SIMBOLOGIA MAÇÔNICA


COMPASSO E ESQUADRO: O compasso e o esquadro reunidos têm sido mais antigos bem como a mais comum representação da Instituição Maçônica. Tanto se apresentou este símbolo compasso-esquadro, que ele é prontamente reconhecido, até mesmo pelos profanos (pessoas não iniciadas na Maçonaria).


É o sinal distintivo do Venerável Mestre (Presidente da Loja) uma vez que esotericamente representa a "Justa Medida".

A Justa Medida quer dizer em última análise a Retidão. Faz lembrar aos maçons em geral e a cada instante que todas as suas ações deverão ser plantadas com serenidade, bom senso e espírito de justiça.

Faz recordar o compromisso solene assumido pelo iniciado, de sempre agir dentro de uma escola de perfeita honestidade e retidão.

O COMPASSO - O Compasso é considerado um Símbolo da espiritualidade e do conhecimento humano. Sendo visto como Símbolo da espiritualidade, sua posição sobre o Livro da Lei varia conforme o Grau.

No Grau de Aprendiz, ele está embaixo do esquadro, indicando que existe, por enquanto, a predominância da matéria sobre o espírito. A abertura indica o nível do conhecimento humano, sendo esta limitada ao máximo de 90º, isto é ¼ do conhecimento.

A sua Simbologia ainda é muito mais variada, podendo ser entendido como Símbolo da justiça, com a qual devam ser medidos os atos humanos. Simboliza a exatidão da pesquisa e ainda pode ser visto como Símbolo da imparcialidade e infalibilidade do Todo-Poderoso.

O ESQUADRO  O primeiro instrumento passivo e companheiro por excelência do Compasso é o Esquadro. Seu desenho nos permite traçar o ângulo reto e, por tanto, esquadrejar todas as formas. Deste modo, é visto como Símbolo, por excelência, da retidão.

É também a primeira das chamadas Jóias Móveis de uma Loja, constituindo-se na Joia do Venerável, pois, dentre todos, este deve ser o mais justo e equitativo dos Maçons.

O Esquadro, ao contrário do Compasso, representa a matéria; por isso é que, em Loja de Aprendiz, ele se apresenta sobre o Compasso. Predominância da Matéria sobre o espírito.

A LETRA "G”: É o símbolo de Deus, o Divino Geômetra. Uma das razoes de ser tomada como símbolo sagrado da Divindade, é que, com ela, a palavra Deus, se inicia em vários idiomas. GAS, em Siríaco; GADA, em persa; GUD, em sueco; GOTT, em alemão; GOD, em inglês, etc.

A TROLHAOu colher de pedreiro. Trata-se de uma espécie de pá achatada com a qual os Pedreiros assentam e alisam a argamassa. Sendo um instrumento neutro, deve ser visto como um Símbolo da tolerância, com que o Maçom deve aceitar as possíveis falhas e defeitos dos demais Irmãos.

Pode ser vista, também, como um Símbolo do amor fraternal que será, então, o único cimento que uniria toda a Maçonaria. Desta forma, passar a Trolha significa perdoar, desculpar, esquecer as diferenças. Entendida desta forma pode ser vista como Símbolo da Paz que deve reinar entre os Irmãos.

A PEDRA BRUTA: Simboliza a inteligência do aprendiz maçom, ainda rude, porque com os vestígios do Mundo Profano, está apenas iniciando sua aprendizagem nos Mistérios da Maçonaria.


As arestas desta Pedra Bruta cabe ao aprendiz desbastar disciplinando, educando instruindo sua personalidade, objetivando vencer suas paixões e subordinar sua vontade à prática do bem.

Assim a tarefa principal do Aprendiz consiste em trabalhar e estudar para adquirir o conhecimento do simbolismo do seu grau e a sua interpretação filosófica.

O MALHO E O CINZEL: Estas duas ferramentas servem para desbastar a pedra bruta.


A primeira representa nossas resoluções espirituais: é o cinzel de aço, que se aplica sobre a pedra com a mão esquerda lado passivo, e corresponde à receptividade, ao discernimento especulativo

A segunda é a vontade executiva, o malho, insígnia do mando, vibrado com a mão direita, lado ativo, relacionada coma energia atuante e a determinação moral donde emana a realização prática.

A PEDRA CÚBICA: Havendo o Aprendiz trabalhado na Pedra Bruta como Malho e o Cinzel, transformando-a num cubo imperfeito, caber ao Companheiro (Grau 2), polir este cubo com o auxílio do esquadro, do Nível e do Prumo, tornando-a finalmente em pedra cúbica.


