O maçom que propõe um
candidato à iniciação transforma-se em Padrinho desse candidato que, logo após
iniciado, assume a condição de seu mestre.
É bom saber que para a
apresentação de um candidato por meio de uma proposta colocada na bolsa das
premiações ou bolsa de propostas e informações, o proponente deve possuir o
grau de mestre Maçom.
A decisão de apresentar
um candidato deve ser bem avaliada e estudada e ter do candidato pleno
conhecimento de seu viver, pois a iniciação fará com que esse candidato passe a
fazer parte da nossa família, a família Maçônica.
A responsabilidade do
proponente é moral, sua leviandade poderá pôr em risco todo o grupo, não só a
loja, mas como também a própria ordem.
Para o bem geral de
todos, você, proponente, deve avaliar bem o seu Candidato e imaginá-lo, olhando
do Ocidente, como seu Venerável Mestre, Venerável de sua Loja, dirigindo os
trabalhos e tomando decisões, e imaginar se ele tem condições reais para isso.
Por outro lado, as
sindicâncias feitas devem ser rigorosas e só submetidas à aprovação quando
realmente o sindicato o resultar plenamente apto para ingressar no grupo.
Não ficando o proponente
aborrecido, chateado ou melindrado, caso seu Candidato não seja aprovado na
Sindicância.
Às vezes é melhor a loja
explicar a um Irmão sobre as reais condições de um Candidato, do que este
trazer problemas sérios com insatisfação para todo o Grupo.
Todo discípulo tem seu
mestre; o padrinho passa a ser o mestre “particular” do neófito e esse, por sua
vez, deverá seguir os seus ensinamentos até que atinja o mestrado e possa
propor profanos e assim tomar o lugar de quem lhe foi mestre, numa cadeia
sucessiva e ordeira.
Dessa forma, o quadro da
loja amplia-se e constitui o núcleo da ordem com solidez.
O afilhado Maçom deve
empenhar-se ao máximo para que seu mestre o oriente, deve ser ativo e colocar
sempre as suas dúvidas para que sejam esclarecidas e resolvidas.
É também condição
exigida para que um profano ingresse na maçonaria por intermédio da iniciação.
Não basta o candidato
ser politicamente livre, não basta ter um comportamento moral comum, a
Maçonaria proclama que a sua filosofia tem base na tradição, nos usos e nos
costumes.
Portanto, costumes não é mero comportamento ou
moral de conduta, mas sim um universo de práticas do bem que conduzem o ser
humano a uma vida espiritual e moral bem definida, no qual o candidato deve
comparecer à iniciação com uma disposição quase inata de amar a seu futuro
irmão como a si próprio.
Isso exige um
comportamento para com seu próprio corpo, para com sua própria alma e para com
seu espírito. Ser livre e de bons costumes constitui uma exigência de muito
maior profundidade do que parece a primeira vista. Seria muito cômodo aceitar
um candidato que politicamente é livre, pois não há escravidão no mundo, ou
que, penalmente, não se encontre preso, cumprindo alguma pena.
A liberdade exigida é
ampla, sem compromissos que inibam o cumprimento das obrigações maçônicas, sem
restrições mentais.
Todo Maçom, mesmo antigo
na ordem, tem o dever de se manter livre e de bons costumes, aprendizes,
companheiros, padrinhos, afilhados, mestres, mestres instalados, Grão-Mestre,
enfim, todo maçom tem essa responsabilidade.
E o padrinho deve passar
ao afilhado toda segurança, perseverança e fé, para que o mesmo consiga
desbastar a sua pedra bruta para o aperfeiçoamento humano, e erguer em seu
íntimo o seu templo para a morada do Grande Arquiteto do Universo.
Lembre-se sempre de
imaginar o seu Candidato dirigindo sua Loja, que você com tanto carinho e
dedicação a mantém, e não vai querer de forma nenhuma que ela seja mal dirigida
ou administrada.
Naur Soares de Araújo, M.•.M.•.
Obreiro da ARLS. Independência N°119 - Or.•. São Paulo
Obreiro da ARLS. Independência N°119 - Or.•. São Paulo
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