MAÇONARIA: A GRANDE FEITIÇARIA


 

Que será Maçonaria?

Nada podemos dizer.

É sociedade fechada

Que ninguém pode saber

Do demônio será arte?

Isso é difícil de crer.

Mas o bode toma porte

E eu gostaria de ver.

Dizem que pula com a gente

Até derrubar no chão.

Que tem mula, lobisomem

E é cheia de assombração.

Por isso que funciona

Somente no Casarão.

Onde há coruja, morcego,

Aranha e escorpião.

Que tem poço, muito fundo

Pra esconder cada sapão.

E também túnel comprido

Com mascarado de facão.

Que só funciona de noite

No meio da escuridão.

Com vampiro chupa sangue

Que come só coração.

Quando criança eu pensava

No passeio do outro lado

Pois quem olhasse para ela

Ficaria excomungado.

Até que meu pai disse um dia

Com muita sinceridade:

“Só é maçom, minha filha,

Quem é homem de verdade.”

Mas com o correr do tempo

Tudo se acomodou.

Verdade vem sempre a tona

O feitiço se acabou.

Que se estimam de verdade

E que se tratam de irmão.

Que praticam caridade

Sem fazer ostentação.

Que todo maçom precisa

Ter caráter, ter civismo.

Precisa ter religião

E muito patriotismo.

Sabem que a Maçonaria

Em todo mundo, afinal,

É também considerada

Irmandade Universal.

Eu fico satisfeita

E a todos quero dizer:

- Meu esposo ser maçom

E com maçons conviver.

Maçom também meu pai

Foi meu tio e meu irmão.

Maçom também é meu genro.

Que grande satisfação.

Agora fico esperando

Filho e neto, que alegria

Para fazer parte da Loja da Grande Feitiçaria.

(Adelina do Amaral Garcia - Maceió- AL.)

 

AS SETE VIRTUDES CELESTIAIS


 

Queridos Irmãos!!!

Esse mês de março não tem sido fácil. Infelizmente esse vírus tem nos afetado de todas as maneiras, muitas perdas de pessoas queridas e próximas, desequilíbrio emocional e muitos outros estragos.

Participo de vários grupos de WhatsApp da nossa Ordem, e percebi muitas discussões e desentendimentos entre Irmãos, em razão dos problemas decorrente dessa questão sanitária.

Pensando em como contribuir para distencionar o clima, fiz um texto e postei nos grupos, para pelo menos chamar os Irmãos para uma reflexão: Segue o texto:

 “Meus queridos Irmãos!!! Nunca foi tão necessário e importante o exercício das sete virtudes Celestiais: Três teologais; Fé, Esperança e a Caridade (Amor).

Elas nos tornam capazes de conhecer e amar a Deus. Elas são virtudes inteiramente voltadas para Deus. Quatro cardeais: Prudência, Justiça, Fortaleza e Temperança. O momento é tenso e, todos obviamente muitos preocupados com a situação. Vamos elevar nossos pensamentos ao G.'.A.'.D.'.U.'. para amparar e proteger a todos nós e nossos familiares. Solidarizo-me com todos os Irmãos e todas as famílias que perderam pessoas próximas. Força e Fé!!!”.

Agora aproveito este espaço e reitero a necessidade nossa de buscar forças e os ensinamentos de nossa Ordem, para juntos atravessarmos essa tempestade. Principalmente nos ancorando nas sete Virtudes Celestiais.

O Que é Virtude? É uma disposição estável em ordem a praticar o bem; revela mais do que uma simples potencialidade ou uma aptidão para uma determinada ação boa: Trata-se de uma verdadeira inclinação. É a capacidade do ser humano a praticar o Bem As três Virtudes teologais, simbolicamente representada na escada de Jacó, são fundamentais na nossa caminhada. Todas as dificuldades que existirão no nosso caminho, serão superadas com Fé, Esperança e Caridade.

Essas virtudes teologais nos liga diretamente a Deus, ao Grande Criador de todas as coisas, e nos dá a força necessária para superar os desafios e sabedoria para fazermos as melhores escolhas. Todos nós somos homens de Fé e, sabemos que para subir nos degraus da escada de Jacó, precisamos exercitar essas virtudes. A Fé em Deus todo poderoso; a Esperança de dias melhores e Amor ao próximo.

