EU ESTOU FELIZ NA ATUAL MAÇONARIA?


Pergunta de resposta diversificada ponderam os diversos irmãos que foram entrevistados, antes que eu me propusesse a desenvolver essa crônica. 

Vamos por partes.

O ser humano, principalmente o homem maçom, equivocadamente rejeita a esperança em seu futuro para se apegar a um presente em busca da felicidade, apostando no prazer, nos bens práticos, no bem-estar etc.

O hedonismo confunde a felicidade com o prazer; o pragmatismo com o bem útil subjetivamente contemplado; o ativismo com o que se faz; a sociedade do bem-estar com a ausência da dor, da insegurança, dos riscos etc. Mas a felicidade não consiste em sentir, ter, estar, mas em ser.

Sempre que o homem, aqui incluímos o profano e o iniciado, alcança ou possui um bem, experimenta uma vivência favorável que pode ser qualificada como gozo, o que pode dar lugar a três situações diferentes:

Estar contente ou alegre, Estar Feliz e o mais importante, SER realmente Feliz. Três paradigmas que podem está contidos em um só indivíduo, ou podem estar diametralmente escalonados até mesmo de maneira antagônicas.

Dessa maneira, não estamos propriamente contentes ou felizes, mas somos felizes já nesta vida, para sê-lo em plenitude, é mistér que nossa integração entre micro (nós próprios) e o Macrocosmo (GADU)  estejamos em perfeita sintonia.  O Universo conspira pela felicidade plena, basta sabermos e aprendermos a canalizar as energias benfazejas.

Uma vida repleta de esperança é própria da alegria sobrenatural do verdadeiro iniciado. Ser feliz é Estar Feliz, mas o contrário, muitas vezes não é a tônica em nossas vidas na Seara da Caminhada dentro da Ordem Maçônica.

Na atual globalização, há o ensombrecer de   horizontes para muitos irmãos de maneira inequívoca e factual, pelo mecanismo de competição implementado, onde naufragam muitas atividades e trazem angústia e desolação a vários empreendimentos e atividades.  

Tais fatos geram insegurança, angústia, baixa estima e dificuldade de assimilação,  adaptabilidade e resiliência. Podemos chamar de angústia a forte sensação psicológica, caracterizada por "abafamento", insegurança, falta de humor, ressentimento e dor. Na moderna psiquiatria é considerada uma doença que pode produzir problemas psicossomáticos graves e podendo até mesmo serem muito duradouros e até eternizados, na vida daqueles que padecem de tais doenças.

 “A angústia é, dentre todos os sentimentos e modos da existência humana, aquele que pode reconduzir o homem ao encontro de sua totalidade como ser (…).” (Heidegger)

Para quem recebeu a verdadeira luz e a manteve em seu interior, percebe que a mesma sempre irá iluminar os seus interregnos, os seus caminhos mais inóspitos e aqui devemos também aprender a compartilharmos com nossos irmãos, a nossa luz.

Essa ultima assertiva, hoje se torna extremamente difícil no atual mundo globalizado, onde o Egocentrismo é a tônica, em praticamente todas as formas de socialização, e a Sociedade Maçônica não está indene a tais transformações.

Nós maçons, somos seres pensantes e também dotados de uma capacidade auto-reflexivas: pensamos sobre nós mesmos, sobre o sentido da vida, cogitamos possibilidades de vir a ser na mesma medida em que nos entregamos à desesperança das impossibilidades, somos observadores da própria existência e não deveríamos ser assombrados pela ideia do nosso próprio hiato de inseguranças dentro e fora da realidade contextual na sociedade  e na Maçonaria.

E se precisamos  fazer continuas escolhas e ao mesmo tempo reconhecer que outras tantas teremos de abandonar, e nos damos conta da nossa responsabilidade e implicação perante a existência. E mais: escolher tendo em mente que precisamos fazer isso num indefinido e limitado período.

Então, o que vamos fazer nesse tempestuoso momento entre o que subimos ao palco da vida até aquele em que nos deparamos com o fechar das cortinas?

Aí entra o Pensamento maçônico do que é estar feliz e de ser feliz na Ordem. A grande questão não é responder como se aplaca a angústia das incertezas dos dias atuais, mas sim em como encontrar sentido para a continuidade.

É possível transformar a essas incertezas em combustível para autorrealização quando encontramos algo pelo que lutar, quando encontramos significados ao viver, quando nos conectamos a outros irmãos e a família, e termos capacidade de sermos mais empáticos, quando conseguimos ampliar a consciência individual para uma consciência coletiva, quando aprendemos, primeiramente a amar a nós mesmos e então aos outros irmãos.

É dessa forma que não corremos o risco de experimentar o vazio existencial, este sim, amplificador da angústia e de todos os outros fatores desmotivadores, que teimam em postergar as nossas aflições e incertezas.

Amado irmão, tente ser um investigador de si mesmo e dar respostas a algumas questões que podem ser bastante mobilizadoras: O que você ama? O que pode amar?

O que lhe é importante? O que te realiza? O que você tem feito com seu tempo?

O que não lhe serve mais? Quais aspectos da sua personalidade e de seu comportamento você pode abandonar para se sentir mais leve e mais feliz?

Que atitudes cotidianas você pode tomar para melhorar seu ambiente e o das pessoas ao redor? Está conseguindo se relacionar bem com elas?

Qual a sua responsabilidade nos problemas sobre os quais você tem lamentado?

Você tem uma dimensão espiritual? Como pode viver essa dimensão de forma plena?

