OS ANTIGOS LANDMARKS DA ORDEM, COMENTADOS


 

Este trabalho Maçônico não visa discutir de quem ou quais Landmarks estão certos ou errados para a Ordem Maçônica.

Alguns autores maçônicos dizem que, para que uma norma maçônica seja considerada um verdadeiro limite, ela deve ser imemorial, espontânea e universalmente aceita.

Para nós o que importa é a obediência às Leis da Potencia Maçônica a qual nós pertencemos.

O intuito é adquirirmos um pouco de informação sobre o que é, e como surgiram os Antigos Landmarks da Ordem.

Antigos Landmarks da Ordem

Numa tradução livre temos: marco de limite, ou seja, o ponto máximo que não se deve ou não se pode ultrapassar. (Livro Cultura Geral Maçônica do Ir. Hailton Meira da Silva pág. 175); ou,

Segundo o Livro “O Delta Luminoso” de Rizzardo da Camino na pág. 75: “Landmark, constitui o marco escrito que fixa o ponto de partida para que a Maçonaria seja considerada Regular e aceite em todo o mundo”.

Como surgiram os Landmarks?

Com efeito, a expressão “Landmarks”, tem significado, ao pé da letra, na língua inglesa, de ”marcação de terra” (land = terra e mark = marca para limites entre duas ou mais áreas de terra).

Esta nomenclatura foi inspirada no Velho Testamento – Provérbios, 22,28 e 23,10:

“Não removas os antigos limites que teus pais fizeram” e “não removas os antigos limites nem entre nos campos dos órfãos”. Deuteronômios, 19,14: “não tomarás nem mudarás os limites do teu próximo que os antigos estabeleceram na tua propriedade”

Esta palavra surgiu pela primeira vez na compilação dos Regulamentos Gerais de 1721, incluídos na Constituição de James Anderson.

1° – Os processos de reconhecimento são os mais legítimos e inquestionáveis de todos os Landmarks. Não admitem mudança de qualquer espécie.

Comentários: Desde o primeiro Landmark notamos que a obediência deve ser uniforme e global. Todos os 25 Landmarks devem ser respeitados e obedecidos, a violação de um só Landmark equivale à desobediência de todos eles.

2° – A Maçonaria Simbólica é dividida em três graus imutáveis que são os de Aprendiz, Companheiro e Mestre.

Comentários: Este Landmark define uma Maçonaria com três graus: Aprendiz, Companheiro e Mestre, inspirando-se na construção do Templo de Salomão. Podemos afirmar também que o sistema de três graus parte do ano de 1723 com o Livro das Constituições, pois na Idade Média a Maçonaria classificava os seus membros em Aprendizes e Companheiros e o grau de Mestre era dado ao dirigente.

Com as sucessivas eleições passou assim a constituir um grau à parte e hoje é dado o nome de “Mestre Instalado”, ou “Past Master” aqueles que exerceram a Venerança.

3° – A lenda do terceiro grau deve ter a sua integridade respeitada. Qualquer Ritual que a excluísse ou que a alterasse cessaria por isso mesmo de ser um Ritual Maçônico.

Comentários: A lenda do 3° Grau só foi introduzida depois da criação da Primeira Grande Loja, a partir de 1724, é universalmente aceita e origina-se de uma lenda cujos fundamentos são encontrados na História Sagrada quando da construção do Templo de Salomão.

4° – O governo da fraternidade é presidido por um Oficial denominado Grão-Mestre, eleito pelo povo Maçônico. Se o atual sistema de governo legislativo por Grandes Lojas fosse abolido, sempre seria mister a existência de um Grão-Mestre.

Comentários: Com a fundação da Primeira Grande Loja em 1717, foi eleito o primeiro Grão-Mestre Anthony Sayer. Antes da Primeira Grande Loja, as Lojas eram livres, trabalhando independentemente umas das outras e eram dirigidas cada uma delas por um Máster.

Agora vamos a uma citação do Livro “O Delta Luminoso” de Rizzardo da Camino pág. 89:

…Desde o início verifica-se que a atuação do Grão-Mestre não depende de outra autoridade.

Enganam-se os que julgam que a Maçonaria foi ou deva ser um governo democrático, assim como são os governos civis na sua grande maioria.

Sem ser despótico, o governo maçônico apresenta-se como uma autoridade hierárquica. …Nenhuma Loja e nenhum Maçom poderá ser considerado regular se não se submeter às determinações do seu Grão-Mestre.

…A obediência passa por escalões hierárquicos, sendo assim, um membro de uma Loja, que não ocupe qualquer cargo, receberá as determinações de um superior hierárquico que por sua vez já as cumpriu e tem a experiência necessária para esclarecer o modo do cumprimento para que qualquer dúvida já esteja dirimida e para que não haja dificuldade para o Aprendiz em obedecer.

5° – É prerrogativa do Grão-Mestre presidir todas as reuniões maçônicas ocupando o trono quando se ache presente.

Comentários: Vamos a mais uma citação do Livro “O Delta Luminoso” de Rizzardo da Camino pág. 90:

…Trata-se de um direito decorrente da posição hierárquica. Sendo o Grão-Mestre a mais alta autoridade maçônica, é obvio que quando presente, a ele deva ser entregue a direção da Loja e dos trabalhos, que, contudo, poderá agradecer e devolver.

Seria impraticável uma reunião não presidida pelo dirigente máximo, estando ele presente; haveria uma diminuição de autoridade e uma subversão da ordem hierárquica, como também, um desrespeito à autoridade constituída.

Quando um Grão-Mestre entrar, no início ou durante os trabalhos, nem sequer aguardará o convite para assumir o “malhete”, pois sua prerrogativa autoriza tomar o lugar do Venerável, espontânea e automaticamente.

Nas cerimônias de Iniciação, Regularização, Exaltação ou Elevação, bem como da formação de uma Cadeia de União, ou qualquer ato festivo ou litúrgico, quando presente o Grão-Mestre e, assim o desejando ele, os trabalhos, pelo mesmo serão dirigidos.

Caso outras autoridades maçônicas acompanhem o Grão-Mestre, estas ocuparão imediatamente os lugares que lhes pertencerão por força das suas posições hierárquicas.

6° – É prerrogativa do Grão-Mestre conceder licença para conferir graus em tempos anormais, os estatutos maçônicos exigem um mês ou mais para o tempo que deve transcorrer entre a proposta e a recepção do candidato. O Grão-Mestre, porém, tem o direito de pôr de lado ou dispensar essa exigência e permitir a iniciação imediata.

