AS NOVAS ARMAS DA GUERRA


Lembro-me de uma antiga palestra em que o eloquente palestrante afirmava com absoluta segurança, que cada um de nós tem uma extraordinária capacidade e uma incrível força interior, capaz de superar quaisquer barreiras ou dificuldades.

Ao final o palestrante convidava os presentes a se darem as mãos para ouvirmos a mais bela de todas as canções, aquela canção que mostrava o tamanho da nossa grandeza e quão ilimitadas eram as nossas possibilidades.

Em instantes o auditório era preenchido pelos acordes iniciais do Hino Nacional Brasileiro e de imediato um sentimento de orgulho e entusiasmo se apoderava de todos nós. De mãos, agora firmemente dadas, conduzidas pelas palavras finais do palestrante pouco antes do inicio da conhecida letra do Hino Nacional, assumimos uma posição ereta condizente para vigorosamente cantarmos o amor pela nossa pátria.

Naquele momento acreditávamos que tudo era possível, por todas as razões mostradas na palestra e pelo fato de sermos brasileiros; filhos deste solo, filhos de uma mãe gentil, de uma pátria amada chamada Brasil.

O tempo passou e levou consigo o orgulho de ser brasileiro de muitos de nós. De nós que observamos tantos problemas, tanto erro e tanta injustiça, aos poucos fomos perdendo a alegria e a esperança de sonhar com um amanhã melhor.

É triste constatar isso, mas contra fatos não há argumentos e os fatos estão aí. Há muito tempo que nós os brasileiros percebemos que estamos com muitos problemas e que precisamos fazer alguma coisa a respeito disso.

Somos milhões de pessoas trabalhadoras, contribuintes e vítimas. Vítimas dos governantes que nos dirigem, dos servidores que nos atendem, dos péssimos serviços que recebemos e das péssimas condições que nos são oferecidas.

Nos momentos agudos de nossa revolta muda, até aceitamos a ideia de pegarmos uma arma para defendermos os nossos direitos, cientes de que ao pegar em armas, corremos o risco de morrer em um campo de batalha, mas só de imaginar a possibilidade de um familiar nosso também ser atingido nesse hipotético campo de batalha, nosso ímpeto se contém e voltamos à estaca zero.

Com isso surge o grande desafio destes terríveis tempos atuais; mudar a sociedade brasileira, sem derramamento de sangue.

Ao longo da nossa história construímos diversos grupos de pessoas e instituições legais e pacíficas com propostas distintas, que se integraram à sociedade, tomaram forma e criaram corpo e hoje são compostas por milhões de pessoas distribuídas entre os diversos grupos, que representam um considerável volume de força.

Dentre as diversas instituições existentes em nosso país, destacam-se os Maçons pelos diferenciais e particularidades e exatamente por suas particularidades a Maçonaria deve se empenhar em uma guerra pela recuperação da Sociedade Brasileira.

Os princípios maçônicos defendem a igualdade, a liberdade, a fraternidade, a justiça, o direito, o respeito às leis democráticas e as autoridades legalmente instituídas e são naturalmente contrários aos desmandos, prevaricações, corrupção e improbidades.

Por tudo isso, é desejável que a Maçonaria defina uma posição clara, a respeito do que pensa sobre politicas que considere equivocadas, quais carências do povo considera prioridade, quais medidas e providencias entende que devam ser tomadas, traduzindo dessa forma o pensamento dos Irmãos que compõem a Ordem Maçônica e que tudo isso seja comunicado formalmente aos governos e à sociedade em geral, estabelecendo-se aí uma comunicação entre Maçonaria e Sociedade Brasileira.

Esta comunicação é a forma pacifica que a Maçonaria e outras instituições podem desenvolver aprimorar e intensificar, para fazer ouvir sua voz e influir nos rumos que a nação precisa seguir.

Os meios de comunicação se desenvolveram e se multiplicaram alcançando extraordinário poder nestes últimos anos e se converteram em poderosas ferramentas, transmitindo dados e informações em alta velocidade para todo o planeta. Em instantes uma informação pode ser disponibilizada na rede mundial e ficar ao alcance de milhões de internautas em todo o mundo.

Basta ter o que dizer.

A Maçonaria precisa se reunir em seus Templos e em suas Grandes Lojas para definir o que comunicar aos milhares de Irmãos e por extensão à sociedade como um todo, sobre o que a Maçonaria apoia, o que a Maçonaria rejeita e o que a Maçonaria reivindica.

Como instituição, a Maçonaria conquistou ao longo de sua bem sucedida história, um elevado nível de prestígio e seus dirigentes notadamente os Grãos Mestres das Grandes Lojas, Grandes Orientes e Confederações, têm acesso e possibilidades de diálogo com todos os níveis de dirigentes, magistrados, políticos e autoridades existentes em nosso país.

É preciso intensificar e tornar este diálogo produtivo.

É preciso mostrar, principalmente aos candidatos aos cargos majoritários, que valemos centenas de milhares de votos e que temos anseios e demandas.

É preciso que apresentemos a eles, projetos completos, viáveis, factíveis, coerentes, necessários e que se transformem em compromissos conhecidos de toda a nação maçônica para serem acompanhados até as suas concretizações efetivas.

Este é um caminho possível, que poderá nos aproximar dos mandatários do país a uma distancia tal, em que seja possível ouvir a nossa voz.

De nada tem adiantado o nosso clamor ouvido apenas por nós mesmos.

É preciso falar mais de perto para aqueles que forem conduzidos ao poder com a força do nosso voto para que eles saibam que o nosso apoio será mantido apenas para aqueles que se conservarem fiéis aos princípios da moralidade e do dever.

Nosso apoio deverá ser mantido apenas para aqueles que se conduzirem íntegros, probos e retos nos caminhos da justiça e do direito, onde o que vale é a verdade e a realidade dos fatos.

Esse é um bom momento para ampliarmos nossa comunicação principalmente com os candidatos à presidência da república. A cada novo ciclo de governo a esperança de mudança deve ressurgir e é nosso papel de cidadãos e de homens de bons costumes, levantar a nossa voz para mostrar os problemas e as dificuldades e exigir as providencias cabíveis.

Quer o GADU nos ajude, proteja, ilumine e guarde.

Isac Bispo Ramos

                                                                                        




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