São tantas interrogações que nos apresentam as atuais porteiras apensadas ao nosso caminhar, que deixam pelo caminho aqueles que não persistem focados e comprometidos com os verdadeiros desígnios da caminhada.

Diz o sábio: Ostra feliz não faz pérola. A arte de criar e recriar a própria realidade e a que nos cerca depende de alguns desconfortos, sabermos lidar com eles nos fazem diferenciados, principalmente nas soluções que encontramos!

 A angústia e a desmotivação são os preços que pagamos pelas escolhas equivocadas. Como acertar? Em tudo há o inconsciente. Em tudo há a prática do verbo “esperançar”. Em tudo há alguma angústia, mas também podemos construir a nossa felicidade.  Não temos muitas  certezas. Nunca estamos em total conformidade com o ambiente.

A vida verdadeira traz alguma dor em tudo.  Isso não é masoquismo. É fato. O grande desafio é tornar a nossa caminhada o menos importunante possível. A saída é buscarmos  maneiras de nos relacionarmos dentro da fraternidade. Mas lembremo-nos que esse paradigma começa em nossos próprios relacionamentos.  Primeiro conosco próprios e com nossa família.

Assim meus amados irmãos, após esta exposição singela dessa crônica, eu tenho a mais plena e convicta certeza que ser feliz é uma questão de Escolha. Estar Feliz é uma consequência de nossas escolhas. E eu, escolhi ser feliz na Maçonaria- Sempre serei um Eterno sonhador é seguramente, MUITO Feliz.

Dario Ângelo Baggieri

MI CIM 157465

 

ROMÃS


 

A romã é o fruto da romãzeira, comum no Oriente Médio e no Mediterrâneo. Sua polpa é usada para a preparação de aperitivos, sobremesas e até mesmo bebidas alcoólicas.

O interior deste fruto é subdividido por finas películas que formam pequenas sementes comestíveis.

Então o que este fruto tem ou por que está ligado à nossa Ordem?

Fato é, que sua simbologia pode ser vista sem muito esforço se prestarmos atenção nos detalhes, e detalhes dentro de nosso próprio templo, aliás, confesso não ter reparado antes de iniciar esta pesquisa…

Por falar em pesquisa, logo no início o primeiro local onde identifiquei as Romãs foi em nosso Ritual, elas aparecem no alto das Colunas B e J no painel do Grau de Aprendiz.

Sendo sincero, na dúvida de o porquê estarem no alto de Ambas as Colunas decidi aprofundar a pesquisa por elas.

As Colunas B e J possuem diversas interpretações e uma pesquisa vasta e ampla, fato é que B (Booz ou Boaz) e J (Jackin) simbolizam Estabilidade e Força. Sendo assim, o que as romãs fazem no alto destas colunas?

Aprofundando a pesquisa, descobri que as Romãs simbolizam a fertilidade e que existem inúmeros simbolismos em torno delas, tanto em religiões quanto na Maçonaria.

Fato é, que o fruto da romãzeira quando cultivada e podada, transforma-se em uma árvore que pode atingir aproximadamente 03 metros de altura. Suas raízes são muito fortes, seu tronco apesar de fino é muito resistente, suas folhas verdes brilham como poucas e se adaptam a qualquer clima.

Seu período de frutificação é longo, aqui no Brasil podendo fornecer seu fruto por longos 09 meses, fornecendo até 50 kg durante todo este período.

Além de todas estas qualidades, este fruto fornece suas vitaminas para diversos tipos de alimentos, remédios e até mesmo perfumes.

Mas por que a Maçonaria Universal adotou a Romã como um de seus símbolos?

Pois bem, achei alguns exemplos:

As romãs são todas iguais, são unidas e se apoiam umas nas outras, portanto podemos deduzir que elas simbolizam a nossa fraternidade;

Suas sementes uniformes formam o fruto em um todo, portanto podemos deduzir que nela simboliza a harmonia entre os IIr.’.;

Suas sementes também podem ter diversas aparências, diversas formas mesmo que uniformes dentro do fruto. Neste caso, deduzimos que todos nós possuímos diversas aparências, religiões, opiniões políticas, gostos musicais, nossa própria verdade, mas o principal, estamos sempre juntos e unidos e seguindo o mesmo propósito, pela nossa família e pelo nosso Grande Arquiteto do Universo (GADU.);

Sua vasta qualidade tanto em beleza quanto em vitaminas, demonstram a humildade em fornecer e doar o que há de melhor em nós mesmos.

“Diante de todas essas qualidades (Beleza, Força, Evolução) podemos deduzir que assim devem ser os maçons, discretos, evoluindo sempre de forma gradativa e possuir qualidades diferenciadas para melhorar e transformar o mundo em um lugar melhor, e principalmente deixar o nosso legado para as futuras gerações”.

 Conclusão

Impressionante o que se pode aprender com um simples fruto não é mesmo? Elaborei este trabalho inteiro ouvindo músicas clássicas que adoro ouvir… criei uma playlist só de músicas que podem me inspirar em um momento de reflexão como este… Mentalizei o nosso templo, confesso que me emocionei em diversos momentos, principalmente naqueles em que me lembro dos meus queridos e amados irmãos.

