S I G I L O



Eu já ouvi diversas explicações sobre o que é sigilo e o significado do sigilo maçônico. Quando as elucidações vêm por parte de um Maçom é completamente diferente da de um profano. O Maçom, por menos que ele saiba e estude está próximo da realidade, pelo menos repete o que promete no final da cada sessão: “Guardar sigilo de tudo quanto se passou na Loja” que é um dever de cada Maçom.

Os profanos cofundem segredo com sigilo, uma vez que não tiveram uma instrução adequada sobre o assunto e baseiam-se em suposições e fantasias que os levam às mais variadas e esdrúxulas suposições arquitetadas pela imaginação. Sigilo é fato ou circunstância mantidos ocultos que os impressionam mais. Segredo por ser a parte mais difícil ou essencial de uma arte, ciência ou negócio, falando-se em maçonaria passa longe de sua cabeça entender.

O segredo com o significado de sigilo, como instituição nas confissões data do 4° Concilio de Latrão e depois foi ratificado pelo Direito Canônico.

O sigilo é um dos deveres fundamentais do Maçom. Todo o ensinamento que ele recebe é esotérico, isto é, é transmitido em segredo e como tal deve ser conservado.

Muitos autores maçônicos têm escrito páginas esclarecedoras sobre o mesmo. Infelizmente há certos maçons ou meios maçônicos que nunca penetraram no alto sentido do sigilo que prometemos guardar com todo o rigor.

Segundo afirmam autores que merecem o nosso maior respeito à Maçonaria chegou aos nossos dias graças ao seu caráter secreto, graças ao compromisso entendido e compreendido pelos verdadeiros Maçons. Pela história sabemos que a Maçonaria esteve envolvida em profundas crises algumas de caráter interno e outras de caráter externo. Sofreram perseguições de todos os tipos, algumas cruéis oriundas de inimigos implacáveis. Em todos estes vendavais que se abateram sobre ela sempre conseguiu sair incólume.

Uma das suas maiores ameaças é a ignorância ou o obscurantismo, que tanto no passado como no presente encontra-se em muitos meios e instituições que se fazem representantes divinos quando lhes falta o essencial de toda agremiação que se diz religiosa que é a fraternidade, a caridade ou o respeito para com quem não segue a mesma linha de conduta ou crença.

Os maçons sempre e em toda parte levaram com a maior seriedade e às últimas consequências o juramento de sua iniciação. Com isso sobreviveram à desmoralização que as trevas arquitetaram para a sua destruição e a escuridão das inteligências sem raízes sadias espalharam para seu desaparecimento.

Nós sabemos que a Maçonaria é qual mãe generosa a verter o leite que alimenta o nosso espírito. Sua perenidade foi construída sobre o lema do sigilo e da fraternidade. Muitos de nós estamos cientes que no momento atual do mundo há um processo de profanação de nossos mistérios pelos meios virtuais de comunicação. Diante disso é obrigação nossa assumida na iniciação de cultivar o silêncio para o bem de nossa sobrevivência. A falta do sigilo é uma agressão grosseira aos nossos princípios essenciais e uma regressão completamente alheia a tudo que se construiu de positivo a favor da humanidade.

De pouco adianta falar ou escrever sobre o sigilo maçônico. Há uma necessidade premente de realizarmos treinamentos para que as regras de preservação do sigilo maçônico se aprofundem em nós e criem raízes capazes de sustentar as intempéries que se acumulam e podem vir como uma avalanche para sepultar o que temos de mais sagrado.

A Maçonaria não é um clube sociocultural ou de serviços, uma vez que o segredo ou sigilo é a essência da sua estatura iniciática. É ensinado a todo o Maçom que a Maçonaria foi, é e sempre será uma sociedade secreta. Esquecer-se disso é perder a qualidade de maçom. Os segredos fundamentais são: Toques, Sinais e Palavras. Jamais podem ser grafados ou revelados a profanos. Os símbolos e os termos maçônicos trazem para nós, a cultura milenar da Ordem Maçônica Universal, assim como a caridade maçônica que também é sigilosa.

O futuro da Ordem repousa na escolha correta dos candidatos à iniciação, capazes de compreender o sigilo maçônico e guardá-lo intimamente com a maior veneração.



(*) Ivo Reinaldo Christ – MM.

Obreiro da A. R.C.B.L.M. Theodórica nº 154

Or.'. de Pequeri, MG


S.'. F.'. U.'.

Paulo Costa - Ap.'. M.'.

Obreiro da A.R.L.S. Amon-Ra 362

Or.'. de São Paulo, SP.

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