontramos o elemento Fogo no calor do nosso corpo. Além disso, o fogo sempre causou fascinação em nós; ele tem uma energia sedutora que nos atrai.

Você encontra o elemento fogo na chama de uma vela, no fogo da lareira de uma casa, no centro da Terra, na lava do vulcão - ou seja, onde tem calor, o elemento Fogo está se manifestando.

Quando o homem da pré-história descobriu o fogo, transformou sua vida. Passou a se aquecer nas épocas frias, iluminou sua caverna para sair da imensa escuridão e conseguiu andar à noite sem dificuldade. Com o fogo, ele também conseguiu cozinhar os alimentos, deixando-os mais saborosos e fáceis de digerir.

Conseguiu forjar metais para produção de armas de caça, objetos de adornos como colares, pulseiras, anéis, brasões, além de uma série de outros objetos importantes e úteis, como panelas, portões, elmos, armaduras de guerra e até o vidro.

Fogo é calor e luz e sua importância em nossa vida é evidente.

Além do físico, o fogo é representado em nós em forma de coragem, ação, transformação, atitude, impulso, paixão, vigor e vitalidade. Um corpo físico morto não produz calor. Se sentir vivo, empolgado, excitado, eletrizado, "cheio de gás" é tudo obra do elemento Fogo. Ele é pura energia!

LUZ DO SOL

A luz natural que ilumina nosso planeta é produzida pelo astro chamado de sol, que está localizado a cerca de 150 milhões de quilômetros da Terra. A luz produzida pelo Sol viaja através do universo a uma velocidade de aproximadamente 300 000 km/s (quilômetros por segundo) chegando a Terra cerca de 8 minutos após ser liberada pelas explosões ocorridas.

Por que a luz do Sol é tão importante para a vida?A luz do Sol é muito importante para manter a vida no planeta Terra. Ela é a nossa fonte primária. Todos os seres vivos dependem da luz do Sol para sobreviver. Os vegetais, por exemplo, só conseguem realizar a Fotossíntese através do Sol (da luz). Nós humanos, os ossos precisam da vitamina D para que fiquem fortes. E essa vitamina é ativada somente se nós tivermos exposição ao sol.

O Sol simboliza a luz, o amor, a paixão, a vitalidade, o conhecimento, a juventude, o fogo, o poder, a realeza, a força, a perfeição, o nascimento, a morte, a ressurreição, a imortalidade.

MITO DA CAVERNA

A Alegoria da Caverna é uma metáfora, ou como o próprio nome diz uma alegoria. O que está escrito no texto não deve ser interpretado literalmente, pois Platão não quis apenas contar uma história sobre homens presos em uma caverna, mas quis passar uma mensagem com isso.

Inúmeros elementos metafóricos aparecem na alegoria. Os principais elementos estão dispostos abaixo:

Prisioneiros: os prisioneiros da caverna somos nós mesmos, os cidadãos comuns.

Caverna: é o nosso corpo, que segundo Platão, seria fonte de engano e dúvida, pois ele nos ilude na forma como apreendemos as aparências das coisas, nos fazendo acreditar que essas são as próprias coisas.

Sombras e ecos: as sombras que os prisioneiros vêem e os ecos que eles escutam são as opiniões e os preconceitos que trazemos do senso comum e da vida costumeira. Eles são segundo Platão, conhecimentos errados que adquirimos através dos sentidos de nosso corpo e da vida cotidiana.

Sair da caverna: a libertação do prisioneiro e a sua fuga da caverna simboliza a busca pelo conhecimento verdadeiro.

A luz do Sol: a luz solar no exterior da caverna simboliza o conhecimento verdadeiro, a razão e a filosofia. Quando o prisioneiro sai da caverna, ele sente-se perturbado pela luz intensa, elemento natural que ele nunca havia vivenciado.

No início, há uma dificuldade de aceitação dessa luz pelas retinas, até que ele adapta-se e percebe toda a realidade exterior. Metaforicamente, isso simboliza a zona de conforto que as sombras e a caverna representam, pois o engano da vida comum pode ser confortável, enquanto a verdade pode ser ao menos, inicialmente, dolorosa e sacrificante. Sair da ignorância significa sair da zona de conforto.

 Luiz Antônio, Sandro Pinheiro e Jarice Braga

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