As Virtudes Cardeais, conforme a Bíblia Sagrada, no Livro da Sabedoria, Capítulo 8, Versículo 7 ("E se alguém ama a justiça, saiba que as virtudes são frutos da Sabedoria: ela ensina a temperança e a prudência, a justiça e a fortaleza, que são os bens mais úteis na vida"), as quatro virtudes cardinais (ou virtudes cardeais) polarizam todas as outras virtudes humanas.

O conceito teológico destas quatro virtudes foi derivado inicialmente do esquema de Platão e adaptado por Santo Ambrósio de Milão, Santo Agostinho de Hipona e São Tomás de Aquino.

Segundo a Doutrina da Igreja Católica, elas "são perfeições habituais e estáveis da inteligência e da vontade humanas, que regulam os nossos atos, ordenam as nossas paixões e guiam das e reforçadas por atos moralmente bons e repetidos, são purificadas e elevadas pela graça divina".

São elas: · a Prudência (originalmente “sapientia” que em latim significa conhecimento ou sabedoria), dispõe a razão para discernir em todas as circunstâncias o verdadeiro bem e a escolher os justos meios para o atingir. “Ela conduz a outras virtudes, indicando-lhes as regras e a medida”, sendo por isso considerada a virtude-mãe humana.

· a Justiça, que é uma constante e firme vontade de dar aos outros os que lhes é devido;

· a Fortaleza (ou Força) que assegura a firmeza nas dificuldades e a constância na procura do bem;

· e a Temperança (ou Moderação) que "modera a atração dos prazeres, assegura o domínio da vontade sobre os instintos e proporciona o equilíbrio no uso dos bens criados", sendo por isso descrita como sendo a prudência aplicada aos prazeres.

(Wikipédia).

Meus Irmãos vamos exercitar essas Virtudes, hoje e sempre, mas principalmente neste momento tão difícil que estamos passando.

Que nosso Deus de Amor e Bondade, nos ilumine-nos de Sabedoria, Força e Amor, para podemos estar bem para ajudar as pessoas que precisam de nós.

Fraternalmente

Valdir Massucatti

Eminente Grão Mestre Adjunto da Grande Loja Maçônica do Estado do Espírito Santo.

A L T A R


 

O Altar na maçonaria simboliza o santuário do templo de Jerusalém, a sua parte mais íntima, dedicada a Deus, pois ali, Deus, segundo a lenda bíblica, se revela ao Cohen Gabol (Sumo Sacerdote).

A palavra altar vem do latim altare e é a pedra destinada à celebração de sacrifícios, oferecida às divindades; é a mesa onde se celebra a missa que relembra os cultos sacrificais onde eram ofertados os animais para o sacrifício, principalmente o cordeiro.

O formato e o material do altar são bastante variados, podendo ser constituído de pedra, granito, rico em metal, e possuir forma quadrada, retangular e também arredondada.

Em Jerusalém, arquétipo das igrejas, existia o altar dos holocaustos, para o sacrifício cruento dos animais.

No cristianismo, o altar tem a forma de sepulcro antigo, de madeira, mármore ou metal.

Nos primeiros séculos da Igreja, existia apenas um altar no templo, deixando sempre que o sacerdote ficasse voltando para o oriente, posteriormente, com o surgimento de outros altares, esse, o principal, ficou conhecido altar-mor.

O primeiro templo maçônico – e os demais por extensão – tomou, como modelos principais, as igrejas, colocando na parte oriental o altar, correspondente ao altar-mor das igrejas.

Sobre ele foram colocadas as Três Grandes Luzes Emblemáticas da Maçonaria (o Livro das Sagradas Escrituras, o Esquadro e o Compasso), que, posteriormente seriam colocados sobre uma pequena mesa, extensão do Altar, a qual passou a ser denominada Altar dos Juramentos.

Na realidade, num templo maçônico, Altar é um só, não tendo sentido a denominação idêntica dada às mesas de outras Dignidades oficiais da administração de uma loja.

