A filosofia maçônica quer defender o homem da ignorância e da incultura;
dos temores e das necessidades; da exploração e das injustiças; do fanatismo
do dogma e dos tabus, sobretudo da opressão e das tiranias interiores e
exteriores de qualquer classe.
A Maçonaria buscou sua essência filosófica,
nas mais diversas escolas do pensamento humano. É possível descobri-la,
inclusive, entre os filósofos gregos.
Sua identificação fica mais clara ainda, quase
que em sua totalidade, junto às escolas filosóficas modernas: Renascimento,
Racionalismo e Iluminismo, cujo grande objetivo era a liberação da
consciência humana, pois, além da prática do livre pensamento, a filosofia
moderna traz impregnada em sua estrutura um programa que vai desde a
valorização da vida natural, passando pela ciência e investigação científica,
até o reconhecimento dos valores e direitos individuais.
A Maçonaria é uma instituição universal,
fundamentalmente filosófica, trabalhando pelo advento da justiça, da
solidariedade e da paz entre os homens. A tarefa essencial da filosofia maçônica é
irradiar a luz dos seus princípios e de seus hábitos para melhorar a condição
humana.
É tradicionalista e às vezes progressista;
isto parece um paradoxo, mas não o é. Tradição é conservar o melhor do
passado para utilizá-lo em compreender mais o presente e preparar um porvir
melhor para o futuro, separando o valioso do que é sem valor nas doutrinas e
sistemas que a História conheceu.
A filosofia maçônica deseja que o ser e a
existência do homem girem em torno de três valores superiores que a História
destacou como as maiores conquistas da humanidade: Liberdade, Igualdade e
Fraternidade.
Ela, entretanto, mais que nenhuma outra,
pondera que, dentre as três, a mais especial é a Fraternidade, pela
transcendência e os benefícios que implica e abarca, tanto na esfera do
individual como na do coletivo.
A filosofia maçônica quer
defender o homem da ignorância e da incultura; dos temores e das
necessidades; da exploração e das injustiças; do fanatismo do dogma e dos
tabus, sobretudo da opressão e das tiranias interiores e exteriores de
qualquer classe.
Sócrates (469-399 a. C.), um
dos maiores filósofos da humanidade, ao examinar o que significa
tornar-se humano, tinha por objetivo não mais a ciência ou a natureza, mas o
próprio homem.
Ele ensinou que pecar é ignorar, e que a purificação da alma
passa necessariamente pelo autoconhecimento do homem.
Ele introduziu o homem na filosofia e
estabeleceu que o melhor instrumento de que este homem dispõe para realizar a
missão a que foi destinado é o conhecimento de si mesmo.
E este tem sido o objetivo pelo qual,
primordialmente, a Maçonaria vem propugnando, ou seja, o CONHECE-TE A TI MESMO.
Artigo publicado na edição
nº 555 (Fev/2011) do Jornal Centro Sul de Irati/PR
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A MAÇONARIA, ESSÊNCIA FILOSÓFICA DO PENSAMENTO HUMANO
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