Pesquisar sobre a Romã me fez refletir sobre diversos assuntos relacionados à nossa Ordem, e até mesmo os que não são relacionados…

Ultimamente, com a crise em que o mundo passa, o Brasil destoa com crises infinitas, de identidades morais e éticas, de verdades e mentiras absolutas ou até mesmo de lados opostos… (como os de Direita e de Esquerda)…

Impressionante como nada é por acaso, na mesma semana em que diversas discussões vieram à tona, me deparo com uma pesquisa como esta… Será obra do Nosso Grande Arquiteto? Como um fruto pôde me mostrar com sua simplicidade o caminho que devo percorrer?

Pois é, escrevendo este trabalho, principalmente na parte das sementes, confesso que me emocionei, lembrei das últimas palavras do Ir.’.  Sandro antes de fechar a última Loja, mentalizei meu Ir.: Glauco, que me proporcionou toda essa benção que possuo hoje, lembrei do meu querido ir.’. Zé, que possui uma opinião ou uma verdade totalmente diversa da minha, do meu Ir.’. Paulo e de tantos outros que possuem as suas verdades…

Este simples fruto, me mostrou que mesmo possuindo verdades distintas aos dos meus queridos e amados IIr.’. Eles são e sempre serão a MINHA FAMÍLIA! 

Referências

Ritual 1 Grau – Aprendiz Maçom (Rito Escocês Antigo e Aceito);

Aprendiz, O Início da Jornada – Amilcar Alabarce Mathias;

Recanto das Letras – Portal Maçônico;

Universo Maçônico – Revista Digital 

Autor: Augusto de Ávila Azevedo

 

A ESCADA DE JACOB


 

Encontramos no Painel da Loja de Aprendizes uma escada, denominada Escada de Jacob (em hebraico: יעקב, transl. Yaʿaqov, em árabe: يعقوب, transe. Yaʿqūb) que simbolicamente representa a ligação entre a Terra e os Céus. A origem da introdução do simbolismo da Escada de Jacob na Maçonaria Especulativa deve-se à visão de Jacob, registrada no Velho Testamento, Gênesis 28 vers.10, 11,12, 17 e 18.

Gênesis 28 – 10: “E Jacob seguiu o caminho desde Bersba e dirigiu-se a Harã”. Gênesis 11: “Com o tempo atingiu certo lugar e se preparou para ali pernoitar, visto que o Sol já se tinha posto. Tomou, pois, uma das pedras do lugar e a pôs como apoio para a sua cabeça e deitou-se naquele lugar”.

Gênesis 12: “E começou a sonhar, e eis que havia uma escada posta da terra e o seu topo tocava nos céus; e eis que anjos de Deus subiam e desciam por ela“. Gênesis 17: “Jacob acordou do sono e disse “Verdadeiramente, Jeová está neste lugar e eu mesmo não o sabia”“. Gênesis 18: “E ficou temeroso e acrescentou; “Quão aterrorizante é este lugar” Não é senão a casa de Deus e este é o seu portão de entrada “ “.

Simbolismo da Escada de Jacob

Erguendo-se a partir do Altar dos Juramentos, sustentada pelo L.`. L.`. vai em direção à abóbada celeste representada no teto da Loja. Na base da escada, centro e topo encontramos três símbolos: a cruz – que representa a FÉ, a ancora que representa a ESPERANÇA e um braço estendido em direção a um cálice que representa a CARIDADE e no seu ápice uma estrela de sete pontas.

No dicionário encontramos um dos significados de estrela = destino, sorte, fado, fadário. A estrela de Davi, símbolo judaico tem 6 pontas, formada pela interposição, entrelaçamento ou superposição de dois triângulos equiláteros. No painel do aprendiz, ao lado da estrela de 7 pontas encontramos à direita a Lua rodeada de 7 estrelas e à esquerda o Sol. O número 7, na simbologia mística esclarece-nos do porque uma estrela incomum de 7 pontas no ápice da escada de Jacob

Simbologia do número 7

Principio neutro dominando os elementos da natureza, aliança da ideia e da forma; a unidade em equilíbrio; paciência desenvolvendo a inteligência. Vitória: ligada à natureza e ao amor, simboliza o triunfo do iniciado ao fim da sua busca (entendimento, compreensão e conhecimento)

Poder espiritual vivificante, o aconselhamento fornecido ao iniciado por Deus. Poder final do espírito sobre a matéria. Reintegração da matéria no espírito e do tempo na eternidade. Número de poder mágico com a sua força plena, onde estão compreendidos os estados de evolução física e espiritual que se completam; poder adquirido pelo iniciante nos dois mundos (material e espiritual). Misterioso. Profundo. Estranho e indefinível aos olhos do profano.

Número que representa a energia mais perfeita que Deus concedeu para utilização dos iniciados nos rituais. O sete, diz os seguidores de Pitágoras, era assim chamado em função do verbo grego “sebo”, – venerar e deriva do hebraico Shbo, set, ou satisfeito, abundância, sendo Septos, em grego “santo, divino, de mãe virgem”.

Assim como a Escada de Jacob está envolvida nos mistérios e instituições que a tradição nos dá a conhecer, temos a árvore da vida, no jardim do Éden mostrando-nos caminhos entre um estágio inferior para um estágio superior. O verso da carta do tarô – o arcanjo maior – O julgamento – aonde vemos uma escada de sete degraus um arcanjo com a sua trombeta, tendo à sua volta uma serpente que engole o seu rabo com uma árvore ao seu redor. Além de figuras humanas na base da escada.

