Quem tem ouvido para ouvir ... Que ouça.
Quem tem olhos para ver ... Que veja.
Quem tem olhos para ver ... Que veja.
Muita polêmica tem sido
gerada em torno deste assunto simples, mais simples do que aparenta. O termo
EGRÉGORA, assim como tantos outros, não consta de dicionários, ainda. Digo
ainda, porque vários termos que não constavam nos léxicos, hoje figuram e quem
sabe mais uns 100 ou 200 anos, estarão dando espaço para outras palavras ou
até, a mesma palavra, com um sentido diferente.
Entretanto, mesmo sem figurar em dicionários, o significado, o sentido expresso pela “egrégora” nos dias atuais, é uma realidade. Sempre existiu e continuará existindo, independente do nome que viermos a usar para denominar o resultado.
Vou usar um exemplo-comparativo para explicar melhor o assunto.
Tudo no Universo é som, é vibração. O ser humano só ouve os sons (vibração ) de 20 hertz a 20.000 hertz ( em média ) que vai decrescendo com o avançar da idade, podendo chegar a 16.000 hertz ou menos.
Abaixo de 20 hertz, chama-se infra-som e acima de 20.000 hetz, chamamos de ultra-som.
Uma quantidade inimaginável de ondas (sons, vibração) percorrem a atmosfera terrestre sem nos darmos conta, pois para nós são imperceptíveis, embora existam.
As ondas ou vibrações mais conhecidas, são: onda curta, onda média e onda longa, relacionadas ao rádio, que são de 30 quilohertz (muito baixas) a 300 mil megahertz (extremamente altas). Estas são agrupadas e classificadas de acordo com a frequência em que transmitem.
E evolução tecnológica descobriu que existem outros meios de transmissão além do eletromagnético, sendo muito usado hoje o da luz infravermelha – nos aparelhos com controle remoto.
Vamos nos deter num aparelho de controle remoto de portão, bastante comum hoje.
Quando apertamos o botão do controle, fazemos a luz infravermelha piscar, enviando um sinal de ondas de 315 megahertz até 433 megahertz, convertido em comando pelo aparelho ao qual se destina.
Esse equipamento recebe
os sinais e identifica o código enviado. Para evitar interferências em outro
aparelho, três códigos são enviados simultaneamente: o código da tecla em
questão; esse mesmo código, invertido; e, finalmente, o código do fabricante do
aparelho.
Sabemos que funciona esta emissão de sinal, pois o resultado é o movimento do portão.
Cada um de nós, é como se fossemos um aparelho de controle. A emissão da onda, da frequência mais alta ou mais baixa, dependerá única e exclusivamente de cada um e do local freqüentado, ou seja, não vamos num motel para orar e nem muna casa de orações para “transar”.
Emitiremos uma frequência baixa quando estivermos sendo materialista em nossa ação, e nosso sentimento no ambiente frequentado. Quanto mais elevada nossa ação, sentimento e pensamento; maior será a frequência vibratória, sendo “baixa” ou sendo “alta”, essa vibração vai impregnando o ambiente, e quanto maior a força geradora destas vibrações e maior o tempo decorrido na impregnação, maior será a força, seja no espaço preenchido e nos próprios móveis contidos neste espaço.
Não podemos esquecer a
lição legada por Jesus, o Cristo: Quando dois ou três estiverem reunidos em meu
nome, entre Eles estarei.
A força geradora desta frequência será maior se cada um de nós (cada aparelho de controle-emissor) atuar com os três canais: ação, emoção e pensamento elevados. Isto não pode ser descrito, é necessário ser vivido, o que é muito pessoal, muito particular.
Cada um só poderá externar e refletir conforme seu crescimento interior, alguns vêem a ação do Criador no crescimento das flores, da grama, nos insetos, etc., outros apenas nos seus semelhantes e outros ainda em lugar algum.
O mundo que nós vemos é apenas o reflexo do nosso próprio referencial interno, as ideias predominantes, desejos e emoções arraigados em nossas mentes.
Olhamos para dentro e
decidimos o tipo de mundo que vamos ver.
Fazemos com que ele seja verdadeiro através de nossas interpretações.
Assim, verdadeiro para
cada um de nós é o que podemos ver, ouvir, constatar; não importando muito a
existência de outras frequências (som, vibração ) mais altas ou mesmo as baixas
- não as sinto, não as vejo, logo não
existem – este é o modo de pensar da maioria dos homens.
Cada aparelho de controle-emissor deverá tornar-se também um receptor, saber ajustar-se a frequência necessária para visualizar em forma de cor as vibrações existentes e impregnadas nos diversos locais frequentados pelo homem.
Para finalizar, transcrevo
de autor anônimo, um conto para reflexão:
Um rei mandou seu filho
estudar no templo de um grande mestre, com o objetivo de prepará-lo para ser
uma grande pessoa.
Quando o príncipe chegou ao templo, o mestre o mandou sozinho para uma floresta.
Ele deveria voltar um ano depois, com a tarefa de descrever todos os sons da floresta.
Retornando ao templo, após um ano, o mestre lhe pediu para descrever todos os sons que conseguira ouvir.
Então disse o príncipe:
"Mestre, pude ouvir o canto dos pássaros, o barulho das folhas, o alvoroço dos beija-flores, a brisa batendo na grama, o zumbido das abelhas, o barulho do vento cortando os céus..."
E ao terminar o seu relato, o mestre pediu que o príncipe retornasse a floresta, para ouvir tudo o mais que fosse possível.
Apesar de intrigado, o príncipe obedeceu a ordem do mestre, pensando:
"Não entendo, eu já distingui todos os sons da floresta..."
Por dias e noites ficou sozinho ouvindo, ouvindo, ouvindo... mas não conseguiu distinguir nada de novo alem daquilo que havia dito ao mestre.
Porem, certa manha, começou a distinguir sons vagos, diferentes de tudo o que ouvira antes.
E quanto mais prestava atenção, mais claros os sons se tornavam.
Uma sensação de encantamento tomou conta do rapaz.
Pensou: "Esses devem ser os sons que o mestre queria que eu ouvisse..."
E sem pressa, ficou ali ouvindo e ouvindo, pacientemente.
Queria ter certeza de que estava no caminho certo.
Quando retornou ao templo, o mestre lhe perguntou o que mais conseguira ouvir. Paciente e respeitosamente o príncipe disse:
- Mestre, quando prestei atenção pude ouvir o inaudível som das flores se abrindo, o som do sol nascendo e aquecendo a terra e da grama bebendo o orvalho da noite...
O mestre sorrindo, acenou com a cabeça em sinal de aprovação, e disse:
- Ouvir o inaudível é
ter a calma necessária para se tornar uma grande pessoa.
Apenas quando se aprende a ouvir o coração das pessoas, seus
sentimentos mudos, seus medos não confessados e suas queixas silenciosas, uma pessoa pode inspirar confiança ao seu redor; entender o que está errado e atender as reais necessidades de cada um.
O Final de uma relação começa quando as pessoas ouvem apenas as palavras pronunciadas pela boca, sem se atentarem no que vai ao interior das pessoas para ouvir os seus sentimentos, desejos e opiniões reais.
“É preciso, portanto,
ouvir o lado inaudível das coisas, o lado não mensurado, mas que tem o seu
valor, pois é o lado do ser humano...”
Hiran Luiz Zoccoli M.’.I.’.
Museu Maçônico Paranaense
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