Desbastadas as rudes arestas da personalidade, ainda como Aprendiz, cabe agora, ao Companheiro disciplinar suas ações através do conhecimento adquirido realizando contornos e nuances delicadas em seus psiquismos, fazendo, então, do seu "eu", um cubo perfeito, a pedra polida que assim estará apta a ser utilizada na construção do edifico do Templo, isto é, a humanidade Perfeita.

O MALHETE: É o instrumento de trabalho do Venerável Mestre e dos Vigilantes (na hierarquia os dois cargos logo abaixo do Venerável Mestre e que juntamente com ele dirige os trabalhos da loja).


Nada mais é que uma espécie de malho, e como tal é símbolo da vontade, da força, do trabalho e da determinação. Um aspecto fundamental na utilização deste instrumento é o do discernimento e lógica que devem conduzir a vontade.

Utilizando ao caso, com força apenas, ele passará a ser um instrumento de destruição, incompatível com a Maçonaria.

O DELTA LUMINOSO: Também chamado de Triângulo Fulgurante, representa na Maçonaria o Supremo Criador de todas as coisas, cujo olho luminoso é o Olho da Sabedoria e da Providência, que observa tudo que vê e provê. 


Ele simboliza também, os atributos da Divindade: Onipresença, Onividência e Onisciência, que o verdadeiro maçom tem como lembrete divino de sua suprema relevância para sua vida.


Não sendo efetivamente uma religião, a Maçonaria compreende e reverencia todas as crenças e cada crente maçom pode ter no Delta Luminoso a representação de todos os sentimentos de religiosidade.

Ele é como uma lembrança para uma advertência permanente e solene, traduzida pela compreensão fraternal, que não procura sobrepor a importância de qualquer religião em particular, as demais profissões de fé.

Espiritualistas por princípio sabem os maçons, na interpretação do Triangulo Fulgurante, que há um Deus que tudo vê e por esta razão entendem que uma oportunidade de fazer o bem que deixam escapar, é uma eternidade que se lhes espera.

ESTRELA DE CINCO PONTAS: Sendo a Estrela do Oriente ou a Estrela Iniciação, é a que simbolizou o nascimento de JESUS.


É o símbolo do Homem Perfeito, da Humanidade plena entre Pai e Filho; o homem em seus cinco aspectos: físico, emocional, mental, intuitivo e espiritual totalmente realizado e uno com o Grande Arquiteto do Universo.


É o homem de braços abertos, mas sem virilidade, porque dominou as paixões e emoções. As Estrelas representam as lágrimas da beleza da Criação. Olhemos para cima, para o céu e encontraremos a nossa estrela guia. Na Maçonaria e nos seus Templos, a abóbada celeste está adornada de estrelas.

A Estrela é o emblema do gênio Flamejante que levam às grandes coisas com a sua influência. É o emblema da paz, do bom acolhimento e da amizade fraternal.

ACÁCIA: A planta símbolo por excelência da Maçonaria; representa a segurança, a clareza, e também a inocência ou pureza.


A Acácia foi tida na antiguidade, entre os hebreus, como árvore sagrada e daí sua conservação como símbolo maçônico.

Os antigos costumavam simbolizar a virtude e outras qualidades da alma com diversas plantas.

A Acácia é inicialmente um símbolo da verdadeira Iniciação para uma nova vida, a ressurreição para uma vida futura.

TEMPLO: Símbolo da construção maçônica por excelência, da paz profunda para que tendem todos os maçons.


TRÊS PONTOS; TRIÂNGULO: Símbolos com várias interpretações, aliás, conciliáveis: luz, trevas e tempo; passado, presente e futuro; sabedoria, força e beleza; nascimento, vida e morte; liberdade, igualdade e fraternidade. 


OBS: Há muitos outros símbolos na Maçonaria. Apresentamos aqui somente os mais difundidos e conhecidos do povo em geral.


Fontes:
 Ritual de instruções do Aprendiz-maçom – GOMG
 A Total Perfectibilidade – Welington Paiva
 Sociedades Secretas – A. Tenório de Albuquerque


A VELHICE NA MAÇONARIA - O CÉU NÃO PODE ESPERAR


Outrora, a velhice era uma dignidade; hoje, ela é um peso. "Francois Chateaubriand"

Quando fui iniciado, a vida para mim ganhou um novo sentido, pelas novas amizades e pelo ensinamento que recebia nas instruções de meus preceptores. 

A sessão maçônica era uma coisa extraordinariamente nova e reveladora. Sonhava em crescer na ordem e ser como aqueles irmãos mais antigos, pois via neles tanto conhecimento e amizade, meus sábios inspiradores.