Ir.’. José Angelo Camargo Figueiredo – Loja Confrades da Galiléia 3164

 

POEMA MAÇÔNICO


 

Da vida nós aprendemos e reaprendemos

A construir escolhas e decisões

Lapidando a nossa pedra bruta

Em cima de uma escadaria que leva ao céu

Talvez não igual ao céu comum

Mas com certeza um céu justo e perfeito

Com esquadro e compasso damos forma

E nossa pedra vai polindo e polindo cada vez mais

Na sua poeira leva lembranças, alegrias e dores

E o que fica resplandece a luz do Oriente

Com uma régua de 24 polegadas sinto que posso medir tudo

Medir o coração, a vida que passa, pois brancos e pretos

É o que vejo no quadriculado da minha caminhada

Sobre a espada templária componho versos

Sobre o grande olho faço minha remissão e confissão

Não se pode entender o mistério, é segredo

Mas um segredo que nos constrói guardar

Entre sinais abro as portas do meu templo

Para o mundo, para minha dimensão

No meu pedaço de céu nos degraus da escada de Jacó

Entre as colunas da vida e da morte

Um doce dualismo que só a alma entende

Tão doce quando as romãs

Tão extensa quanto uma corda de 81 nós

E ainda sim cabe na abóboda azul celeste

Do meu céu, meu Oriente

Minha Ácácia...

Autor: César Frozza

Ácacia 3612

 

NOTA DE PESAR


 

"O homem livre, no que pensa menos é na morte, e a sua sabedoria é uma meditação, não da morte, mas da vida."

Baruch Espinoza

Meus Irmãos o momento é de União, fortalecimento e ressignificação da Vida!

Perdemos valorosos Irmãos, que não foram os últimos, certamente ainda seremos surpreendidos pela dor da ausência, nossa família Maçônica, está de luto.

Por isto clamo que não nos percamos em atitudes ou iniciativas comezinhas, que busquemos a União, o Amor o se preocupar com o outro.

Existem muitas dores, corações aflitos e lágrimas a secar, não desejamos descansar, mas a prudência nos recomenda cuidados redobrados.

Quando nos foi concedida à Luz, criamos o comprometimento, de sempre sermos o farol que ilumina a mão que se estende.

Somos o sangue, que circula nos corpos das Potências!

Falamos tanto em pertencimento, mas o que vemos?

Total indiferença para com o próximo existe Irmãos com carências, de todas as ordens e o que vemos de verdade?

Silêncio para isto, como se fosse algo que devesse ficar em oculto.

No entanto, às línguas estão afiadas para apontar erros ou algo que não lhes agrada.

Isto é viver em comunhão?

Isto é cimento místico?

Isto é a representação das romãs, encimadas em nossos templos?

Aonde foram parar a União e o Amparo Fraternal?

Para aonde fugiu o Amor que a todos deveria congregar?

Tempos difíceis, necessitam de coragem pela Vida!

Vida esta, que se expressa na gentileza das palavras, pelo respeito ao contraditório e na máxima que a vida não nos dá tempo, para frivolidades.

A hora é de crescimento, de redescoberta, de aprendermos ainda, enquanto há tempo, em vivermos como verdadeiros Irmãos!

Gemamos, gemamos e Oremos

Fraternalmente

Jaylton Reis

A Bigorna de Tubalcaim

Maçonaria sem Fronteiras

Hospitalaria sem Bandeiras

 

ORIGEM DA EXPRESSÃO JUSTO E PERFEITO



 

Primeiro encontramos a expressão "Justo e Perfeito" no livro de Gênesis, que descreve a história do Dilúvio.

GADU, que é DEUS, lamenta ter criado o homem "O Senhor viu que era grande a maldade dos homens na terra e que todo plano concebido por seus corações não passava de mal" (6,5) e decide destruir a terra com um dilúvio de proporções incomensuráveis.

No capítulo 6, 9, lemos: "Esta é a linhagem de Noé. Noé era um homem justo e reto entre seus contemporâneos e andava com Deus.

Em Gênesis, capítulo 7, 1 o GADU diz: O Senhor disse a Noé: "Entra na arca com toda a tua família, porque te vi diante de mim nesta geração."

QUANDO ESTA EXPRESSÃO É USADA NA MAÇONARIA?

A expressão “JUSTO E PERFEITO” remonta às corporações medievais e à construção de catedrais.

Como bons pedreiros eram muito procurados, havia muita rivalidade entre as guildas, de modo que muitas vezes eles até sabotavam o trabalho invadindo a terra do concorrente e cortando levemente a pedra já cúbica.

Esta lesão era difícil de ver à primeira vista, mas quando a pedra teria sido utilizada na construção, teria feito a diferença, comprometendo aquela equipe de pedreiros e comprometendo a sua fama e imagem já que a forma cúbica das pedras dependia da estabilidade dos edifícios.