Esta carta mostra a ressurreição sob influência do Verbo. A Árvore da Vida carrega a seiva para Ourobus, a serpente que morde a sua própria cauda, que é o símbolo da eternidade. A misteriosa escada dourada (escada de Jacob) que é o veículo para o homem ascender a um plano superior, atendendo ao chamado do arcanjo. A compreensão desta linguagem simbólica implica o conhecimento de questões que estão diretamente ligadas ao estudo e análise do nosso subconsciente, dos arquétipos e do nosso inconsciente coletivo descrito por Carl Gustav Jung.

A Escada de Jacob é um símbolo religioso mostrando-nos que só chegaremos à morada de Deus se galgarmos degrau por degrau a escada da vida. É o símbolo do caminho para a perfeição. A sua colocação no painel do aprendiz indica que o neófito colocou o pé no primeiro degrau da escada, iniciando a sua busca para o aperfeiçoamento moral. Outra visão – a esotérica – da escada de Jacob, onde anjos subiam e desciam por ela, mostra-nos, simbolicamente os ciclos evolutivos e involutivos da vida num perpétuo fluxo e refluxo através dos sucessivos nascimentos e mortes.

A citação bíblica “a casa de meu pai tem muitas moradas” também nos reporta ao seu sentido esotérico, dizendo-nos que há muitos níveis para as criaturas dentro do seu grau de evolução e progresso. Que possamos, na nossa ignorância, atinar para a grande inteligência do Plano de Evolução da Vida, que nos é sugerido no painel da Loja de Aprendiz, pois após a estrela de sete pontas, que simboliza a verdadeira sabedoria e a perfeição moral, ainda poderemos transcender rumo às nuvens, Lua, Sol e demais estrelas do firmamento, incorporando-nos no grande e glorioso Céu, contido na abóbada celeste, para verdadeiramente nos reencontramos com o GADU.

Jurandyr José Teixeira das Neves

 

SIMBOLISMO DO CÍRCULO


 

Na simbologia das formas, o círculo é associado ao ponto e ambos podem ser considerados como sinais supremos de perfeição, união e plenitude. O ponto simboliza o centro e a divindade. O círculo é também sinônimo de movimento, expansão e tempo. Representa ainda o céu, o firmamento e a ordem cósmica na astrologia.

Dissemos que o círculo simboliza a totalidade original. Mais do que isso, ele representa os atributos da divindade ou do absoluto. Estes são, como já dissemos, unidade, perfeição, harmonia, universalidade, infinito, etc. Ou seja, todas as qualidades que admitimos para o plano do absoluto. Em outro nível de interpretação, o próprio céu torna-se um símbolo.

Não o céu físico, mas o céu como representação da periodicidade perfeita e ritmada da natureza. O céu foi percebido, em muitas gerações diferentes na antiguidade, como o local mais próximo da perfeição que existia. Consequentemente, o céu estava bem próximo de Deus, ou da Ordem Primordial (Cosmos) que regulava todas as atividades do Universo.

Enquanto a terra era o local da imprevisibilidade, da decadência, do perecível, da geração e da mudança, o céu, por sua vez, parecia dotado de uma regularidade pura e de luminosa beleza, onde tudo estava em perfeita harmonia com tudo e todos os fenômenos se encadeavam num perfeito movimento.

Do céu emanava uma ordem diferente e superior, que sugeria a própria eternidade e a perfeição de leis inalteráveis. Tanto que os eventos celestes mais significativos eram indicadores de correspondências com eventos terrestres, de modo que a manifestação dos fenômenos na terra obedecessem inevitavelmente a uma ordenação direta do mundo celestial.

Por este motivo, o céu sempre foi percebido como a fonte de toda a perfeição, harmonia e luminosidade próprias do plano divino. Desse modo, existiu uma associação direta entre o círculo e o céu ou plano celestial.

O ponto e o círculo simbolizam o início do Universo, a perfeição espiritual, a união dos elementos, a energia e a plenitude do ser completo.

O círculo é também um símbolo de movimento, como a roda e as habitações de todos os povos nômades que dispunham os seus acampamentos também em forma de círculo protetor. Representa ainda a atividade e os movimentos cíclicos dos planetas representados nos horóscopos e no Zodíaco, à volta do Sol.

É a mesa redonda à volta da qual se reúnem os Cavaleiros da Távola Redonda e é a forma do paraíso e do ovo primordial. As mandalas orientais são símbolos mágicos e espirituais em forma de círculo. A arquitetura muçulmana e romana utilizavam o arco, que é uma secção do círculo, e que simboliza o céu e o divino. O arco é também um símbolo de elevação e de triunfo. O sol, o ouro e o fogo são também representados em círculos.

Por que o céu se move com movimento circular? Por que ele imita a inteligência.

Em suas relações com a terra, o círculo encontra-se estreitamente ligado às manifestações circulares e periódicas da natureza. Isso se expressa pelo eterno ciclo contínuo natural, os ciclos cósmicos e os ciclos terrenos. É a atividade do céu na terra, ou a maior manifestação da perfeição na imperfeição, que é a circularidade do conjunto do Universo. Este movimento circular natural é perfeito, imutável, sem começo e nem fim.

Temos como exemplo,o dia e a noite (movimento de rotação da terra), as estações (movimento circular que o planeta faz ao redor do sol), o ciclo da água, etc. E num nível humano, temos, por exemplo, as batidas do coração, nascimento e morte das células, a digestão, a respiração e todas as funções orgânicas, pois tudo no corpo humano só funciona obedecendo a um ritmo preciso e matemático. Isso está perfeitamente expresso no Caibalion, onde vemos enunciado o chamado Princípio do Ritmo. Este princípio está na base dos ciclos, que provém diretamente do coração do significado universal do circulo:

“Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés;  tudo sobe e desce, tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda, o ritmo é a compensação.”

