ORDENS DE ARQUITETURA



As Ordens em número de cinco: Toscana, Dórica, Jônica, Coríntia e Compósita ou Composta.
Toscana – A ordem toscana foi desenvolvida na época romana e trata-se de uma simplificação de mesmas proporções do dórico. A coluna dispõe de base e apresenta m sete módulos de altura, o fuste é liso, sem caneluras, e o capitel simples.
Jônica – A ordem jônica surgiu a leste, na Grécia oriental e seria, por volta de 450 a.C., adaptada também por Atenas.
Desenvolvendo-se paralelamente ao dórico apresenta, no entanto, formas mais fluida e uma leveza geral, sendo mais utilizado em templos dedicados a divindades femininas.
A coluna possui uma base larga, têm geralmente nove módulos de altura, o fuste é mais elegante e apresenta vinte e quatro caneluras. O capitel acentua a analogia vegetal da coluna pela criação de um elemento novo entre o coxim e o ábaco de caráter fitomórfico.
Este elemento dispõe de dois rolos consideravelmente projetados para os lados, as volutas. O friso passa a ter elemento único decorado em continuidade. Representando a Sabedoria, é atribuída ao Venerável, Simboliza a janela do Painel da Loja que ocupa o Oriente, e indica uma das três principais posições do Sol, no seu decurso pelo firmamento. É representado por uma das três Luzes da Loja, sustentadas por candelabros. É a Sabedoria da criação de Deus e a Sabedoria que deve dirigir os nossos empreendimentos.
Dórica – A ordem dórica surgiu nas costas do Peloponeso, ao sul e apresenta-se no auge no século V a.C.. É principalmente empregada no exterior de templos dedicados a divindades masculinas e é a mais simples das três ordens gregas definindo um edifício em geral baixo e de caráter sólido. 
A coluna não tem base, tem entre quatro a oito módulos de altura, o fuste é raramente monolítico e apresenta vinte estrias ou sulcos verticais denominados de caneluras. O capitel é formado pelo é quino, ou coxim, que se assemelha a uma almofada e por um elemento quadrangular, o ábaco. O friso é intercalado por módulos compostos de três estrias verticais, os tríglifos, com dois painéis consecutivos lisos ou decorados, as métopas. A cornija apresenta-se horizontal nas alas, quebrando-se em ângulo nas fachadas de acordo com o telhado de duas águas. A versão romana transmite, em geral, maior leveza através das suas dimensões mais reduzidas.
Coríntia – É característica do final do século V a.C.. Tem um estilo notoriamente mais decorativo e trabalhado. A coluna possui geralmente dez módulos de altura e o fuste é composto por vinte e quatro caneluras afiadas. O capitel apresenta uma profusão decorativa de rebentos e folhas de acanto tendo-se tornado o capitel de uso generalizado na época romana. Na Maçonaria, o pilar coríntio representa a janela que ilumina o Sul, no painel, e a vela do Altar dos Juramentos. É a coluna da Beleza, atribuída ao Segundo Vigilante. É um dos Grandes Pilares que sustentam uma Loja Maçônica e representa um dos três principais atributos de Deus: a Beleza e a Harmonia de suas obras.
Compósita ou Composta – A ordem compósita, desenvolvida na época romana, tendo sido até ao renascimento considerada uma versão tardia do coríntio. Trata-se de um estilo misto em que se inserem no capitel as volutas do jônico e as folhas de acanto do coríntio. A coluna tem dez módulos de altura. A Coluna Compósita, sendo uma mistura dos ornamentos das colunas Jônica e Coríntia, fez com que Nicola Aslan a associasse à instrução dos Companheiros pelo fato de terem no seu capitel as volutas da ordem jônica e as folhas de acanto da ordem coríntia.

 PUBLICADO EM: ESTUDOS, RECENTES e SIMBOLISMO

A INICIAÇÃO REAL



A Maçonaria adquiriu o seu aspecto iniciático a partir do século XVIII. A singela recepção das Lojas operativas foi transformando-se, o ritual foi enriquecendo-se e complicando-se a Liturgia, durante todo o século XIX, até chegar à Iniciação Maçônica atual com o seu brilhante cortejo simbólico.

Na verdade, o que a Ordem Maçônica pretende, através da Iniciação, é dar ao iniciado uma responsabilidade maior não somente como ser humano com vida espiritual, mas também como homem e cidadão. E isto os antigos o faziam por meio de ritos iniciáticos. Os iniciados eram submetidos a exercícios mentais e intelectuais e, pela meditação e a concentração, era conduzida paulatinamente ao despertar de uma vida interior intensa e, assim, a uma compreensão melhor da vida.

Diz ARYAN, na introdução ao Livro "La Masoneria Oculta Y la Iniciacion Hermética", de J. M. Ragon, que "os ritos não teriam nenhuma utilidade se os seus ensinamentos caíssem como água numa ânfora quebrada”. O seu objetivo consiste em relembrar ao iniciado que deve dar cada vez mais predomínio à vida interior do que à atração dos sentidos.

A promessa do Maçom de ser bom cidadão, de praticar a fraternidade não quer dizer outra coisa. Diodoro da Sicília dizia que "aqueles que participavam dos Mistérios tornavam-se mais justos, mais piedosos e melhores em tudo". Por isto, o primeiro passo da vida iniciática é a entrada em câmara ou cripta onde hão de morrer as paixões, para que o aspirante possa ser admitido no reino da Luz. Como dizia, faz séculos, Plutarco: "Morrer é ser iniciado".