Assim, ao final da jornada de trabalho, por ordem do Mestre ou de seu Auxiliar, um Guardião mediu a horizontalidade da obra com o nível, e outro mediu a perpendicularidade com o fio de prumo; se tudo estivesse em ordem, eles relatariam ao Mestre "Tudo está justo e perfeito".

Na manhã do dia seguinte, a operação era repetida da mesma forma para evitar possível sabotagem noturna e se tudo estivesse “JUSTO E PERFEITO” e o trabalho pudesse começar.

Fonte: athanor

VOLTAMOS OU NÃO COM AS SESSÕES PRESENCIAIS? O QUE GANHAMOS COM ISSO?


 Desde março de 2020 a humanidade tem experimentado tempos sombrios, e agora como opinar sobre a volta ou não das sessões presenciais em nossos templos?

A verdade é que com o advento da pandemia no Brasil, nós, de mãos dadas com o resto do mundo, nos flagramos perdidos, sem ter em quem acreditar, até agora, diante das vacinas, as opiniões divergem, desde o mais céticos até o mais crentes há quem diga que não vai tomar a vacina produzida pela China em parceria com o Instituto Butantã. Há quem acredite em tudo e há quem não acredite em nada.

A política se dividiu, o bom senso externado por especialistas se transformou em posição ideológica-político-partidária, e o povo, dentro da singularidade de cada um, das verdades que trazem consigo, massacrado por informações de todos os lados, opõe as mais diversas opiniões.

Estamos as raias de um cataclismo social. Aumento de pessoas com ansiedade, aumento do caso de suicídios, a pauta da intolerância (social, política, sexual, racial, cultural e etc.) tem sido a mais falada nas redes sociais.

Dentro de uma análise behaviorista, não é difícil constatar que o povo está perdido, consternado no escuro da indecisão, na esperança de um fulgor que pudesse clarificar o caminho das autoridades na busca de orientações assertivas para proteção do bem maior da nação, o povo.

A Maçonaria, por sua vez, sempre respeitando as orientações das autoridades, suspendeu as sessões, iniciações e elevações, e assim manteve, com raríssimos casos de exceções.

Atualmente a opinião se dividiu entre os maçons, já que uns desejam o regresso das sessões presenciais, enquanto outros mantêm um ânimo mais pragmático frente e pandemia e demonstram sua resistência em relação às sessões presenciais, até mesmo em razão da prevenção e cuidado que devemos ter entre nós e com nossas famílias.

Estamos à frente de fileiras de homens que pensam, que examinam, e cada um de nós saberá a sua hora de voltar a frequentar as reuniões presenciais. Contudo, ao meu sentir, enquanto a curva de contaminação não baixar e estabilizar, devemos refrear nossa vontade de contribuir para Egrégora presencialmente, já que mesmo com a vacina, o que observamos é o crescimento da pandemia, ao contrário do que se esperava, a nova CEPA aparentemente recrudesceu o contágio, tanto é que no malfadado dia 02 de março recente (2021) fomos noticiados (por todos os veículos de informação) da morte de 1726 pessoas em 24 horas.

O combate a pandemia, seja no Brasil ou no planeta, bem como os relatos mundo afora, só fortalecem o sentimento do cuidado que se deve ter frente o premente regresso das atividades presenciais maçônicas.

Mas, importa saber, que qualquer cuidado ou protocolo de segurança a ser cumprido, não serão capazes de elidir a possibilidade de contágio com vírus, elevando o perigo, não só para o maçom, mas para toda família do irmão.

Em um olhar conservador, correto seria o regresso de nossas atividades presenciais apenas diante de um protocolo de segurança sanitária e de saúde internacional que orientasse ou que estabelecesse normas de segurança e cuidado em reuniões dessa natureza.

Porquanto, o que temos é justamente ao contrário, os Estados voltando com o toque de recolher e lockdown.

Não fomos alijados do templo, fomos conservados em segurança para obra que está por vir, e por isso devemos, como homens livres de bons costumes, procurar, nesse tempo de preservação e segurança, aquecer as nossas centelhas do conhecimento.

Em dado histórico, e isso importa falar, após a crise instaurada pela peste negra, tivemos um avanço da maçonaria especulativa, apoiada na ruptura da igreja romana em razão da reforma protestante e no Iluminismo no século XVIII, que enfatizou a razão e a ciência para explicar o Universo, em contraposição à fé, ora, um avanço sem precedentes para época. Avanço social genuíno, com contribuições que perduram até os dias de hoje.

