INSTERSTÍCIO MAÇÔNICO


Introdução:

Interstício significa um espaço, um intervalo entre dois pontos, dois segmentos, dois estágios. Relativo ao tempo significa uma parada, uma pausa a ser dada. Numa escalada, significa um patamar, um tempo para o próximo estágio.

Desenvolvimento:

A Maçonaria tem nos seus interstícios um importantíssimo passo para o desenvolvimento do Maçom. Estes estágios, entre os graus, ao contrário de ser uma “parada” têm como finalidade dar-nos o tempo necessário para verdadeiramente assimilarmos os conceitos que nos são inicialmente transferidos quando das Elevações.

Quando somos Elevados a um determinado grau maçônico, logo após, antes do grau seguinte, muitos novos conhecimentos devem ser exercitados, aprendidos, interiorizados e pelo trabalho do verdadeiro Maçom, devem ser aplicados no intuito de construir um mundo melhor.

Estes conhecimentos, assimilados adequadamente, passo a passo, fazem a construção interior do Maçom, fortifica a procura constante de cada um no crescimento pessoal e coletivo. Para isto, se faz necessário um tempo.

Cada Maçom deverá dedicar-se à leitura, à visitação, ao trabalho maçônico, confrontando o que foi verificado até então, aprimorando seus conceitos, revendo cada ponto de sua vida frente ao que lhe foi passado e que ainda poderá ser visto.

Nada é estático: é dinâmico, não só frente ao que aprendeu anteriormente, mas também e fundamentalmente ao que deve ser reavaliado e desenvolvido. Aprendemos sempre que a Maçonaria é a constante busca pelo ver da, acreditando que a verdade atual, pode não ser a futura. Cabe a cada Maçom, revisando o que aprendeu o que lhe foi transmitido, exercitando tudo, junto com todos, em Loja e fora, procurando o verdadeiro caminho ao GADU.

O interstício entre graus deve ser utilizado de forma viva e calorosa pelo Maçom, este que é ávido e desejoso pelo aprendizado. Não devemos nos preocupar com o tempo e sim com o que devemos reavaliar. Muito deve ser novamente reaprendido, de uma nova forma.

O tempo entre os graus é definido pelos regimentos e estatutos, mas muito mais do que isto, cada um não pode se ativer somente a este período: devemos e temos que nos reciclar a todo o momento. Somos conhecidos pelos princípios de sermos livres e de bons costumes. Para tal, nossa força está neste reaprender e no trabalho conjunto e constante.

Qual o interstício adequado? Não existe regra, mas considerando que existe aquele tempo que foi estipulado. Este o que foi definido é o mínimo necessário, salientando que após as Elevações teremos a sessões de instruções. O novo grau, a nova Elevação, revisita os conceitos anteriores e nos traz uma nova visão a ser despertada. Sim, despertada, pois quem constrói cada caminho, cada edifício é o Maçom, utilizando-se das ferramentas que a maçonaria lhe propicia. Cada Maçom utilizará este tempo ao seu modo e somente se sentirá satisfeito quando acreditar no muito ainda a ser aprendido.

Não devemos nos valorizar pelos graus que temos. Temos que nos valorizar pelo que aprendemos e que podemos dar aplicar em nosso trabalho dedicado à fraternidade. Quando mencionamos que chegamos a que um determinado grau, tendo realmente utilizado adequada-mente os interstícios, aplicando nossos conhecimentos no trabalho em benefício da humanidade, estaremos sendo reconhecidos como verdadeiros Maçons.

Conclusão:

Ser maçom é saber que para sermos os veículos de mudança, procurando a verdade, calcados nos princípios de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, devemos nos reciclar continuamente, defendendo o que aprendemos e externando os sábios conceitos visualizados em cada grau, mesmo que tenhamos chegado ao último grau.

Assim, cada interstício servirá para verdadeiramente enraizar o que nos foi transmitido, dando-nos o tempo necessário para isto e muito mais, aplicá-lo em nossa vida.

Cada grau nos trará novos ensinamentos. Cabe a cada um de nós interná-los e saber como isto poderá nos tornar maiores, livres e iguais, não em nosso benefício, mas de todos.

*Ir.·. Cleber Barros Cunha
A.·.R.·.L.·.S.·. Acácia de Acesita – GOB-MG
Or.·. de Timóteo – MG


2 comentários:

  1. Gostei de seu trabalho....simples e objetivo...Grato,Ronaldo

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  2. Lindo texto...parabéns ao Ir.: Cleber, de acordo que para o Aprendiz, no início e só curiosidade e que aos poucos ele vai absorvendo, ajudado pelas instruções do grau, o verdadeiro significado dos Símbolos e da Maçonaria, em prol de um trabalho conjunto para um mundo mais fraterno. Ir.: Roberto S.Ávila, A.:R.:L.:S.: Alvorada nº1 GLMDF, Or.: de Brasília,DF

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