Comentários: Este Landmark desrespeito ao interstício que são regulamentados e dependem das próprias disposições das Lojas quanto em avaliar a preparação do Maçom para o aumento de salário, contudo em casos especiais, e em face de necessidade que possa surgir, o Grão-Mestre, a pedido, poderá por meio de “placet”, dispensar o prazo intersticial.

7° – É prerrogativa do Grão-Mestre dar autorização para fundar e manter Lojas. Em virtude dela, pode conceder a um numero suficiente de Mestres Maçons o privilégio de se reunir e conferir graus. As Lojas assim constituídas são chamadas “Lojas Licenciadas” e, qualquer que seja o prazo da sua existência, podem ser dissolvidas por ato seu.

Comentários: As denominadas “Lojas Licenciadas”, são fundadas no período desejado pelo Grão-Mestre, que autoriza um grupo de Irmãos a trabalharem, conferirem graus e administrarem instruções. Muito raro é ver uma “Loja Licenciada”, mas isso poderá ocorrer em tempos de calamidade pública, guerras ou perseguições.

8° – É prerrogativa do Grão-Mestre criar Mestres Maçons por sua deliberação. Para tanto, o Grão-Mestre convoca em seu auxílio seis outros MM MM pelo menos, forma uma Loja e, sem nenhuma prova prévia, confere os graus aos candidatos. Feito isto, dissolve a Loja e despede os Irmãos. As Lojas convocadas por esse meio são chamadas “Lojas Ocasionais ou de Emergência”.

Comentários: Este Landmark também é conhecido como a prerrogativa do Grão-Mestre em Iniciar Maçons “à vista” e também em conceder-lhes graus com a dispensa de cerimoniais, a exemplo disso podemos dizer que um profano que sempre teve intenso desejo de ser Maçom, vendo chegar à morte, chama o Grão-Mestre e lhe suplica receber o juramento porque, o seu último desejo será morrer investido na qualidade de Maçom. Na prática temos um caso bastante conhecido na Maçonaria que é a Iniciação de D. Pedro I.

9° – Os Mestres Maçons devem-se congregar em Lojas com o fim de se entregarem as tarefas operativas. Antigamente, estas reuniões eram ocasionais e esporádicas, sem lugar certo para a reunião. Convocadas para assuntos especiais eram dissolvidas, separando-se os Irmãos para de novo se reunirem em outros pontos e em outras épocas. O sistema de Lojas com Cartas Constitutivas e regulamentos internos é de um período mais recente.

Comentários: O homem sente necessidade de viver em comunidade. O pior dos males que possa ocorrer a alguém é a solidão. A finalidade da criatura humana é constituir família para garantir a subsistência da espécie e viver agrupado. O termo Loja deve ser entendido nos seus dois sentidos: o Templo material e o Templo espiritual. O Corpo Místico da Loja, evidentemente, é a congregação dos seus membros. O princípio do 9° Landmark, diz respeito a esta dupla definição.

Loja será a reunião de maçons investidos nos seus cargos, desenvolvendo um ritual, obedecendo às normas constitucionais e regulamentares, dentro de um Templo consagrado, o que conduz, outrossim, ao entendimento de que o Maçom filiado a uma Loja tem a obrigação de frequentar, sempre que possível, as suas reuniões. As tarefas operativas, talvez não exigissem uma presença constante, mas nos dias atuais, as tarefas especulativas conduzem a uma presença constante, porque o homem no mundo moderno se desgasta rapidamente e as suas forças espirituais devem encontrar renovação urgente.

10° – O governo da Fraternidade congregada em Loja só é válido e legal quando exercido por um Venerável e dois Vigilantes. Qualquer outra denominação desses três dirigentes não confere à reunião o reconhecimento de Loja.

Comentários: A forma de governo de uma Loja por um venerável e dois Vigilantes é tradicional. Desde os tempos dos colégios romanos é conhecido que três ou mais formam um colégio. É por isso que o mínimo de três elementos constitui uma das bases de uma Loja e o 10° Landmark evidencia a necessidade de uma Loja possuir um Governo e obviamente este Governo deverá estar presente às reuniões, bem como, se pressupõe que o mesmo seja regularmente eleito.

11° – A Loja, quando reunida deve estar a coberto. O Guarda do Templo deve velar para que o local das reuniões esteja absolutamente vedado à intromissão de profanos. É seu dever guardar a porta do Templo, evitando que se ouça o que dentro dele se passa.

Comentários: O 11° Landmark não deve ser compreendido, apenas, no sentido material, mas sim, conjugado ao mais alto sentido espiritual, que surge misticamente, através de um som musical, de uma luminosidade adequada e de odor de um incenso apropriado.

12° – Cada Irmão tem o direito representativo nas reuniões gerais da Fraternidade. Antigamente, cada Irmão representava-se por si mesmo. Hoje, porém, nas Grandes Lojas, só tem direito assistência os Veneráveis, sendo os Irmãos representados pelos seus oficiais. Apesar dessa concessão, feita em 1717, nem por isso deixa de existir o direito de representação.

Comentários: Nas reuniões gerias outrora chamadas de Assembleias Gerais, todos os Irmãos, inclusive Companheiros e Aprendizes, tinham o direito de presenciar as Assembleias e votar, foi quando, ainda inexistindo um Constituição, o primeiro Grão- Mestre Anthony Sayer estabeleceu a forma de representação que as Lojas deviam ter nas Assembleias trimestrais, a fim de evitar a presença de todos os maçons, limitando essa representação ao venerável e Vigilantes de cada Loja, portanto trata-se de um Landmark moderno, mais um principio fundamental estabelecido para a boa marcha administrativa. De qualquer forma, cada Maçom encontra-se representado nas reuniões pelos seus Veneráveis, 1° e 2° Vigilantes e ou Mestre Maçom da sua Loja.

13° – O direito de recurso de cada Maçom, das decisões dos seus Irmãos em Loja para a Grande Loja ou Assembleia Geral dos Irmãos, é um Landmark essencial para a preservação da justiça e para prevenir as opressão.

Comentários: Mesmo que se possa considerar este Landmark como instituído após 1717, faz parte de um todo admitido como regra áurea por todos os maçons e hoje os recursos abrangem, não só, direitos individuais, mas posições administrativas, decisões que digam respeito a ornamentações, festividades e outras que não envolvem punições ou expulsões. As constituições e Regulamentos, obviamente, contem dispositivos próprios neste sentido.

14° – Todo Maçom tem o direito de visitar e tomar assento em qualquer Loja. o consagrado “direito de visitar” sempre foi reconhecido como direito inerente a todo Irmão em viagem pelo Universo. Desta Forma, as Lojas são encaradas como meras divisões por conveniência da família maçônica universal.