Aqueles “velhinhos” eram a porta para meu ingresso no conhecimento e na filosofia da Arte Real.

Para mim, eles viviam num mundo de felicidade e que aquilo era uma herança, que levariam até os dias da velhice.

Esse sentimento inundava o meu espírito de paz e esperança.

Jamais poderia pensar que o caminhar dos anos trouxesse consigo mudanças tão importantes. Parece que a juventude não conhece o segredo para a transmutação e quando a idade avança, somos pegos por uma realidade surpreendente, às vezes desalentadora.

A ordem que servimos por décadas a fio, dispensando os maiores esforços, nos abandonara na idade senil. Justamente quando estamos mais carentes e fragilizados.

Na America do Norte, os maçons idosos vão para o albergue da ordem onde vivem em paz e dignamente.

Toco nesse assunto, levando em conta casos de irmãos que vivem no mais completo abandono maçônico. Vitimados por uma enfermidade não saem para lugar algum, aprisionados em suas casas.

Essa realidade é bem diferente dos templos aconchegantes e das amplas festas e Copos D'Água que um dia frequentaram. Aquela alegria barulhenta e os abraços fraternos deram lugar ao abandono, ao ostracismo involuntário e ao silêncio cósmico que arrasa seu moral. 

Se tivessem a mão amiga de um irmão, poderia ir à Loja, aos almoços e de novo serem felizes.

A maçonaria, pródiga em ajudar os velhinhos dos asilos profanos, vira a cara para seus próprios membros que nem sempre precisam de apoio pecuniário, apenas de uma visita.

A tentativa de levar irmãos à casa de um enfermo sempre resulta em fracasso, pois ninguém se interessa. Os Veneráveis Mestres, esses, nunca vão.

O tempo corre célere e a vida escapa pelos dedos como o mercúrio.

Irmãos, ainda há tempo, embora curto, para amar o próximo, pois o Céu não pode esperar. 

T.'. F.'. A.'.

Laurindo Roberto Gutierrez
Membro da Loja de Pesquisas Maçônicas - Londrina - PR



A FRATERNIDADE DE UM MAÇOM


Textos da Maçonaria a nos dizer: "A Maçonaria é uma associação essencialmente fraternal e uma escola de auto-aperfeiçoamento espiritual".
Significa fraternidade à União e boa correspondência entre irmãos ou entre aqueles que são tratados como tal.
Após minha iniciação como Ap.’. M.’., o termo fraternidade ganhou um outro significado na minha vida.
Para estar em contacto com pessoas que não tinham conhecido anteriormente e a sensação que eles me ofereceram sua afeição e respeito como se soubessem nossa vida, percebi uma coisa que o V.’.M.’. falou na cerimônia de iniciação...: "somos irmãos". O termo fraternidade provém do frater Latino = irmão; Então, eu estava não entre amigos, mas entre irmãos.
Amizade implica a compreensão mútua entre duas pessoas... e que está dependente da correspondência e certa afinidade de pensamento, gostos e hobbies.
Mas, ao mesmo tempo, a amizade é muito frágil, qualquer discrepância pode quebrá-lo. Portanto, há um ditado que diz que amigos devem cuidar deles, como uma flor e cultivá-lo com muita sutileza.
Fraternidade, por outro lado, é um vínculo indestrutível que nos une com nossos pares em nossos interesses comuns; sem envolver qualquer condição.
É uma expressão que vem da alma, é uma manifestação de amor para com nossos colegas homens livres. Não importa o que nós temos diferentes crenças, ideologia, gostos, hobbies ou posição social diferente.
Proclamado como dogma, religiosa no antigo e novo testamentos, a fraternidade tem sido ensinada também como um princípio filosófico pelo estóicos da Grécia e Roma, a partir daí o fim da irmandade foi adotado por algumas associações, então, surgiram as irmandades e confrarias derivado da mesma origem etimológica de frater.
Como eu mencionei, a fraternidade envolve muitos links com nossos pares e que se traduz em afeto, mesmo em pessoas que nunca vimos e que Unidos, uma comunidade de interesses que é a busca pela nossa perfeição espiritual, cooperar conosco para alcançar nossos ideais, espontâneos e livres de preconceitos.
Uma pequena lenda diz que, no ano de 1789, quando foi promulgados "os direitos do homem e do cidadão", discutidos no início da justiça, igualdade e liberdade.
Mas você não pode falar de igualdade, se não é fraterno e não pode falar de liberdade sem fraternidade; e porque a justiça só pode ser dada por alguém semelhante ou irmão; É assim que o termo foi carimbado como igualdade, fraternidade e liberdade.
Em comemoração aos 200 anos da Revolução francesa, as autoridades daquele país disseram que eles não falassem sobre os excessos da revolução, mas se a fraternidade entre os irmãos e companheiros porque sem Sim pensamento livre e igualitário não tinha sido essa mudança para uma nova estrutura social na França e no mundo.
Fraternidade é a aprendizagem de nossa própria natureza, o que leva-nos conhecer a mesmos, pelo conhecimento de nossos companheiros seres humanos e também é a comunhão dos nossos companheiros, nos nossos ideais.
Fraternidade é a experiência que nos conduz ao longo dos caminhos da perfeição através de ensino mútuo.
Fraternidade é essa chama que ilumina e ver todas as ciências ocultas, que existem dentro de nós mesmos, mostrando a razão da nossa própria natureza.
A fraternidade é para dominar a nossa língua e evitar a sua fuga intrigas e calúnias; Porque a intriga e a calúnia afogar o amor fraterno e alterá-lo por ódio e desconfiança; fraternidade é oferecer, dar, sem esperar receber nada em troca, a compreensão e a tolerância.
Podemos também dizer confraternizar deve reconhecer nossos erros e estar dispostos a reconhecer os erros e falhas dos outros.
Ninguém pode saber o significado de fraternidade e de comunhão, se não disposto e disponível para ser fraterna, porque primeiro temos que ser fraternos, se queremos saber o que é comunhão. Lembre-se que primeiro é dar e receber.
Mas pode ser fraterno com todos? Talvez não, mas o homem moderno feito da fraternidade um termo que é solidariedade. A fraternidade não é massa ou coletivo ou da cultura de massas sem rosto e sem alma.
Amor fraternal envolve os irmãos reconhecidos como pessoas diferentes, únicas e irrepetíveis, mas iguais em dignidade e direitos; iguais perante Deus. Não podemos construir fraternidade do individualismo ou de superlotação.
Finalmente, a fraternidade deve conquistar e mantê-lo; Isto pede compreensão, perdão e renúncia do egoísmo...
Tony Iniguez