Nesse sentido, o circulo também expressa o movimento, o devir eterno e perpetuo da natureza. O movimento sem origem e infinito, que nunca teve um início. Porém, é preciso que haja algo que produza esse movimento, mas este não pode ser, ele mesmo, movimento.

Aristóteles e Platão

Nesse sentido, Aristóteles fala do “Eterno e perpétuo motor cósmico”, que gerava todo o movimento do mundo e este tinha a capacidade de imitar a essência do Grande Motor. Vejamos o que Marcelo Gleiser, em seu livro “A Dança do Universo” nos fala desta idéia em Aristóteles:

“Ao postular a existência do éter, Aristóteles efetivamente dividiu o Universo em dois domínios, o sublunar, onde o movimento “natural” era linear e os fenômenos naturais, que envolviam mudanças e transformações materiais, eram possíveis, ou seja, o domínio do devir, e o celeste, onde o movimento “natural” era circular e nada podia mudar o domínio imutável do ser. Sem duvida, se você quiser descrever “movimento sem mudança”, nada melhor do que o movimento circular, já que sempre retorna ao seu ponto de partida. Envolvendo a esfera das estrelas fixas, Aristóteles postulou a existência de outra esfera, geradora primária de todo movimento do cosmo, a esfera do “Movedor Imóvel”, o Ser que de certa forma sustenta todo o Universo.

O círculo não é esta totalidade, mas sua representante no mundo físico, assim ensinava Platão. Platão diz que as formas (eidos) têm uma realidade que vai além do mundo físico devido a sua perfeição e estabilidade. Em grego, a palavra para “forma” tem o mesmo sentido que “ideia”.

O mundo físico se parece com as formas, mas devido a constantes mudanças inerentes a natureza dele, nunca se chega a essa perfeição. Platão nos fornece um exemplo em que utiliza o círculo para explicar a relação entre o Mundo das Formas Perfeitas e o mundo manifesto.

Devido ao mundo das formas temos a concepção de um círculo perfeito – totalmente redondo composto de uma série de pontos que apresentam exatamente a mesma distancia do ponto central. No mundo físico essa figura jamais pode ser vista, porque os círculos nunca podem ser desenhados com perfeição.

Nesse sentido, o círculo existe no Mundo das idéias e é eterno e imutável. Para Platão, este círculo só pode ser conhecido pela Razão, e nunca pela experiência sensível. Portanto, o que vemos é apenas um reflexo imperfeito de uma Forma Perfeita, que está diretamente ligada a um Pensamento Original de Deus, no momento em que ele concebeu o conjunto da Criação. A este respeito, escreveu Platão:

“Acaso não sabeis que (os geômetras) utilizam as formas visíveis e falam delas, embora não se trate delas, mas destas coisas de que são um reflexo, e estudam o quadrado em si e a diagonal em si, e não a imagem deles que desenham? E assim sucessivamente em todos os casos… O que realmente procuram é poder vislumbrar estas realidades que apenas podem ser contempladas pela mente.” (Platão, A República)

Círculo representa a perfeição na imperfeição

A Maçonaria é conhecida por ser uma Sociedade Secreta que preserva um ensinamento iniciático durante alguns séculos. Alguns maçons atribuem a origem de sua Ordem e a construção do Templo de Salomão. Assim como as pirâmides do Egito, o Templo de Salomão é o que podemos chamar de uma “bíblia em pedra”, ou seja, sua construção arquitetônica transmite uma sabedoria a respeito dos princípios e leis universais através das formas geométricas simbólicas com a qual ela foi construída.

Outros falam de uma origem mais recente, que veio com a herança da sabedoria da Ordem dos Templários. A palavra maçom significa “construtor” ou “pedreiro”. Há algumas interpretações que atribuem a origem do nome Franco-maçom a derivação das palavras egípcias PhreeMessen, que significam “Filhos da Luz”. Apesar dessas controvérsias, a Maçonaria é uma sociedade que se estabeleceu com o ideal da construção de um novo mundo, no sentido dos termos Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

 A despeito de tudo, sabemos que um dos principais símbolos da maçonaria é o compasso. Este instrumento de medida serve para traçar círculos com medidas exatas de tamanho e proporção.

 Dentre outras interpretações, sabendo-se que o círculo representa a perfeição na imperfeição, aquele que usa o compasso está criando medidas divinas de perfeição e harmonia dentro do mundo da dualidade e da forma. Assim, os maçons seriam os arquitetos menores que ajudam a construir um reino de perfeição na Terra. Eles seriam os encarregados de expressar a harmonia do Grande Arquiteto do Universo num mundo de formas e de limites.

Na China, o compasso e o esquadro são respectivamente o símbolo do céu e da terra. O esquadro traça o quadrado, que representa o mundo tridimensional e objetivo. A interação entre compasso e esquadro é a harmonia entre o céu e a terra, e aqueles que usam esses instrumentos são considerados os mediadores entre ambos. A expressão compasso e esquadro (kuei-kin) indica a boa ordem, as boas normas e a harmonia da complementação dos opostos céu e terra.