Comentários: O conceito de “visitar” deve ser interpretado como o direito de todo Maçom ser recebido numa Loja. Este princípio decorre de que cada Maçom é um elo de uma corrente e que tem o seu lugar não só assegurado como necessário em qualquer Loja. Hoje apesar da grande tolerância existente, numa Loja regular, somente são admitidos visitantes que se originem de outra Loja regular e que sejam, ou portadores de documentos ou possuam a palavra semestral atualizada (15° Landmark).

Esotericamente uma Maçom pode estar presente numa reunião sem lá conduzir o seu corpo material, pois, para o espírito, não poderá haver “porta” de entrada e nem proibições.

15° – Nenhum visitante desconhecido dos Irmãos de uma Loja pode ser admitido como visitante sem que seja primeiramente examinado conforme os antigos costumes. Este exame só pode ser dispensado se o Maçom for conhecido de algum Irmão do Quadro que por ele se responsabilize.

Comentários: É o chamado “Telhamento”, mais conhecido como “Trolhamento”.

16° – Nenhuma Loja se pode intrometer em assuntos que digam respeito a outras, nem conferir graus a Irmãos de outros Quadros.

Comentários: A obediência aos Landmarks e Preceitos Antigos não traduzem dependência, mas sim princípios básicos. A obediência às Constituições (cada Grande Loja possui a sua própria constituição) decorre que cada Loja aprovou a sua Constituição. Este Landmark vem apenas lembrar-nos que as decisões das loja são soberanas, apenas tendo os seus membros o direito de apelo a uma Autoridade Superior, em casos previstos e aceito por todos. (13° Landmark).

17° – Todo o Maçom está sujeito às leis e regulamentos da jurisdição maçônica em que residir, mesmo não sendo membro de qualquer Loja. a não filiação é já por si uma falta maçônica.

Comentários: No princípio cada Maçom era julgado pelos seus próprios pares dentro da sua Loja. Com o surgimento das Grandes Lojas, além das decisões privadas de cada Loja, passou o Maçom a contar com o recurso de um julgamento em segunda instancia pela sua Grande Loja e este Landmark além de nos lembrar do 13° Landmark, também evidencia a necessidade de todo Maçom está reforçando as colunas da Maçonaria Universal, filiando-se em alguma Loja, seja como e onde estiver.

18° – Os candidatos a iniciação devem ser isentos de defeitos físicos ou mutilações, livres de nascimento e maiores. Uma mulher, um aleijado ou um escravo não podem ingressar na Fraternidade.

Comentários: É óbvio que este Landmark tinha foco para uma determinada época e é sabido também que se tem admitido candidatos portadores de defeitos físicos que não prejudiquem a ritualística e que esses mesmos resultam em maçons impecáveis, mesmo assim nós não estamos aqui para questionar este Landmark, seja porque não existem mais escravos ou porque a mulher tem conseguido bastante equiparação social junto ao homem, nada disso nos importa e sim o cumprimento deste Landmark conforme veremos mais adiante com 25° Landmark.

19° – A negação da crença no GADU é impedimento absoluto e insuperável para a iniciação.

20° – Subsidiariamente a esta crença é exigida a crença numa vida futura.

Comentários: O candidato para ser admitido Maçom, presta juramento em obediência aos rituais. Os juramentos são dirigidos a “algo” Superior, pois, sempre, o ser humano, desde os nossos indígenas até as sociedades primitivas, colocava os seus destinos e interesses aos cuidados de uma divindade.

A Maçonaria designa Deus como o Grande Arquiteto do Universo, abrangendo assim, toda gama das “personalidades” de Deus, como Ser criador e atuante, não só no mundo, como no Universo todo e em todos os sentidos, portanto a adoção do 19° Landmark, não diz respeito à aceitação do que não pode ser explicado, mas sim, como princípio de “obediência” ao conjunto dos 25 Landmarks.

O candidato, sempre é posto a par, isto antes de ser aceito e durante o cerimonial de iniciação, da obrigatoriedade de obediência às Leis da Maçonaria. Nenhum candidato é obrigado a entrar na Maçonaria, mas se assim deseja, deverá ou aceitar a crença em Deus por convicção, ou em obediência às Leis da Maçonaria. Conjuntamente a este sentido de que a Maçonaria não quer discutir a existência de Deus ou não, também ela no 20° Landmark não quer discutir a reencarnação ou a ressurreição numa vida após a morte e sim que o candidato encerrado na Câmara de Reflexão possa encontrar os elementos da morte e penetrando nos seus mistérios analise a retrospectiva do que fez e como usou a sua vida, para que morrendo simbolicamente, possa renascer e retornar a vida como um verdadeiro Maçom.

21° – É indispensável à existência no altar de um “Livro da Lei”. Não cuidando a Maçonaria de intervir nas peculiaridades da fé religiosa dos seus membros, esse livro pode variar conforme os credos.

Comentários: Este Landmark fala-nos do Livro da Lei, porém na verdade é o Livro Sagrado ou Livro da Lei Moral, Bíblia, Alcorão, Torá, Talmud, etc.…, pois mais adiante no mesmo Landmark fala-se em fé religiosa e credos, portanto não caberia colocarmos como Livro da Lei, por exemplo, a Constituição Federal do nosso país ou mesmo a Constituição e Regulamento Geral da Grande Loja.

Cada povo terá a presença do Livro Sagrado que representar a sua fé, pois a presença do Livro Sagrado (Livro da Lei Moral) constitui a prova da liberdade de culto, porque em cada país a Maçonaria terá o Livro da fé da maioria dos seus membros.

A leitura do Livro sagrado e ou Livro da Lei, dentro dos nossos Templos, sempre constituiu parte importante e altamente cerimoniosa, porque a “palavra” foi dada para ser obedecida, e a renovação da sua leitura, sendo já conhecida por todos, no dia a dia, assume novos aspectos despertando assim, o homem por um caminho tranquilo e traçado em seu beneficio pelo Grande Arquiteto do Universo.

22° – Todos os MM MM São absolutamente iguais dentro da Loja, sem distinção de prerrogativas profanas, de privilégios que a sociedade confere. A Maçonaria a todos nivela nas reuniões maçônicas.

Comentários: Não podemos confundir a hierarquia Maçônica com as prerrogativas profanas e nem com os privilégios que a sociedade confere, posto que a existência desta hierarquia Maçônica constitui a garantia da sua continuidade, todavia, realmente há, em caso de proteção, de conjunto, de nomenclatura, igualdade entre os maçons, sem distinção de graus, porém como poderiam existir Aprendizes sem os Mestres e estes como se poderiam classificar sem um órgão superior a orientá-los?

