A FARSA DA FALSA HUMILDADE NA MAÇONARIA TUPINIQUIM

Breve reflexão sobre o texto intitulado “O mestre e a luta contra a vaidade” do Irmão Mario Vasconcelos

Numa sexta-feira chuvosa, recebi com alegria o texto do Irmão Mario Vasconcelos, o qual, imediatamente, passei a ler e refletir sobre o conteúdo que nos foi ofertado. Estimulado pelas provocações, sempre pertinentes, passei a escrever estas breves linhas que representam as minhas preocupações sobre o todo arrazoado por ele.

Pois bem!

O argumento de que os graus são meramente simbólicos ou filosóficos pode desconsiderar a profundidade e a importância de cada fase da aprendizagem maçônico. Embora os graus representem etapas no caminho do conhecimento, eles não são apenas estruturas formais, mas sim oportunidades para uma aprendizagem mais profunda e para a internalização de conceitos que requerem tempo e reflexão.

Cada grau, em cada sistema maçônico, oferece uma nova lente através da qual o Maçom pode ver o mundo, e desconsiderar isso é perder a chance de um verdadeiro crescimento.

Realmente, a humildade é, sem dúvida, uma virtude central na Maçonaria, mas deve ser praticada de maneira que não dilua a responsabilidade de guiar e ensinar. A humildade verdadeira não é subserviência ou autonegação, mas o reconhecimento do valor tanto do próprio conhecimento quanto da contribuição do outro.

Um verdadeiro Maçom humilde é aquele que está disposto a aprender, mas também a ensinar, compartilhando o que sabe com a intenção de elevar o entendimento coletivo. A humildade não deve ser uma desculpa para negligenciar a transmissão de conhecimento ou para igualar experiências e sabedorias que são distintas e complementares.

Lembro agora a máxima construída por T. S. Eliot, que escreveu em Choruses from The Rock: “Where is the wisdom we have lost in knowledge? Where is the knowledge we have lost in information?“.

Este trecho ilustra bem a distinção fundamental entre estes conceitos. Informação é o conjunto bruto de dados, algo que pode ser adquirido em quantidade, mas que, por si só, não transforma o indivíduo.

Conhecimento é a organização e compreensão desses dados, o processo de fazer sentido das informações. Saber vai além do conhecimento, é a aplicação consciente desse conhecimento em situações práticas, e sabedoria é a culminação desse processo: a capacidade de fazer julgamentos equilibrados e de agir de forma justa e compassiva.

Na Maçonaria, entendo, não basta acumular informação; é preciso transformar esta informação em conhecimento, aplicá-lo para desenvolver o saber, e, finalmente, cultivar a sabedoria. A aprendizagem maçónica é uma jornada que vai além da memorização de rituais ou da absorção de simbologia e textos maçônicos; trata-se de uma transformação interna que requer introspecção, prática e tempo.

O exemplo trazido pelo Irmão Mario, amplamente conhecido, que retrata uma passagem de Santo Antão, que sucumbe à vaidade, serve como um alerta sobre os perigos da superficialidade e da busca por reconhecimento. No contexto maçônico, é vital que os irmãos se concentrem mais na profundidade da aprendizagem do que na busca por títulos ou símbolos de status.

A verdadeira humildade, como mencionada anteriormente, é essencial para esse processo. Ela não é apenas uma questão de comportamento externo, mas uma disposição interna de estar sempre aberto à aprendizagem, independentemente do quanto já se sabe.

A superficialidade é o maior inimigo da sabedoria. Como Eliot sugeriu, o caminho da sabedoria é muitas vezes perdido quando nos contentamos com o conhecimento superficial ou com a simples acumulação de informações. É através da prática constante, do diálogo aberto e da disposição para questionar que um Maçom pode verdadeiramente avançar na sua jornada.

Embora o artigo do Irmão Mario sugira que a educação maçônica deve ser horizontal, é importante ressaltar que um modelo horizontal não significa a ausência de orientação ou de estrutura. A horizontalidade pode permitir que todos os irmãos participem de um processo de aprendizagem mútuo, onde o conhecimento flui em ambas as direções.

No entanto, essa estrutura também deve reconhecer que diferentes irmãos têm diferentes níveis de experiência e que essa diversidade é o que enriquece a troca de conhecimentos. A humildade e a abertura para aprender com os outros são fundamentais nesse processo, mas também é preciso estar disposto a ensinar e a liderar quando necessário.

Neste sentido, parece-me que o compartilhamento de conhecimento é, ou deveria ser um pilar na Maçonaria, mas deve ser feito com consciência e responsabilidade. Não se trata apenas de transmitir informações, mas de facilitar a transformação daquela em conhecimento, deste em saber, e do saber em sabedoria. Cada Maçom tem a responsabilidade de contribuir para o crescimento dos demais, mas também de reconhecer os momentos em que é necessário dar um passo atrás e permitir que o outro encontre as suas próprias respostas, fortalecendo assim a própria jornada de aprendizagem.

A ideia de que um “mestre Maçom” detém uma suposta autoridade inquestionável para transmitir conhecimento deve ser reavaliada criticamente. Nem todos os que alcançam o título de mestre possuem, de fato, a profundidade de saber necessária para exercer tal função com eficácia.

Muitas vezes, o título pode ser obtido por fatores que não refletem a verdadeira compreensão dos ensinamentos maçônicos ou a capacidade pedagógica. A Maçonaria, como qualquer outra instituição, pode ter membros que alcançam níveis elevados sem, necessariamente, possuírem o discernimento ou o conhecimento profundo, quer seja por movimentos políticos, por graça ou bom relacionamento.

Este cenário agrava-se quando mestres maçons, com pouca ou nenhuma formação (acadêmica ou não!) substancial, tentam ensinar aprendizes e companheiros maçons que, paradoxalmente, podem possuir uma formação (nas suas vidas fora das lojas maçônicas) muito superior.

A situação torna-se particularmente frustrante quando o mestre repete clichés superficiais ou faz confusões grotescas sobre temas fundamentais como história, filosofia, filologia e até mesmo localização geográfica de fatos relevantes à fraternidade, expondo a sua ignorância e, pior ainda, minando a credibilidade dos ensinamentos maçônicos.

Esta discrepância revela a fragilidade do argumento de que a experiência maçónica, por si só, garante a sabedoria. A experiência é valiosa, mas deve ser acompanhada de um esforço contínuo para expandir o conhecimento e refinar a capacidade de transmitir e compartilhar o que foi absorvido. O simples fato de ter passado pelos graus não confere automaticamente a capacidade de transmitir conhecimento de maneira eficaz e esclarecedora.

Aliás, aqui, é interessante tocar num ponto que me incomoda demais. O conceito de ser um “eterno aprendiz” na Maçonaria, embora atraente na sua superfície, muitas vezes é usado de maneira hipócrita. Aqueles que proclamam esta expressão com demasiada frequência podem estar tentando ocultar uma falsa humildade ou, pior, uma lacuna de conhecimento que não se dispuseram a preencher. Em vez de verdadeiramente buscar aprender e crescer, eles utilizam essa expressão como um escudo para evitar o confronto com as suas próprias deficiências.