O Símbolo

O Círculo com um ponto central é, inegavelmente, um símbolo místico e remonta à mais alta antiguidade. Ele faz parte até das cerimônias e ritos de adoração ao Sol predominante entre os antigos. Este símbolo foi interpretado de várias maneiras. Simbolizou o Sol, o Universo, Deus e o Todo), a Unidade e o zero, o princípio (o ponto) no centro da eternidade (o círculo linha sem início e fim), porém sempre relacionados a Deus e à criação.

Os corpos celestes foram a base sobre a qual se inspiraram os sábios da Antiguidade para definir as primeiras formas geométricas. Nos primórdios da Humanidade, o Ser Supremo, o Criador, não tinha nome nem símbolo algum que o representasse. O mesmo não acontecia em relação à sua obra, à criação, o Universo, cujo símbolo já era então o Círculo com o Ponto Central.

Na Índia, os Vedas ensinam que Deus é um Círculo, cujo centro está em toda a parte e cuja circunferência não está em parte alguma. Outra interessante semelhança entre o pensamento antigo e moderno, pois, voltando a falar da geometria do espaço-tempo e da expansão universal, não se concebe esta expansão de forma regular, melhor dizendo, não há, atualmente, um centro determinado desta expansão.

O Círculo

O Círculo, sem começo nem final, é um símbolo da divindade e eternidade e, portanto, o Compasso deve ser tomado como o meio pelo qual esta figura perfeita pode ser traçada. Em toda a parte e em todas as épocas, atribuiu-se ao Círculo propriedades mágicas e, particularmente, o poder de proteção contra o mal exterior de tudo que estivesse nele circunscrito.

O folclore traz-nos inúmeros exemplos de pessoas, casas, lugares etc. sendo protegidos pelo simples traçado de um círculo em volta deles. As virtudes do Círculo foram também atribuídas aos anéis, braceletes tornozeleiras e colares usados desde épocas primitivas, não só como ornamentos, mas como meio de proteção contra influências malignas.

Há uma pintura famosa da época da Renascença que é sugestiva de uma correlação entre Homem e totalidade, envolvendo o simbolismo do círculo. O Homem Vitruviano de Leonardo Da Vinci é considerado um símbolo da Renascença, pois agrega todo o ideário renascentista do surgimento do antropocentrismo, ou do “Homem como a medida de todas as coisas”.

Essa famosa pintura mostra uma figura masculina sem roupa separadamente e simultaneamente em duas posições sobrepostas com os braços inscritos em um circulo e em um quadrado.

Essa pintura tem medidas de proporções muito significativas. A cabeça é do tamanho de um décimo da altura total. Algumas vezes o desenho e o texto são chamados de Cânone das Proporções. As posições com os braços e os pés em forma de cruz é inscrita acompanhando a posição do quadrado. Já a posição dos braços e das pernas, que estão acima e parecem estar em movimento, são desenhados acompanhando a forma do círculo.

Temos uma perfeita representação do Homem dentro de uma Mandala sob uma perspectiva de universalidade. O quadrado desenhado e a forma do homem imitando uma cruz parecem estar parados e fixos no chão. Já o Homem inscrito dentro do círculo, parece estar fora do chão e sua posição nos dá a impressão de movimento. Nesse sentido, o quadrado implica a estabilidade e o círculo o movimento e a dinâmica.

Podemos observar que, a despeito do movimento, o umbigo do homem permanece imóvel. O Umbigo, que é o verdadeiro centro de gravidade, é o ponto central do homem que está posicionado precisa e matematicamente no centro do círculo. O desenho também é considerado freqüentemente como um símbolo da simetria básica do corpo humano e das proporções matemáticas do ser humano perante o Universo.

Outra maneira bastante conhecida dentro do misticismo onde se aplica o simbolismo do círculo é aquilo que os Budistas e Hinduístas chamam de a “roda do samsara”. A Roda do Samsara é a condição de nascimento e morte a que todas as coisas estão sujeitas. 

O círculo é também um símbolo de movimento, como a roda e as habitações de todos os povos nômades que dispunham os seus acampamentos também em forma de circulo protetor. Representa ainda a atividade e os movimentos cíclicos dos planetas representados nos horóscopos e no Zodíaco, à volta do Sol.

É a mesa redonda à volta da qual se reúnem os Cavaleiros da Távola Redonda e é a forma do paraíso e do ovo primordial. As mandalas orientais são símbolos mágicos e espirituais em forma de círculo. A arquitetura muçulmana e romana utilizavam o arco, que é uma secção do círculo, e que simboliza o céu e o divino. O arco é também um símbolo de elevação e de triunfo. O sol, o ouro e o fogo são também representados em círculos.

Para a cultura do islão, o círculo é a forma mais perfeita que existe e, por esse motivo, os movimentos de oração e adoração são feitos em forma de círculo à volta do cubo negro Ka'ba, que está dentro do um círculo branco em Meca. Na literatura persa, o círculo é um símbolo do destino. Na tradição sufi, celebrada pelo poeta Mevlana, a dança dos Derviches Giróvagos, ou rodopiantes, é feita em círculo, simbolizando o movimento dos planetas em volta do Sol e também o movimento cósmico da espiral. Enquanto relacionado com o Céu, o círculo é um símbolo do mundo espiritual e do cosmos na sua relação com a Terra.

No budismo, os círculos concêntricos são uma representação do aperfeiçoamento interior e da evolução espiritual. Entre os Celtas, o círculo é um símbolo mágico de proteção, defesa e poder. O círculo mágico é também utilizado nos rituais de magia e feitiçaria, segundo as lendas antigas.