Os Aprendizes têm o direito de voto igual a todos; o direito de frequência e de participar em todos os atos litúrgicos concernentes ao seu Grau, contudo, não se poderá admitir que um Aprendiz recém advindo possa conhecer todos os aspectos administrativos da Loja e possa tomar parte nas decisões relevantes.

A Aprendizagem deve ser longa, isto em qualquer sector intelectual e prático e somente o conhecimento é que fará do indivíduo um profissional competente, portanto, a diferença ou discriminação diz respeito, apenas ao “tempo”, eis que, todo Aprendiz consciente da sua responsabilidade, em tempo breve, atingirá os graus necessários para a sua plenitude maçônica.

23° – Todos os conhecimentos recebidos pela iniciação, tanto os métodos de trabalho como as lendas e tradições devem ser conservados secretos e só podem ser comunicados a outros Irmãos.

Comentários: A Maçonaria não é uma sociedade secreta. O segredo maçônico deve ser entendido em duas formas: o segredo da Instituição e o segredo dos Rituais. Hoje, a Instituição não necessita mais manter-se no ostracismo, em secreto, hoje, maçons desfilam paramentados, por ocasião de festividades pátrias e maçônicas, porém, mantém-se o segredo, sobre as palavras de ordem, de passe, semestral, os sinais, as saudações e as decisões que devam ser mantidas em reserva. O segredo ritualístico deve ser mantido em obediência aos juramentos e esta atitude, demonstra o fiel cumprimento deste Landmark.

24° – A Maçonaria fundou-se em ciência especulativa segundo métodos operativos e o uso simbólico, explicando estes métodos e os termos nele empregados com o propósito de ensinamento moral. É indispensável à preservação da lenda do Templo do Rei Salomão.

Comentários: A Maçonaria atual é a que chegou até nós, após a sua reestruturação em 1717. Este Landmark diz respeito a esta maçonaria relativamente moderna, por isto, coloca a “moral” e a “religião” como resultado do trabalho operativo e especulativo.

O ensinamento moral e religioso não deverá ser confundido com a moral comum ou com uma determinada religião, pois a Maçonaria aceita nos seus ensinamentos um princípio religioso, mas no sentido de religação, entre a mente humana e o Poder Supremo, portanto diz-se com muita propriedade que os símbolos possuem a sua própria linguagem, e que os símbolos falam, é preciso então desenvolver os sentidos de audição espiritual, para ouvir a voz dos símbolos, e estes estudos, esta dedicação, nada mais é que um acato e obediência ao 24° Landmark, onde a lenda da construção do Templo de Salomão é rica simbolismo e ensinamentos filosóficos.

25° – O último Landmark é o que afirma a inalterabilidade dos anteriores, nada lhes podendo ser acrescido ou retirado, nenhuma modificação lhes podendo ser introduzida, dentro da seguinte regra: “Assim como dos nossos antecessores os recebemos, assim os devemos transmitir aos nossos sucessores.”

Comentários: Este Landmark induz-nos para uma questão burocrática, querendo mostrar que não podemos alterar acrescentar ou retirar qualquer coisa nos Landmarks anteriores, mas se observamos bem resume todo ensinamento Maçônico, tanto operativo como especulativo, pois a última frase indica verdadeiramente como devemos receber e transmitir a boa herança da nossa Ordem seja na parte de liturgia, esotérica ou administrativa.

Conclusão

Como a nossa Ordem tem como fundamento básico a tradição, até hoje, esses “Landmarks” de Mackey são rigorosamente observados e ninguém pensa em alterá-los. É verdade que, de vez em quando, alguém revestido de vaidade e presunção apresenta teses para “atualizar” os Landmarks, mas são pregadores do deserto que não conseguem ser levados a sério.

Os 25 Landmarks trazem-nos uma Ordem Maçônica completa, tanto sob o ponto de vista administrativo, como litúrgico e místico.

Alberto Mendes, M M

Bibliografia

Cultura Geral e Maçônica no Brasil e no Mundo, Hailton Meira da Silva – Ed. Menthor Textual

O Livro Secreto da Maçonaria, Lourivaldo Perez Baçan – Ed. Universo dos Livros.

O Delta Luminoso, Rizzardo da Camino – Ed. Aurora.

 

O TEMPO, A IDADE E A MAÇONARIA


 

Mais do que uma idade certa, há uma maturidade certa para se ser iniciado.

Muitos nunca atingem essa maturidade: nascem, vivem e morrem sem nunca perder um segundo com as “grandes questões”, tal a azáfama com que passam por esta existência.

Outros a atingem encontram as suas próprias respostas, e deixam, a partir de certo ponto, de fazer sentido procurarem outro método de aperfeiçoamento, pois já encontraram o seu próprio método, chegaram às suas próprias conclusões, traçaram o seu próprio caminho.

Cada Maçom tem a sua própria história, o seu próprio ritmo, o seu próprio percurso.

Uns chegam mais cedo, outros mais tarde.

Uns caminham mais depressa, outros mais devagar.

Outros ainda levam mais tempo numa fase, e noutra disparam a correr.

Ou ao contrário.

Temos entre nós quem tenha sido iniciado aos vinte e poucos anos, e quem o tenha sido já depois de ser avô.

Temos quem tenha sido aprendiz ou companheiro durante bastantes anos, e quem ao fim de menos de dois anos já fosse mestre.

Temos quem tenha ficado pouco tempo, quem tenha ficado alguns anos, e quem ainda cá esteja.

Por tudo isto, encontra-se numa loja uma grande diversidade de idades, maturidades e sensibilidades.

A todos une, porém, a vontade de se tornarem pessoas melhores, e de o fazerem juntos, e aprendendo uns com os outros.

Os aprendizes mais jovens podem aproximar-se mais facilmente de mestres mais próximos da sua idade, até estarem mais à vontade com os mais velhos.

Os aprendizes mais velhos terão porventura maior afinidade, pelo menos inicialmente, com os maçons mais maduros.

Com o passar do tempo, à medida que aquelas caras vão adquirindo nomes, aos nomes vão-se juntando feitios, e os feitios, as caras e os nomes tornam-se pessoas que vamos conhecendo e distinguindo das demais.

Os aprendizes vão-se percebendo com quem podem aprender melhor o quê, e acabam por aprender com todos – com uns mais do que com outros, mas isso também faz parte…

Chegado a companheiro, o Maçom conhecerá já razoavelmente a maioria dos irmãos da sua loja, e estes a ele.

Terá, para, além disso, passado pela experiência de ter “irmãos mais novos”, iniciados depois dele.

Estes irmãos mais novos podem ser até mais velhos em idade, o que torna tudo muito mais interessante.