Além disso, esta postura pode tornar-se uma manifestação de arrogância disfarçada, onde o indivíduo se vangloria da sua “humildade” e, paradoxalmente, adota uma atitude de superioridade moral. Esta falsa humildade é, na verdade, uma das formas mais insidiosas de vaidade, pois busca reconhecimento não pelo que foi aprendido, mas pelo que se pretende ser: um “eterno aprendiz”.

No entanto, o verdadeiro aprendiz é aquele que busca continuamente o conhecimento de forma genuína e sem ostentação, reconhecendo tanto as suas limitações quanto a necessidade constante de crescer.

Dentro do contexto atual da Maçonaria brasileira, alguns poucos anos atrás, cunhei o neologismo “nescionaria”, como uma crítica (ácida) às práticas realizadas de forma superficial e sem o devido respeito e compreensão dos pilares que compõem a fraternidade maçônica. A “nescionaria” reflete-se no ingresso de novos “membros” sem uma formação adequada (e aqui não estou a referir-me à formação acadêmica!), o que resulta em práticas maçônicas carentes de profundidade e significado. Este fenômeno escancara uma crise institucional na nossa fraternidade, onde a prioridade parece, ainda, estar na expansão numérica, ao invés do necessário desenvolvimento qualitativo dos seus membros.

A “nescionaria”, em essência, é uma falha sistêmica que subverte os objetivos da nossa fraternidade ao permitir que maçons avancem nos graus sem uma verdadeira compreensão do que efetivamente eles representam, no melhor estilo fast-food maçônico.

Isso cria um ciclo vicioso onde mestres malformados continuam a perpetuar a mediocridade, agravando o problema e diluindo o valor dos ensinamentos maçônicos, com consequências nefastas para o quotidiano das lojas, pois cria um ambiente fértil para práticas não alinhadas com os objetivos da Maçonaria (ao menos em tese!).

No Brasil, esta prática (néscionaria) tem levado a uma fragmentação e a um enfraquecimento das potências maçônicas, onde a busca pelo verdadeiro saber e pela sabedoria tem sido substituída por uma superficialidade que desonra os princípios fundamentais construídos e cristalizados ao longo do iluminismo e da era do humanismo.

A minha crítica é uma tentativa de alerta para a necessidade urgente de uma reforma no modo como o conhecimento é transmitido e valorizado dentro da Maçonaria (brasileira, em especial), focando na qualidade (em verdade, deveria ser excelência!) em vez da quantidade, bem como na escolha dos seus membros.

É essencial que a Maçonaria, tanto no Brasil quanto em qualquer outra parte do mundo, reavalie a maneira como o conhecimento e autoridade são entendidos e exercidos dentro da Fraternidade.

A verdadeira humildade reside não em proclamações vazias de ser um “eterno aprendiz”, mas na constante busca por se aprimorar e na disposição para reconhecer as próprias limitações. Da mesma forma, ser um “mestre Maçom” deve implicar em mais do que a simples passagem por rituais; deve refletir uma verdadeira capacidade de ensinar, de inspirar e de conduzir outros no caminho do conhecimento, do saber e, finalmente, da sabedoria.

Caso contrário, a Maçonaria corre o risco de perpetuar a “nescionaria” e de se afastar da sua origem e objetivos que a mantiveram acesa por mais de 300 anos.

Em resumo, compreendi que o artigo do Irmão Mário Vasconcelos enfatiza a necessidade de humildade e o perigo da vaidade, sendo crucial lembrar que o verdadeiro crescimento maçônico se dá pela transformação da informação em sabedoria, um processo que exige tanto humildade quanto comprometimento com o estudo e a prática.

A jornada maçônica é tanto pessoal quanto coletiva, e cada irmão tem o dever de contribuir para o avanço do conhecimento de todos, sempre com respeito, abertura e, acima de tudo, humildade verdadeira.

Rui Badaró, Membro da Loja de São João, nº 680, Sorocaba – SP, GLESP.

Referências

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BUBER, Martin. Eu e tu. 5. ed. São Paulo: Centauro, 2016.

DERRIDA, Jacques. Gramatologia. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2013.

DEWEY, John. Democracia e educação: uma introdução à filosofia da educação. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011.

ELIOT, T.S. Os quatro quartetos. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 41. ed. Petrópolis: Vozes, 2021.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 65. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2019.

GADAMER, Hans-Georg. Verdade e método. Petrópolis: Vozes, 2015.

HABERMAS, Jürgen. Teoria do agir comunicativo: racionalidade e sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 2012.

HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.

KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da moral. 4. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

PIAGET, Jean. A construção do real na criança. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

RICOEUR, Paul. Hermenêutica e as ciências humanas: ensaios sobre linguagem, ação e interpretação. São Paulo: Loyola, 2010.

VYGOTSKY, Lev. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

 

 

JUSTO E PERFEITO


 

“JUSTO E PERFEITO” é uma expressão, encontrada no Livro de Gênesis, onde a história do Dilúvio é retratada, com Deus, arrependido de criar o homem, resolvendo destruí-lo numa proporção imensurável, pois o mesmo passou a trilhar os caminhos da iniquidade, corrompendo a sua humanidade, conforme versam o Capitulo 6, versículo 9: “Noé era um homem Justo e Perfeito no meio dos homens da sua geração. Ele andava com Deus” e, em Gênesis, capítulo 7, versículo 1-3, Deus disse a Noé: “Entre na arca…tu e toda tua casa… porque te reconheci justo diante dos meus olhos… entre os de tua geração”.

Esta expressão, para a Maçonaria, remonta às organizações medievais de canteiros onde efetuava o enquadramento da pedra bruta e, onde também havia muita rivalidade dentre as corporações dos profissionais, que resultava na sabotagem no trabalho, que consistia em penetrar no terreno do concorrente para fazer um leve desbastamento da pedra já cúbica que, difícil de ser verificada pelo olho humano, se mostrava quando usada na construção.

Assim, no fim do dia de trabalho, por ordem do Master (que era o proprietário ou o seu preposto), um zelador ou vigilante média a horizontalidade da obra com o nível, enquanto outro aferia a sua perpendicularidade com o prumo, e, se tudo estivesse em ordem, comunicavam ao Master, está “Tudo está Justo e Perfeito”.

Na manhã do dia seguinte a operação era repetida para prevenir eventuais sabotagens noturnas, pois a estabilidade das construções dependia da forma cúbica das pedras. Com tudo “JUSTO E PERFEITO” os trabalhos eram iniciados.

A expressão “Está Tudo Justo e Perfeito” é utilizada como cumprimento e reconhecimento entre os Maçons. Porém, de fato, tudo está Justo e Perfeito, tendo em vista as queixas de Irmãos de que nada vai bem hoje na Maçonaria? Tudo está JUSTO e PERFEITO com a Maçonaria atual, que permanece como a de ontem, crendo que, a sua Filosofia é eterna, assim como os seus ensinamentos?