P:.H:. GBMcE


DISCRETA SIM, SECRETA NÃO!



A maçonaria foi e continua sendo encarada por muitos como sendo uma sociedade secreta. Dentro da realidade atual, entretanto, a instituição não poderá ser considerada senão como sendo uma sociedade discreta. Há realmente, uma grande diferença entre esses dois conceitos.
Como secreta dever-se-ia entender que se encobre na Maçonaria algo que não pode ser revelado, quando por discreta, entende-se que se trata de ação reservada e que interessa exclusivamente aqueles que dela participam.
Em realidade, a Maçonaria não é possuidora nem detentora de nenhum segredo misterioso como tem pretendido alguns. No vocabulário maçônico moderno, a palavra segredo, deve considerar-se como discrição.
Assim o ensina a instrução de Grande Mestre, quando diz que o segredo dos Mestres é guardado em um cofre de papel coral, rodeado de marfim - a boca.
Já se foi aquele tempo em que a Maçonaria deveria encobrir toda a sua atividade sob o mais rigoroso sigilo e de tal forma, que esta reserva devia constituir ato secreto e até mesmo misterioso.
Era a instituição perseguida pelos poderosos, por aqueles que escravizavam os povos que não viam com bons olhos a liberdade de consciência, tiranos de todas as épocas, sanguinários e exploradores da humanidade.
Nos dias em que vivemos é quase dispensada a ação liberatória da Maçonaria e ela pode trabalhar livremente, dedicando-se mais à evolução intelectual e à assistência filantrópica.
Conserva, porém, como princípio e tradição a sua maneira própria de agir, o uso de iniciação ritualística, a simbologia universal de suas práticas espiritualísticas e o seu caráter de organização restrita a seus membros.
Mantendo como uma de suas qualidades, o respeito e acatamento às leis, aos governos legalmente constituídos, nada tem que ocultar, a não ser as suas fórmulas ritualísticas, seus sinais, toques e palavras, como meio de reconhecimento recíproco de seus filiados, espalhados por todos os recantos do mundo.
Não se reveste mais a Maçonaria de um “secretísmo” absoluto, de vez que seus rituais são impressos e muitas de suas práticas. Tendo divulgação habitual, são conhecidos e estão ao alcance de muitos estudiosos. 
Nesta condição, nada tem a Maçonaria de sociedade secreta. Exigindo reserva de seus seguidores quanto aos seus trabalhos, cultiva e difunde entre os Maçons, a virtude da discrição, segue uma tradição milenária e se põe, sempre, em posição, de em qualquer emergência, para se defender de opressores e manter as liberdades nacionais e humanas, volver ao passado e prosseguir em sua luta em defesa da liberdade, da igualdade e da fraternidade.
Fonte: Aminternacional.Org 
Publ.Rimmôn


O TAU NO AVENTAL DO MESTRE INSTALADO


O avental do Mestre Instalado é igual ao do Mestre, porém com Taus (letra semelhante à latina T) invertidos no lugar das rosetas. 

