Uma vez perguntou-me um Aprendiz Franco-Maçom:
“Por que não devemos transmitir os conhecimentos adquiridos de um Grau
superior aos subsequentes graus abaixo deste?”
Respondi:
– Desde imemoráveis tempos, pelos Antigos Costumes, a Maçonaria respeita
os seus lindeiros, marcos, limites, que os são intransponíveis: os Landmarks!
Além do Juramento solenemente realizado por todos nós.
É preciso que cada Irmão, por mérito e denodo próprios; por esforço de
trabalho e estudos e em cumprimento com os seus interstícios e exigências
adstritas, possam estar devidamente preparados para receberem o seu merecido
“Aumento de Salário” ou promoção maçônica, assim como o era realizado aos
pedreiros construtores do Templo de Salomão: Aprendizes, Companheiros e
Mestres.
Do ponto de vista dos Landmaks, os nossos Lindeiros Maçônicos, das
mais conhecidas compilações de Landmarks, o mais conhecido por nós, o
compilado pelo Ir. Albert Gallatin Mackey, em “Text-Book of Masonic
Jurisprudence“, 1859, apresenta-nos, (dos 25 Landmarks compilados),
o Landmark de número 23°, que trata da “conservação secreta dos
conhecimentos recebidos“, e, sabemos nós todos que os Landmarks são “Nolumus
leges mutari“, portanto, irrevogáveis e imutáveis.
Pelo prisma da nossa Constituição GOB (Grande Oriente do Brasil), por
exemplo, também cita, em Dos Deveres do Maçom, Cap. II, no Artigo 27, inciso
VII: “Não revelar, de forma alguma, qualquer assunto que implique quebra de
sigilo maçônico“, assim como também descrevem-se nos os Solenes Juramentos de
nossos Ritos Maçônicos, em que nos comprometemos como homens honrados, livres e
de bons costumes, a cumprir fielmente, pronunciados nas nossas Iniciações,
Passagens e Elevações constantes nos nossos Rituais Maçónicos, à Luz do L. das
SS. EE. sob o E. e o C. .
Logo, de modo conciso, estes são os porquês explicativos das preservações
dos conhecimentos recebidos num Grau ou Nível Maçônico Superior a outro menor –
(preservações sigilosas que não são só os de SS., TT. e PP., mas também a
guarda dos CCobr., Ensinamentos e Instruções do Grau), rigorosa e
circunspectamente, indicando preservação e sublime prova contínua da Palavra de
um Franco-Maçom e da sua Honra.
É preciso atentar para o conceito, importância e prática de nossos
Costumes, Leis e Juramentos Maçônicos, e em especial, para o cultivo da CIRCUNSPECÇÃO
MAÇÔNICA que, não raro parece, estar um pouco olvidada nos últimos
tempos…, mas que se constitui uma das mais relevantes Colunas de Virtude de uma
Franco-Maçom: A Circunspecção Maçónica!
Alexandre Fortes, 33º – CIM 285969 – ARLS
Cícero Veloso n° 4543 – GOB-PI
Referências
Text-Book of Masonic Jurisprudence. Albert Gallatin Mackey.
Constituição do GOB.
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