A Maçonaria está ciente de que nada mudou, pois, as inconformidades estão nas atitudes de alguns Irmãos que não assimilam os seus ensinamentos, deixando de incorporá-los nos seus “Templos Interiores”, ou seja, não praticam as virtudes juradas, vilipendiando-as muitas vezes ao se mostrarem vaidosos, antiéticos e hipócritas, deixando de se renunciar ao TER para acreditar no SER.

Os Maçons que corrompem a "cubicidade" das suas próprias pedras não levam consigo para o mundo profano os preceitos e ensinamentos da SUBLIME ARTE REAL. Muito pelo contrário, trazem do mundo profano imperfeições que semeiam a desarmonia na Loja, fomentando a desagregação entre os Irmãos e o desequilíbrio dos trabalhos que têm como principal objetivo a assunção do cumprimento dos seus juramentos, prestados nas suas iniciações, para o engrandecimento do próprio ser em si.

Enquanto a pedra d’outrora era física, a atual representa o próprio ser em si, que é moldado numa "cubicidade" cujos lados representam a Personalidade e o Eu. Três deles a Personalidade (Caráter, Determinação e Virtude) e os outros três o Eu (Crença, Fé e Espiritualidade). A união das pedras cúbicas, representativas dos Maçons, se perfaz numa pedra cúbica que envolve e influencia toda a sociedade.

Portanto cabe a cada Maçom o desafio do labor que impede a geração de imperfeições na sua própria pedra, sujeita às intempéries e divergências naturais da sociedade. Portanto a ele cabe a responsabilidade de colocar em prática, no mundo profano, a doutrina e os ensinamentos Maçônicos, transformando-o, com muito trabalho e ação, num sistema harmónico baseado numa “Filosofia de Vida”.

“É surpreendente ver como os homens falam das virtudes e da honra e não pautam as suas vidas nem por uma nem outra. A boca exprime o que o coração devia ter em abundância, que quase sempre é o inverso do que o homem pratica”.

A principal obra de uma Loja Maçônica está na constituição da união de todas as pedras cúbicas lavradas e lapidadas com ardor, perseverança e vontade de cada um dos seus integrantes, por isso ela deve ser aferida diariamente a fim de cada Irmão se certificar de que não será a sua pedra a corruptora da imagem emanada da sua Loja para a sociedade que a cerca.

Esta Peça de Arquitetura é dedicada a aqueles Irmãos que não cumprem os nossos ensinamentos, rituais, deveres e as nossas Leis

Ernande Costa Macedo, 33º – Acadêmico Secretário da Academia Maçônica de Letras Ciências e Artes da Região Grapiuna (AMALCARG).

 

 

SOIS MAÇOM?


No momento que somos iniciados nos augustos mistérios de nossa fraternidade, ao adentrarmos no templo, recebemos as primeiras instruções, palavras e sinais importantes, que tem sua história e seus objetivos para serem como são, sejam aprendizes, companheiros ou mestres.

Essas são lições diretas, claras e obrigatórias, para que todo maçom possa galgar degraus e receber seu aumento de salário, porém existe um ensinamento subliminar, que todo maçom recebe, bem antes de receber sua primeira instrução de aprendiz, muito pouco falada no quesito de estudo, porém está presente em todas as sessões.

Talvez por seu caráter indireto também pouco praticado pelos maçons no mundo profano, apesar de falado sempre, um motivo provável disso seja o caráter corriqueiro de sua pronúncia, muitos irmãos podem achar que está ali somente por acaso, mas que nos remete muita meditação e autorreflexão a todos os maçons!!

A frase MMIIrCTMR pode nos levar a dezenas de questionamentos, mas o principal deles, e que é o sentido direto da frase, é que a pessoa questionada, no caso o Maçom não fala que o é, mas sim reconhecido como um!!

Sobre o caso mencionado acima no sentido direto podemos de imediato pensar em duas situações: um em que o questionado diz que é reconhecido como tal, respondendo alguém que não conhece ou não tem intimidade, porém não o nega, afinal não há um covarde em nossas fileiras!

E um segundo possível caso, é onde essa resposta é dada a algum irmão como praxe, seja por hábito ou dentro das sessões.

Mas a questão é: Por qual motivo o maçom nunca fala que á maçom? Mas sempre reconhecido pelos irmãos como um?

Aprofundando nesse tema, como não é mencionado diretamente, podemos fazer suposições, e a que eu acho mais plausível é no quesito da vaidade, do ego, das paixões do mundo profano.

Em nossos estudos percebemos a difícil e trabalhosa missão que é estar sempre nos aprofundando nesses augustos mistérios de nossa irmandade, missão que apesar de exigir bastante afinco, nos é claro que é nobre e gloriosa!!

E ao responder esse questionamento com essa resposta indireta, porém positiva, o maçom a responde se livrando de todo tipo de ego e vaidade que possa existir em seu interior, pois é uma frase chave, que ao pensar nela mesmo sem a dizer, é impossível deixar de fazer uma reflexão do porquê estar respondendo de forma indireta, se poderíamos ser diretos e dizer, sim, eu sou maçom.

Vale mencionar que é um ótimo tema de trabalho e reflexão, ainda mais quando vivemos, com excesso de informações e todas as distrações possíveis do mundo profano que pode nos afastar mesmo que rápida e corriqueiramente de nossa filosofia e hábitos maçônicos, é um erro achar que essa autorreflexão deve ser feita somente no momento que é questionada, porém a vejo como uma boa ferramenta para usarmos sozinhos em momentos de indecisão, fraqueza, ou até mesmo em momentos de desafios.

Na minha humilde opinião, o motivo para ela ser sempre falada é exatamente esse,  para que não nos caia no esquecimento posturas e comportamentos no mundo profano, e que mesmo inconscientemente essas palavras estejam sempre na mente do maçom, de forma que se ele as profana, mesmo depois de seu comprometimento em agir como tal, sua mente o castiga quando erra, porque mesmo no erro ainda continua sendo reconhecido pelos irmãos como tal, sua mente anda no erro, e essa auto sugestão faz o irmão indiretamente procurar corrigir seus erros, sejam eles quais for.

Depois de muito ler sobre nossa ordem e refletir muito sobre esse tema, eu vejo que essa instrução que recebemos indiretamente é uma das mais importantes, mesmo que nós não saibamos disso, pois a prática de atitudes que estão enraizadas em nossas mentes, acabam por se tornar hábito em nosso cotidiano, e é que faz o verdadeiro maçom.

Uma forma de interpretar também, é que quando todos respondem de uma mesma forma, sem distinção de graus, instruções ou condecorações, claro que fora dos momentos previstos, essa forma de questionamento nos mostra que todos somos iguais, aliás um de nossos princípios, não obstante isso, podemos inserir essa resposta a todos os nossos princípios, como a Liberdade, Igualdade e a Fraternidade.

Se todos me reconhecem como tal e eu reconheço os outros, é porque temos Liberdade para isso, num amplo sentido de Igualdade de tratamento e valor, e como tais, podemos praticar a Fraternidade entre os irmãos, com isonomia e com princípios sinceros, íntegros e fraternais.