É importante que aprendamos com a crise e que a superemos em sabedoria. Existe uma frase célebre frase de Edward de Bono, escritor e professor Maltês, que diz: “Tal como o espaço vazio numa pintura, o tempo em que nada acontece tem seu propósito.”

Diante dessa fala, é mister irmos até a origem da palavra crise, que vem do grego e significa “decisão”, “eu decido, separo, julgo”. Certa vez John Kennedy disse: “...quando escrito em chinês a palavra crise compõe-se de dois caracteres: um representa perigo e o outro representa oportunidade.”

A partir disso podemos concluímos que “crise” significa oportunidade, ponto de mudança. A crise de proporção global, certamente tem alavancado feitos, nos mais variados aspectos, e nas mesmas proporções mundiais;

O avanço da ciência e da tecnologia é imanente a crise do covid-19, vide a corrida dos laboratórios para uma vacina com 100% de eficácia, vide no campo tecnológico as plataformas como Zoom, Google Meet, Web-mex entre outros que tiveram seu uso generalizado no meio coorporativo, fato que demoraria acontecer se não fosse a pandemia.

Certo que dos avanços colhidos não haverá retrocesso, nada será como antes, o asseio, o cuidado, a precaução, o novo normal será andar de máscara, ter mais asseio com as mãos, cada vez mais se optar pelo home office e por aí vai...

Como já dizia Heráclito de Éfeso: Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser já se modificou. ”Caminho para o encerramento desse modesto comentário trazendo à baila algumas palavras do Livro da Lei, já que em qualquer adversidade devemos lembrar que o Grande Arquiteto do Universo, o criador de todas as coisas, está conosco (Sl 23.4; Is 43.2; Hb 13.5) e, Ele não permitirá que soframos além do que podemos suportar (1 Co 10.13).

Ele converterá em bem todos os sofrimentos e perseguições daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos (Rm 8.28; 2 Co 4.17), assim como aconteceu com José (Gn 50.20), diretamente da crise para ser governador do Egito, então, espero que consigamos perseverar e ao mesmo tempo ter um olhar otimista para contemplar as maravilhas que irão surgir após a presente crise.

Voto para que nos esforcemos em contribuir com a ordem, se possível, enquanto perdurar o alto índice de contágio e letalidade do COVID19, de nossas casas, e só regressarmos quando todos forem vacinados, ou ao menos baixar a curva de contágio, pois, se assim fizermos, preservaremos a nós e a nossa família.

Deixo as sabias palavras de Buda

“O conflito não é entre o bem e o mal, mas entre o conhecimento e a ignorância.”

Ir. A.'.M.'. – Juliano Augusto Rodrigues

Loja Flauta Mágica 170

O RETRATO DE DORIAN GRAY E A ORDEM MAÇÔNICA


 

Nestes momentos de grande tensão, de isolamento, gostaria de convidar meus Irmãos, a está reflexão.

O que o retrato de Dorian Gray e nossa Ordem, têm em comum?

Vamos por partes:

Tal como na história de Dorian Gray, nossa Ordem acredita ser eternamente jovem, pois assim se vê o que gera um diacronismo, entre o que é vivido e pensado.

Atravessamos séculos, verdade, mantemos ainda um viço, uma curiosidade, dos que nos espreitam, porém perdemos a capacidade de dialogar com o novo.

Não somos mais um colegiado do pensamento, da boa discussão, viramos adesionistas, partidários e desrespeitosos, para com a nossa história, não vivemos mais a Fraternidade, firmada no Amparo Fraternal.

Vemos-nos "jovens", mas estamos envelhecidos, carquilhados, presos a comendas, medalhas, sem diálogo para com a humanidade, que juramos tornar feliz, sob a insígnia do amor, melhora dos costumes, pelo exercício constante da tolerância, buscando a igualdade, e de "quebra" o respeito as autoridade constituídas e à livre prática da religião.

Desrespeitamos os contraditórios, rasgamos a essência da nossa história, mas continuamos Maçons.

Perdemos-nos no egoísmo, comezinho do nosso umbigo, perdemos a visão celestial e criamos a histriônica virtual.

De alguma forma, o Amparo Fraternal, deu lugar à indiferença, somos hoje, uma Ordem que inicia muito, retém poucos e não forma os laços, tão belamente interpretados na alegoria da Corda de 81 nós, através da União. Concórdia e Pesquisa.