Segundo o Irm.’. Joaquim Gervásio de Figueiredo in Dicionário de Maçonaria, O Tau é um “antigo símbolo egípcio de iniciação.

Segundo o demonstra R.F. Mackenzie, ‘era um símbolo de salvação e consagração. E como tal, tem sido adotado como símbolo maçônico do Real Arco’.

O Tau é a cruz em forma de T, e um dos mais antigos símbolos cruciformes, entre os quais se inclui o Malhete.

No Budismo do Norte significa ‘senda da perfeição’. ‘Não entraste no Tau, a senda que conduz o conhecimento?’ (Voz do Silêncio, Parte I de Helena Pietróvna Blaváski)”.

O Irm.’. Nicola Aslan in Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia afirma que o Tau, entre os antigos, era um símbolo sagrado e universal, tendo aparecido inicialmente entre os fenícios (nota: tanto Hiram era rei da cidade-estado fenícia de Tiro, quanto Hiram Abiff era um fenício de Tiro), representando as forças naturais do Sol fecundador, da terra fertilizada e, consequentemente, a vida universal.

Surgiu posteriormente como a 22ª e última letra do alfabeto hebraico (nota: Salomão era hebreu). Era o sinal dos sinais (nota: e isso se observa no Ritual de Instalação de Veneráveis Mestres).

O Tau foi adotado pela Maçonaria como um símbolo do equilíbrio, resultante do ativo e do passivo e representando a ligação do mundo material ao mundo espiritual ou como símbolo representativo da vida eterna, mas sempre indicando uma elevação puramente espiritual.

A forma do Malhete, símbolo do poder, tem a forma do Tau. E conclui que enquanto o Tau representa sacrifício e morte para alguns, simboliza para outros a vida, a eternidade e a luz que regula a parte material do homem e a própria divindade.

“É o último degrau da evolução humana, isto é, a perfeição, caminho seguro para a integração com o Ser Supremo” (nota: o Mestre Instalado pode ser considerado como sendo o último degrau dos graus simbólicos).

Quanto ao fato do Tau ser usado invertido no Avental dos Mestres Instalados, o Irm.’. F.P. Castells in “The Genuine Secrets in Freemasonry” nos ensina que a Maçonaria adotou o Tau na posição invertida chamando-o geralmente de Hiram, como um símbolo do poder e indicando a dignidade do Mestre Instalado.

Retornando ao grande maçonólogo, o Irm.’. Nicola Aslan, no Ritual de Instalação de Venerável, que elaborou para o GOB.’., cita que o Irm.’. Jules Boucher afirma que “segundo uma regra habitual, essencialmente tradicional e nitidamente obrigatória, para a conservação do segredo, de todo rito especificamente mágico, certas palavras devem ser lidas invertendo-as.

E se esta regra se refere a palavras, não há razão para que esta regra não se aplique também a sinais” e completa que “o Tau está ligado ao Mestre Instalado, tanto pelo seu simbolismo espiritualista, como pelo que ele representa no mundo material, isto é, o poder, o mando, a chefia ...” 


Finalizando, e lamentavelmente não podendo ir aqui mais longe, o Tau invertido é um símbolo privativo dos Mestres que passaram pela cerimônia de Instalação.

A LETRA "G" E O COMPANHEIRO


A letra “G”, dentro do triângulo, constitui um símbolo da sublime interpretação do “gênio do homem” subjugado pela força da vontade.
Simboliza o nome do Grande Geômetra, ou seja, do Grande Arquiteto do Universo.
Começamos a buscar algo sobre este assunto na Segunda Instrução do Grau de Companheiro. Segundo a instrução, o Companheiro “é o obreiro reconhecido apto para exercer a sua arte e consciente de sua energia de trabalho. Que tem por dever realizar, praticamente o plano teórico traçado pelos mestres”. 
Quanto à letra “G” diz a instrução, que significa geometria, geração, gravidade, gênio e gnose.
A geometria, tratada aplicável à construção universal; da que nos ensina a polir o homem e torná-lo digno de ocupar o seu lugar no edifício social.
A geometria, que é a ciência da medida das extensões, ou medida da terra, lembra as regras do Grande Geômetra para realizar a arquitetura do universo.
Na sabedoria dos gregos ela provou os diálogos sobre ordem, equilíbrio e harmonia do universo. A geometria ensina-nos a construir um mundo mais pacífico e menos arrogante.
A geração é a conservação da espécie, devendo esta ser bem estudada, para uma melhor produção futura, é a forma vital.
A gravidade para Newton é uma lei, que diz que a matéria atrai a matéria, já para os iniciados tem um sentido mais íntimo e profundo que para os profanos, já que não limita-se a considerar as relações entre os corpos físicos, mas sim o domínio moral e espiritual, sentindo e expressando constantemente a presença da vida.
O estudo e perfeita compreensão desta lei é, por consequência, de uma importância soberana para a Arte Real da construção individual e universal. 