Espero que esse curto trabalho possa levar os irmãos a reflexão, e que sempre possamos galgar altos degraus em nossa fraternidade, e aqui digo unicamente no quesito de qualidade e conhecimento.

M M Vagner Augusto De Oliveira

Trabalho para a sessão Magna dedicada ao dia do Maçom.

Augusta e Respeitável Loja Simbólica Fé, Amor e Liberdade n°

3447 Ori De Mendes RJ

MAÇONARIA, A ARTE REAL

Por se tratar de uma Arte destinada à construção do caráter humano, a Maçonaria adotou como base da sua filosofia e como suporte do seu simbolismo os fundamentos e as ferramentas da ciência contida na arte de construir, ou seja, a Arquitetura.

Daí a razão de a grande maioria dos símbolos, alegorias, lendas, analogias e arquétipos presentes na Arte Real estarem todos ligados à ideia da construção ou da reconstrução, física ou espiritual, do edifício moral da humanidade. Destarte, a arte de construir, tomada no seu sentido simbólico, é o principal arquétipo maçónico.

Evidentemente, há nesta questão um fundamento histórico inegável que não se pode ignorar. Pelo fato de a Maçonaria estar umbilicalmente ligada aos antigos construtores medievais (pedreiros livres, como se chamavam esses profissionais), é natural que boa parte da sua simbologia provenha desta que é a mais antiga fábrica do engenho humano.

Mas hoje, sendo a Maçonaria essencialmente especulativa, isto é, análoga a uma escola de filosofia, com características de entidade filantrópica e associação corporativa, não há mais que se falar na simbologia dos antigos pedreiros em termos operativos, mas apenas como alegorias de fundo espiritual.

Assim, a arquitetura de que se fala na Maçonaria refere-se à construção de uma sociedade justa e fraterna, onde todas as pessoas possam viver em harmonia e união. Neste, como noutros princípios defendidos pela Irmandade, ela não se afasta da proposta esotérica contida em todas as religiões, que prometem um estado interior de bem-estar a ser experimentado em nível de espírito.

E, também, integra uma esperança de caráter profano, buscada por todas as experiências políticas já tentadas pelo homem na tarefa de organização das suas sociedades, que é a de proporcionar bem-estar e justiça para todos. Em ambos os casos, a analogia com a arte da arquitetura é bastante adequada, pois se trata sempre de construir um edifício na forma de um mundo ideal. Por isso ela é a Arte Real [1].

Na verdade, a Maçonaria é uma arte muito antiga, cuja prática vem sendo exercida pelos homens desde os primórdios da civilização.

A sua existência fundamenta-se no mais profundo anseio da alma humana, que é o estabelecimento e a manutenção de um estado de ordem, justiça, paz e progresso contínuo, condições que são indispensáveis à felicidade humana. Para isso, em todos os tempos, as pessoas que tendem a assumir maior responsabilidade dentro de uma sociedade costumam desenvolver estratégias de interação e cooperação, visando preservar interesses mútuos e a sobrevivência da sua cultura.

Assim nascem os grupos fechados dentro de uma comunidade, sendo as chamadas Irmandades a forma mais característica de preservação desses núcleos culturais. Desta forma, a noção de corporativismo é outro arquétipo de fundamental importância na estrutura da Maçonaria.

Por isso, ao ser iniciado na Ordem, os candidatos devem responder perguntas que indagam das suas ideias a respeito das suas crenças religiosas (os deveres do homem para com Deus), a sua responsabilidade para com a espécie humana (os seus deveres para com a humanidade), o seu caráter de civilidade, (os seus deveres para com a pátria), a sua noção de responsabilidade social (os seus deveres para com a família), e da sua própria autoestima (os seus deveres para consigo mesmo).

Destarte, a Maçonaria busca na sociedade as pessoas significativas, com as quais possa formar um grupo de escol, capaz de preservar e desenvolver o que de melhor existe nela. Neste sentido ela se assemelha aos chamados Mistérios praticados pelos povos antigos, cujo objetivo era congregar pessoas de reputada importância no meio social, artístico, econômico, político e científico, para com eles formar uma espécie de central de energia psíquica e moral, na qual a sociedade pudesse encontrar os seus líderes quando deles necessitasse.

Pois este era o principal objetivo dos ritos praticados pelos egípcios, persas, babilónios, hindus e gregos, naquelas antigas cerimônias iniciáticas, que a par do sentido religioso que apresentavam, tinham esse caráter corporativo e político-social. Por isto é que Platão, no seu diálogo “Fedro”, comenta: “É evidente que os fundadores dos Mistérios, as chamadas Assembleias Secretas de Iniciados, não eram simples mortais, mas grandes gênios que desde os primitivos tempos procuravam ensinar-nos por meio de enigmas que quem chegar impuro às regiões invisíveis será precipitado nos abismos, enquanto os que já as alcança purificado das manchas deste mundo, e perfeito em virtudes, será recebido na morada dos deuses.” Não se pode pensar num discurso mais maçónico do que este.

A prática da Maçonaria é essencialmente um exercício espiritual que tem por meta moldar o caráter do seu praticante, fazendo dele um verdadeiro obreiro do universo. Por isso se diz que nos templos maçônicos não se pratica uma religião, mas sim uma Arte, cujo propósito é o aperfeiçoamento do ser humano a partir de uma forma de pensar e de um modelo de conduta, no qual se releva o respeito pela pessoa humana e o bem estar da comunidade [2].

É muito frequente um irmão, depois de satisfeita a curiosidade da iniciação e após ter frequentado algumas secções em Loja, se desiludir da Maçonaria e abandoná-la logo nos primeiros graus do noviciado.

É que, premido pelas necessidades do dia a dia, que exigem da sua mente um constante exercício de racionalidade e atitudes práticas, o que se discute e se fala em Loja, muitas vezes acaba tornando-se um tedioso repertório de bizantinas elucubrações, que desperdiça o seu tempo e o leva a se arrepender por estar ali, quando poderia estar fazendo coisa mais útil.

Por isso é que se recomenda, em muitas Lojas, que o irmão, ao ingressar no templo, deixe do lado de fora a sua vestimenta carnal e nele entre só munido do seu espírito. Esta é uma metáfora que significa: vigie a sua mente racional, pois ali dentro você está proibido de julgar; vigie os seus preconceitos, os seus pressupostos e supostas sabedorias, pois ali você poderá ouvir coisas que lhe parecerão, de início, inúteis e absurdas; exercite a sua tolerância, pois é na prática desta virtude que o irmão irá adquirir a flexibilidade de espírito necessária para entender o verdadeiro significado da Maçonaria.

A Maçonaria é muito mais que um grupo de pessoas que se reúne para um objetivo social − que também se insere entre as suas atividades −; ela é, antes, uma comunidade de pensamento, cuja finalidade é formar mentalidades dignas e capazes de conduzir os assuntos da sociedade em que estão inseridas com a eficiência e o zelo que os valores por ela consagrada exigem.