Muitos dos antigos e atuais adereços e joias, provavelmente descendentes dos antigos amuletos, são de forma redonda, como é o caso de brincos, braceletes, colares e anéis. Mais do que amuletos de proteção, são também considerados estabilizadores da energia e da união entre o corpo e o espírito.

O círculo pode também ser considerado um sinal de expansão a partir do ponto inicial e o ponto pode ser considerado o resultado de uma contração a partir do círculo. O infinitamente grande e o infinitamente pequeno.

O círculo é também uma forma de medir o tempo. O tempo circular e cíclico da tradição e da Antiguidade opõe-se ao comum e moderno conceito de tempo linear. Tanto na Babilônia, como na antiga Grécia ou nos primeiros tempos da cristandade, o círculo simbolizava a eternidade.

Entre os índios da América do Norte, o tempo também era expresso em círculos, acompanhando o movimento do Sol, da Lua e dos ciclos das estações.

Na Umbanda e Candomblé, o círculo traçado no chão é um espaço sagrado para as entidades. Entre os budistas, representa o ciclo contínuo da vida: nascer, morrer e renascer.

Tantas interpretações do círculo em diversas culturas e doutrinas comprovam como esse símbolo vem influenciando a humanidade desde antes da Era Cristã. Mas você sabe o significado de círculo? Vamos dar literalmente uma voltinha ao redor do tema.

ORIENTE DO RIO DE JANEIRO, RJ.

A.·. R.·. L.·.M.·. FLAUTA MÁGICA DO RIO DE JANEIRO, Nº 170

M.·.M.·. SANDRO PINHEIRO

 

O MEDO – A PERSPECTIVA DE UM MAÇOM


 

Convosco quero partilhar um tema mais ou menos consciente em cada um de nós, que desde muito cedo, é difundido na nossa programação de vida, através de ensinamentos e formatações e que de forma sutil vai provocando inúmeros estragos e limitações…o medo!

De forma mais ou menos consciente na vida de cada ser, o medo mostra-se integrado na programação de vida, revelando sinais e propostas de melhoramento interno, que na grande maioria das vezes, requerem níveis mais despertos de consciência e atenção, para que sejam ultrapassados processos limitadores e limitativos do potencial humano intrínseco a todos e a cada um de nós.

O ego, agente regulador do processo individual de conhecimento e aprendizagem, permite através do medo, julgar formas e acontecimentos, na procura incessante, nem sempre descodificada, da ilusória sensação de proteção, aceitação e bem estar.

Dependendo da forma como cada ser foi programado, através de um conjunto de vivências pessoais, assim julga e interpreta, subjugado aos filtros criados que, no decorrer do seu processo individual e coletivo de crescimento, foram sendo construídos e estruturados.

O medo, torna-se assim numa potente ferramenta de controle e condicionamento, que desde cedo, passou a ser utilizado, como forma de dirigir e subjugar vontades em benefício dos interesses próprios.

O medo, é no meu entender o maior e mais difundido veneno, a antítese do nosso processo intrínseco de evolução, que se encontra institucionalmente liberalizado e disseminado pela grande maioria da população mundial.

O medo impede e castra a capacidade de ação.

Tenho para mim uma máxima de vida que diz: “No dia em que largarmos esta experiência terrena, e ficarmos frente-a-frente com Deus, entenda-se a nossa consciência, Ele não nos vai perguntar o que fizemos, mas antes, o que não fomos capazes de fazer!”.

E aqui, seremos obrigados a entender, por força das circunstâncias, que por medo, muito deixamos de fazer, hipotecando assim, esta maravilhosa oportunidade de vida.

E muitos, no seu processo final de vida encarnada, deixam transparecer no olhar, o espelho da alma, um sentimento de desperdício e frustração!

Quantos de nós deixamos escapar uma determinada oportunidade, matando-a mesmo antes de nascer, pelos filtros de medo e julgamento que nos impediram de agir?

Quantos de nós vivemos vidas infelizes com elevados níveis de frustração, por não conseguirmos agir escutando o nosso coração?Subjugados a padrões, com os quais não nos identificamos, mas que ao abrigo de convenções estruturadas, com medo de quebrá-las, não ousamos transpor?

Pois é MM QQ II, muito provavelmente TODOS!

Mas já me darei por feliz se pelo menos tiver despertado em vós, a necessidade de estarmos permanentemente atentos e vigilantes aos acontecimentos condicionados pelo o medo, que no meu entender, quando não devidamente descodificados, tornam-se maior contradição do princípio orientador da nossa Ordem – o de nos cumprirmos como homens e de trabalharmos a nossa pedra bruta, sem medo!

Tenho para mim uma linha orientadora de vida que ensina. Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta! E nesse sentido, vejo o medo como um filtro que nos impede de despertar do percurso da ilusão, que nos impede de encontrar o caminho de volta a casa!

Impede-nos de olharmos a necessidade de aprimoramento interior de forma isenta e construtiva, camuflando todo o processo evolutivo e isentando, de forma mais ou menos temporária, as reais necessidades corretivas que a todos e a cada um de nós, individualmente dizem respeito.

O adiar permanente da necessidade de alinhamento com o MOMENTO PRESENTE, o único ponto da nossa existência onde nos é permitido alcançar estados de consciência verdadeiramente únicos e onde o medo não reside, conduz-nos a um constante sentimento de frustração pela busca incessante de algo que não temos e que procuramos alcançar mais na frente, aliando no tempo a expectativa de satisfação que teima em chegar…

O passado, já passou é por isso história, o futuro por ser uma expectativa é uma incógnita, o momento presente, é assim chamado, por se tratar de uma dádiva… um verdadeiro presente!