E quando se chega a mestre, percebe-se por fim que todos têm alguma coisa a aprender com cada um dos demais.

Os mestres mais novos encontram-nos mais velhos a experiência de quem já passou por muitas situações difíceis, tomou muitas decisões – algumas mais certas que outras – e tem, enfim, a sabedoria que só a idade, a experiência e as dificuldades proporcionam.

Por seu lado, os mestres mais velhos encontram-nos mais novos a possibilidade de reviver e questionar o seu próprio percurso, de tornar de novo novas as suas velhas dúvidas e questões, e a possibilidade de passarem para outros aquilo que receberam dos que os antecederam.

Uns e outros partilham da alegria de estarem juntos, de serem diferentes, e de terem algo a aprender uns com os outros.

Sem sangue novo, uma loja está condenada, mais ano menos ano, a abater colunas: não há quem ensinar e, à medida que os mestres forem passando ao Oriente Eterno, a loja vai ficando menor, até deixar de se poder manter.

Por outro lado, sem o “sangue velho” – e muitas começaram assim – a loja pode até existir, mas é uma loja sem raízes nem memória, que só adquirirá com o decorrer dos anos.

Diz-se que em Maçonaria nada se ensina, e tudo se aprende.

É, por isso, um privilégio poder-se aprender com quem já está há mais tempo.

Grupo Memórias e Reflexões Maçônicas

 

A MORTE (E A VIDA)


 

Na Maçonaria, os símbolos e rituais servem para colocar ao dispor do maçom os conhecimentos, os temas, os valores com significado e importância no ideário maçônico. O que cada maçom aprende ou não aprende, reflete ou não reflete, assimila ou não assimila em face desses símbolos ou rituais é com ele. Cada um é como é e livremente aproveita (ou não) da forma que melhor entende o que lhe é proporcionado.

Ao longo do seu percurso, o maçom é confrontado, simbólica e ritualmente, com a morte. Desse confronto, fará a reflexão que quiser ou for capaz, tirará a lição que conseguir tirar. Mas é importante que esse confronto exista.

A morte - sabemo-lo, embora muitos o procurem esquecer pelo máximo de tempo possível... - é inevitável. A todos chegará, a cada um na sua hora. Normalmente, quanto mais novos somos, mais afastamos esse tema do nosso pensamento. É uma desagradável questão distante com que esperamos não ser confrontados por décadas - se nos detemos a pensar nisso ainda vamos deprimir e mais vale, mas é pensarmos no que vamos fazer hoje e amanhã e esta semana e nas próximas férias...

No entanto, os maçons são confrontados com a morte e assisado é que reflitam sobre esse tema. Desde logo, porque o fazendo quando a morte não lhes está iminente, tal lhes permite racionalmente fazerem a sua análise e, sem urgências, ficarem em paz com a certeza de que um dia ela os atingirá.

A morte faz parte da vida. O ciclo natural do nascimento, crescimento, maturidade, declínio, morte está presente em todos os seres vivos, é ínsito à Vida. Quanto mais cedo e melhor aceitarmos isso, mais cedo e melhor estaremos em condições de aproveitar e viver plenamente a vida.

Para o crente, a morte não é o fim, mas uma Passagem. Mas, deste lado da mesma, forçoso é reconhecer que é uma Passagem para o Desconhecido...

A morte, o reconhecimento da sua inevitabilidade e, portanto, a sua aceitação, é, desde logo um importante fator de consciência da fundamental Igualdade entre todos nós.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos proclama, logo no seu art. 1.º, que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Mas, ao contrário do que possa parecer, a parte final desta proclamação ("em dignidade e em direitos") restringe o alcance da primeira parte da frase. E falo bem, porque, em bom rigor todos os seres humanos, sendo essencialmente iguais, são individualmente diferentes.

Uns nascem em berço de ouro, outros em pobres enxergas. Uns são geneticamente dotados de saúde, outros têm a infelicidade de virem a este mundo com doenças congênitas. Uns são inteligentes, outros nem tanto assim. Uns são belos, outros nem por isso.

Pese embora a proclamada igualdade "em dignidade e em direitos", temos que reconhecer que, parafraseando George Orwell em O Triunfo dos Porcos, "uns são mais iguais do que outros". Uns bafejados pela genética, mas também condições sociais partem para a jornada da vida com vantagem.

Outros terão de superar deficiências, insuficiências, simples acasos como o lugar de nascimento ou de colocação social dos seus genitores para lograrem atingir os mesmos objetivos e patamares muito mais facilmente atingidos pelos bafejados pela sorte na sua concepção e nascimento.

Quer queiramos, quer não, apesar da fundamental Igualdade entre os seres humanos, a verdadeira, a completa, a material Igualdade só existe na morte! A morte é o encerrar do ciclo neste plano de existência para o milionário e para o indigente, para o belo e para o feio, para o inteligente e para o menos dotado. A morte é a Grande Igualadora!

Entender a nossa finitude e aceitá-la, mas também entender a fundamental Igualdade que a todos junta na morte é essencial para entendermos e fruirmos completamente a Vida.

A essencial Igualdade da morte é que todos, rigorosamente todos, quando chega esse momento tudo deixam para trás: riquezas, estatuto, honras, mas também dívidas, condenações e opróbrios.

Acumular riquezas, obter estatuto, receber honras implicam esforços, escolhas, renúncias. Ter suficientes bens materiais para poder proporcionar a si e aos seus uma vida segura e confortável e fazer sacrifícios para isso é entendível.

Prescindir de fruir plenamente a vida só para acumular riquezas muito para além dessa medida e que, chegada à hora da morte, para trás ficarão, não será, para muitos, uma prioridade.

O mesmo quanto ao estatuto, que inexoravelmente termina com a morte física, e com as honras, que gradualmente se desvanecem nas memórias dos que ficam até inevitavelmente desaparecerem, ou, quando muito, e em reduzido número de casos, se limitarem a referências nos livros de história ou de qualquer especialidade.

Mesmo os grandes, celebrados e recordados artistas, heróis e criadores desconhecem, após a sua morte, que permanecem celebrados e recordados...

Portanto, a consciência e a aceitação de que a nossa vida é finita e que, chegada à morte, tudo deixamos para trás, em bom rigor não são pungentes, não são atemorizadora, são libertadoras, porque essa consciência e aceitação nos permitem viver e fruir plenamente a Vida.

A vida á para ser vivida da forma mais livre, mais pujante, mais compensadora, que nos for possível.

A VIDA É BELA! Mas só temos total consciência disso e a plena capacidade de fruí-la depois de termos encarado a nossa finitude e de estarmos em paz com a nossa morte.