Daí a insistência de que os seus membros nela entrem “limpos e puros” e nela se tornem “justos e perfeitos”, pois é desse exercício de virtude que se moldam os líderes necessários para a condução desse processo. Esta não é, como se vê, uma tarefa fácil de ser planeada, executada e mantida como processo de educação, e como em todos os sistemas do gênero, “muitos são os chamados, e poucos são os escolhidos”; pois como dizia Jesus, é mais fácil para uma criança do que para um adulto entender certas verdades, pois está ainda não tem a chamada “sabedoria” que julga [3].

Por isso, a nossa sabedoria em nada lucrará se ao frequentarmos uma Loja, os nossos pensamentos se mantiverem no território da racionalidade útil e proveitosa, que só valora aquilo que, em princípio, nos pode acrescentar bons dividendos materiais.

Não usaremos os conhecimentos maçônicos para construir uma ponte, um edifício, lucrar na bolsa de valores ou de mercadorias, arrumar um bom emprego, conseguir um empréstimo no banco, etc. (embora todas essas coisas estejam implicitamente relacionadas como objetos dessas relações), pois esse não é o objetivo. Mas ao adquiri-lo, um dia perceberemos que este conhecimento e estas possibilidades sempre estiveram ali, à nossa disposição [4].

João Anatalino Rodrigues

Notas

[1] Veja-se a introdução à nossa obra “Conhecendo a Arte Real”, já citada, onde esse tema é desenvolvido com maior profundidade.

[2] Por isso é a Maçonaria tem sido, amiúde, comparado à prática da alquimia. A alquimia, também chamada de Arte do Amor, tinha como objetivo, mais que a descoberta da pedra filosofal, a transmutação do espírito do operador.

[3] Um famoso ensinamento zen diz que um discípulo procurou o mestre para aprender com ele os fundamentos da doutrina. O mestre pediu que o aluno falasse um pouco de si mesmo e do que já havia aprendido. Enquanto ele falava o mestre enchia a sua xícara com chá. Ao ver que a xícara transbordava e o chá se derramava pelo chão o discípulo exclamou: − Mestre, o senhor não viu que a xícara já está cheia? –Exatamente − respondeu ele. – Como espera aprender o zen se você já está cheio com a sua própria sabedoria?

[4] Aqui está implícito o preceito ensinado por Jesus: “buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo.”

 

 

 

O RECONHECIMENTO, A CONSCIÊNCIA E A IMORTALIDADE


 

Antes de mais nada, assumo e aceito, não ser reconhecido, não ter consciência e nem se quer entender a espiritualidade!

Mas por quê?

Essas fases distintas levam a uma simplicidade esotérica, de forma que para um pouco de esforço mental, rapidamente nos deparamos com a realidade, não enxergamos ainda além do véu!

Será preciso então ser transmutado desse plano, para que tal entendimento seja revelado? Talvez sim… não se entristeça, apenas reflita!

A segunda parte, consciência, de quê? De quem? Quando?

Tal consciência me deixa muito livre de tais questionamentos, será que temos mesmo? Não é uma tarefa fácil, ter consciência é algo divino, puro, imaculado, sem reservas, religioso, responsável! Não uma fase, um degrau…

Pense nisso!

Por fim, a espiritualidade! Como se fosse algo comprado na quitanda… não é bem assim! Sabemos disso.

Uma fase de encontro de si mesmo e da certeza que realmente, nada sabe! Uma arte real, sem sofismas, reserva mental, ou o que seja análogo, algo realmente, transcendental!

Concorda? Talvez não… muito mais simples se dizer:” não sou mais servo “, sou, o que sou, e tenho dito! Não passa de uma exacerbação do próprio eu, mas se dito em espírito nobre, a perfeição! Quando? Na morte, com certeza. Pense nisso!

E onde está o fio que liga isso tudo? Cuidado com o Minotauro…

Na nossa mente, na nossa vida, no nosso cotidiano!

A cada dia, é preciso ser reconhecido, ter consciência e ser altamente espiritualizado, pelo menos tentar, vamos conseguir? Claro que não… mas não desista, aí está a graça disso tudo, a busca infinita…

Como dizia o poeta:

” tente outra vez “

TFA

Autor: Renato Krile

 

 

O SILÊNCIO É O MELHOR DISCURSO


 

Há alguns Ritos Maçônicos que prescrevem que Aprendizes e Companheiros não se manifestam durante as Sessões. Me causa calafrios, mas isto faz parte do Rito e devemos respeitar, outros exacerbam, acham ser absurdo, alegando que somos todos iguais e que a cor do avental não pode suprimir a oportunidade de um orador nato. Existem, até mesmo, aqueles que alegam a liberdade de expressão garantida pela Constituição. Asnos também usam a liberdade de expressão e zurram quando querem e acham que podem.

A não manifestação prescrita nesses Rituais é chamada Silêncio Obsequioso, um exercício ritualístico salutar de não se manifestar, por não ter certeza se o que lhe é apresentado é um fato ou uma versão. Tal atividade, pretende ao passo que procura desenvolver o senso crítico, proteger aqueles que possam estar sendo conduzidos pelos caminhos escabrosos dos interesses alheios.

Ademais, alguns ritos e procedimentos postulam que as deliberações/manifestações devam ser apenas de Mestres Maçons, em virtude de eles terem conhecimentos de dados e passagens anteriores ao que será tratado e poderão trazer o contraditório. Mas muitas das vezes são eles os arautos dos destemperos.

Consideremos hipoteticamente um questionamento sobre a direção da Loja. Para além da questão em si, há o tempo do ocorrido. Por que será que o questionamento se dá naquele momento? Será que o problema é da gestão ou ela está resolvendo um problema de gestões antigas?

Nesse sentido, alegar desconhecimento de realidades apresentadas em documentos sugere incompetência ou conivência, e o pior: total desrespeito ao grupo, à Loja, à Instituição e aos valores da Ordem.

Logo, o silêncio é condição sine qua non para avaliar a real possibilidade de uma promessa tornar-se realidade. No silêncio, podemos ouvir o intelecto a questionar: “Por não foi feito anteriormente?”, “Há real embasamento legal que garanta o cumprimento do ‘eu farei’?”, “E quando podia, por que não fez?”.

O silêncio é espaço aberto na mente, a fim de recordar processos de tempos passados que chocariam aqueles ainda em tenra idade maçônica. Se, por um lado, esses ritos prescrevem o silêncio nas Colunas da Força e da Beleza, há a máxima de Eurípides: “O silêncio é a melhor resposta da verdadeira sabedoria”.

PODE HAVER SILÊNCIO EM AMBAS AS COLUNAS, MAS NUNCA HÁ NO ALTAR.
O OPOSTO DO SILÊNCIO NÃO É O TROVOANTE, É O TRABALHO.
AÇÃO ENSURDECEDORA DIANTE DAS FALÁCIAS.

Há no Livro da Lei importantes instruções. Não devemos nos alvoraçar no uso das palavras. Aos Grandes Mestres, detentores da plenitude maçônica, sugiro Eclesiastes 5:2-3: “Não seja precipitado de lábios, nem apressado de coração para fazer promessas diante de Deus. Deus está nos céus, e você está na terra, por isso, fale pouco. Das muitas ocupações brotam sonhos; do muito falar nasce a prosa vã do tolo”.