Há duas espécies de iniciação: a REAL e a SIMBÓLICA. A primeira, segundo escreve A. Gédalge no "Dicionário Rhea", é o resultado de um processo acelerado de evolução que leva o Iniciado a realizar em si mesmo o que o homem atual deverá ser num futuro que não pode ser calculado. A segunda é apenas a imagem da iniciação real.

Referindo-se à Iniciação Simbólica, o Manual de Instrução do primeiro grau da Grande Loja de França, citado por PAUL NAUDON em "La Franc-Maçonnerie et le Divin", assim se expressa: “Os ritos iniciáticos não têm nenhum valor sacramental”. O profano que foi recebido Maçom, de acordo com as formas tradicionais, não adquiriu só por este fato as qualidades que distinguem o pensador esclarecido do homem sem inteligência e grosseiro.

“O cerimonial de recepção tem valor unicamente como encenação de um programa que importa ao Neófito seguir, para entrar na posse de todas as suas faculdades".

Pela iniciação simbólica, segundo o sentido etimológico dado por JULES BOUCHER, no livro "Simbólica Maçônica", o "iniciado" é aquele que foi "colocado no caminho".

PAUL NAUDON, em "La Franc-Maçonnerie", referindo-se à iniciação simbólica, assim escreve: “O objetivo da iniciação formal é conduzir o indivíduo ao Conhecimento por uma luminação interna”. É a razão pela qual a Maçonaria usa símbolos para provocar esta iluminação por aproximação analógica.

Vemos assim que "os verdadeiros segredos da Maçonaria são aqueles que não se dizem ao adepto e que ele deve aprender a conhecer pouco a pouco soletrando os símbolos". Não existe nisto nenhum incitamento à pura contemplação interior, o êxtase, ao misticismo...

"Cabe ao neófito descobrir o segredo". Dentro da noite das nossas consciências, há uma centelha que nos basta atiçar para transformá-la em luz esplêndida. “A busca desta Luz é a Iniciação".

Nesta marcha ascensional em direção à Luz, onde a via intuitiva parece primordial é evidente que a razão não pode ser afastada. Em todos os ritos, a Maçonaria invoca sem cessar. É a lição dos símbolos, entre outras a do compasso, que se aplica particularmente ao Volume da Lei Sagrada, símbolo da mais alta espiritualidade, à qual aspira o Maçom."

Estas ideias e pensamentos têm o objetivo fraterno e leal de incutir-nos recém-iniciados o verdadeiro espírito maçônico; de fazê ver da responsabilidade assumida perante a família dos Irmãos conhecidos e desconhecidos espalhados pelo orbe da terra.

Que todos nós, indistintamente, aprendamos a conhecer o espírito maçônico afastando-nos da falsa ciência e do sectarismo, combatendo e esclarecendo todo cérebro denegrido pelo obscurantismo para que possamos nos tornar dignos de ser uma destas Luzes ocultas que iluminam a humanidade.

Os verdadeiros sinais porque se reconhece o Maçom não são outros senão os atos da vida real, já nos ensinava o Irmão Oswald Wirth. O Maçom há que agir equitativamente como homem que cuida de se comportar para com outrem como deseja que se proceda a seu respeito.

O Maçom distingue-se dos profanos pela sua maneira de viver; se não viver melhor que a massa frívola ou devassa, a sua pretensa iniciação na arte de viver revela-se fictícia, a despeito das belas atitudes que fingem ter.

Esforcemo-nos para que sejamos reconhecidos não pelo toque, pelo sinal ou pela palavra, mas por nossas ações no âmbito maçônico, social e profissional.
"Sejamos homens de elite, sábios ou pensadores, erguidos acima da massa que não pensa", porque somente desse modo é que poderemos alcançar a iniciação real.

Irmão José Inácio da Silva Filho

UM MOTIVO PARA SER MAÇOM – DESEJO DE APERFEIÇOAMENTO



Só existe uma motivação válida para se pretender ser admitido maçom: o desejo de se aperfeiçoar pessoal, ética e espiritualmente.

Quem, sendo homem crente, livre e de bons costumes, tiver este desígnio e estiver disposto a utilizar o método maçônico na busca do transcendente, é bem-vindo!

Esse pode estar ciente de que nada lhe é ensinado, mas tudo pode aprender.


Esse pode confiar que nada lhe é imposto, mas que de bom grado aceitará as regras de conduta que encontrará.


Esse pode e deve estar preparado para um longo, e difícil, e trabalhoso, percurso, mas verificará que nunca fará sua jornada só, antes e sempre acompanhado por seus Irmãos.


Esse pode ficar certo que começou o seu trabalho no momento em que foi iniciado e que só o terminará no momento da sua passagem ao Oriente Eterno.


Esse se fizer bem e persistentemente o seu trabalho, tornar-se-á melhor, portar-se-á melhor, atuará melhor, em todos os aspectos da sua vida e será assim e só assim, por virtude, da sua melhoria, que será respeitado e poderá aspirar a influenciar os demais, quiçá na Política, porventura nos negócios, seguramente nas relações sociais, mas, sobretudo nos corações de quem com ele privar.