Estudamos pouco, pois achamos que isto é "enfado da carne", nos desrespeitamos publicamente, nos acusamos, trocamos insultos, mas achamos que o nosso Lema, da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, estão assim mesmo preservados.

Existe possibilidade de mudança?

Eu de forma imediata, respondo, sim existe um caminho, primeiro que nos reconheçamos, como verdadeiros Irmãos, não por nossa conivência, opinião, profissão de fé, mas sim, porque nosso Ritual assim preconiza.

Dá tempo ainda?

Certamente, desde que entendamos que disputas, não consagram ou não encontram acolhimento, no cimento místico, que recebemos, ao vermos à Luz.

Não somos oponentes, somos Irmãos, sem viradas de mesa, sem fórmulas secretas, mas com o coração fortalecido no bom entendimento.

Assim, tal como no retrato de Dorian Gray, só espero que não acordemos tarde, para a necessidade de salvar nosso interior, pois só ele nos salvar da decrepitude que se aponta no quadro, que não temos coragem de virar, que tem o Título de Vaidade.

Nota do Editor - Oscar Wilde, foi iniciado na Loja Maçônica Apollo, em 1875

Jaylton Reis

ALGUNS ASPECTOS JUDAICOS DA MAÇONARIA


 

Considerando a frequência com que nosso ritual repete as estreitas conexões da Arte com o rei Salomão e seu templo, não é surpreendente encontrar a Maçonaria tão intimamente equiparada ao judaísmo, entre os não iniciados em particular.

É ainda mais irônico, portanto, que os judeus tivessem sido excluídos por nossos ancestrais maçônicos por causa da própria natureza das acusações iniciais. O preâmbulo de cada um começa com uma oração ao  Pai do Céu, o Filho Glorioso. Sem querer se envolver no debate sobre nossas origens, as acusações podem ser descritas como os documentos fundadores, por assim dizer, da Maçonaria especulativa moderna.

Eles eram as regras e os regulamentos pelos quais as Lojas Maçônicas operativas governavam seus negócios. O mais antigo conhecido é o Manuscrito Regius, agora no Museu Britânico e datado de 1390. Mais de cem dessas acusações escritas durante os quatro séculos seguintes foram encontradas e estudadas como uma fonte, se nada mais, da inspiração para nossos inícios.

Quando a primeira Grande Loja foi formada na Inglaterra em 1717, estimava-se que existissem apenas 1000 judeus na Inglaterra. O envolvimento deles na Maçonaria seria, de qualquer forma, limitado. Laurence Dermott, o mais notável maçom e secretário da Grande Loja dos Antigos, formado em 1751, também criticou a primeira Grande Loja por permitir a 'descristianização' da Arte.

É aqui que chegamos a um dos aspectos mais intrigantes do judaísmo na Maçonaria; ou seja, a publicação em 1756, do primeiro livro da Grande Loja Antients, com o incomum título hebraico 'Ahiman Rezon'. Por mais de duzentos anos, os estudiosos ficaram intrigados com o significado de 'Ahiman Rezon' e ainda mais importante, por que Laurence Dermott escolheu um título hebraico para as Constituições dos Antigos. Ele não era ele mesmo? Por outro lado, existem alguns fatos mais curiosos.

Essas mesmas Constituições declaram expressamente na página de rosto com orações pelos judeus. Poderia ter sido uma tentativa da Antients Grand Lodge de obter maior adesão à luz, possivelmente da crescente concorrência com a principal Grand Lodge da Inglaterra?

 Mesmo antes da publicação das Constituições, os primeiros minutos das reuniões da Antients Grand Lodge de dezembro de 1751 são assinados por Laurence Dermott como Grande Secretário em hebraico, seguido pela palavra 'Sofer' (pronunciado Soh-fehr), em hebraico: escriba da Torá (autor) também no alfabeto hebraico. Isso geralmente é explicado como Dermott expressando, se não demonstrando seu status acadêmico, que incluía um bom conhecimento da língua hebraica.

A Loja de Pesquisa Quatuor Coronati em Londres teve vários trabalhos apresentados e publicados em suas transações, Arls Quatuor Coronatorum, sobre o assunto. A resposta definitiva sobre o interesse de 'Ahiman Rezon' e Dermott no judaísmo ainda nos escapa. 