Esta arte tem que ser praticamente uma constante elevação de idéias, pensamentos, palavras, propósitos e ações. Esta elevação não se consegue se não tiver sua base edificada sobre a lei do amor, que une todas as coisas pelos laços invisíveis de sua unidade original.
O gênio é a exaltação profunda de nossas faculdades intelectuais e imaginativas. No gênio, encontramos, pois, a mais elevada e sublime manifestação da geração; a criação ou produção do que pode haver de mais belo, atrativo e agradável. a ciência, a arte e a religião, em todos os seus aspectos, são igualmente obra do gênio interior do homem, que tende fazer do homem um mestre. Cultivar o gênio deve ser o objetivo fundamental do Comp.'..
 A gnose como ciência, está muito acima do “conhecimento vulgar”. é um processo muito utilizado pela Maçonaria, onde os maçons estudiosos aprofundam seu exame do “eu interior”, com a finalidade de aprimorar seu próprio espírito.
Não é uma religião, e sim uma ciência, toda de um processo dos mais naturais da consciência, do autoconhecimento, seu nome é de origem grega, e tem como sustentação a filosofia, a ciência, as artes e as religiões.
É filosofia, um conhecimento mais apurado em busca de uma elevada moral mais espiritualizada, a fim de ser procedida sua reforma intima, desde que haja realmente um esforçado interesse de encontrar os instintos inferiores ainda ativos, para dar-lhes combate e consequentemente fortificar os bons princípios que sempre existem em todos nós; arte pelas investigações do belo em seu interior; aprecia as religiões apoiando-as em tudo de bom que elas proporcionam aos fiéis, para uma formação mais bem espiritualizada; ciência por não aceitar dogmas, só aceitando o que seja concreto e possa ser provado cientificamente como real.
Podemos dizer, então, que a letra “G” é o espírito da genialidade que reflete no Comp.'.. 
Através desta genialidade, depois de buscar os conhecimentos e reconhecimentos interiores, poderá demonstrar na prática a qualidade de Comp.'., um obr.'. de inteligência construtora, que tem se convertido em tal, como resultado de um aprendizado fiel e perseverante.
Ir.'. José Helio Otoboni C.'.M.'. .
Bibliografia:
Trabalho do Ir.'.Cloves de Sena - Or.'.de Curitiba/PR.-
Revista A Trolha – Janeiro/02-
Trabalho do Ir.'.Xisto P. Ezquerro.


COMO PODEMOS ALCANÇAR O SEGREDO MAÇÔNICO?



Quais são os Segredos Maçônicos?

Os sinais, toques e palavras?

Sim, esses são os Segredos!

Esses são os Segredos no plural, mas existe o Segredo no singular.

E que Segredo é esse?

Os dos graus filosóficos da Maçonaria, os chamados altos graus?

Conhecemos algum Segredo nos graus superiores?

Todo Maçom do grau 33 conhece o Segredo?

Mas depois de tantos anos de escalada Maçônica, um grau 33 não conhece o Segredo?

Como? Por quê? Existe realmente um Segredo?

É evidente que existe!

Tudo na vida tem os seus segredos, os seus mistérios, o desconhecido, o confidencial.

Existem os segredos profissionais, os comerciais, os industriais, os religiosos e muitos outros. Portanto, se somos detentores de um Segredo, não o somos de muitos outros!

Não temos nem mais nem menos segredos do que os profanos têm.

E qual é o nosso Segredo?

Esse Segredo tão bem guardado que poucos, muito poucos, o descobrem?

Sim, é descobrindo que se conhece o Segredo. Ele não é revelado! Quem descobre o Segredo não o revela a ninguém. A ninguém, em nenhuma circunstância!

O grande Segredo é na verdade um Segredo muito simples.

Está ao alcance de qualquer um. Por isso precisa ser ocultado sob as mais diversas formas. Precisa estar velado sob os mais diversos símbolos. Precisa ser valorizado.

O Segredo precisa ser segredo para que quem o encontre lhe dê a devida importância. Em outras palavras, se todos soubessem o Segredo, além de obviamente não ser mais segredo, ninguém por ele se interessaria.