Esse será solidário e benemerente, porque assim a sua condição de maçom, de homem justo e íntegro e interessado o levará a ser, com a naturalidade de quem respira e a discrição de quem dorme.


Esse se fizer bem e persistentemente o seu trabalho, poderá aspirar a Conhecer, a conhecer o que ninguém lhe pode transmitir, a conhecer o que só ele pode intuir, a entrever o Divino, a espreitar o Sentido da Vida e da Criação. E, se o conseguir, vai entender que não conseguirá por palavras transmitir esse conhecimento a mais ninguém, apenas ajudar seus Irmãos a fazerem seus percursos para poderem aspirar a intuir, a entrever, a espreitar. E então perceberá que esse é o célebre segredo e o é devido à incapacidade humana de conseguir que deixe de o ser.


Esse se fizer bem e persistentemente o seu trabalho, terá um lampejo de compreensão do significado da Vida e da Morte e não temerá esta e assim verdadeiramente cumprirá o que Camões cantou e será um d' "aqueles que por obras valorosas /se vão da lei da Morte libertando".


Esse se fizer bem e persistentemente o seu trabalho, será, ainda que nunca nada mais sendo do que simples obreiro numa simples Loja, um verdadeiro Grão-Mestre, de si próprio, da sua consciência, de seu percurso iniciático.

Esse, ainda que nunca o tenha visto nem sentido, já usa o avental; os maçons limitar-se-ão a ajustar à sua cintura a peça visível.


Esse será o Aprendiz que eu, Mestre eternamente Aprendiz, jubilosamente ajudarei a evoluir e a tornar-se Mestre, certo que ele próprio também me ajudará a mim, Aprendiz em veste de Mestre, a dar mais um pequeno passo no meu sempre inacabado percurso.

Esse não terá a honra de ser admitido maçom; esse honrará os maçons ao consentir em se juntar a eles.


- Texto de Rui Bandeira (11.04.07)

A MAÇONARIA E A ESTÁTUA DA LIBERDADE



A vitória do Movimento Revolucionário de 1776, que deu origem à República dos Estados Unidos da América, foi também uma vitória da Maçonaria, pois os ideais maçônicos de Liberdade e Igualdade foram os alicerces para a construção do novo país.

A recém-nascida nação foi uma espécie de laboratório para a construção da primeira sociedade democrática do mundo, onde se organizou um governo que “em certo sentido, nascia de baixo para cima”. Dois maçons notáveis contribuíram para declaração de Independência dos Estados Unidos da América: George Washington e Benjamin Franklin.

Benjamin Franklin ao lado de Thomas Jefferson atuou como um dos principais articuladores do ideário republicano, alicerçado no “pensamento Iluminista de Locke, Hobbes, Rousseau e Montesquieu e sorvido pelo próprio Benjamin Franklin nas Lojas e na literatura maçônica que conheceu”.

 A declaração de Independência dos Estados Unidos, elaborada por Thomas Jefferson, é o melhor exemplo do pensamento Iluminista de Locke, Hobbes e Montesquieu tornado práxis na edificação da nova sociedade. Este importante documento exalta os valores eternos de Liberdade e Igualdade, que são fins supremos da Maçonaria. A Estátua da Liberdade que é uma síntese desses ideais foi construída por um maçom e inaugurada numa cerimônia maçônica.

O historiador e maçom francês Edouard de Laboulaye foi quem primeiro propôs a idéia do presente, e o povo francês arrecadou os fundos para que, em 1875, a equipe do escultor Bartholdi começasse a trabalhar na estátua colossal. O construtor da estátua da liberdade foi o maçom Frederic-Auguste Bartholdi.

Retornando à França, com a ajuda de uma campanha de nível nacional feita pela maçonaria, encabeçada por Edoard, levantou a quantia de 3.500.000 francos franceses, uma quantia muito grande para a época (1870). O projeto sofreu várias demoras porque naquela época não era politicamente conveniente que, na França imperial, se comemorassem as virtudes da ascendente república norte-americana. Não obstante, com a queda do Imperador Napoleão III, em 1871, revitalizou-se a idéia de um presente aos Estados Unidos.

Em julho daquele ano, Bartholdi fez uma viagem aos Estados Unidos e encontrou o que ele julgava ser o local ideal para a futura estátua. Uma ilhota na baía de Nova Iorque, posteriormente chamada Ilha da Liberdade (batizada oficialmente como ilha Liberty em 1956). Cheio de entusiasmo, Bartholdi levou avante seus planos para uma imponente estátua. Para o rosto da estátua, escolheu o rosto da sua própria mãe.

Tornou-se patente que ele incorporara símbolos da Maçonaria em seu projeto - a tocha, o livro em sua mão esquerda, e o diadema de sete espigões em torno da cabeça, como também a tão evidente inspiração ligada à deusa Sophia, que compõem o monumento como um todo. Isto, talvez, não era uma grande surpresa, visto ele ser maçom. Segundo os iluministas, por meio desta foi dado "sabedoria" nos ideais da Revolução Francesa.