Yasha Beresiner Master, Quatuor Coronati Lodge, 2076, UGLE

Fonte: Maçom Israelense

MAÇONARIA E IGREJA: IRMÃS NA FÉ


 “Supliquei e o espírito da sabedoria veio a mim. Eu a preferi aos cetros e tronos (...), todo o ouro e prata diante dela serão tidos como lama. Eu a amei mais do que a saúde e a beleza.” (Livro da Sabedoria, 7,7-10)

 A Maçonaria e a Igreja Católica são, sem dúvida, as duas instituições mais antigas da história da humanidade. Ambas pregam a libertação dos vícios e a busca da virtude, além da crença inabalável num Pai Celestial, que nos guarda e protege, e nos auxilia pelas veredas da existência. Mas, as semelhanças entre elas não se resumem a isto.

 Não é por acaso que, a idade do aprendiz é o mesmo tempo usado no ministério de Jesus na Terra. E o último grau do Rito Escocês é a mesma idade de Cristo quando crucificado. 

Se olharmos com atenção, veremos inúmeros atos, gestos, ritos e cargos hierárquicos que são similares nas duas casas de perfeição. 

Estando numa Missa Solene, podemos observar que esta, se parece, e muito, na sua configuração, com uma Sessão Magna maçônica. Ambas usam velas, altares, incensos e orações. Vejamos mais alguns pontos: 

A começar pelos paramentos, a Estola é um objeto de uso litúrgico, sem o qual o sacerdote não pode celebrar o Santo Sacrifício. O avental é o símbolo do trabalho para o maçom, sem ele não podemos adentrar ao Templo. A túnica usada pelo padre também se assemelha com o nosso “balandrau”. 

A Sala dos Passos Perdidos tem a mesma função do pátio da Igreja, onde as conversas informais e diversas do cotidiano podem fluir. Já o Átrio do templo maçônico corresponde à sacristia da Catedral, local aonde os sacerdotes se vestem, e é considerado uma extensão do templo. 

Na formação do templo maçônico, o Oriente corresponde ao Presbitério católico. A nave central de uma catedral é similar ao Ocidente para os maçons. As passagens laterais, junto com as bancadas, representam as colunas do Norte e do Sul. 

Na Missa Solene, o Bispo tem o poder de um Grão-Mestre. Os padres seriam os vigilantes. Os seminaristas presentes, os acólitos e ministros são as dignidades e oficiais. 

A abertura dos trabalhos são os ritos iniciais, com o sinal da cruz. O Livro da Lei está posto nas duas oficinas. Nos altares, as primeiras orações são feitas pelos fiéis ou obreiros.

 Na Ordem do Dia e Tempo de Estudos, três leituras bíblicas, além do Salmo são minuciosamente explicados, para o engrandecimento da alma. 

O Tronco de Solidariedade, momento de partilha, recebe as doações no ofertório. O seu produto servirá para a manutenção das casas e para a beneficência. 

Na Palavra a Bem da Ordem, antes da benção final, o sacerdote dá as últimas comunicações. 

Entre um ato e outro o mestre de harmonia na Sessão ou o organista na Missa providencia as melodias apropriadas para a Egrégora perfeita. 

No Encerramento dos Trabalhos, tudo transcorrido justo e perfeito, retornamos às nossas casas com o espírito renovado, após o Venerável mestre dizer “retiremo-nos em paz”, ou o sacerdote: “vamos em paz e que o Senhor nos acompanhe” 

Aqui não se pretendeu igualar a Sessão Maçônica à Santa Missa, pois, seria no mínimo blasfêmia. A santa Eucaristia é insubstituível. O que se quis foi mostrar as claras semelhanças entre os dois tipos de culto. 

Nosso Ritual diz que: “O pavimento mosaico, simboliza a união de todos os maçons do globo; a imagem do bem e do mal de que está cheio o caminho da vida”. 

Na Bíblia Cristã está escrito: Olha que hoje ponho diante de ti a vida com o bem e a morte com o mal. (...) Escolhe, pois, a vida, para que vivas com a tua posteridade”. (Dt 30,15-19). 

Mesmo com certa desconfiança com que parte da Igreja Católica enxerga a Maçonaria ao longo dos séculos, nós caminhamos juntos com os mesmos objetivos: escolher o bem e a vida. E por serem instituições divinas, formadas por homens, elas sempre existirão enquanto o houver o gênero humano. 

Ir Wellington Lopes de Albuquerque MM

Oriente de Palmeira dos Índios-AL.



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