Rui Bandeira

 

 

 


MITOS E LENDAS DA MAÇONARIA


Certo dia estava tomando um café tranquilo na casa dos meus pais e o papo de maçonaria veio à tona. Minha mãe sabedora do meu ingresso na maçonaria me fez uma pergunta que me deixou bem surpreso, foi mais ou menos assim; Meu filho, você sabe me dizer o porquê que foi dado o nome de Loja ao local onde vocês se reúnem? Confesso que fiquei confuso e como se pudesse ler vossos pensamentos, perguntei-a, “acha que vendemos algo? Como nossa alma? Seria para o diabo, acrescentei”.

Imediatamente fiz uma pesquisa na internet e achei uma matéria bem interessante no site “no esquadro” onde dizia que em primeiro lugar não é porque do termo “LOJA” em português denominasse um estabelecimento comercial que em outras línguas teria o mesmo significado, como escrito em Italiano Loggia, em espanhol Logia, em francês Loge, ambos significam quarto pequeno, ou cômodo pequeno. Vale lembrar que a palavra loja e alojamento ambos vêm do Francês “Loge” que significa local para abrigo e ou local de trabalho.

Depois dessa ocasião lembrei-me que o nosso Eminente Ir.’. Benedito Marques Ballouk Filho, Grão-Mestre Estadual do GOSP pede em uma de suas comunicações para que os IIr.’. o ajude a desmistificar a maçonaria junto a sociedade. Sendo assim, resolvi escrever este artigo e descrever alguns mitos que estão presentes na maçonaria.

Vou começar com uma lenda clássica a respeito da nossa ordem onde todos os maçons são ricos. Talvez estas pessoas que comentam a respeito disso não conheçam muito os maçons ou de critérios de riqueza.

Este mito pode também ter sido propagado em diversas gerações desde o início da maçonaria, onde o conhecimento e o interesse à visão para algo novo era em particular presente nas pessoas de maior poder aquisitivo, mas não que seja uma condição para o ingresso a arte real.

A figura do Bode também é uma coisa que intriga muitos os profanos, a quem diga que veneramos cabras, bodes e outros animais para simbolizar o diabo. Já ouvi dizer que quando iniciado teria que tomar sangue de bode servido dentro de um crânio humano.

A coisa complica mais quando os profanos se deparam com a figura de Baphomet e fazem ligação com a maçonaria. Na verdade até hoje não se sabe o real significado e sua real representação para os cavaleiros templários que supostamente adoravam como uma divindade, porém, a única imagem encontrada de Baphomet em um santuário templário era representada por uma cabeça humana com três ou quatro faces, ou seja, nada parecido com a imagem que é divulgada. Rei Felipe da França e com ajuda do Papa Clemente V ajudou a condenar todos os cavaleiros templários sob a acusação de adorarem o diabo com alusão a esta conhecida figura de Baphomet onde o mesmo se tornou bode expiatório deste movimento que levou muitos cavaleiros a tortura e a fogueira.

Somos acusados de praticantes de magia e de doutrinas ocultas. Primeiramente vamos aos significados. Magia significa a prática do desenvolvimento integral de suas faculdades internas espirituais ocultas do homem para interagir e conectar com a natureza e com universo. Já o ocultismo é prática de conhecer o oculto, aquilo que não é explicado pela razão pura ou pela ciência física. Nas ciências ocultas a palavra refere-se ao conhecimento não revelado, secreto.

Sabemos que na maçonaria em seus graus simbólicos são utilizados os símbolos para representar seus ensinamentos como as colunas zodiacais, sendo assim nossa doutrina comungam com práticas ocultas e trabalha fortemente no aperfeiçoamento interno do ser humano proporcionando cada vez mais uma interação com a natureza e o ser supremo o G.’.A.’.D.’.U.’. .

Existe um mito bem interessante que não podemos testemunhar um contra os outros e inclusive que podemos praticar o falso testemunho no mundo profano. Bom, eu particularmente acho uma grande lenda, pois o Maçom tem o compromisso com a verdade e com o bem estar da humanidade onde se valoriza as virtudes, ou seja, a verdade e se condena os vícios, a mentira.

Outro mito é que somos anticristo e que devemos negar Deus e Jesus Cristo três vezes ao sermos iniciados. Bom, com relação às negações nem vamos alongar o assunto que é inteiramente contraditório aos nossos princípios, pois um dos princípios primordiais para se ingressar na Ordem é acreditar em um Ser Superior, como um cristão ingressaria com suas crenças e depois tivesse que negá-las, seria muito contraditório.

Já a posição da Igreja Católica e de outras igrejas cristãs com relação à reprovação do ingresso a maçonaria tem como seu argumento principal o fato de aceitarmos membros de qualquer religião, seja ela qual for, ou seja, se aceitássemos apenas a doutrina cristã deixaríamos de ser uma instituição religiosa e passaríamos a ser uma instituição cristã.

Acredito que em graus mais elevados iremos estudar a vida de Jesus Cristo e também de outros profetas. Esta frase já seria motivo para muita discórdia, pois estou igualando Jesus Cristo com os demais profetas.

Particularmente acredito que Jesus seja filho de Deus, até por que sou cristão, mas o que dizer aos meus amados IIr.’.que professam outras crenças e que ainda esperam a vinda do Messias.

Por isso que a nossa instituição intriga demais os profanos, conseguimos fazer uma coisa que a humanidade como um todo jamais conseguirá, ou seja, nos reconhecermos com legítimos irmãos, independente das nossas crenças religiosas.

Aproveitando, a maçonaria é uma religião? Particularmente eu acho que sim. Parece contraditório até por que acabei de fazer diversas afirmações que podem ir de encontro com a minha opinião. Porém, um verdadeiro maçom é aquele que descobre o seu próprio caminho para a religiosidade, visto que ao longo de sua jornada muito irá conhecer sobre diversas religiões e conhecimentos esotéricos e exotéricos, conhecido como práticas ocultas.

Vai perceber que todos os rios deságuam no mar. Toda religião tem como o principio básico de estabelecer um contato com um ser superior e de encontrar a compreensão para as mais adversas necessidades humanas, seja o amor, o perdão, enfim, como se precisássemos nos recarregar de uma energia divina.

Muito bem, é assim que me sinto em uma sessão maçônica, saio renovado, cheio de energia, encontro repostas para minhas dúvidas e esperança para os meus projetos.

Chego à conclusão que a superstição e a curiosidade do desconhecido alimentam a imaginação dos profanos quando se trata de instituições discretas. O que é discreto torna-se secreto e as religiões rígidas que preferem adotar práticas de culpa e medo para manterem a sociedade dentro de uma caverna associam a nossa instituição incompatível a suas crenças, tudo isso ajuda a fortalecer todos estes mitos e lendas a respeito da maçonaria. 