O presente monumento foi, portanto, uma lembrança do apoio intelectual dado pelos americanos aos franceses em sua revolução, em 1789. Um primeiro modelo da estátua, em escala menor, foi construído em 1870. Esta primeira estátua está agora no Jardin du Luxembourg em Paris. Um segundo modelo, também em escala menor, encontra-se no nordeste do Brasil em Maceió. Esse modelo, feito pelo mesmo escultor e pela mesma fundição da estátua original, está em frente à primeira prefeitura da cidade, construída em 1869, onde hoje é o Museu da Imagem e Som de Alagoas.


A estrutura em que a estátua se apóia foi construída pelo Maçom Gustave Eiffel, o famoso construtor da Torre Eiffel. O pedestal sobre o qual se apoiaria a estátua seria construído e financiado pelos americanos.


Essa estátua foi feita de chapas de cobre batido a mão, que foram então unidas sobre uma estrutura de suportes de aço, projetada por Eiffel, com 57 metros de altura, completa, pesando quase 225 toneladas.


São 167 degraus de entrada até o topo do pedestal. Depois são mais 168 degraus até a cabeça. Por fim, outros 54 degraus levam à tocha. A coloração verde-azul é causada por reações químicas, o que produziu sais de cobre e criou a atual tonalidade. Registros históricos não fazem qualquer menção da fonte de fios de cobre usados na Estátua da Liberdade, mas se suspeita que sejam provenientes da Noruega. Foi desmontada e enviada para Nova York, onde então foi montada em um pedestal projetado pelo arquiteto americano e maçom Richard Morris Hunt. A onda de perseguições na Rússia, aos judeus, que resultaram em uma migração em massa para os Estados Unidos, afetou a vida e as ações da poetisa judia americana, Emma Lazarus, de grande renome americano. Mas o que se tornou "o ponto culminante" na vida de Emma foi seu incansável trabalho de assistência aos milhares de refugiados judeus que perseguidos chegavam famintos.


Emma juntou-se ao trabalho da Maçonaria e a grupos judaicos de assistência e lançou-se em todo tipo de trabalho. Nada era duro ou difícil para ela. Chegou a usar seu próprio dinheiro para ajudar os emigrantes em sua fase de adaptação. Trabalhou incessantemente na própria Stanten Island, a famigerada ilha, por onde os emigrantes eram obrigados a passar por uma humilhante seleção, que determinava quem poderia entrar em terras americanas.

As palavras e as ações de Emma Lazarus foram de extrema importância nesta época, servindo de incentivo para que muitos outros se juntassem aos esforços dos comitês de ajuda aos refugiados e com grande relevância da Maçonaria Americana. O soneto de Emma Lazarus, intitulado "The New Colossus", com o famoso verso, está inscrito no pedestal. 

“Venham a mim as massas exaustas, pobres e confusas ansiando por respirar liberdade. Venham a mim os desabrigados, os que estão sob a tempestade. Eu os guio com minha tocha”.


A estátua foi terminada na França em julho de 1884 e a chegada no porto de New York, em 17 de junho de 1885. Para preparar-se para o trânsito, a estátua foi reduzida a 350 partes individuais e embalada em 214 containers de madeira. (O braço direito e a tocha, que foram terminados mais cedo, tinham sido exibidos na exposição Centennial em Filadélfia em1876, e depois disso no quadrado de Madison em New York City.) a estátua foi remontada em seu suporte novo em um tempo de quatro meses.

Para tal, o navio Bay Ridge, levou para a ilha de Bedloy, onde hoje está erguida a estátua. Cerca de 100 maçons, onde o principal arquiteto do pedestal, o maçom Richard M. Hunt, entregou as ferramentas de trabalho aos maçons construtores. A pedra fundamental, a primeira pedra, foi então assente conforme ritualística maçônica própria para esses eventos. As peças que iriam compor a estátua chegaram ao porto de New York, em Junho de 1885; foram montadas sobre a estrutura construída por Gustave Eiffel.
A estátua foi inaugurada em 28 de Outubro de 1886. O presidente Grover Cleveland presidiu à cerimônia em 28 de outubro de 1886 e o maçom Bispo Episcopal de New York fez a invocação. O maçom Bartholdi retirou a bandeira francesa do resto da estátua. O principal orador da cerimônia foi o maçom Chaucey M. Depew, senador dos Estados Unidos.

Ir M M Nelson Célio Diniz

Fontes de consulta:
House, Random - The Secret Zodiacs
English history - Texto A Maçonaria e a Estátua da Liberdade

MAÇONARIA - SÍNTESE DOS PRINCÍPIOS MAÇÔNICOS



“UNIVERSI TERRARUM ORBIS ARCHITECTONIS AD GLORIAM INGENTIS”



SÍNTESE DOS PRINCÍPIOS MAÇÔNICOS

01) A Maçonaria proclama, como sempre o fez, desde sua origem, a existência de um Princípio Criador, sob a denominação de GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO;

02) É uma instituição filosófica, que proclama a liberdade de consciência como sacratíssimo direito humano;

03) Não impõe limite à investigação da Verdade e é para garantir esta liberdade, que exige de todos a maior tolerância;

04) Honra o trabalho em suas formas honestas e o tem por dever, a que nenhuma pessoa válida pode fugir;

05) Proscreve qualquer discussão sectária, de natureza política ou religiosa, dentro de seus Templos ou fora deles, em nome da Ordem;

06) Condena o despotismo e trabalha, incessantemente, para unir a espécie humana pelos laços do amor fraternal;

07) Impõe o culto à Pátria, exige respeito absoluto à família e não admite a menor ofensa nem a uma nem a outra;