Aos que se indignam com o que ouvem, lembrem-se de que meus Irmãos, como tal me conhecem, honrar-me-ão e de forma secreta e silenciosa darão a resposta.

Para aqueles que, de forma consciente, estão em eterno aprendizado e assumem com constância a missão de compartilhar, sugiro a reflexão sobre Eclesiastes 3:7: “há tempo de rasgar e tempo de costurar, tempo de calar e tempo de falar”.

2024, há 18 anos compartilho instruções maçônicas e provocações para o enlevo moral e ético dos Irmãos, permaneço neste propósito para provocar a reflexão dos Obreiros sobre nossa Ordem. São visões pessoais, não são verdades absolutas, questione sempre o que lê. A verdade é aquilo que conseguimos vivenciar.

Fraternalmente

Sérgio Quirino
Grão-Mestre - GLMMG 2021/2024

TFA,

O GRAU DE COMPANHEIRO


 

Introdução

Companheiro, Companheiro, Companheiro, ah… Companheiro, tanto que há para dizer, mas digo primeiro, a sua beleza, reside no fato de espelhar a essência humana de que não somos sós, e não estamos sós, nascemos a partir de outros, somos ensinados por outros, e somos enterrados por outros. Nunca estamos sós.

Por vezes podemos caminhar pensando que estamos sós, e ter um pensamento pesado, triste, termos saudades de alguém, de estarmos a desabafar com Deus uma mágoa, e eis que, alguém nos liga ou de repente cruza caminho, ou até acontece uma coisa que percebemos tudo menos o porquê de acontecer ali e em conexão com o pensamento que tivemos individual, será apenas projeção? De ver o que queremos ver?

Este trabalho reflete então esta humanidade, o eu, o nós e Deus.

Do Eu com Deus

Falei como no trabalho de janeiro dia 6, inesperadamente aparentemente fui útil e assisti um homem que pediu para comer, e dei-lhe o que tinha feito para mim. Acreditei que foi o Espírito Santo que agiu em mim. E fiquei tão feliz que chorei.

Sucede que, como qualquer filho tenho felicidade quando o meu Pai me dá dinheiro, mas não peço, odeio pedir, por vários motivos, de trabalho, que tanto o centro de exames para o qual faço uns dias, e os advogados a quem presto trabalho, estava já cansado de estar à espera, todos a protelarem para me pagar, é desconfortante pedir para pagar o que devemos ter por direito.

Lá pedi 3 vezes ao centro de exames, e dos serviços dos advogados que ainda me eram devidos de outubro, e sentindo que me estavam a passar a perna em mais dois processos, desculpando-se com que os clientes ainda não lhes tinham pagado, e ainda pedindo por favor pra fazer uma escritura, pensava pra mim, pois sabendo o preço de uma escritura achei altamente injusto pedirem-me para ir de graça, também não hão de gozar mais!

Já não bastava perder as horas de almoço quase todos os dias, por causa da situação da sociedade, Rezei com toda a força para Deus mudar o meu coração não podia sentir este ódio, pedia Deus, tira-me este ódio.

Pensava, não quero pedir dinheiro ao meu Pai, e do trabalho que faço não recebo?

E agora? resignei-me sentei-me li uns salmos muito bonitos. Senti-me aliviado.

O Maior tesouro é Palavra como tinha o meu bisavô marcado com a folha da arvore que falei no dia 3 de fevereiro.

Neste frame of mind, meio zangado, meio triste, meio cansado, com a injustiça que sentia, ia a caminhar junto ao passadiço até à ponte do comboio, a pensar e a pedir novamente, com os fones nos ouvidos enquanto trabalhava comia e andava ouvia os cânticos ver se conseguia tirar o ódio que estava e sentia crescer no meu coração. Pedia mais uma vez a Deus, não obstante à injustiça que sentia, que me tirasse este ódio, são pessoas e são parvas, as mesmas que meteram Cristo na cruz.

Eis que calha um cântico Grego, que é; vem comer e relembrar. Muito bonito.

E as gaivotas que no momento anterior estavam em algazarra estudo estava silencioso.

Que bom que justo, pensei no meu avô, na primeira fase do estágio em que ia às aulas em faro muitas vezes parava em casa para estar um pouco com o meu avô e dar-lhe o almoço, das saudades que tinha de lhe preparar o almoço e de me sentar com ele, às vezes era tão chato coitado, mas eu não me zangava com ele, tinha uma paciência que a minha irmã me dizia Davide como? Mas como é que tu tens paciência, e tu estás com ele todos os dias? O que eu não dava para poder partilhar uma refeição, vem comer e relembrar.

Nisto bate-me o vento na cara, a cheirar a água salgada a olhar para outra margem onde, a relembrar uma bela dourada, aí senti, ah que bela dourada. Pumba, à minha frente no chão cai uma dourada fresca, apenas ferida, quando olhei para o lado, lá estava a gaivota a olhar para mim parada. Lá está nunca estamos sós! Pensei dei o Pão, recebi o Peixe, pensei com algum pesar a seguir vem a taça… que nos brinda a despedida, afinal, vem comer e relembrar.

Examinei a dourada vi que estava fresca apenas ferida por causa da forma como a gaivota a pegou, e fiquei feliz de sentir, que estava em comunhão, O Senhor é o meu pastor e nada me faltará, desta forma, e fiquei comovido, senti que tudo estava perfeito. Lembrando a injustiça do meu trabalho sem receber, olhei para a gaivota, e pensei e tu? Pobre criatura, que tiveste este trabalho e agora sou eu que o papo? Estaria a fazer exatamente a injustiça que me fizeram, leva-me a criação do segundo grau, e obrigado, que me fizeste sentir que acabei de receber a palavra do alto! Benzi-me e agradeci a Deus pelas boas memórias e bendita companhia.

Olhei novamente para a gaivota e disse, como o GO que lhe é oferecido o malhete, este retribui ao VM o mesmo malhete e diz que está em boas mãos; não sei se são estas as palavras. Agradeço a oferta, mas é teu bom proveito. Com isto a Gaivota aproxima-se e leva o que é seu. Um pouco espantado, talvez não tenha sido a primeira vez que deixa cair o peixe, mas foi a primeira vez que não perdeu.

Nós com Deus

A – Vou falar do Primeiro Companheiro, Após a criação de Adão, foi criada Eva, precisamente para o ajudar, não no sentido de ser serva, mas para que o homem visse o seu reflexo no outro, que isso provocasse, suscitasse a sua alma, um homem só tem força para resistir a quase todos os males e tentações, mas amar uma mulher, amar os filhos, amar os amigos, isso prova todas as nossas condições e que nos põe fora do paraíso, fora da nossa paz.