No MOMENTO PRESENTE a expectativa de futuro não existe como tal o medo do que poderá vir a seguir, deixa de existir

Pois é meus queridos irmãos, vivemos identificados com a imagem cartoonesca do burrico que se deixa conduzir pelo dono sem escrúpulos, com uma cana, um fio e uma cenoura atada na ponta, que montado na garupa do pobre animal, acena a cenoura na frente do burro, que, sem a poder trincar, motivado pelo medo de passar fome, acelera o passo para a comer… e assim se perpetua um ciclo que alicerçado no tempo, nos conduz com expectativa de momentos melhores… momentos esses que nunca chegam, pois não estão na frente. Estão no momento presente. E enquanto deste processo não estivermos conscientes, andaremos no encalço do inalcançável

Despertemos!

Foquemos a nossa atenção no percurso pessoal de crescimento para que a todos nos possa despertar, a cada momento, a permanente necessidade de crescimento, livre, ou cada vez menos limitada, de barreiras que nos impedem de manifestar a magnitude do nosso verdadeiro ser. Quer isto dizer, interpretemos a cada momento a necessidade de nos ligarmos internamente, para nos mantermos alinhados na nossa própria essência, através do foco e atenção.

Este é um trabalho constante… parafraseando Jesus: “Orai e vigiai”

O nosso processo evolutivo, quando vivido em verdade, requer a consciência permanente deste princípio. A consciência do momento presente. Como a única porta de acesso e verdadeira ferramenta evolutiva ao alcance de todo o Ser humano. É nele que a noção de medo se desvanece, pois a expectativa do que vira a seguir, deixa de existir.

Procuremos conscientemente a cada momento, viver libertos das amarras do medo, esse potente veneno, antítese do verdadeiro crescimento humano.

Para finalizar, gostaria de deixar-vos a referência a dois livros, que representam para mim a estrutura do que acima convosco partilhei:

O Poder do Agora, de Eckhart Tolle

As mensagens escondidas na água, de Masaru Emoto

Se no primeiro livro sugerido, que muito provavelmente alguns vós já leram, o título tudo diz, já o segundo fala de um cientista que criou um aparelho capaz de tirar fotografias as moléculas da água. Ele prova cientificamente, com resultados verdadeiramente surpreendentes, reportados em diversas imagens fotográficas, que através de emoções e pensamentos, é possível alterar a composição molecular da água.

Ora se identificarmos que 80% o nosso corpo é composto por água, torna-se mais importante ainda descodificar e trabalhar conscientemente as emoções que, tal como o medo, para além de interferirem no equilíbrio mental, físico e espiritual, atrasam e diminuem o potencial evolutivo do ser humano.

Compete-nos pois, assumir o controle deste processo!

Mário Tomás – R L Loja D. Fernando II (GLLP / GLRP)

 

EXISTEM FAKES NA MAÇONARIA?

Meus Irmãos

Nesses quase 34 anos de Ordem tenho ouvido e visto verdadeiras aberrações nas redes sociais em relação à Maçonaria.

O principal fake é que Jesus teria sido Maçom. Chegam ao ponto de colocarem sua imagem portando o avental de MI.

Certa vez, ao ouvir essa afirmação, desprovida de lógica, de um irmão, em primeiro lugar lhe informei que nessa época não existia a Maçonaria, em segundo lugar que Jesus seria marceneiro e não pedreiro. Ele não gostou!

Não é segredo para ninguém, que gosta de estudar a nossa Ordem, que a Maçonaria tem sua origem nos grupamentos ou corporações de ofício.

Essa estória de envolvimento com templários, templos egípcios é pura balela, que foi usada na época da criação da UGLE, em 1717, para atrair novos membros e apagar a origem escocesa da Maçonaria.

Não é segredo para ninguém, que Loja Saint Mary’s Chapellde Edimburgo, no início dos anos de 1600, já estava iniciando pessoas que não eram do ofício. Isso tudo comprovado por atas escritas.

Outra colocação que causa espanto é quando ouço falar que a Maçonaria esteve envolvida em todos os movimentos libertários e políticos no Brasil, nas Américas e no mundo.

Isso não é nunca foi e nunca será verdade. Pelos fundamentos principais da Ordem, não é sua atividade, não é sua razão de ser.

A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica, educativa, beneficente e progressista. Proclama a prevalência do espírito sobre a matéria. Pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade.

Agora os maçons sempre que forem chamados, estarão sempre à disposição, e em defesa dos direitos e da liberdade.

Que cada um de nós cumpra seu papel na sociedade, honre o avental que veste, estude muito, seja honesto e verdadeiro, em fim, seja um digno Maçom.

Mas assim como uns tentam generalizar a nossa Ordem como tendo um papel proeminente nos fatos que influenciaram o mundo, será que ela será, também, responsabilizada pelos desmandos e pela falta de compostura de, felizmente poucos, alguns irmãos?

Portanto meus Irmãos, antes de propagar notícias, mesmo que achem elas sensacionais, sobre a nossa Ordem, busquem informações, estudem os fatos, vejam a veracidade das mesmas, ai sim, divulguem.

Um verdadeiro Maçom estará sempre em busca da Verdade.

Paulo Edgar Melo

MI – Membro ARLS Resplandecer da Acácia, 3157

Oriente de Miguel Pereira-RJ - GOB

 

 

 

  

 

 

 

 

 


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