08) Cada Loja é um Templo sagrado, sob cuja abóbada os homens livres e de bons costumes devem reunir-se fraternalmente, procurando conseguir o bem da humanidade;

09) Todo pensamento maçônico deve ser criador. Essa atitude mental engrandece o espírito e fortifica o coração. Cada maçom, parte viva dos irmãos, concorrerá para assimilar o ideal da Ordem e desenvolvê-lo na capacidade de sua inteligência;

10) A Maçonaria é acessível aos homens de todas as classes, crenças religiosas e convicções políticas, com exceção daquelas que privem o homem da liberdade de consciência e exijam submissão incondicional a seus chefes;

11) Em seus Templos aprende-se a amar e a respeitar tudo o que a virtude e a sabedoria consagram;

12) Exige estudo meditado de seus rituais e a prática da solidariedade humana;

13) A Maçonaria, por conseguinte, é uma instituição criada para combater tudo o que atente contra a razão e contra o espírito de fraternidade universal;

14) Os ensinamentos maçônicos, realizados através de símbolos e de alegorias universais, induzem seus adeptos a dedicarem-se à felicidade a seus semelhantes, não porque a razão e a justiça lhe imponham esse dever, mas porque o sentimento de solidariedade é qualidade inata, que os faz filhos do Universo e amigos de todos os homens.


SER MAÇOM

01) Ser Maçom é ser amante da Virtude, da Sabedoria, da Justiça e da Humanidade;

02) Ser Maçom é ser amigo dos pobres e desgraçados, dos que sofrem, dos que choram, dos que têm fome e sede de justiça; é propor como única norma de conduta o bem de todos e o seu progresso e engrandecimento;

03) Ser Maçom é querer a harmonia das famílias, a concórdia dos povos, a paz do gênero humano;

04) Ser Maçom é derramar por todas as partes os esplendores divinos da instrução; a educar a inteligência para o bem, conceber os mais belos ideais do Direito, da moralidade e do amor; e praticá-los;

05) Ser Maçom é levar à prática aquele formosíssimo preceito de todos os lugares e de todos os séculos, que diz, com infinita ternura aos seres humanos, indistintamente, do alto de uma Cruz e com os braços abertos ao mundo: “Amai-vos uns aos outros, formai uma única família, sede todos irmãos!”.

06) Ser Maçom é olvidar as ofensas que se nos fazem, ser bom, até mesmo para com os nossos adversários e inimigos, não odiar a ninguém, praticar a Virtude constantemente, pagar o mal com o bem;

07) Ser Maçom é amar a luz e aborrecer as trevas; ser amigo da ciência e combater a ignorância, render culto à razão e à sabedoria;

08) Ser Maçom é praticar a Tolerância, exercer a Caridade, sem distinção de raças, crenças ou opiniões, lutar contra a hipocrisia e o fanatismo;

NOSSAS FINALIDADES

01) Grandes vultos do passado e do presente pertenceram à Sublime Ordem Universal, adotando esta filosofia de vida;

02) A Maçonaria se preocupa com os problemas nacionais e internacionais, usando de sua influência para minorar o sofrimento dos povos, sem distinção de raça ou religião;

03) A Maçonaria é parte integrante da História Pátria e Universal, os maçons sempre estiveram presentes nos grandes eventos, defendendo a trilogia sagrada, LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE;

04) Assim lutaram e venceram os maçons que nos antecederam, assim lutamos hoje, assim lutarão amanhã nossos sucessores, empunhando esta mesma bandeira;

05) Trabalhando pela felicidade do gênero humano, os maçons se consideram recompensados e realizados, pois servindo ao próximo estão observando os ensinamentos da Sublime Instituição;

06) Os que satisfizerem estes requisitos e desejarem cerrar fileiras com os Apóstolos da Liberdade e Sacerdotes do Direito, deverão se comprometer a trabalhar pelo bem estar da Pátria e da Humanidade;

07) Aquele que for convidado e aceito será considerado nosso irmão, passando a fazer parte da grande Família Maçônica Universal.

Fonte:Blog "MAÇONARIA SIMBOLISMO ESOTERISMO MISTICISMO"

ANTI-MAÇONARIAS



As anti-maçonarias são movimentos formados por fundamentalistas religiosos, políticos radicais e ex-maçons voltados para a crítica à Maçonaria.

O primeiro ensaio para a criação de uma anti-maçonaria foi escrito pelo escritor e jornalista francês Marie Joseph Gabriel Antoine Jogand Pagès,  mais conhecido por Léo Taxil. Taxil tornou-se conhecido na Europa entre 1870 e o início do século XX por ter enganado as hierarquias eclesiásticas com falsas publicações (ditas “confissões”) sobre maçons. A principal dessas “confissões” consistia no relato das desventuras de uma suposta Diana Vaughan às mãos de uma imaginária “seita maçônica”.

O livro de Taxil causou grande repercussão entre o clero católico e, apesar das sábias advertências do bispo de Charleston, denunciando as falcatruas e invenções de Taxil, o Papa Leão XIII recebeu o falsário em audiência e acreditou nele. Só mais tarde se descobriu que Marie Joseph Gabriel Antoine Jogand Pagès – aliás, Léo Taxil, aliás, Paul de Régis, aliás, Adolphe Ricoux, aliás, Samuel Paul, aliás, Rosen, aliás, Dr. Bataille… – era o oportunista diretor do jornal “La Marotte” proibido na França por violação da moral. Por causa disso, Léo Taxil fora sentenciado a oito anos de prisão.