Através deles ou por eles pecamos, tal como Adão o fez através de Eva, acompanhou Eva. Por luxo ou por amor. Caíram os dois. O Homem fora do Paraíso tem como destino trabalhar, e a mulher de gerar novos homens. Esta frase fora de contexto criaria no mundo profano uma revolta. Porque aparentemente estou a dar destinos diferentes ao Homem e à Mulher, pelo contrário, e em plena concordância com Platão e contra Aristóteles digo, a Mulher é capaz de tudo e melhor que o Homem (nota da república), foram as mulheres que ficaram com Cristo na Cruz, sendo apenas o jovem São João o único homem, foi a Mulher que trouxe o Filho, e foi a Mulher que foi a primeira a ver Cristo.

Ou seja, já respondi a função da Mulher, esta, gesta novos homens, não só o corpo, pois amanhece as almas. O Homem, a sua felicidade reside no seu trabalho, no empenho de uma atividade esse é o segredo para a sua felicidade, é, portanto, a sua essência e o seu destino.

O Homem fará todos os sacrifícios para bem dos seus, acompanhando-os, exaltando os humildes e a humilhando os arrogantes. Parece que falei muito, mas não isto parecendo que não foi uma síntese de tudo o que foi e tudo o que será a história, filosofia e psicologia da Humanidade na sua essência do que procura, a sua relação consigo próprio, com o outro, com o mundo e com Deus.

B – Falo agora de um Segundo Companheiro São João Baptista, parece estranho atribuir companheiro a algo anterior e não posterior ou em paridade, mas é, porque São João Baptista é concebido para acompanhar a palavra, e quando está se torna o Filho do Homem, ele acompanha, toda a sua humanidade foi para tal. É ele que inicia Jesus. Com o Baptismo. Deus na terra, em toda a sua humanidade, é esta e para esta que vem servir. Vem salvar o homem, através do serviço, através da companhia, veio salvar a humanidade com o seu amor. Como circula no nosso Delta:

A luz veio ao mundo e as trevas não compreenderam…,

Palavras de João VIII

C – O que me leva a um Terceiro Companheiro São João Evangelista, este segue Jesus, e faz o que penso ser o mais corajoso, seguindo as máximas Maçônicas que nós devemos seguir, ver manual, Vai à Cruz! Por amor, acompanha Cristo, a Luz que compreende.

Conclusão

Como disse tratei daquilo que foi um exemplo pessoal e o da nossa humanidade.

Não que seja motivo de alegria, mas aconteceu que a escritura foi cancelada pelos clientes, elas não receberam aquilo que não quiseram partilhar.

A injustiça gera injustiça e a Justiça a Justiça, daí que nos é pedido para responder com amor, por que para quebrar precisamente a injustiça e gerar a Justiça.

Antes de me despedir quero ler o seguinte poema;

Nenhum Homem é uma Ilha, No man is an island,
Inteiro de si próprio, Entire of itself,
Cada homem é uma parte do Continente, Every man is a piece of the continent,
Uma parte do maior, A part of the main.
Se uma falésia é levada pelo mar, If a clod be washed away by the sea,
A Europa sente, Europe is the less.
Como se tratasse de um promontório, As well as if a promontory were.
Como se de uma casa de um amigo, As well as if a manor of thy friend’s
Ou até de o seu se tratasse, Or of thine own were:
Qualquer morte reduz-me, Any man’s death diminishes me,
Porque eu estou coberto pela humanidade, Because I am involved in mankind,
E por isso nunca me digam por quem? o sino toca!, And therefore never send to know for
whom the bell tolls;
O sino que ouves tocar, esse mesmo, que ouves, atenção! é para ti!. It tolls for thee.

John Donne 1572-1631

Despedida

Santiago

Deixa a paciência ter a sua obra perfeita, para que tu sejas também perfeito e completo, nada querendo
But let patience have her perfect work, that ye maybe perfect and entire, wanting nothing [1: James 1:4]

Psalm 23:1b

Davide Afonso, C. M. – R. L. Pedra de Fecho, nº 121 (GLLP/GLRP) –  Or:. de Sagres 21/FEV/6024

 

SALMO 133 – UMA REFLEXÃO MAIS PROFUNDA


 

No Rito Escocês Antigo e Aceito, praticado pela Grande Loja do Estado de São Paulo – GLESP, não se abre uma loja de Aprendizes sem a invocação do Grande Arquiteto do Universo precedida pela leitura do cântico de Salmo n° 133. Este que, historicamente, faz parte dos salmos de romagem compostos pelo Rei David de Israel e, desde tempos medievais, já era entoado pelas ordens militares de cavalaria, como a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (Templários). Poucos ainda sabem que salmos são canções judaicas para inspirar guerreiros, elevar a mente e o coração ao Eterno Deus, reflexionar sobre erros, e para rejubilar nas vitórias.

A canção nº 133 foi escrita para ser entoada enquanto os cidadãos iam em romaria a Jerusalém ofertar no Tabernáculo. Isso porque no momento da sua composição ainda não havia o templo, que seria anos depois construído pelo Rei Salomão, filho do Rei David. Acredita-se também que era utilizado nas idas ao combate contra os povos vizinhos, pagãos, que desafiavam o exército de Israel. Então o Salmo nº 133 possuí inicialmente uma fundamentação filosófica, quer para a paz ou para a guerra.

Numa segunda análise, podemos dar a característica política deste Salmo. As tribos, ou Estados de Israel eram doze, a saber: Rúben, Simeão, Judá, Zebulão, Issacar, Dã, Gade, Aser, Naftali, Benjamim, Levi e José, este último representado por Manassés e Efraim, todos filhos de Israel.

No capítulo 49 de Gênesis lemos a divisão de cada território as cada tribos viriam a ocupar num momento futuro, parcelas ordenadas pelo próprio Israel, anteriormente chamado Jacob, o mesmo que teve o sonho na cidade de Betel, em que uma escada se ascendia para o céu e anjos subiam e desciam, e no topo estava o Eterno Deus.

É evidente que nem todos foram beneficiados com este fracionamento, alguns mais privilegiados pela fartura agrícola, outros por terem acesso ao mar, alguns com regiões totalmente desérticas ou até mesmo sem herança de terra, como no caso da tribo de Levi. Então é natural que houvesse discórdias entre estes irmãos, e o Rei David para manter a nação unida e pronta para combates de guerra, compõe o Salmo 133 orquestrando a união dos irmãos e o quão bela ela é.

Em terceira análise observamos a continuação da canção, rezando que a união é como um óleo de unção. É bem sabido que a unção por meio de óleo era o meio de dignificar a bênção. O óleo de nardo que era preciosamente utilizado em altas cerimónias, nos dias de Jesus Cristo custava 300 moedas de prata, isto é, 300 dias de salário de um trabalhador comum. Então comparar a união dos irmãos a um óleo é dizer que a união e concórdia vale em muito o esforço.

O óleo descer sobre a barba e as franjas das vestes de Aarão é mais precioso ainda, a barba é símbolo de sabedoria e autoridade, e as franjas das vestes é o eterno lembrete da obediência das normas divinas, vale lembrar que o Rei de Israel, neste caso David, era o escolhido pelo Eterno Deus para reinar, o seu representante imediato, portanto, o rei incentivar a união das tribos era sinónimo de ordem suprema. A união é uma bênção que vem do Eterno Deus. Mais uma vez observamos um novo fundamento, o espiritual do Salmo n° 133.