Bibliografia

Ritual – Rito Escocês Antigo e Aceito 2009

Rizzardo da Camino – Dicionário Maçônico 2013

Site: No Esquadro / Por que Loja maçônica?

Dicionário Aurélio Online

Autor: Thiago Oliveira

DEZ PERGUNTAS QUE TODO MAÇOM DEVE ESTAR PREPARADO PARA RESPONDER


Relacionamos abaixo as perguntas mais frequentes que nos são formuladas, e UMA, ENTRE OUTRAS formas corretas de respondê-las:

1 - Mulher entra na Maçonaria?

Na nossa Ordem, não, mas há Lojas Femininas e Mistas nas quais ela pode entrar.

2 - E por que na vossa Ordem elas não ingressam?

A Maçonaria desperta muita curiosidade entre as pessoas e é inevitável que surjam perguntas indiscretas, absurdas e até mesmo atrevidas a respeito de nossas atividades.

Muitas vezes, ao término de uma sessão pública, o maçom é surpreendido com essas perguntas e, não respondendo ou dando uma resposta evasiva ou dúbia, perde sua credibilidade e acaba causando um enorme prejuízo à Instituição. Uma resposta correta, verdadeira e sensata contribui para o engrandecimento da Ordem.

Por ser uma Ordem masculina. Acreditamos que homens e mulheres devem frequentar Lojas separadas, da mesma maneira que monges e freiras não se misturam.

3 - Por que a Maçonaria não admite deficientes físicos?

Pelos mesmos motivos que as Forças Armadas não os admite, ou seja, porque desenvolvemos intensas atividades ritualísticas.

Entretanto, se um candidato apresentar uma deficiência física moderada, compatível com o trabalho ritualístico, ele será bem vindo.

4 - A Maçonaria recusa candidatos pobres?

Pobreza é um termo relativo. Como nossa finalidade é auxiliar os outros, necessitamos de pessoas que possam fazê-lo.

Quem é muito pobre deve permanecer do outro lado, ou seja, daquele em que estão os que necessitam de auxílio. Além do mais, temos obrigações pecuniárias para com a Maçonaria (manutenção do Templo, contas, impostos etc.) que são cotizadas entre os maçons.

5 - Vocês sacrificam animais em seus Rituais?

Não. Sacrificamos apenas algumas horas de lazer e convívio familiar para comparecer às nossas reuniões e trabalhar para causas sociais, beneficentes, culturais e outras.

6 - Qual é o significado do bode na Maçonaria?

Nenhum. O bode não é um símbolo maçônico. Não há referência alguma a esse animal em nossos Templos, Rituais ou Literaturas. O bode foi utilizado pelos inimigos da Maçonaria para nos ridicularizar. Alguns maçons, por mera brincadeira, colocam adesivos com a figura do bode em seus carros; outros ostentam estatuetas de bodes em seus escritórios etc.

7 - Os maçons se auxiliam incondicionalmente?

Não. O maçom auxilia o seu Irmão quando este sofre uma injustiça ou perseguição ou é vítima de uma fatalidade.

Quando um Irmão erra ou age mal, nós o expulsamos da Maçonaria.

8 - A Maçonaria é elitista?

Sim, mas não no sentido pejorativo do termo e apenas na sua mais elevada acepção. A Maçonaria escolhe homens livres e de bons costumes para o ingresso na Ordem. E procura escolher os melhores.

9 - A Maçonaria conspira contra o Governo?

Não, desde que sejam legítimos e democráticos. Sim, quando são ilegítimos, injustos e ditatoriais.

10 - A Maçonaria é cristã?

Não. A Maçonaria não é cristã, nem judaica, nem budista, nem maometana. A Maçonaria não adota nenhuma religião, mas também não interfere na crença pessoal de cada maçom, respeitando-a, porém.

José Américo Merlo - Ex -Grão- Mestre da Grande Loja do Espírito Santo

 

DEZ RAZÕES PARA NÃO PERTENCER À MAÇONARIA


Fala-se muito das razões para justificar a entrada na maçonaria, e naquilo que esta pode dar a cada um dos seus membros. Mas a sociedade em geral, ou grupos ou pessoas singulares, podem ter motivos válidos para afirmar que não vale a pena entrar em organizações maçônicas.

Tudo na vida é uma moeda com duas faces e tanto uma como outra são parte da mesma realidade.

A loja Laval n° 139 da Grande Loge du Québec, Canadá fez o levantamento de “10 boas razões para não querer ser maçom”, as quais devem constituir motivo de reflexão.

1. Já ter demasiados amigos e estes causarem preocupações, devendo haver um espaço para o homem estar sozinho.

2. Gostar de manipular, mentir, burlar e roubar.

3. Ser um não conformista, não podendo aceitar regras e limites de um grupo que pode cercear a liberdade individual.

4. Ser avarento ao ponto de não ajudar aqueles que precisam.

5. Ser um fundamentalista religioso e pensar que o dogma da sua fé é a único caminho para a verdade, devendo os outros serem convertidos ao seu dogma.

6. Ser um materialista ou um ateu, recusando a existência de qualquer ser espiritual ou divino, e julgar os crentes como estúpidos e pensar que a matéria pode existir sem espírito.

7. Recusar os Direitos e Liberdades do Homem, negando o princípio de que todos nascem iguais e os princípios da liberdade, justiça e igualdade e considerando que a desigualdade natural deve prevalecer com todas as suas consequências.

8. Estar muito ocupado, principalmente com os jogos desportivos, os espetáculos, a televisão, a internet, a vida social, relegando para último plano qualquer ligação à comunidade e ao próximo.

9. Detestar tudo o que respeita à tradição e história, porque o presente é a modernidade que não se compadece com o passado e com rituais arcaicos e bolorentos.

10. Não haver nenhuma razão para o aperfeiçoamento pessoal, uma vez que as técnicas de controle pessoal permitiram obter o meu equilíbrio pessoal.

E agora vos convido há meditar um pouco sobre cada um destes pontos.

(Baseado num artigo de Gadlu-info). 2022.06.05. MPS

 

A POUCA FREQUÊNCIA NAS LOJAS


 

Vez por outra, estudiosos da Maçonaria se perguntam o porquê da pequena freqüência existente da atualidade em nossas Lojas. Baseado nos parcos registros da história, fica-nos a idéia de que sempre foi assim.

A diferença palpável que poderá ser encontrada é a de que existe hoje uma menor quantidade de membros dentro de uma maior quantidade de Lojas.