Era o mesmo Adolphe Ricoux que publicava livros anticatólicos pintando a hierarquia eclesiástica como hedonista e sádica. 

Aproveitou as alucinações de Eliphas Lévi (aliás, abade Alphonse Louis Constant) e endereçou novas “acusações” contra a Ordem que inadvertidamente o iniciara. Os maçons seriam satanistas e adoradores de um ídolo com cabeça de bode chamado Baphomet. Essa reinvenção do absurdo ficou conhecida como “Jogo de Taxil” ressuscitando a figura do bode como ícone da Maçonaria. Entre 1886 e 1887, doente, Taxil acabou por confessar a sua fraude. 

No século XX as bases das anti-maçonarias assentaram em três elementos: as fantasias de Léo Taxil, o fanatismo religioso e os movimentos políticos totalitários: o salazarismo, o fascismo, o nazismo e o estalinismo. Quanto ao comunismo, o Quarto Congresso da III Internacional (Novembro de 1922) estabeleceu “a incompatibilidade entre a Maçonaria e o Socialismo” tido como evidente na maioria dos partidos que fizeram parte da II Internacional. 

A Maçonaria foi considerada uma “organização do radicalismo burguês destinada a semear ilusões e a prestar seu apoio ao capital organizado em forma de Estado”. Em 1914, o Partido Socialista Italiano expulsou os maçons de suas fileiras e o Quarto Congresso recomendou ao Comitê Central do Partido que erradicasse os maçons das suas fileiras. Todo o militante que antes de 1 de Janeiro de 1923 não declarasse abertamente e a público, através da imprensa do partido, sua ruptura total com a Maçonaria ficaria automaticamente excluído do Partido.

Esta perseguição à Maçonaria pelo comunismo teve, no entanto, uma exceção: a Maçonaria é legal em Cuba tendo mais de 300 Lojas. Desde 1995, a Grande Loja da Rússia reergueu colunas tendo Lojas sediadas em Moscou, São Petersburgo e noutras cidades russas.

Em 1945, o nazismo ilegalizou as Lojas Maçônicas. Nos países ocupados as Lojas foram queimadas e todos seus arquivos confiscados e queimados. Os líderes da Maçonaria alemã foram sumariamente assassinados sob o pretexto de que a maçonaria mantinha ligações “ilícitas” com o judaísmo internacional e outros foram mandados para campos de concentração, juntamente com suas famílias. 

Quanto ao fanatismo religioso, torna-se mais difícil analisá-lo hoje. Muitos de seus “baluartes” estão na Internet ocultos em sites anônimos.
Nota adicional.
A anti-maçonaria colhe na ignorância e no gosto do público pelo desconhecido e o secreto. O fato da Ordem viver em descrição, mantendo sigilo sobre os rituais e práticas dos ritos, bem como sobre os membros da mesma adensa as suspeitas dos que têm um prazer particular pelas teorias da conspiração.

Tal como os comunistas e os nazistas estes apaixonados do falsário acham que há qualquer conspiração para conquistar o mundo que tem origem na Ordem Maçônica. Trata-se de uma fantasia que pode vender jornais mas não resiste à primeira prova de falsidade. Hoje em dia a anti-maçonaria tem outra dimensão, as organizações de extrema-direita que procuram associar a maçonaria ao radicalismo judaico e a Israel, invocando o fato de vários mitos do Antigo Testamento terem um papel significativo nos rituais maçônicos.

O que é verdade. De qualquer forma esta propaganda de ódio e intolerância faz o seu caminho junto de um setor da juventude que acredita nestas fantasias e embora não simpatize com o nazismo e o fascismo identifica com estas teses radicais e extremistas.

Também na orla das religiões do Livro alguns grupos alimentam um ódio patológico contra os maçons e a maçonaria. Como grupos sectários sem expressão no corpo das religiões institucionais (catolicismo, protestantismo, islamismo, hinduísmo, budismo) eles alimentam-se da crendice, da superstição e do medo com o desconhecido. 

A melhor postura é esclarecer de forma firme mas inteligente e desmontar os argumentos mais inflamados.

Autor desconhecido

PORQUE SOMOS MAÇONS REGULARES?



Os outros (liberais) partem do postulado da liberdade de crença ou não no Criador, uns e outros, sem se remeterem a uma posição contemplativa, buscam o seu próprio aperfeiçoamento, "não faças aos outros aquilo que não gostavas que te fizessem", mas com efeitos diversos ao nível de intervenção na sociedade. 

De fato, enquanto os regulares situam-se no plano do sagrado, os outros se colocam no campo do laicismo, e consequentemente envolvem-se mais diretamente na vida profana que procuram aperfeiçoar, senão mesmo transformar.

Para um maçom "regular" a sociedade só será mais perfeita se isso decorrer do processo de aperfeiçoamento individual, de cada um, enquanto para um maçom "irregular", o essencial é ser ele o agente da transformação da sociedade. Isto é, passa o maçom em vez de ser o destinatário das suas reflexões e consciência, para procurar o auto- aperfeiçoamento, a considerar-se o agente de transformação e da perfeição da sociedade. 