Por fim, em quarta análise a união é colocada como dependência para a vida. O orvalho do Hermon que desce para os montes de Sião. O Monte Hermon está há mais de 200km de distância de Sião, hoje conhecida como Jerusalém. O Hermon fica quase permanentemente coberto de neve e gelo. Os montes de Sião são naturalmente desérticos, áridos. Mas em determinados momentos, principalmente nas madrugadas, o Hermon faz descer um orvalho para os vales que chegam a Jerusalém, umedecendo a terra e tornando-a fértil, além do seu degelo alimentar o Rio Jordão e o Mar da Galileia. Então toda a região dos montes de Sião é beneficiada por essa provisão. É a união com o Hermon que faz Sião produzir bons frutos e preservar a vida. Em última fundamentação, a geográfica do Salmo nº 133.

Se os irmãos estiverem unidos eles receberão o que finaliza a canção: “ali o Senhor ordena a bênção e vida para sempre”. Que nas nossas lojas possamos aplicar não somente durante as sessões os fundamentos deste belíssimo salmo, mas no nosso quotidiano, pois quer em loja ou fora de loja, toda a humanidade é irmanada e precisa ser fraterna.

Que assim seja!

Autor: Renan Williams Soglia Moore

*Renan é MM – ARLS Fronteira Paulista n.º 448 / Or de Bragança Paulista – SP; Cap Visconde de Mauá dos Maçons do Arco Real n.º 9 / Or de São Paulo – SP

 

 

QUE A NOSSA AUSÊNCIA NÃO PREENCHA UMA LACUNA!


 

“As redes sociais são muito úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas são uma armadilha.” (Zygmunt Bauman)

Com o benefício da visão retrospectiva, temos ainda fresco na memória o cenário em que o trato entre os irmãos se dava, notadamente, em ágapes e eventos de confraternização maçônica. Agora, com as viciantes e infernais redes sociais tornando-se uma unanimidade e invadindo a privacidade, as formas de comunicação e manifestações ampliaram-se exponencialmente. Participamos de vários grupos de bate-papos e as interações são palpitantes e, por vezes, carregadas de contratempos e desencontros.

Em nossa Ordem demorou menos do que pensávamos; sorrateiramente instalou-se a controvérsia ideológica e as trocas de farpas. Nos grupos de WhatsApp é recorrente manifestações de irmãos que afirmam ser melhor calar para que a estupidez não se ofenda. Haja chatice e mimimi, mesmo com as reiteradas divulgações de regras de etiqueta e de convivência em redes sociais, incansavelmente direcionadas pelos administradores aos mais renitentes, até utilizando o recurso de elogiar a verve dos hiperativos juramentados, na tentativa de atingir a tão sonhada harmonia.

Os combativos e viciados em disputas de opinião (os irascíveis de sempre), dia sim, dia também, querem firmar suas posições amparados em sofisticada retórica, discordando de tudo e de todos, fazendo julgamentos destrutivos de argumentos dos quais não concordam, assumindo postura de deterem o monopólio da razão e o malhete da censura, acreditando que a liberdade de expressão é um direito só deles, julgando-se do lado certo da história e, quando confrontados, ameaçam deixar o grupo denotando melindres, falta de empatia e, de plano, ainda depreciam os discordantes. Eventualmente, para alívio geral, cumprem o prometido, e a ausência deles preenche uma lacuna, como diz o famoso trocadilho da citação de Stanislaw Ponte Preta:

“Há sujeitos tão inábeis que sua ausência preenche uma lacuna.”

Porém, como sói acontecer, reiteradamente esses adictos protagonistas não resistem mais do que um ou dois dias e voltam rapidamente utilizando-se do link de acesso do aplicativo, alegando que “um irmão importante e influente” ou o próprio Venerável ligou derramando afagos convencendo-o a retornar, pois o desafortunado faz muita falta no grupo, em face de seu elevado nível cultural e notória sabedoria, estas raramente demonstradas em Loja, mediante apresentação de trabalhos consistentes. Tréguas e conflitos alternam-se, basta nova postagem provocativa e capítulos inéditos da série “não vale a pena ver de novo” voltam à ribalta.

Nos grupos, em geral, parte dos membros adota a locução latina: audi, vide, tace, si vis vivere in pace. Outros tantos permanecem apenas como espiões, para ficarem sempre bem-informados, poucos torcendo para que o circo pegue fogo e o palhaço saia chamuscado. E é o que ocorre naturalmente, para o infortúnio de muitos e o deleite de alguns. Aconselham os especialistas que o ideal é manter as notificações silenciadas em determinados grupos. E se não gostar da postagem, utilize o recurso de “apagar para mim”, que dizem ser melhor do que ficar ruminando o conteúdo. Tal estratégia é utilizada por vários administradores atentos que excluem, em tempo, as postagens inoportunas (“apagar para todos”), até mesmo alertando, suspendendo ou excluindo os recalcitrantes. A alternativa “limpar conversa” é deveras libertadora.

Quem nunca pode constatar nos grupos de WhatsApp e em variados encontros por videoconferência a situação de irmãos sendo elogiados por trabalhos ou palestras e a reação daqueles que se sentem desconfortáveis e saem à francesa, às vezes deixando no Chat ou no Grupo manifestações de desagrado por não concordarem com algumas afirmações apresentadas ou respostas que não os satisfizeram na integralidade? Perdem a oportunidade de defender seus argumentos democraticamente. Em contrapartida, a Loja desses luminares segue o destino traçado por Lewis Carroll no qual, quanto mais Alice caminha, mais longe fica do seu destino. No caso vertente, as Lojas andam para trás ou com o freio de mão puxado.

Essa avaliação pode estar errada? Claro que sim! Os universos individuais compõem-se de diferentes repertórios e as intenções nem sempre são bem captadas, mas as bolhas se autoalimentam de uma forma ou de outra. Como adiantam os profetas do óbvio, as consequências vêm depois.

Na realidade, nos fóruns de debates, os discordantes tentam desacreditar todo o processo e, em muitas oportunidades, os idealistas “pagam o pato”. A percepção geral é de que o bom senso em torno de ideias e ideais comuns, outrora construídos com sacrifícios pelos irmãos que nos antecederam, estão fora de moda e vem sendo bloqueados como fruto de intolerâncias e ressentimentos, levando à insatisfação e à desmotivação em nossas Lojas e grupos.

No ensejo, fica um clamor aos chatos de galocha: avaliem a possibilidade de tirar o cavalo da chuva e pregar em outra freguesia! Só que não, pois, caso permaneçam, saibam que são amados mesmo sugando as energias do grupo, pois os irmãos têm saco de filó reforçado pela Maçonaria que prega há mais de 300 anos a prática da tolerância e do espírito fraternal com inspiração no Salmo 133. Mas, lembrem-se da Regra 34 dos Beneditinos:

“É proibido resmungar! Não é proibido discutir, debater, discordar. É proibido resmungar. Resmunga aquele que em vez de acender uma vela, amaldiçoa a escuridão.”

Autor: Márcio dos Santos Gomes

 

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