 Ninguém procuraria o verdadeiro sentido dele. Ninguém lhe daria a importância que tem. Um Grande Mestre há mais de dois mil anos nos ensinou que “não se dá pérolas aos porcos”.

Pois bem, temos um Segredo. Um Segredo simples. Um Segredo ao alcance de qualquer um. Um Segredo que não é revelado. Um Segredo que é descoberto. Um Segredo que é individual. Então, não tem sentido perguntar qual é o Segredo e sim como podemos descobri-lo.

E como podemos descobrir o Segredo? Cumprindo nossas obrigações Maçônicas. Frequentando regularmente a Loja. Visitando outras.

Seguindo a ritualística sem dela nos afastarmos. Estudando o que os Rituais dizem que devemos estudar. Executando com perfeição as tarefas que nos são cometidas. Exercendo os cargos para os quais fomos eleitos ou nomeados com seriedade.

Compreendendo, estudando e aprofundando o sentido de toda a simbologia.

Não nos limitando a aceitar as verdades que outros dizem ser a verdade. Enfim, não apenas ostentando o título de Maçom.

Um Maçom é um Maçom, um pedreiro especulativo construtor de si e da Sociedade. Quando um Maçom se torna verdadeiramente um Maçom, sua busca terminou. Ele encontrou o Segredo. Como revelá-lo a quem não se iniciou nos Mistérios da Maçonaria? Como transmiti-lo a quem entrou para a Maçonaria, mas não conseguiu ainda ser Maçom?

Quem descobre o Segredo não o revela a ninguém.

A ninguém, em nenhuma circunstância! O Segredo é individual e intransmissível!


SALA DOS PASSOS PERDIDOS



A designação sala dos passos perdidos foi copiada pela Maçonaria do parlamento inglês, constava de uma antecâmara onde o cidadão esperava ser atendido, ou recebia decisões e despachos de assuntos de seu interesse. 

Era quando este perambulava sem destino para descarregar sua ansiedade; algo semelhante à sala de preocupações do tio Patinhas, onde aquele anda em círculos até afundar o piso sob seus pés pelas mesmas razões.

Na Maçonaria este cômodo está localizado antes do átrio e do templo. É a sala de espera para aguardar o inicio dos trabalhos e onde são tratados os mais diversos assuntos. Onde possível, consta de um local confortável, com poltronas ou cadeiras, mesa, e onde se pratica a sociabilização, cada um a sua maneira e de acordo com sua personalidade.

Neste local não existe ordem nem ritualística, as pessoas transitam pela sala em qualquer direção, formam grupos em diálogos de todos os tipos, nada tem rumo, daí a semelhança com a ante-sala do parlamento inglês. 

Aproveita-se o tempo para pagar emolumentos ao irmão tesoureiro. Se houver alguma coleta de recursos para campanhas de caridade da loja, o irmão hospitaleiro faz esta coleta, dá recibo e a registra. 

Recebem-se recados do irmão secretário de alguma pendência de documentos ou outras providências burocráticas. 

O irmão mestre de cerimônias faz a distribuição dos colares aos oficiais se o obreiro tiver cargo em loja, mas estes não os vestem. Assina-se o livro de presenças junto ao irmão chanceler.

É discretamente feito o telhamento de visitantes. Consulta-se o edital com alguma novidade em exposição. 

Regem as etiquetas e comportamentos profanos, dentro do maior respeito. 

A agitação vai lentamente cedendo lugar ao silêncio, e conforme os arranjos de preparação vão progredindo e a hora de inicio dos trabalhos se aproxima, vai perdendo a influência o mundo profano até adentrar ao átrio, onde toda a agitação cessa.

O mestre de cerimônias convida os irmãos a adentrarem ao átrio. 

O Cobridor externo, já devidamente paramentado, portando espada, fecha a porta externa às suas costas. 

Passa a reinar silêncio e o comportamento é formal, ritualístico, silencioso e ordeiro. Consta em uma sala, normalmente de quase a mesma largura do templo e adequada para receber todos os irmãos perfilados. 

As lojas que possuem átrios de pequenas dimensões usam a sala dos passos perdidos também como átrio. 

O átrio é o vestíbulo do templo, é onde cada obreiro coloca seu avental e paramentos com a garantia de estar fora de alcance de olhos profanos. 

É preparado o cortejo de entrada em duas filas, uma para cada coluna; os irmãos aprendizes ficam perfilados ao lado norte e os irmãos companheiros ao lado sul; os oficiais das colunas tomam o lado onde ficam locados dentro da Loja. 