Bem se compreende que esta atitude possa gerar desde logo, a quebra de harmonia entre os maçons. Ultrapassada a intimidade de cada um, em que só cada qual é juiz de si próprio, e de acordo com os parâmetros da sua autodefinição, sendo, portanto responsável pela sua própria consciência, os maçons irregulares confrontam-se exteriormente sobre as varias atividades que poderão contribuir para transformação e aperfeiçoamento da sociedade... e estas serão tantas quantas as percepções do que é a perfeição da sociedade. (...) 

Aos que se consideram maçons regulares, para que efetivamente o sejam, é necessário serem reconhecidos como tal, é indispensável que tal estatuto lhes seja reconhecido.

De fato o reconhecimento é essencial para atestar um dos requisitos fundamentais e integradores da regularidade, que é o da legitimidade da transmissão da própria regularidade. Só assim se constitui legitimamente a regularidade.

Um pouco à semelhança do próprio processo de reconhecimento da independência dos Estados, em que não basta a proclamação unilateral de independência, é crucial que a comunidade internacional a reconheça, e depois, para ser verdadeiramente membro de pleno direito da comunidade internacional, ou de comunidades regionais (como os Estados membros da União Europeia), é ainda necessário o respeito da legalidade universal, que tem como referência a declaração universal dos direitos do homem.

Um maçom que respeite as regras da regularidade tem, pois de respeitar as suas regras essenciais: Os landmarks, as constituições, os regulamentos, a regularidade da transmissão maçônica, enfim o próprio cumprimenta das leis civis.

Um maçom que, portanto seja irregular quanto à sua filiação numa Grande Loja ou Grande Oriente irregular, não pode ser considerado regular pela comunidade maçônica regular... não pode pois aceder a sessões rituais regulares. Só o poderá fazer se, e quando por um processo dito de regularização, deixar a sua obediência irregular e for recebido como regular por uma obediência maçônica com estas características.

M.E. -L.N.C.

QUAIS OS PRINCÍPIOS QUE REGEM UM MAÇOM?



Os Maçons definem-se pelos seguintes postulados:

1] A Maçonaria crê e proclama o princípio impessoal do Grande Arquiteto do Universo (Deus) como fonte de prevalência do espírito sobre a matéria e sem o qual nenhum candidato será admitido em seu selo.

2] Adota e propaga as doutrinas maçônicas que visam alcançar, pelos meios pacíficos da instrução e do exemplo, o aperfeiçoamento moral e intelectual do homem em todos os setores de sua atividade.

3] Recomenda o culto da Pátria e exige o respeito absoluto à Família. Aquela, o berço acrescido, o lar comum, a força vital; esta, o sustentáculo moral das coletividades politicamente organizadas.

4] Considera o homem segundo a direção que dá à sua vida, entendendo como condição de paz universal o respeito mútuo de indivíduo a indivíduo, de povo a povo, de Estado a Estado.

5] Honra o trabalho em todas as suas formas honestas e tem-no por dever ao qual ninguém deve escusar-se sem justa causa, especialmente o maçom, obreiro que é da Arte Real.

6] Repele qualquer recurso à força ou à violência e não emprestará solidariedade ao menor desrespeito às autoridades públicas ou às Leis do País.

7] Não impõe limites à livre e consciente investigação da verdade em prol da doutrina e do aperfeiçoamento de seus adeptos.

8] Não limita a prática da beneficência e dos auxílios materiais; mas, a estes sobrepõe o primado do amparo moral em todas as oportunidades dignas dele.

9] Ensina que a democracia, no conceito maçônico, tem acepção filosófica diferente do sentido meramente político. Ninguém é livre contra a Verdade, contra a Evidência, contra a Necessidade. O maçom jamais será voluntariamente escravo da ignorância, da falsidade ou do erro.

10] Na comunhão social da Maçonaria, o valor moral é tido como dote de alto preço.

11] Todo pensamento maçônico deve ser criador, porque isso engrandece o espírito e enobrece o coração.

José Carlos de Araújo Almeida Filho, A Maçonaria ao Alcance de Todos,

BOLSA DE PROPOSTAS E INFORMAÇÕES/ TRONCO SOLIDARIEDADE – ANÁLISE DA CIRCULAÇÃO




A circulação da Bolsa de Propostas e Informações e Tronco de solidariedade devem ser cumpridos em todas as reuniões, diferentemente do que muitas Lojas fazem, tanto uma como outra, devem ser executadas de forma ritualística.

É um dos momentos mais solenes, pois, neste momento, vai ocorrer a distribuição de energia. Na realidade, toda vez em que se segue a forma ritualística, a Loja esta sendo balanceada em suas energias, facilitando assim a sua perfeita harmonização.

Existe um ditado que diz quem tem põe, quem não tem tira. Nada mais certo e verdadeiro.

Em uma reunião maçônica, ocorrem energias que devem ser renovadas periodicamente. E os irmãos devem colocar além das comunicações de praxe, os seus bons fluidos. E, isto é para ser feito constantemente.

A energia maior que parte do Venerável Mestre, deve circular todo o ambiente, indo ao 1º Vigilante, depois ao 2º Vigilante, fazendo o primeiro triângulo, de ponta para cima, Em seguida, vai até o Orador, Secretário e Guarda do Templo, fazendo o segundo triângulo, de ponta para baixo.