Presume-se que antigamente uma mesma quantidade de obreiros pertencia a um menor número de Lojas, o que aparentemente daria uma frequência maior. Se, no entanto, se pudesse ter das antigas lojas as suas atas a porcentagem de comparecimento, certamente não diferenciaria nem para mais nem para menos do número percentual de hoje.

Aliás, quanto maior fosse o número de obreiros que compusessem uma Loja em tempos atrás, menor seria a sua porcentagem de frequência.

Exemplificando: uma Loja de 300 Irmãos, tem hoje uma frequência aproximada de 60-70 membros, o que dá 20% mais ou menos. Outra com 30 ou 50 membros, comparecem 20-30 obreiros, ficando entre 70-60%.

Esta afirmação está baseada no fato de o autor da presente, ter frequentado uma das maiores Lojas do Brasil onde normalmente a quantidade de Irmãos em cada sessão não passava de 10 a 20%, ou seja, de 30 a 60 comparecimentos para um total de 300 obreiros, que era o número dos que compunham aquela Loja.

As informações que temos da Maçonaria americana são de que lá algumas Lojas chegam a ter 900 membros, cuja média em regra geral vai de 100 a 300 comparecimentos.

Acontece que lá, as sessões de aprendiz e companheiro, somente são realizadas para Elevações e Exaltações. Pelo número de seus membros, calculem o tamanho que teria que ter o Templo de cada uma dessas Lojas, se fosse frequentada por todos e a impressão de vazio que daria quando de uma reunião, em havendo no seu interior, um comparecimento de 10%.

Seria o mais provável a acontecer, se as suas reuniões fossem semanais como aqui. Pois bem, o referido vazio mostra que uma Loja, dentro da própria realidade em tamanho, não deve construir seu Templo igual ao de uma Grande Loja.

Em certa ocasião, assistimos a uma palestra de um famoso autor numa grande cidade do Estado de São Paulo e, para que se tenha uma ideia da capacidade do Templo e da realidade do comparecimento, a dita palestra foi realizada no Oriente onde tranqüilamente sentaram-se umas 25 a 30 pessoas e ainda sobraram cadeiras, ficando as Colunas completamente vazias.

Esse prédio enorme tem quase 100 anos de existência e a Loja mais de 110 anos da sua fundação. Pode se compreender que a sua construção foi uma obra para outra realidade que não a da presente. Essa Loja vive hoje das glórias passadas, nada havendo na atualidade que a leve a uma situação igual à antiga.

Seu número de membros não passa de 70 ou 80, o que seria bom para a realidade de hoje, não houvesse ali uma grande quantidade de irmãos em avançada idade, dispensados de frequência. Houve ainda uma descontinuidade nas iniciações. Pode ser esse outro motivo a justificar vazios para uma Loja que em tempos de antanho tinha mais do que o dobro da atual, além de também não ter existido naquela época a mesma rotatividade que hoje existe.

No início, ela era única na cidade onde agora já existem mais de 10 Lojas. Vislumbramos aqui alguns dos motivos da impressão de ausência existentes na Maçonaria Brasileira – O vazio fica só na impressão, mesmo porque na nossa visão a nossa Ordem está mais viva do que nunca.

Outro fator importante que precisa ser levado na devida consideração é que nos primórdios da Arte Real no Brasil, recebemos a influência da Maçonaria Francesa, profundamente política, tendo uma filosofia racionalista em cima do Positivismo, muito em voga na época, daí uma busca maior por parte daqueles que tinham ambições ao poder governamental.

A sua ingerência nos sistemas de governo de então, cuja atuação extrapolava o silêncio dos Templos, fazia com que ganhasse campo na imprensa, provocando debates públicos e inclusive um maior alarido nas rodas das intelectualidades de então.

Numa comparação à luz da história, a sensação é a de uma presença mais efetiva em tempos passados e a sua existência muito mais sentida exatamente devido à ocupação de um enorme espaço político e, consequentemente, havendo uma maior divulgação nesse sentido.

Assim, pois, é para se aceitar como coisa muito natural que houvesse naquela época uma porcentagem de presença em números mais elevados.

Só que, sendo político o motivo dessa maior presença, a atuação da Loja, comparada aos modelos de hoje em relação à História, à Linguagem Simbólica, à filantropia e ao Esoterismo, dentro desse campo, seria muitíssimo menor.

Com o quase total desaparecimento do colonialismo e seu conseqüente absolutismo governamental, deixou de existir o terreno propício a uma atuação política da maçonaria daquela tendência. Além do mais, com a ocorrência no Brasil de uma maior influência da vertente inglesa, cujo trabalho sempre foi e é discretamente realizado no interior dos Templos e sendo esta outra vertente (a inglesa) da política, fez-se com que não se receba mais como maçônico, o "oba-oba" das ruas, acontecimento natural da influencia francesa, e daí também, a impressão de um maior vazio hoje dentro da Ordem.

Ainda pela ação da Maçonaria Inglesa, existe na atualidade, outra visão da realidade sobre a nossa Ordem onde muitos são candidatos e poucos realmente escolhidos.

Entre estes, todos terão que passar pela iniciação, que é uma ação ritual peneiradora "ESOTÉRICA", o que resulta uma sobra minoritária dos que realmente possam vir a ser os, esotericamente, realmente "Iniciados".

A nossa angústia ante o desconhecido, quer pela vivência aqui na Terra enquanto um Ser material ou após a morte, como provável Ser espiritual, provocará dentro e fora do Templo, uma busca na solução do mistério.

Não sendo este encontrado aqui dentro, (não vamos entrar no mérito dos motivos) dará como resultado uma maior rotatividade no "entra e sai", da Ordem.

A pequena iniciação é por todos vista e sentida. A grande iniciação, porém, não é ele, o Filho da Luz, que se dá conta da metamorfose sofrida, pois foram os seus irmãos que vislumbraram nele um possível grande iniciado.

Foi então um reduzido, porém muito eficiente grupo, e é aí que repousa a grande força da Arte Real. O que resulta para olhos que só enxergam esotericamente é uma sensação de vazio, que pode e deve ser compreendida apenas na sua aparência.

Na realidade, aquilo que uns poucos esotericamente produzem, apesar de ínfima minoria, é incomparável e somente podem ser aquilatados, vistos e compreendidos por outros olhos também esotéricos.

Para esse vislumbre, seria bom não esquecermos uma das primeiras colocações do proceder maçônico: - "O que se faz com a mão direita, a esquerda não deve ver". A grandeza da Ordem e da Arte devem permanecer ocultadas a vistas profanas.

Assim, as obras maçônicas não são elaboradas para que o mundo lá fora delas tomem conhecimento, situação essa que é contrária aos seus fundamentos.

Ir.’. Osvaldo Ortega

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