Inicia-se a preparação espiritual do grupo; mesmo que não existente no rito escocês antigo e aceito, por simples tradição, o mestre de cerimônias recita oração e pede ajuda ao Grande Arquiteto do Universo para que a reunião seja agraciada de bons fluídos, comunicando ao venerável mestre que o templo está devidamente ornamentado e que os trabalhos já podem iniciar. 

O venerável mestre determina que o mestre de cerimônias cumpra com seu dever.

O mestre de cerimônias determina que os irmãos guarda do templo e mestre de harmonia tomem seus lugares dentro do templo. Estes entram e fecha-se a porta do templo atrás deles. 

O mestre de cerimônias aguarda um breve instante e dá uma batida com seu bastão na porta do templo, que é respondida pelo guarda do templo pelo lado de dentro. O guarda do templo abre a porta para entrada do cortejo ao interior do templo. 

O mestre de cerimônias coloca o cortejo em marcha, adentrando primeiro os irmãos aprendizes, seguidos pelos irmãos companheiros, mestres sem cargo seguidos pelos oficiais, o segundo vigilante, o primeiro vigilante, ficando para o final, o irmão venerável mestre, e após este, se presentes, outras autoridades da grande loja, remanescendo apenas o Cobridor externo em sua função. 

Pela descrição das funções dos dois ambientes percebe-se que enquanto na sala dos passos perdidos reina o caos do mundo profano no átrio age o sacro, tem regras e ritualística. 

Num atua o mundano, noutro o sagrado, para honra e à glória do Grande Arquiteto do Universo.


Charles Evaldo Boller

COMO DISTINGUIR UM MAÇOM


É realmente de impressionar, aos olhos profanos, que duas pessoas nunca antes se tendo visto, não se conhecendo de fato, rapidamente se reconheçam como irmãos.

É pacífico que esse reconhecimento se dá através de sinais, toques e palavras. Isso é indiscutível, inquestionável, mas vai além, existem outras formas de reconhecimento que ultrapassam as que até aqui foi dito, e é nelas que me deterei.

Para Começar podemos citar os princípios da Ordem, quais sejam: o Amor Fraternal, a Caridade e a Verdade. Pelo Amor Fraternal, consideremos toda a humanidade, como uma grande família, todos criados por um Ser Supremo e enviado ao mundo para ajudar, apoiar e proteger uns aos outros.

A Caridade por sua vez, surge para nos ensinar a aliviar a necessidade dos desafortunados. Através dela, somos chamados a confortar os infelizes, nos solidarizar com seus infortúnios, ter compaixão por suas misérias e restaurar a paz em suas mentes perturbadas.

A Verdade, por fim é um atributo divino e o fundamento de todas as virtudes maçônicas. Esse princípio nos leva a no afastar de toda a hipocrisia e falsidade para aproximarmos da sinceridade da lealdade, sendo essas as nossas características marcantes.

Portanto concluímos, até agora, que não somente através de sinais, toques e palavras, distinguimos um maçom, mas pelo seu caráter produzido no Amor Fraternal, na Caridade e na Verdade.

O verdadeiro maçom traz consigo quatro virtudes principais: a Temperança, a Energia, a Prudência e a Justiça.

A Temperança é por definição a contenção das paixões. É o resultado do comando cerebral que mantém o corpo submisso e governável.

 A prática dessa virtude é indispensável ao maçom, pois o afasta dos excessos, dos hábitos ilícitos e dos vícios, mantendo o equilíbrio.

A Energia é equidistante da precipitação e da covardia.

Ela nos habilita a superar qualquer dor, finalizar qualquer trabalho, suplantar qualquer perigo, transpor qualquer dificuldade.

A Prudência nos ensina a regular nossas vidas e ações de acordo com os ditames da razão. Essa virtude deve ser característica marcante de todo o maçom, não só pelos frutos que dela naturalmente advém, mas como um piedoso exemplo para o mundo profano.

E por fim, a Justiça. Aquela condição ou estado de direito pela qual somos ensinados a dar a cada homem um tratamento justo, sem distinções. Sendo essa virtude um padrão aglutinador da sociedade civil, sem o exercício dela seria a confusão universal. 

Daí a importância de todo o maçom ter essa virtude bem fundamentada em sua mente e coração.

Por todo o exposto, concluímos que o Amor Fraternal, a Caridade e a Verdade, em conjunto com a Temperança, a Justiça são os grandes estandartes que de fato diferenciam e ajudam a diferenciar os maçons livres e aceitos.

E que assim o seja para todo e sempre.

Ir.’. Lima Júnior – Loja Terceiro Milênio 516 Oriente de São Paulo
Revista A Verdade ano LX 501


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