Esotericamente, Foi formada a Estrela de seis pontas. A seguir, passa-se em todos os mestres presentes no Oriente, Sul e por último Norte.

Logo após, é passada para os Companheiros e então Aprendizes.

Para sua finalização, é levada novamente ao Venerável Mestre, que recebe novamente a energia de volta. O tronco de solidariedade é levado ao tesoureiro.

A ritualística deve ser observada em todas as reuniões, só não se usa a ritualística em reuniões Administrativas.

As reuniões servem para recarregarmos as nossas baterias desgastadas nas atribulações do dia a dia.

Pode-se observar uma boa harmonização, quando as velas dos altares, vão se consumindo por igual. Ao contrário, em uma reunião em que a ritualística não é cumprida, elas se consomem de maneira desigual. Pode haver energia, mas, não existe uma distribuição harmônica.

PEDRO NEVES .’. M .’. I .’. GR .’. 33
PÉRICLES NEVES .’. M .’. I .’. GR .’. 33

PODES CRER IRMÃO?


Que nem todo ser humano é irreversivelmente tão bruto, empedernido, avaro e materialista que um Cinzel manejado com Amor não consiga lapidar?

Que por baixo da casca endurecida, muitos homens guardam ainda um pouco de sua brandura de criança e são até capazes de sorrir?

Que um dia o Templo da Fraternidade Universal será o mundo todo, suas Colunas as extremidades do Céu e, em lugar das constelações simbolicamente representadas, nosso teto será o universo infinito pontilhado de estrelas?

Que chegará o momento quando, do Ocidente ao Oriente, do Meio-Dia à Meia-Noite, todos os dias, a Palavra Sagrada será trocada entre todos os Homens Livres?

Na possibilidade de doares a teus filhos uma terra de Obreiros felizes e não uma antecâmara do Inferno, onde haja Paciência, Tolerância, Justo e Perfeito entendimento entre as criaturas?

Que poderás, um dia, recostar-se para se refazer do trabalho sem receios ou temores, na certeza de que seu sono será de paz porque Obreiros atentos velarão por ele?

Que chegará o dia em que se ouvirá o rugir das forjas vorazes destruindo canhões inúteis para deles moldar instrumentos de trabalho e que o passo cadenciado será de Obreiros da Paz e não de soldados cegos e fratricidas?

Na beleza e na suavidade da vida entre Irmãos unidos, como unção puríssima derramada sobre a fronte, tal qual o orvalho na colina de Sião onde o Senhor ordena a benção e dá a vida para sempre?

Que tudo isso não é uma esperança vã e nem nascida do desespero, mas a promessa que os Homens Livres receberam do Grande Arquiteto do Universo?

Se assim podes crer, do fundo do teu coração, então és verdadeiramente Maçom!

Irm.’.  Antonio Carlos de Souza Godoi - é Advogado - Consultor de Empresas Recursos Humanos, Comerciante.

DECÁLOGO DAS (IN)COMPETÊNCIAS



1. Não compete ao Maçom buscar honrarias; compete-lhe merecê-las e abrir mão delas, reconhecendo que mais vale ser lembrado do que agraciado. A lembrança é eterna, a honraria é temporária;

2. Não compete ao Maçom escolher cargos; compete-lhe exercê-los com zelo e responsabilidade, reconhecendo que no cargo torna-se naturalmente Mestre dos que dirige, sabendo que, um dia, será por eles dirigido;

3. Não compete ao Maçom habitar palácios; compete-lhe fazer de sua habitação um templo à Glória do GADU, reconhecendo que no Templo do Senhor do Mundo não há pompa, luxo, futilidade, arrogância, vaidade, orgulho. Perante o GADU temos todos a mesma estatura!;

4. Não compete ao Maçom criticar o Irmão; compete-lhe carinhosamente mostrar-lhe o caminho que o leva ao coração da Ordem, ou o caminho de retorno ao mundo profano, caso este lhe seja mais apropriado;

5. Não compete ao Maçom criticar a Loja que o abriga; compete-lhe lutar incansavelmente até convencer seus Irmãos ou ser convencido por eles;

6. Não compete ao Maçom construir e manter obras assistenciais; compete-lhe garantir o funcionamento da maquina do Estado, responsável pelo cumprimento dessa obrigação;

7. Não compete ao Maçom construir e manter hospitais; compete-lhe assegurar que todos tenham acesso à saúde;

8. Não compete ao Maçom construir e manter escolas; compete-lhe assegurar que as existentes formem adequadamente os homens de amanhã;

9. Não compete ao Maçom imobilizar-se e omitir-se frente à injustiça; compete-lhe mobilizar todas as forças de que dispõe para erradicá-la definitivamente;

10. Não compete ao Maçom ser conduzido; compete-lhe conduzir a humanidade. Isto tudo porque não compete ao Maçom fazer caridade; compete-lhe agir para que ela não seja mais necessária. A caridade humilha quem a recebe e corrompe quem a faz.

Autor desconhecido


Postagem em destaque

TRABALHO SOBRE A TERCEIRA INSTRUÇÃO APRENDIZ MAÇOM

  Prezados Irmãos, A terceira instrução do grau de aprendiz maçom, enfoca o desenvolvimento moral e espiritual dos iniciados na Maçonaria....